terça-feira, 28 de outubro de 2008

Isaías, Ciro e a inerrância da Bíblia

Em minha Declaração de Fé eu assim me expressei sobre a Bíblia:

“Cremos que a Bíblia, composta pelos 39 livros do Antigo Testamento e pelos 27 do Novo Testamento, é a perfeita, infalível, inerrante, completa, soberana, permanente e inspirada palavra de Deus aos homens, sendo digna de toda confiança e aceitação, não somente em matéria de fé, mas também em qualquer área em que venha a ser abordada, não contendo erros históricos, geográficos, matemáticos e científicos de qualquer espécie. Ela é a única fonte das doutrinas e a autoridade máxima da fé cristã. (Dt 29:29; Sl 18:30 e 19:7; Is 40:8; Mt 5:18 e 22:29; Mc 13:31; Lc 1:1-4; Jo 5:39 e 17:17; At 17:11; Rm 15:4; 1 Co 4:6 e 14:37; 2 Tm 3:15-17; 2 Pe 1:20,21 e 3:15,16; Ap 1:3 e 22:18,19)”.

O ensino de que a Bíblia é a Palavra de Deus, nos moldes como o apresentado acima, é o principal pilar sustentador de toda a fé cristã, pois a partir dela (Bíblia), afloram todas as doutrinas e ensinos que se aplicam para um cristão.

Esta verdade para os cristãos é um dos maiores “comichões” nos ouvidos dos céticos. Para eles é um absurdo se crer na inspiração divina plenária da Bíblia Sagrada, algo como sendo ilógico, irracional e impossível. Agora ao contrário do que eles pensam, a fé cristã não é uma fé irracional, improvável e/ou ilógica, baseada na ignorância e no ocultismo, bem ao contrário da “fé” dos céticos. Destaque-se tão somente o nome de Isaac Newton como um dos mais ilustres comentadores e estudiosos da Bíblia Sagrada.

Talvez um dos maiores gabaritos autenticadores da Bíblia Sagrada sejam as profecias. A atualidade é uma prova cabal da autenticidade bíblica. Mas como a Bíblia é a Palavra de Deus, e Deus é onisciente (conhece tudo em toda a história), alguns dos escritores inspirados da Bíblia Sagrada se deram ao luxo de realizarem inúmeras profecias com especificação de detalhes. Citemos o caso do profeta Isaías e do Rei persa Ciro.

Isaías escreveu o livro que leva seu nome aproximadamente 700 anos a.C.. Em Isaías 44:28—45:1 está escrito: “Que digo de Ciro: É meu pastor, e cumprirá tudo o que me apraz, dizendo também a Jerusalém: Tu serás edificada; e ao templo: Tu serás fundado. ASSIM diz o SENHOR ao seu ungido, a Ciro, a quem tomo pela mão direita, para abater as nações diante de sua face, e descingir os lombos dos reis, para abrir diante dele as portas, e as portas não se fecharão. Eu irei adiante de ti, e endireitarei os caminhos tortuosos; quebrarei as portas de bronze, e despedaçarei os ferrolhos de ferro”. Isaías identifica Ciro pelo nome com uma antecedência de 150 anos! Ciro fundou o Império Persa, o qual durou dois séculos e derrubou o poderoso Império Babilônico em 538 a.C., sendo que no ano de 538 a.C. Ciro expediu o decreto autorizando os judeus cativos a voltarem para Jerusalém e reedificarem a sua cidade juntamente com o seu Templo (Ed 1:1,2).

Alguém que se levante contra este fato?

Deus seja louvado! Viva a Bíblia Sagrada!

Anchieta Campos

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Jogar futebol ou praticar outro esporte é pecado?

Olha, sinceramente, o meio evangélico (especialmente o pentecostal) ainda tem muito o que aprender sobre o que é santidade e o que é pecado. A falta de entendimento não atinge apenas membros sem posição eclesiástica na igreja, mas também muitos homens que trajam seus paletós (nada contra o uso de paletó) e se sentam atrás do púlpito (modelo herdado pelo catolicismo romano, sem base alguma neo-testamentária). Fiquei sabendo que até mesmo um presbítero (não vou citar a igreja e nem a cidade) já chegou para um irmão e disse que ele largasse o futebol que pratica de vez enquanto com outros irmãos (inclusive eu), com o fim de melhorar o seu testemunho.

Oras (já tomando as dores), não vejo razão lógica alguma, nem muito menos fundamento bíblico para se condenar a prática de esportes por parte de um crente em Jesus. O cerne do testemunho cristão deve ser não promover escândalos nem para os crentes, nem para os ímpios (1 Co 10:32), e, sinceramente, qual escândalo há em se praticar um esporte, ou jogar um futebol? As passagens de Rm 14:13-23 e 1 Co 8:7-13 são esclarecedoras para o caso em questão, bastando apenas reproduzir as conclusões de Paulo em cada passagem: “Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova. Mas aquele que tem dúvidas, se come está condenado, porque não come por fé; e tudo o que não é de fé é pecado” Rm 14:22,23 e “Por isso, se a comida escandalizar a meu irmão, nunca mais comerei carne, para que meu irmão não se escandalize” 1 Co 8:13. O que aprendemos com estas passagens? Que aquilo que não é proibido pela Bíblia, seja direta ou indiretamente, e é praticado sem culpa por um crente sábio e firme, não é pecado. E quanto à conclusão de 1 Co 8? Bem, é só ver que para a cultura judaica comer alimentos sacrificados aos ídolos era pecado e totalmente reprovado por toda a nação, algo que não ocorre com o futebol aqui no Brasil; lembrando que no primeiro caso o apóstolo concluiu que o ato em si de comer alimentos sacrificados aos ídolos não era pecado e nem impuro.

É bem certo que o crente, assim como em tudo que faz, deve primar por um bom testemunho em relação aos que o cercam, e isso também vale para aquele crente que pratica esporte com pessoas ímpias. Evitar certas palavras, expressões, bem como não se envolver em brigas e discussões mais pesadas é o que se deve esperar de um cristão, pois como bem disse Paulo, “em tudo te dá por exemplo de boas obras” Tt 2:7.

Lembremos por fim que o próprio Paulo valeu-se do esporte e seus praticantes para realizar uma alegoria doutrinária (1 Co 9:24-27), bem como o nosso corpo é o Templo do Espírito Santo (1 Co 6:19), sendo que somos responsáveis por sua conservação (1 Co 3:17). Esporte é saúde!

Precisamos criar uma fama de pessoas esclarecidas, que se cuidam, cuidam da saúde, e colocar por terra de uma vez por todas a idéia dos ímpios que crente é uma pessoa ignorante e isolada da sociedade. Meu posicionamento não trás escândalo algum, ao contrário da linha divergente.

Obs.: lembrando que estou falando de esportes!

Com amor,

Anchieta Campos

domingo, 26 de outubro de 2008

Frase quase divina – 33

Mais uma frase de Lutero, uma célebre frase, diga-se de passagem.

“Não tenho outro nome, senão o de pecador; pecador é meu nome; pecador, meu sobrenome” Lutero.

Anchieta Campos

Projeto Minha Esperança Brasil - Programação

A Associação Evangelística Billy Graham em parceria com as igrejas evangélicas brasileiras, está promovendo o Projeto Minha Esperança Brasil, tendo como coordenador-nacional o pastor e escritor da Assembléia de Deus, Geremias do Couto.

E está chegando o grande momento da execução do Projeto, o qual está prometendo impactar esta nação com a poderosa e transformadora pregação das Boas Novas de Salvação em Cristo Jesus.

A programação oficial é a seguinte:

Dia 6 de novembro, quinta-feira: Clip Musical com a cantora Aline Barros / Testemunhos impactantes / Mensagem Evangelística com o Dr. Billy Graham. Duração de 30 minutos.

Dia 7 de novembro, sexta-feira: Clip Musical com o cantor Paulo Baruk / Testemunhos impactantes / Mensagem Evangelística com Franklin Graham. Duração de 30 minutos.

Dia 8 de novembro, sábado: Filme Evangelístico Compromisso Precioso, com duração de 90 minutos, sem intervalos comerciais.

O horário para o início da programação nas três datas é às 21:00hs, na emissora Bandeirantes.

De acordo com informações da página oficial do evento (http://www.minhaesperanca.com.br), até agora mais de 50 mil igrejas e congregações participam do projeto, e mais de um milhão de lares abriram suas casas e tornaram-se Lares Mateus.

Que Deus abençoe grandemente este projeto, alcançando o objetivo maior da igreja aqui na terra, qual seja, ser canal de conversões de vidas para o Reino dos Céus. Amém.

Anchieta Campos

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Frase quase divina – 32

Por problemas de acesso a internet, que atingiram meu PC desde a tarde deste domingo, o quadro “Frase quase divina” somente está sendo publicado hoje.

E neste post publico mais uma frase do referencial Agostinho de Hipona (ver Frase quase divina – 16).

“A necessidade não conhece leis” São Agostinho.

Anchieta Campos

sábado, 18 de outubro de 2008

As ovelhas do Bom Pastor e a predestinação incondicional

Publico a minha resposta ao e-mail enviado pelo irmão Joabe Ferreira Inácio, onde o e-mail do prezado irmão assim dizia (texto transcrito sem nenhuma revisão):

“Caro Anchieta, a Paz do Senhor! Peço uma explicação,sobre a passagem de João 10. 25-29 , que diz ::Respondeu-lhes Jesus: Já vo-lo tenho dito, e não o credes. As obras que eu faço em nome de meu Pai, essas testificam de mim. Mas vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas, como já vo-lo tenho dito. As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará das minhas mãos. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las das mãos de meu Pai.
Os calvinistas usam esse texto para "provarem" que somente as ovelhas (eleitos) podem crer e se converterem em Cristo Jesus. Com isso também concluem que a regeneração deva vir antes da fé. Seria possível fazer uma analise exegética contraria a esse ensinamento ? Em Cristo, Joabe Ferreira Inácio”
.

Abaixo segue a minha sucinta, mas a qual julgo satisfatória, resposta/esclarecimento ao irmão Joabe:

“Prezado irmão Joabe, a paz do Senhor!

Texto base: João 10:25-29: “Respondeu-lhes Jesus: Já vo-lo tenho dito, e não o credes. As obras que eu faço em nome de meu Pai, essas testificam de mim. Mas vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas, como já vo-lo tenho dito. As minhas ovelhas ouvem a minha voz, e eu conheço-as, e elas me seguem; e dou-lhes a vida eterna, e nunca hão de perecer, e ninguém as arrebatará das minhas mãos. Meu Pai, que mas deu, é maior do que todos; e ninguém pode arrebatá-las das mãos de meu Pai”.

O contexto de João 10 é bem claro em seu ensino de rejeitar a predestinação incondicional fatalista. Jesus realiza um paralelo entre o bom pastor (Ele mesmo) e o ladrão/salteador (mau pastor), bem como fala das ovelhas que escutam e conhecem (entendem, reconhecem) a voz do bom pastor.

O ensino do livre-arbítrio encontra-se pautado neste capítulo principalmente no verso 9 (Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, salvar-se-á, e entrará, e sairá, e achará pastagens), ou seja, Jesus é a porta do “curral”, i. e., o único caminho pelo o qual se pode adentrar no mesmo, de modo a encontrar salvação (proteção) e paz, sossego (simbolizados pelo ato de pastar). Perceba a condição do verso 9, posta na partícula “se”, denotando possibilidade, eventualidade, algo não certo, mas apenas algo que pode vir se concretizar; veja ainda a qualificação dada por Jesus a quem pode entrar pela porta, qual seja, “alguém”, denotação puramente genérica, sem nenhuma característica de grupo ou exceção/especificação, restando somente a condição do “se alguém entrar”. Não pode-se passar em branco o fato de que esse alguém somente passará a estar salvo após entrar pela porta (se alguém entrar por mim, salvar-se-á), algo que contraria a idéia calvinista de uma salvação pré-ordenada, pois os salvos no calvinismo são sempre salvos, e não passam a serem salvos a partir de um dado momento.

Sendo mais direto e objetivo em relação ao seu questionamento e versos, tem-se que observar que Jesus está respondendo aos judeus (v. 24), e judeus estes que logo após a resposta de Jesus pegaram em pedras para o apedrejarem (v. 31), pelo o simples fato de não terem entendido a mensagem de Jesus (vs. 6,33-37). Por isso que Jesus diz que eles não eram suas ovelhas, pois não ouviam (compreendiam, reconheciam) a voz (os ensinos) de Jesus, por isso não o seguiam (Mt 13:19,23). Veja que Jesus diz “elas me seguem”, sendo o ato de seguir caracteristicamente voluntário (Mt 16:24). Por fim, é notório que, mesmo aqueles judeus estando naquela situação de cegueira espiritual, Jesus ainda os convida e apela para que eles cressem nEle (v. 38).

A expressão “Mas vós não credes, porque não sois das minhas ovelhas”, ela é meramente exemplificativa ao caso em questão. Não trata-se de caráter preliminar absolutamente excludente, mas a exclusão ocorre em conseqüência de uma característica, qual seja, não serem ovelhas que conhecem, reconhecem, e seguem voluntariamente o seu pastor, pois se fossem ovelhas do Bom Pastor elas o seguiriam pelo o fato de o conhecerem (o reconhecer como o Bom Pastor), mas estes judeus tinham Jesus como um estranho, por isso que não o compreendiam e nem o seguiam, razão esta pela qual eles foram definidos como não sendo ovelhas deste Bom Pastor; é o que fica claro nos versos 4 e 5 “E, quando tira para fora as suas ovelhas, vai adiante delas, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz. Mas de modo nenhum seguirão o estranho, antes fugirão dele, porque não conhecem a voz dos estranhos”, ou seja, as ovelhas somente seguem quem conhecem, seguem a voz que reconhecem ser do pastor que as guia em segurança, portanto, como já fora explanado, trata-se de uma questão de discernimento, e não de impedimento; se a ovelha não tiver o cuidado de discernir a voz de quem a chama, poderá deixar de seguir o Bom Pastor e seguir erroneamente o ladrão (ver 1 Co 2:14,15).

Vou encerrar por aqui, por mera questão objetiva, pois creio que já fora respondido aquilo que viera questionado em seu e-mail.

Despeço agradecendo pela confiança em procurar na minha pessoa a resposta para este importante questionamento, bem como me colocar a inteira disposição para mais o que necessitar.

Deus o abençoe grandemente e sempre, em nome de Jesus. Amém.

Forte abraço.

Atenciosamente,

Anchieta Campos”.


Quem quiser saber mais sobre a predestinação incondicional e o livre-arbítrio do homem, ver meus artigos:

Uma (pequena) exegese de Atos 16:31

Em defesa do livre-arbítrio. Uma pequena exegese de Efésios 1:4,5 e 4:30.

Faraó, predestinação e livre arbítrio

Anchieta Campos

terça-feira, 14 de outubro de 2008

O amor. A graça.

Sou homem, sou carne, sou pecador;
Minha alma todo dia sofre com esta verdade;
Quem poderá me dar do seu amor?
Qual graça poderá mudar esta realidade?
A carne é fraca, sua inclinação de mim não some;
Por dentro quero resistir, por fora luto sem sucesso;
O espírito geme, o coração treme, a luta me consome;
As culpas sempre me batem, elas não me dão recesso.

Vejo uma batalha impossível de se vencer;
Julgo que estou fadado ao fracasso e condenação;
Não sei mais para onde correr! Quem poderá me socorrer?
Quem poderá me dar paz no coração?
De repente o jogo muda, o cenário se altera;
Vejo ao longe uma luz, uma luz que me dá esperança;
Contemplo que está próximo do fim a minha guerra;
Passo a me sentir sem culpa, como uma criança.

Mas que luz é esta? A qual caminho ela conduz?
Esta luz é forte e poderosa, traz graça e amor;
Esta luz que ao céu conduz, tem por nome Jesus!
Sinto ao fim a minha dor, sinto ao fim o meu labor!
Minha culpa sumiu! A esperança surgiu!
Não uma esperança que se pode murchar,
Mas uma esperança viva e eficaz!
Essa é a verdadeira paz, a qual só Jesus traz!

Batalha já vencida! Só nos resta confiar!
O amor é maior que a ira,
A graça a culpa nos tira,
Para que possamos sempre a Deus glorificar!
Louvado seja o nome do Senhor,
Por tudo o que Ele nos proporcionou!
Seu amor e graça esperança nos traz,
Uma divindade que com o homem se compraz!


Posso ser um homem falho e pecador,
Mas com Jesus tenho a mais pura certeza,
Por tudo que Ele fez, sou mais que vencedor!
Isto é que dá a vida, o seu real sentido de beleza!


Anchieta Campos

domingo, 12 de outubro de 2008

Frase quase divina – 31

Desta feita destaco uma frase de um amigo e colega blogueiro, o irmão Vitor Hugo, editor do http://www.pericopecc.blogspot.com.

“Definitivamente, quando nos falta a oração, a leitura, e a consagração, é que de forma sensível podemos sentir a Graça nos abraçar” Vitor Hugo.

Anchieta Campos

Círio de Nazaré e o Salmo 115

Hoje, além de ser o dia da “padroeira do Brasil”, comemora-se também em Belém-PA o Círio de Nazaré, com uma procissão que arrasta uma multidão de aproximadamente 2 milhões de pessoas (ver http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u455264.shtml).

Para meditação de todos os queridos amigos católicos romanos que me dão a honra de visitarem este blog, deixo um salmo inteiro da Bíblia Sagrada, o Salmo 115, que na verdade, por ser um texto inspirado, fala a todos nós:

01 NÃO a nós, SENHOR, não a nós, mas ao teu nome dá glória, por amor da tua benignidade e da tua verdade.
02 Porque dirão os gentios: Onde está o seu Deus?
03 Mas o nosso Deus está nos céus; fez tudo o que lhe agradou.
04 Os ídolos deles são prata e ouro, obra das mãos dos homens.
05 Têm boca, mas não falam; olhos têm, mas não vêem.
06 Têm ouvidos, mas não ouvem; narizes têm, mas não cheiram.
07 Têm mãos, mas não apalpam; pés têm, mas não andam; nem som algum sai da sua garganta.
08 A eles se tornem semelhantes os que os fazem, assim como todos os que neles confiam.
09 Israel, confia no SENHOR; ele é o seu auxílio e o seu escudo.
10 Casa de Arão, confia no SENHOR; ele é o seu auxílio e o seu escudo.
11 Vós, os que temeis ao SENHOR, confiai no SENHOR; ele é o seu auxílio e o seu escudo.
12 O SENHOR se lembrou de nós; ele nos abençoará; abençoará a casa de Israel; abençoará a casa de Arão.
13 Abençoará os que temem ao SENHOR, tanto pequenos como grandes.
14 O SENHOR vos aumentará cada vez mais, a vós e a vossos filhos.
15 Sois benditos do SENHOR, que fez os céus e a terra.
16 Os céus são os céus do SENHOR; mas a terra a deu aos filhos dos homens.
17 Os mortos não louvam ao SENHOR, nem os que descem ao silêncio.
18 Mas nós bendiremos ao SENHOR, desde agora e para sempre. Louvai ao SENHOR.

Com amor,

Anchieta Campos

sábado, 11 de outubro de 2008

A senhora Aparecida

Amanhã é dia 12 de outubro de 2008, e, como é de conhecimento de quase todos os brasileiros, será celebrado não somente o dia das crianças, mas também será celebrado o dia da “padroeira do Brasil”, a “Nossa Senhora Aparecida”, com uma pomposa festa na cidade de Aparecida-SP. A cidade tem uma população de 37.405 habitantes, e espera-se pelo menos que 170 mil romeiros passem por lá neste fim de semana (achou muita gente?).

postei vários artigos neste blog refutando as principais doutrinas do catolicismo romano, de modo que este sucinto artigo tem por função principal expor a história desta festa, claro, de um modo crítico e imparcial.

É de conhecimento objetivo que a Igreja Católica Romana possui e apresenta duas fontes para o achado da imagem no rio Paraíba do Sul, em 12 de outubro de 1717; uma se encontra no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida (na verdade um Livro do Tombo da Paróquia de Santo Antônio de Guaratinguetá) e a outra se encontra no Arquivo Romano da Companhia de Jesus, em Roma (Annuae Litterae Provinciae Brasilíanae, anni 1748 et 1749).

Basicamente a história oficial romana diz que, em meados de 1717, surgiu a notícia de que o conde de Assumar, D. Pedro de Almeida e Portugal, governador da então Capitania de São Paulo e Minas de Ouro, iria passar pela povoação a caminho de Vila Rica (atual cidade de Ouro Preto), em Minas Gerais. Com esta notícia, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves ficaram desejosos de oferecer ao nobre visitante o melhor de seus pescados, sendo então que lançaram as suas redes no rio Paraíba do Sul em busca de peixes para tal. Após muitas tentativas infrutíferas, desceram o curso do rio até chegarem ao Porto Itaguaçu, no dia 12 de Outubro de 1717. Desesperançoso, João Alves lançou a sua rede nas águas e apanhou o corpo de uma imagem de Nossa Senhora da Conceição, sem a cabeça. Após tentar novamente acabou por apanhar a cabeça da imagem (a imagem é de terracota e mede quarenta centímetros de altura, tendo o estilo seiscentista. A argila utilizada para a confecção da imagem é oriunda da região de Santana do Parnaíba, Grande São Paulo. Embora não seja possível determinar com precisão o autor ou a data da confecção da imagem, através de estudos comparativos concluiu-se que ela pode ser atribuída a um discípulo do monge beneditino frei Agostinho da Piedade, ou, segundo Silva-Nigra e Lachenmayer, a um do seu irmão de Ordem, frei Agostinho de Jesus). Então envolveram os achados em um lenço e, animados pelo acontecido, lançaram novamente as redes com tanto êxito que obtiveram uma maravilhosa pesca (tudo isto me lembra uma passagem bíblica! Que coincidência! Pedro que o poderia dizer! Só não teve imagem pelo meio!). Após esse milagre, surgiram outros relacionados à imagem.

Durante quinze anos a imagem permaneceu na residência do pescador Felipe Pedroso, local onde as pessoas da vizinhança se reuniam para rezar. A família chegou a construir um oratório, que, devido ao intenso crescimento de visitantes, logo se quedou insuficiente para acomodar aos fiéis. Então, por volta de 1734, o vigário da época de Guaratinguetá construiu uma capela no alto do morro dos Coqueiros, que fora aberta à visitação pública em 26 de Julho de 1745. Diante do contínuo aumento no número de fiéis, no ano de 1834 foi iniciada a construção de uma igreja maior, que atualmente é a conhecida Basílica Velha.

No dia 6 de Novembro de 1888, a Princesa Isabel visitou pela segunda vez a basílica e na ocasião ofertou à santa uma coroa de ouro cravejada de diamantes e rubis (presente básico), juntamente com um manto azul. A romaria já era tão intensa que fora preciso que no ano de 1894 fosse enviado a Aparecida um grupo de padres e irmãos da chamada Congregação dos Missionários Redentoristas, com o fim de ajudar no atendimento aos romeiros que se dirigiam (quase que desesperadamente) aos pés da imagem para rezar com a então conhecida “Senhora Aparecida das águas”.

Evento importante ocorreu em 8 de Setembro de 1904, onde se deu a coroação da imagem, em uma realização solene conduzida por D. José Camargo Barros, contando com a presença do Núncio Apostólico, vários outros bispos, além, é claro, do Presidente da República e um numeroso público fiel à imagem. Após a coroação o Santo Padre concedeu ao santuário de Aparecida, dentre outros favores, indulgências para os romeiros que vinham (e vem ainda) em peregrinação ao Santuário (pense em um negócio “bom” visitar o santuário em Aparecida, a pessoa ganha até indulgências! Quem quiser se “salvar” é melhor morar por lá!). No dia 29 de Abril de 1908, a igreja recebeu os ossos de São Vicente Mártir, trazidos de Roma com a devida permissão do Papa. Quase vinte anos depois, a 17 de Dezembro de 1928, a vila que se formara ao redor da igreja no alto do Morro dos Coqueiros tornou-se Município (pelo menos ajudou no povoamento da região!). Por fim, em 1929, Aparecida foi proclamada, oficialmente, Rainha do Brasil e sua Padroeira Oficial, por direta determinação do absolutista romano o Papa Pio XI.

Vinte e oito anos atrás, em 4 de julho de 1980, o Papa João Paulo II (já sentindo os efeitos do avanço protestante no Brasil), em visita ao Brasil, consagrou a Basílica de “Nossa Senhora Aparecida” em solene missa celebrada, por fim de revigorar a devoção à “Mãe de Deus”, como é tida para os católicos romanos.

É isto.

Quem quiser saber mais sobre o romanismo, especialmente sobre as “pérolas teológicas” da Igreja Católica Romana, ver meus artigos:

A festa do Corpus Christi

Proibição da leitura da Bíblia no catolicismo romano

Uma pequena exegese de Gênesis 3:15

O escapulário – Um novo evangelho e uma blasfêmia contra o sangue de Cristo

Disco arranhado na Renovação Carismática Católica (RCC)

II Pe 1:20 – É a Igreja Católica a detentora da verdadeira interpretação bíblica?

II Tessalonicenses 2:15 e a Tradição Oral Católica

Resposta a um apologista católico-romano

Lucas 1:28 e a Imaculada Conceição de Maria

O apelo da Igreja Católica Romana à tradição

Maria é a Mãe de Deus?

Anchieta Campos

domingo, 5 de outubro de 2008

Frase quase divina – 30

Publico uma frase A. W. Tozer (1897-1963), o qual pastoreou igrejas da Aliança Cristã e Missionária por mais de 30 anos. Tozer, apesar de não ter freqüentado seminário teológico, se destacou por seu amplo conhecimento bíblico, por suas fortes e impactantes pregações, e por sua prolífica criação literária, tendo escrito mais de 40 livros, os quais renderam-lhe a concessão de dois doutorados honorários. Tozer é reputado entre os maiores pregadores de todos os tempos.

“Os homens têm liberdade para tomar decisões em suas escolhas morais, mas também têm necessidade de prestar contas a Deus por essas escolhas” A. W. Tozer.

Anchieta Campos

Acabando com a baixaria

Quem me conhece sabe que primo pelas liberdades individuais, principalmente as de pensamento e expressão, pois a tirania e a opressão sempre serão marcas da ignorância e do temor de se perder o poder.

Agora, sinceramente, existem pessoas que não querem ser contrariadas, mesmo estando afundadas em um lamaçal bastante fundo. Sempre permiti as publicações automáticas e sem moderação dos comentários deste blog, mesmo dos contradizentes e opositores de doutrinas aqui defendidas. Já travei embates sadios com ateus, calvinistas, católicos e testemunhas de Jeová, sempre no campo das idéias e dentro do mais apurado respeito. Mas parece que quando tocamos nas feridas de alguns evangélicos o negócio pega, partem para a ignorância e agressões pessoais, fugindo do campo das idéias e avaliação de ensinos e palavras. Infelizmente os ímpios tem demonstrado mais respeito e serenidade que muitos “cristãos”.

Portanto, para evitar palhaçadas como as ultimamente vistas, de pessoas que não sabem nem fingir, menosprezando a inteligência dos outros ao pensarem que poderiam me enganar e enganar os demais leitores deste blog, ao publicarem vários comentários seguidos em nomes genéricos de pessoas, tentando fazer pensar que vários irmãos estavam contra mim, mas que na verdade todos os comentários partiram de um único computador e de uma única pessoa. Nem se quer tiveram o trabalho de comentarem com algum usuário logado no Google; talvez nem saibam a diferença entre um comentário assinado de modo aberto e outro assinado de modo fechado/logado.

Sendo assim, a partir deste momento, os comentários passam a ser moderados, em respeito aos leitores deste blog, coibindo assim baixarias de pessoas que não tem argumento algum. Comentários anônimos não serão mais aceitos, e comentários assinados de modo aberto serão criteriosamente filtrados.

Viva a liberdade de expressão! Viva ao embate de idéias! Abaixo a censura e aos ataques pessoais infundados!

Honremos a Bíblia! Honremos a Deus!

Encerro repetindo as minhas palavras já publicadas em outrora neste blog:

“Olha, creio que quem lê o meu blog (que já conta com dezenas de estudos e artigos), com o mínimo de atenção e bom senso, percebe claramente que nunca me dirigi pessoalmente a ninguém, nunca ataquei a honra, a moral ou a índole pessoais de quem quer que seja, desde o mais vil herege até o mais inocente irmão que é enganado pelos engodos desta vida fugaz.

Vou dizer, mais uma vez, o que fora dito inúmeras vezes neste espaço: sempre frisei que o que se é para combater são ensinos e práticas que contrariam a absoluta e imutável Palavra de Deus, não importa de onde venham! Mas nunca fiz nem incentivei ninguém a atacar diretamente pessoa alguma. Respeito é algo bom, saudável e que agrada a Deus. Hoje em dia até mesmo a Igreja Católica Romana deixou a força e ignorância de lado e entrou no campo das idéias e do diálogo com as outras religiões (claro que sempre levando um baile de nós protestantes).

Todos os meus artigos são fundamentos na Palavra de Deus, em seus ensinos e princípios que, queiram ou não alguns aceitarem, estão acima de qualquer homem ou instituição. A Palavra de Deus não pode, em hipótese alguma, ser subjugada pela vaidade humana; nós é que temos que aceitá-la, como cristãos ortodoxos e reformados que somos, como nossa Guia Mestra e Autoridade Maior.

Até o presente momento sempre contei com os valorosos apoios de irmãos locais, bem como, digo não para me vangloriar, de nobres pastores/escritores da nossa CPAD e de irmãos da blogosfera cristã, de renome e destaque nacional. Enquanto eu continuar com o apoio destas pessoas sérias, coerentes, de notório saber e cultura bíblica, bem como de irmãos próximos a mim que também contam com uma visão crítica/bíblica apurada, estarei tranqüilo e sossegado, pois a minha consciência estará certa de que estou do lado ortodoxo, do lado que honra a Palavra de Deus acima de tudo.

Sei e estou convicto que sou um filho leal da Assembléia de Deus (igreja que julgo como séria e ortodoxa, mesmo com suas falhas que, ao meu ver, são poucas e não tão importantes), um jovem que honra a minha denominação na figura de sua CGADB e de seu presidente, o nobre pastor José Wellington Bezerra da Costa, bem como na figura da nossa editora confessional, a sempre coerente CPAD, com seus escritos e escritores ortodoxos. Não posso deixar de citar a minha honrosa convenção estadual, a CEMADERN, na figura do nobre pastor Raimundo João de Santana.

E acima de tudo isto que fora citado até o presente momento, digo que o me deixa mais sossegado é saber que a minha consciência sempre esteve (e permanecerá) cativa a Palavra de Deus (como bem disse Lutero), dando prova disto o Espírito Santo que testifica com o meu espírito.Portanto não tenho, sinceramente, para que temer críticas infundadas, claro que respeitando o direito de quem quiser me criticar o fazê-lo. Só peço que quem for se dar ao trabalho de me criticar use de respeito e lance mão de fundamentos sistemáticos (e não soltos) da Palavra de Deus.

Assim sendo, repito: não escrevo para atacar nenhuma pessoa ou instituição, mas sim práticas e ensinos de certas pessoas e instituições que contrariam a absoluta e imutável Palavra de Deus, onde esta sim, eu defenderei até a morte. Quem se sente enquadrado, sinto em dizer, está apenas se entregando e confessando seu erro”.

Com amor e temor,

Anchieta Campos

sábado, 4 de outubro de 2008

Os cheirosos e os fedorentos

Primeiramente gostaria de dizer que qualquer semelhança com nomes e fatos mencionados abaixo são mera coincidência.

Era uma vez o pastor-político Godofredo Tio Luiz do Mel, que desde seu ingresso na vida pública já despertou o alerta na igreja que liderava e demais de sua cidade, de que este negócio de acumular função de pastor com a de político acabaria dando errado.

Pulando três anos de um relativo sucesso, e pulando os últimos 9 meses de um total escândalo, marcado por baixarias, meninices, mentiras e tudo de má fama que poderia atingir um líder evangélico, chegamos então até o último dia 02 de outubro, e o dito pastor-político, já conhecido por seus discursos apimentados e nada cristãos, piores que os discursos dos incrédulos confessionais, para encerrar com chave de ouro, profere a pérola (não a maior da campanha):

“Os eleitores do ‘menino’ são fedorentos, e os eleitores do ‘homem’ são cheirosos”.

O que o dito pastor-político esqueceu é que 80% da igreja que ele “lidera” é eleitora do ‘menino’, tendo assim chamado as suas próprias ovelhas de fedorentas, bem como chamou 55% dos eleitores da cidade de fedorentos.

É... neste caso em particular, eu sou um “grande fedorento” com todo o orgulho! Pois se ser “fedorento” é ser compactuante com a honestidade e seriedade, serei um “eterno fedorento”.

Mesmo sabendo que sou um pecador e falho, extremamente carente da graça de Deus, aprendi com a minha família (sustentáculo da sociedade) que a honestidade, a vergonha na cara e a seriedade, são marcas que se devem fazer presentes na personalidade de pessoas que querem ser respeitadas e admiradas pelos seus próximos e pela sociedade em geral. É isto.

E para encerrar, como os crentes da igreja do dito pastor-político respondem a abordagens de ímpios que dizem “e um pastor pode dizer essas coisas? Pensei que pastor não podia ficar falando assim das pessoas e dizendo essas coisas”? Bem... eu sinceramente não sei mais o que fazer, já cansei de lutar, joguei a toalha, e seja o que Deus quiser do seu povo que se congrega nesta igreja, que, vamos dizer, eu conheço muito bem; creio que entenderam de que igreja estou falando.

Vou encerrar por aqui, mas externando que é forte o meu desejo de dar umas descascadas a mais e dizer mais algumas verdades, mas por aqui já está bom.

Ver também meus posts:

Não toqueis nos meus ungidos?

Zelar pela honestidade

Pastor em ativa e a ocupação de cargo político

A politicagem e sua má influência

Com amor e temor,

Anchieta Campos