domingo, 30 de março de 2008

Frase quase divina – 04

Nesta quarta edição do quadro trago uma frase do memorável batista britânico, Charles Haddon Spurgeon (1834-1892), lembrado até os dias atuais pelas suas inesquecíveis pregações, sendo inclusive lhe atribuído o título de “Príncipe dos pregadores”.

“A graça de Deus não deve ser apresentada enquanto o individuo não sentir o peso da Lei”.

Anchieta Campos

sábado, 29 de março de 2008

É errado usarmos o termo “presidente” para pastores?

É de pleno conhecimento dos assembléianos (pelo menos penso que seja) que a nossa denominação costuma usar o termo “presidente” para designar os pastores das nossas igrejas, principalmente os das grandes igrejas, localizadas em cidades importantes de determinada região de um estado. Particularmente em minha igreja, a Assembléia de Deus em Pau dos Ferros-RN, a qual é a sede do respectivo campo (com 10 cidades ao todo), usamos o termo pastor-presidente para o nosso pastor (o qual é supervisor do já citado campo), tanto em nível local como no sentido de nível regional (campo). Usamos do mesmo modo o termo para o pastor-presidente do estado do Rio Grande do Norte (IEADERN), bem como para o nosso pastor-presidente a nível nacional (CGADB).

Agora fica a pergunta: é errado usarmos estes termos (presidente, supervisor) para os pastores que se encontram em uma situação de maior destaque em questão de liderança? Estaria ocorrendo uma inversão de valores? O espírito de humildade e servidão do verdadeiro cristão (especialmente dos líderes) estaria sendo afetado? Enfim, contraria-se a Bíblia Sagrada o uso destes termos?

Sinceramente, não vejo mal algum no uso destes termos nas situações supracitadas. A Bíblia é cheia de referências onde se aparece o uso do termo “presidente” (1 Sm 19:20; 2 Cr 8:10; 19:11; Ne 11:16,21; 13:4; Jr 20:1); o próprio Deus designou a Davi como presidente (1 Re 8:16). Presidente é aquele que preside, que rege, que governa; o próprio Deus colocou a lua para presidir a noite e o sol para presidir o dia (Sl 136:9).

No Novo Testamento nós vemos recomendações de Paulo em Rm 12:8 “Ou o que exorta, use esse dom em exortar; o que reparte, faça-o com liberalidade; o que preside, com cuidado; o que exercita misericórdia, com alegria” e em 1 Ts 5:12,13 “E rogamo-vos, irmãos, que reconheçais os que trabalham entre vós e que presidem sobre vós no Senhor, e vos admoestam; e que os tenhais em grande estima e amor, por causa da sua obra. Tende paz entre vós”. A Bíblia ainda nos recomenda a obedecermos aos nossos pastores (Hb 13:17), além de nos ensinar a dar honra duplicada aos que governam bem “Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina” 1 Tm 5:17, e darmos honra a quem se deve honra (Rm 13:7). Não é errado o homem receber honra, o próprio Deus honra aos seus (Jo 5:44; 12:26); o próprio Paulo recebeu honras (At 28:10).

Lembremo-nos de Jesus, que mesmo sendo o maior exemplo de humildade e bom trato para com os seus que o mundo já viu, se autodenominou de Senhor e Mestre (Jo 13:13,14), bem como Paulo se reconheceu como Apóstolo que era (Rm 1:1; 11:13; 1 Co 1:1; 9:1,2; 2 Co 1:1; 11:5; Gl 1:1; Ef 1:1; Cl 1:1; 1 Tm 1:1; 2:7; 2 Tm 1:1,11; Tt 1:1), assim como Pedro (1 Pe 1:1; 2 Pe 1:1; 3:2), que também se reconheceu como presbítero (1 Pe 5:1), como também João se reconheceu como presbítero (2 Jo 1:1; 3 Jo 1:1). Por fim, é claro que a recomendação de 1 Pe 5:2,3 (bem como outras) deve ser observada por estes homens que ocupam cargos eclesiásticos de maior destaque.

Portanto, não é errado, algo carnal, ou muito menos pecado o uso de termos como presidente e supervisor para pastores que estão verdadeiramente nestas situações.

Anchieta Campos

quinta-feira, 27 de março de 2008

Devemos usar pães asmos na Ceia das igrejas?

Atualmente tenho visto internet adentro artigos evangélicos que tratam do tipo de pão que deve ser usado na atual Ceia da Igreja. Tenho visto opiniões no sentido de se defender (até o ponto de dizer que é o único modo correto e aceito) o uso de pães asmos (sem fermento) em nossas ceias, que são a Páscoa cristã (ver meu post A verdadeira Páscoa bíblica). Creio que na grande maioria das igrejas evangélicas no Brasil, especialmente nas Assembléias de Deus (falo de onde conheço), o pão usado na Santa Ceia é o pão normal, com fermento; pelo menos aqui em minha igreja é assim.

Neste sucinto artigo mostrarei (biblicamente, óbvio) se a Igreja neo-testamentária está debaixo da obrigação de realizar a Santa Ceia com o pão asmo, conforme o é determinado para Israel na celebração de sua Páscoa.

É bem verdade que os pães asmos (ou ázimos) eram os usados pelos judeus em suas celebrações da Páscoa e dos pães asmos (como o próprio nome já diz). Agora temos que considerar o seguinte: a festa (celebração) com os pães ázimos foi algo estabelecido estritamente para com Israel, como memória da libertação do Egito (cf. Êx 12:14-18); lembre-se também que Jesus e os apóstolos eram judeus (a graça ainda não estava estabelecida), portanto, estavam debaixo da lei para a cumprir, como bem Cristo a cumpriu (Mt 5:17; Lc 2:22,39).

Devemos perceber também que na Páscoa original não havia o vinho, Deus não estabeleceu o vinho na Páscoa original hebraica, e nós bem sabemos que na nossa Ceia (a Ceia da Eclésia) o vinho já é um ingrediente, e ingrediente de suma importância e indispensável para sua celebração e significado; perceba-se que o vinho não fazia parte da celebração pascoal dos judeus no tempo de Jesus, ele estava apenas como um acompanhante, mas não fazia parte da liturgia bíblica original, não fazia parte da memória do êxodo, diferentemente para a Igreja, onde o vinho não é um acompanhante, mas parte essencial da liturgia da Igreja na Ceia, como bem determinou Jesus, onde o vinho relembra categoricamente o Seu sangue puro, que compõe a nossa Páscoa.

Logo, podemos concluir que há sim uma diferença de celebração (litúrgica inclusive) entre a Páscoa judia e a Páscoa cristã. Nos lembremos por fim que Paulo põe para a Igreja um significado bem espiritual e simbólico para o fermento e os ázimos, onde ele diz “Por isso façamos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os ázimos da sinceridade e da verdade” 1 Co 5:8; Paulo diz claramente que o que importa não é o fermento em si e os ázimos em si, mas sim o que eles simbolizam, ou seja, devemos tirar o homem velho e pecador de nós, tirar a maldade e a malícia de nós, para nos revestirmos da sinceridade e da verdade; somente assim a festa (a Páscoa) será verdadeira e válida para com Deus.

Quanto à referência de Malaquias 1:7, freqüentemente usada pelos defensores do uso do pão asmo na Ceia da Igreja, onde eles afirmam que aquele contexto fala de uma profecia referente à Igreja e sua ceia, podemos perceber claramente em uma análise imparcial e sistemática que ali não se trata, em hipótese alguma, de uma palavra profética direcionada para os nossos dias. Vejam bem: “Peso da palavra do Senhor contra Israel (v. 01); nos versos 2 ao 5 o Senhor realiza um paralelo claro entre Israel e Edom (ou Esaú = palestinos); a partir do verso 6 o Senhor começa a exortação contra Israel, mas especificamente contra os sacerdotes, como em que um pai exorta um filho rebelde; esta exortação é clara no sentido de Deus reprovar os sacrifícios que eram ofertados, onde eram ofertados animais aleijados ou doentes (v. 08), o que contraria a Lei de Deus (Lv 22:20-22); no verso 9 quem fala é Malaquias, e ele usa a expressão “suplicai o favor de Deus, e ele terá piedade de nós; Malaquias se refere claramente ao povo de seu tempo. O pão do verso 7 simboliza um alimento para o Senhor (claro que nós sabemos que Deus não precisa se alimentar, é simbólico), com bem fica claro no verso 12, onde se diz “Mas vós o profanais, quando dizeis: A mesa do Senhor é impura, e o seu produto, a sua comida, é desprezível, o pão do verso 7 se refere, neste caso, aos sacrifícios. Nós bem sabemos que na nossa Ceia, como está devidamente estabelecida para a Igreja, o pão e o vinho é alimento para nós, os crentes, e não um ato de oferecimento para com Deus, senão relembrarmos o Cristo que fora oferecido ao Pai, o qual o seu sangue e corpo (simbolizados no vinho e no pão) são alimentos para nós, Igreja, que nos dá vida (Jo 6:31-58). Malaquias encerra dizendo no verso 14 “Pois maldito seja o enganador, que, tendo animal no seu rebanho, promete e oferece ao Senhor uma coisa vil.

Nós aprendemos na hermenêutica que é o Novo Testamente que dá a correta interpretação do Velho. É lógico que todas as passagens do VT podem ser levadas em conta pela igreja para edificação espiritual, quando analisadas com os olhos espirituais, tentando tirar o que determinada passagem nos ensina. Agora, uma passagem ou profecia bíblica vero-testamentária só é dirigida e se aplica integralmente em nossos dias quando a mesma expressamente assim o diz (e.g. Is 2:2; 53:11; Dn 12:4; Joel 2:28-32; Mq 4:1; Ml 3:1-4). É preciso cuidado no paralelo entre as alianças.

Portanto, a Igreja não tem a obrigação bíblica de realizar a sua Ceia com pães asmos. A Bíblia não ordena assim, nem dá margens para assim se entender. Agora, quem quiser realizar com pães asmos não estará pecando, senão quando condenar os que assim não procedem e no fato de fazer este modo como o correto e bíblico, pois não é assim.

Anchieta Campos

segunda-feira, 24 de março de 2008

Comentário deste blogueiro publicado no Blog do Ciro Sanches

Recentemente li no Blog do Pastor Ciro Sanches um artigo intitulado “$ão tanto$ e tanto$ mi$tério$ - parte 3”, para acessar este artigo clique aqui http://cirozibordi.blogspot.com/2008/03/o-tanto-e-tanto-mitrio-parte-3.html.

Ao ler este artigo que retrata a triste realidade que se passa na igreja evangélica no Brasil não resisti e tive que desabafar; deixei um comentário no referido post, apenas com o intuito de compartilhar com o Pastor Ciro os meus sentimentos e tristes fatos que tenho observado nas igrejas que conheço (inclusive a minha); ocorreu que, para a minha surpresa (surpresa boa, lógico), o meu comentário acabou sendo publicado como um post no Blog do Ciro, como sendo o décimo post “O internauta opina”, o que me deixou mui honrado e alegre, visto que o Blog do Pastor Ciro é um dos mais acessados na blogosfera evangélica, além do mesmo ser um reconhecido/renomado escritor e homem de Deus no meio teológico ortodoxo. Tudo para honra e para glória do nome de Jesus.

Para acessarem o post onde meu comentário fora publicado, basta clicar no link http://cirozibordi.blogspot.com/2008/03/o-internauta-opina-10.html.

Anchieta Campos

domingo, 23 de março de 2008

Frase quase divina - 03

Para esta terceira edição do quadro selecionei uma frase do maior expoente metodista, o inglês John Wesley (1703-1791), exemplo de fé, pureza e dedicação para com a obra do Senhor.

“Senhor, dá-me 100 homens que odeiem o pecado e não desejem mais nada além de Ti, então abalarei o mundo”.

Anchieta Campos

quinta-feira, 20 de março de 2008

A verdadeira Páscoa bíblica

A Páscoa (hb. Pesah; gr. Πάσχα -Páska-; lat. Pascha) é uma festa que biblicamente se reveste de uma suma importância e sinal comemorativo/memorativo, tanto para judeus quanto para os cristãos, aonde o seu modo de ser e prática atual (principalmente no meio católico romano) difere bastante de sua realização e significado bíblico, sendo recheada de figuras que realmente não tem nada há ver com o evento, como o “ovo da Páscoa” e “o coelho da Páscoa”, além de certas tradições sem pé nem cabeça, principalmente para a igreja neo-testamentária, como por exemplo a proibição de se comer carne e a malhação do Judas, aonde a figura deste acaba tomando mais destaque que a de Cristo. A data e o culto ao evento fora estabelecida no primeiro Concílio de Nicéia, no ano de 325.

A Páscoa é uma das três festas (conhecidas como ‘festas dos peregrinos’) em que todos os judeus estavam obrigados a participar, juntamente com a festa do Pentecostes e dos Tabernáculos, aonde após a construção do Templo o Senhor ordenou que a Páscoa fosse celebrada em Jerusalém (cf. Dt 16:1-6); antes do Templo os judeus celebravam a Páscoa em suas casas, aonde os pais relembravam e contavam aos seus filhos o milagroso evento da Páscoa, como o destruidor poupou aos hebreus (cf. Êx 12:23-27).

No ano (aproximado) de 1445 a.C., após mais de quatrocentos anos de escravidão no Egito, Deus, por sua infinita graça e amor, resolve libertar o seu povo dessa situação humilhante; para tanto o Senhor sucinta Moisés como líder e libertador do povo judeu e como um “porta-voz” Seu, tanto para os judeus quanto para Faraó. Moisés sob as ordens e autoridade de Deus conclama Faraó a libertar o povo judeu, aonde o mesmo nega-se a tal, seguindo-se assim sucessivas pragas, aonde sempre ao cessar de cada uma delas Faraó voltava atrás e não libertava o povo hebreu (ver o meu post Faraó, predestinação e livre arbítrio). Chegou então o momento da décima e derradeira praga se manifestar, que era a morte de todo o primogênito na terra do Egito, tanto de homens como de animais (cf. Êx 12:12). Mas Deus, para livrar os primogênitos de Israel, instituiu um sinal para o povo hebreu, que os livraria da praga da mortandade dos primogênitos: cada casa deveria tomar para si um cordeiro (se a família fosse pequena para um cordeiro, poderia juntar-se com o vizinho), aonde o cordeiro ou o cabrito deveria ser sem mácula, macho de um ano, sendo sacrificado ao decido quarto dia do primeiro mês, o mês de Abibe, também conhecido como Nisã, que corresponde no nosso calendário gregoriano entre 22 de março e 25 de abril (a data exata do décimo quarto dia de Abibe varia em razão do calendário judeu ser lunar, enquanto o cristão -gregoriano- ser solar); com o sacrifício do cordeiro os hebreus deveriam tomar do seu sangue e passá-lo sobre as ombreiras e na verga da porta de cada casa judia que havia comido do cordeiro; a carne deveria ser comida somente assada e com pães asmos (sem fermento) e ervas amargosas; a ordem era para ser comido todo o cordeiro, mas caso ficasse algo, deveria ser queimado no fogo; sendo assim, o sangue do cordeiro seria por sinal ao Senhor, que pouparia os primogênitos da casa aonde visse o sangue (todo esse cenário conforme Êx 12:1-13). Esta é a Páscoa do Senhor. É claro que o Senhor sabia qual casa era ou não de hebreus, mas todo este cenário serviria justamente para ensinar a obediência ao Senhor, além de ensinar e apontar sobre algo futuro. Por fim o Senhor estabelece a festa da Páscoa como memória, devendo ser realizada anualmente pelos judeus, perpetuamente, no dia quatorze do primeiro mês, na primavera judaica (cf. Êx 12:14; Lv 23:4,5; Nm 9:1-14; 28:16; Dt 16:1-6).

A Páscoa, portanto, fora o evento que marcou a libertação do povo hebreu do Egito e o dia em que foram poupados por Deus do seu justo juízo contra o pecado. E é justamente esse o sentido da palavra Páscoa, do hebraico pesah, que significa “pular além da marca”, “passar por cima”, “poupar”.

Agora, nós aprendemos com a Bíblia que o Novo Testamento, a Nova e Eterna Aliança, nos concede o perfeito entendimento das sombras e alegorias que se encontram no Antigo Testamento (cf. Jo 3:14; Gl 3:15-29; 4:21-31; Cl 2:17; Hb 8:5-13; 9:1-12; 10:1). Assim nós podemos perfeitamente realizar um paralelo entre a Páscoa judia e o sacrifício de Cristo, o qual é o Cordeiro de Deus, sem pecado e sem mácula (2 Co 5:21; Hb 4:15), que morreu pelos nossos pecados (Rm 5:6; Rm 8:34; 1 Co 15:3), aquele Cordeiro que tira o pecado do mundo (Jo 1:29,36), sendo o seu sangue puro e sem pecado a causa da nossa justiça e salvação, nos livrando do juízo que Deus realiza contra o pecado (1 Pe 1:18,19; 1 Jo 1:7; Ap 1:5; 5:9; 7:14; 12:11; Hb 9:12-26; 10:19; 13:12,20; Cl 1:14,20; Ef 1:7; Rm 3:25; 5:9).

Cristo, verdadeiramente, é a nossa Páscoa: “Alimpai-vos, pois, do fermento velho, para que sejais uma nova massa, assim como estais sem fermento. Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós” 1 Co 5:7; o fato de Jesus ter sido crucificado na Páscoa (Mt 26:2; Mc 14:1) já nos mostra a relação simbólica e de efeito entre a Páscoa judia do Egito e o sacrifício de Cristo em nosso favor. Cristo é a nossa libertação do cativeiro do Egito, do cativeiro da escravidão do pecado! Seu sangue puro vertido em seu sacrifício nos garante o livramento da condenação do pecado! Sua morte e ressurreição nos garante uma nova vida cheia de esperança, liberdade e paz, e não mais uma vida de condenação e escravidão que tínhamos no Egito do pecado!

Jesus, como perfeito judeu que fora, realizou a Páscoa em sua vida (Jo 2:13,23). Jesus fora com seus pais a Jerusalém quando tinha seus 12 anos de idade, justamente para celebrar a Páscoa (Lc 2:41,42). A própria Ceia que Jesus realizou com os seus discípulos em Jerusalém, pouco antes de ser preso e crucificado, foi uma refeição da Páscoa (Mt 26:17-28; Mc 14:12-26; Lc 22:8-20).

A Ceia do Senhor é a nossa Páscoa, a Páscoa da Igreja, tendo sido instituída pelo próprio Cristo, com o mesmo intuito de relembrar, só que não relembrar a Páscoa do Egito (mesmo que esta venha à nossa mente, o que é bom), mas sim relembrarmos a sua morte vicária em nosso favor (Lc 22:19; 1 Co 11:23-26). Não necessitamos para se celebrar a Páscoa de fazer que nem fora instituído aos judeus, não precisamos sacrificar um cordeiro sem mácula no décimo quarto dia do mês judaico do Abibe, nem comermos dos pães asmos (sem fermento) e das ervas amargosas, muito menos devemos nos abster de carne como prega o catolicismo romano, até pela razão de a páscoa judia ter sido celebrada com carne assada, como bem ficou exposto até o momento, além de o próprio Deus ter ordenado que não sobrasse nada da carne do cordeiro (Êx 12:9,10); lembre-se ainda que o Rei Josias doou ao povo de Israel para o sacrifício da Páscoa 30 mil cabritos e cordeiros, além de 3 mil bois, também do Rei, sem falar (mas já falando) das ofertas dos príncipes do Rei, que ofertaram também 2.600 reses de gado miúdo, além das ofertas dos chefes dos levitas, que fora de 5 mil reses de gado e 500 bois (cf. 2 Cr 35:7-9)! E tome carne! A abstinência ou não de carne na Páscoa é irrelevante, o erro recai na proibição, como já fora exposto aqui (1 Tm 4:3). O jejum e consagração devem ser voluntários, não forçados e que não se torne conhecido do público, com o fim de ostentação pessoal (1 Co 7:5; Lc 2:37; 18:12; At 14:23; Mt 6:16-18).

A nossa Páscoa, como já fora dito, é Jesus. Celebramos a memória de Cristo toda vida que realizamos a Ceia do Senhor. Devemos celebrar a nossa Páscoa sobre o crivo de 1 Co 11:23-34, sendo bem sintetizado por Paulo em 1 Co 5:8: “Por isso façamos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os ázimos da sinceridade e da verdade”. Toda Ceia é Páscoa! Toda semana é santa, todo dia é santo “Em santidade e justiça perante ele, todos os dias da nossa vida” Lc 1:75 (cf. Lc 9:23; At 2:46; Hb 3:13). Devemos andar em santidade, retidão e temor todos os dias de nossas vidas. Celebrarmos a Páscoa de um modo especial na “semana santa” não é pecado nem errado; podemos usar desta data para relembrarmos (assim como fazemos em toda Santa Ceia) o sacrifício de Cristo em nosso favor, a nossa liberdade do cativeiro do pecado, a fidelidade de Deus para com os judeus, o poder com o qual Deus libertou o povo hebreu; agora, o que não vale mesmo é aderirmos a práticas e tradições humanas (oriundas de culturas não cristãs e judaicas) sem nenhum respaldo bíblico, como são o “ovo da Páscoa” e o “coelho da Páscoa” (frise-se que coelho não põe ovos!), que não passam de símbolos que só vem a roubar o espaço da Páscoa que é unicamente de Cristo, além de não passarem de objetos comerciais, apoiados pelas indústrias que lucram com a data da Páscoa.

Atualmente os judeus continuam a celebrar a Páscoa (chamada de Seder), mesmo com algumas alterações do modo vero-testamentário, aonde não se tem mais o Templo em Jerusalém para a celebração nacional da festa no mesmo (cf. Dt 16:1-6), além de não ser celebrada com o cordeiro assado (cf. Êx 12:9). Mesmo assim ainda ocorre a reunião familiar para a celebração da data, aonde os membros da família retiram-se cerimonialmente das casas e o pai da família narra toda a história do êxodo judeu, conforme os Santos Escritos.

Desejo a todos uma ótima Páscoa! Não somente nessa “semana santa”, mas por toda a nossa vida, adentrando no reino eterno do Cordeiro “Bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do Cordeiro” Ap 19:9.

Anchieta Campos

terça-feira, 18 de março de 2008

Uma pequena exegese de Gênesis 3:15

Vamos transcrever o versículo inteiro e não apenas uma parte do mesmo, para que o entendimento do que ele transmite seja mais puro e original.

“E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” Gn. 3:15.

É incrível a cauterização da mente dos apologistas católicos romanos ao tentar fazer ser o que não é. Todo o contexto do capítulo 3 de Gênesis fala sobre a tentação da primeira mulher (Eva) e do primeiro homem (Adão) por parte de Satanás (serpente). O capítulo fala da queda da humanidade no pecado, reproduz o diálogo que existiu entre Deus, Adão, Eva e Satanás. Os versos 14 e 15 citam as palavras de Deus para a serpente, o verso 15 em particular é uma revelação de muita importância para a fé cristã, nele Deus prediz a morte e derrocada de Satanás contra Cristo; ferir o calcanhar é uma ferida simples, mas ferir a cabeça é uma ferida mortal. A frase “tu lhe ferirás o calcanhar” revela as inúmeras tentativas de Satanás de derrotar a Cristo, na tentação do deserto, na tentação do Jardim do Getsêmani e em muitas outras provações relatadas na Bíblia. Já a frase “te ferirá a cabeça”, revela a investida mortal contra Satanás quando Cristo expirou na cruz, naquele momento o poder do inimigo e do pecado sobre as nossas vidas fora para sempre eliminado, bastando apenas uma fé sincera neste sacrifício para sermos libertos da condenação eterna do pecado (Gl. 5:2-6; Rm 3:21-26; Ef 2:8-9; <...>); vale-se ressaltar que essa fé sincera será exteriorizada, pois quem está em Cristo “nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo” II Co 5:17; “eu te mostrarei a minha fé pelas minhas obras” Tiago 2:18; a fé genuína vem primeiro para justificar e transformar o homem, para depois esse homem passar a ser um imitador de Jesus e ser uma boa pessoa, que pratica o bem; no caso do ladrão da cruz ele não teve oportunidade de mostrar que fora transformado, mas teve o necessário para a salvação, uma fé genuína. Mas essas considerações não vêm ao caso em debate, voltemos à questão inicial.

Para compreendermos realmente as pessoas do verso 15 basta apenas uma análise imparcial do mesmo. Vejamos:

“E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente [a semente da serpente, i.e., os seguidores de satanás e a sua influência maligna] e a sua semente [Jesus Cristo, Deus encarnado homem, nascido de mulher]; esta [Jesus Cristo] te ferirá a cabeça [ferida mortal de Cristo contra Satanás], e tu [a serpente, satanás] lhe ferirás o calcanhar [ferida simples, não mortal; as tentações].

Destarte um simples conhecimento de Língua Portuguesa resolveria a questão sem maiores problemas, pois o termo “esta” designa a última pessoa da sentença anterior, e essa pessoa é “a sua semente”, ou seja, Jesus Cristo! Se o termo fosse “essa”, aí o escritor teria se referido a pessoa mais distante, que seria a “mulher”.

Anchieta Campos

segunda-feira, 17 de março de 2008

Frase quase divina – 02

É verdade, hoje não é domingo, mas segunda! O quadro “Frase quase divina”, por motivos de inviabilidade de tempo da minha parte, aonde este domingo realizei prova de concurso (motivo pelo qual estava um pouco distante do blog, mas voltarei à ativa), fiquei preso por horas esperando uma chuva passar (e não passou), resultando que tive que encará-la em minha moto e me molhar todo, enfim, por essas e outras, restou para hoje o post que é filho do domingo.

Para esta segunda edição escolhi uma frase do Pastor e blogueiro Altair Germano, que, dentre outros cargos, é Superintendente da Escola Bíblica Dominical da Assembléia de Deus em Abreu e Lima-PE. A frase conceitua com brilhantismo o papel e importância dos blogs para os escritores e pensadores cristãos.

“Blogs são, em muitos casos, o espaço dos que não tem espaço, a voz dos que não tem voz, o púlpito dos que não tem púlpito” Altair Germano.

O blog do Pastor Altair é http://altairgermano.blogspot.com/.

Anchieta Campos

sexta-feira, 14 de março de 2008

História sucinta das denominações protestantes no mundo e no Brasil

Irei tecer neste post uma sucinta (mas sucinta mesmo) história das principais e maiores denominações protestantes, tanto as da chamada linha tradicional/histórica e as pentecostais. O povo de Deus precisa conhecer (nem que seja sucintamente) a história das denominações que vemos hoje no Brasil e no mundo.

A estrutura literária fugirá um pouco do cunho teológico, apegando-se principalmente ao estilo pedagógico, até pela razão de que esta publicação ser estritamente informativa.

IGREJA ANGLICANA
A Igreja Anglicana é a Igreja oficial da Inglaterra, fundada pelo rei Henrique VIII no ano de 1534 (período da Reforma) ao romper com a Igreja Católica Romana. É a Igreja não-católica com maior proximidade de doutrina, culto e prática da igreja de Roma. Realizando uma verdadeira mistura entre o catolicismo romano e o protestantismo, a doutrina atual da Igreja Anglicana, inspirada como toda e qualquer igreja protestante, baseia-se fundamentalmente na Bíblia, e nos Trinta e Nove Artigos, que pretendia definir os limites da doutrina da Igreja Anglicana em comparação a doutrina da Igreja Católica Romana, e no Book of Common Prayer (livro de orações habituais), que contém os antigos credos de um cristianismo não dividido. A religião anglicana difere da católica principalmente por negar a autoridade do papa, além de autorizar a ordenação de mulheres como sacerdotes, bem como negar a adoração e o uso de imagens e santos, permitir o casamento entre os membros do seu ministério, além de ter absorvido muitos outros ensinamentos pregados pela reforma protestante, o que a caracteriza nos dias atuais como pertencente a tal grupo, apesar de ter mantido muitas tradições da Igreja Católica. Partindo da Inglaterra a Igreja Anglicana se difunde pelas colônias inglesas, principalmente na América do Norte.
Ela chega ao Brasil pelo Rio de Janeiro através de missionários norte-americanos no ano de 1818. Em 1890 é fundada em Porto Alegre (RS) por missionários americanos a Igreja Anglicana Episcopal do Brasil. De acordo com estimativas da própria igreja, em 2001 havia 106,4 mil adeptos em todo o país.

IGREJA LUTERANA
Fundada pelo teólogo, ex-padre e maior expoente da reforma protestante, Martinho Lutero (1483-1546), é uma das primeiras igrejas a serem fundadas pelo movimento reformador do século XVI. O luteranismo proclama a autoridade definitiva e suprema da Palavra de Deus. A salvação é um presente da graça soberana de Deus realizada pela fé irrestrita no único Salvador, Jesus Cristo; o que é a única forma para se chegar à salvação. Como primeira igreja reformada, é a primeira igreja a abolir o culto as imagens da “Virgem Maria” e dos santos.
A Bíblia é considerada o núcleo fundamental do culto luterano. O luteranismo também recomenda a consulta aos Livros Apócrifos do Antigo Testamento e aceita a autoridade dos três credos ecumênicos (Apóstolos, Nicéia e Atanásio), contidos no Livro da Concórdia. Os sacramentos foram reduzidos ao batismo e à eucaristia porque, segundo a interpretação luterana (e do protestantismo como um todo) das Escrituras, somente estes dois foram instituídos por Cristo. Sem alterar demais a estrutura da missa medieval, o luteranismo estimulou a participação comunitária no culto. Ao contrário dos sacerdotes católicos romanos, o clero luterano pôde contrair matrimônio. Ocorre também à suspensão do latim e o inicio da língua natural de cada localidade nos cultos e a disseminação da Bíblia em língua nativa para os fiéis.
No que se refere à organização e ao governo da Igreja, as comunidades luteranas européias estão vinculadas a seus respectivos governos como igrejas oficiais. Nos países não-europeus, as igrejas são organizações religiosas voluntárias.
As primeiras comunidades luteranas de imigrantes alemães se estabelecem no Brasil a partir de 1824, principalmente no sul do país. O primeiro templo luterano brasileiro é construído em 1829, na cidade de Campo Bom (RS). Das correntes luteranas no Brasil, a maior e mais antiga no país é a Igreja Evangélica de Confissão Luterana do Brasil (IECLB). Os luteranos mantém no sul do país a ULBRA (Universidade Luterana do Brasil).
De acordo com o Censo de 2000, há pouco mais de 1 milhão de luteranos no país; um aumento apenas vegetativo de adeptos em relação ao Censo de 1991, que apontava praticamente o mesmo valor.

IGREJA PRESBITERIANA
Presbiteriana, uma das Igrejas do movimento reformador. A Igreja Presbiteriana é fundada pelo escocês John Knox. As Igrejas desta tradição originaram-se na Reforma protestante do século XVI, tendo como raíz do presbiterianismo a teologia do reformador francês João Calvino (1509-1564), contemporâneo de Martinho Lutero, cujo objetivo era estabelecer uma Igreja governada pelo princípio do Novo Testamento, que fala do dever do ancião. Calvino, contudo, não insistiu que o presbiterianismo fosse a única forma de governo permitida pela Bíblia. Sua doutrina é ligeiramente mais rigorosa do que a luterana, especialmente quanto ao comportamento dos fiéis.
Embora a Bíblia seja a autoridade máxima, as Igrejas Presbiterianas também são conhecidas como Igrejas Confessionais, por emitirem declarações sobre teologia e práticas eclesiásticas. O culto presbiteriano permite flexibilidade nas formas e práticas, mas baseia-se na definição de Calvino sobre as características da Igreja: a proclamação do Evangelho e a celebração dos sacramentos.
A Igreja Presbiteriana do Brasil, maior dentre as Presbiterianas, é fundada em 1863, no Rio de Janeiro, pelo missionário norte-americano Ashbel Simonton. Os presbiterianos mantém em São Paulo uma das mais importantes universidades privadas do Brasil, a Mackenzie.
Na década de 1970 surgem grupos com características pentecostais, como a Igreja Cristã Presbiteriana, a Igreja Presbiteriana Renovada e a Igreja Cristã Reformada, que foram os principais responsáveis pelo crescimento do grupo.
De acordo com o Censo de 1991 os presbiterianos somavam 703 mil pessoas; no Censo de 2000, esse número passou para 981 mil presbiterianos no Brasil.

IGREJA METODISTA
Movimento protestante que data de 1740, oriundo de uma dissidência da Igreja Anglicana, quando um grupo de estudantes da Universidade de Oxford (Inglaterra) começou a reunir-se para praticar o culto e os serviços cristãos. Deram ao grupo o nome de ‘Clube Santo’ e a seus membros de ‘metodistas’, pela forma metódica com que realizavam suas práticas religiosas. Dentro do grupo de Oxford estavam John Wesley, considerado o fundador do metodismo, e seu irmão Charles. Os irmãos Wesley apoiavam-se no arminianismo e rejeitavam a ênfase calvinista na predestinação. Eram partidários da doutrina da perfeição cristã e da salvação pessoal por meio da fé. Seus adeptos dão ênfase à santificação e acreditam na capacidade do ser humano de purificar-se perante Deus, abrindo mão de prazeres mundanos e buscando a salvação de forma disciplinada; foi uma das primeiras igrejas a adotarem a idéia de salvação condicional.
Pouco tempo depois da morte de John Wesley em 1791, seus seguidores começaram a dividir-se em vários grupos religiosos, com pequenas diferenças doutrinárias/interpretativas, mas todos com a Bíblia como centro da doutrina e base para a prática do culto. Em 1881 realizou-se uma conferência metodista ecumênica com o objetivo de coordenar os distintos grupos espalhados pelo mundo. Desde então e a cada determinado tempo, fazem esse tipo de reunião. Os metodistas admitem os dois sacramentos preservados pela reforma: o batismo e ‘a Ceia do Senhor’, que pode ser interpretada de duas formas: uma, para celebrar a presença de Cristo e outra para manter o estrito sentido comemorativo.
Os Metodistas foram um dos primeiros grupos protestantes a chegar no Brasil, tentando se fixarem no Rio de Janeiro em 1835, sendo que a primeira Igreja Metodista brasileira é fundada em 1876, por John James Ranson, no Rio de Janeiro.
No Censo de 1991 os metodistas totalizavam 138 mil fiéis; já no Censo de 2000, esse número pulou aproximadamente para 341 mil metodistas no país.

IGREJA BATISTA
Grupo protestante originado em Londres, no ano de 1611, por iniciativa de um grupo de luteranos liderados por Thomas Helwys. Seus membros aceitam os princípios básicos da Reforma Protestante do século XVI, embora tenham sido a primeira denominação a acrescentar outras crenças e práticas, que incluem, inclusive, o batismo, ministrado somente a adultos e por imersão, mediante a confissão de fé, além da separação da igreja e o estado e a autonomia das igrejas locais. A importância dos batistas provém da ênfase especial que colocam nestas e noutras crenças, como também no grande número de membros. A Bíblia para eles também é o centro da doutrina.
Os primeiros batistas chegam ao Brasil fugindo da Guerra Civil Americana (1961-1865) e se estabelecem no interior de São Paulo, na cidade de Santa Bárbara d’Oeste (SP), onde fundam a primeira Igreja Batista no Brasil, de língua inglesa, no ano de 1871. No ano de 1881 desembarcam em Salvador os primeiros missionários batistas, e criam, no ano seguinte, a Primeira Igreja Batista do Brasil. Em 1907 lançam a Convenção Batista Brasileira.
A grande maioria dos batistas (quase 30 milhões por volta da década de 1980) está repartida dentro de 27 grupos nos Estados Unidos, país onde constituem entre um terço e a metade de toda a população protestante.
De acordo com o Censo de 1991 os batistas somavam 1,5 milhão de membros; no Censo de 2000, o número subiu para 3,1 milhões de batistas no Brasil.


ASSEMBLÉIA DE DEUS
É a maior igreja evangélica da América Latina e a maior de caráter pentecostal do mundo; foi a segunda igreja pentecostal a surgir no Brasil. É fundada em Belém (PA) em 1911, pelos suecos Daniel Berg e Gunnar Vingren, ex-batistas oriundos dos Estados Unidos, de onde a Igreja se espalha por todo o território nacional brasileiro e se caracteriza por um grande crescimento. No início dos anos 20, cria-se a Assembléia de Deus no Rio de Janeiro, que passa a ser sede do grupo; posteriormente cria-se a Convenção Geral das Assembléias de Deus do Brasil (CGADB), que rege a união e a base doutrinária dos ministérios que compõem a Assembléia de Deus e que em seguida viria a fundar a Casa Publicadora das Assembléias de Deus (CPAD), a maior editora evangélica da América Latina.
Em 1991, a igreja contava com 2,4 milhões de fiéis; no Censo de 2000 esse número passou para 8,4 milhões; estimativas atuais apontam para valores em torno de 20 milhões de membros. Seus cultos são marcados por hinos de louvores, tanto de crianças, jovens e mulheres, pelo longo sermão do obreiro, baseado em uma passagem bíblica (Leitura Oficial) e por um intenso fervor dos fiéis, além da manifestação dos dons espirituais, como o de línguas estranhas, profecias e curas.

CONGREGAÇÃO CRISTÃ NO BRASIL
Primeira igreja pentecostal instituída no país. Surge em 1910 por iniciativa do italiano Luigi Francescon, de origem presbiteriana, que vem dos Estados Unidos para ensinar imigrantes na América Latina. Começa a pregar em Santo Antônio da Platina (PR) e na capital paulista. Nos primeiros 20 anos, a igreja restringe-se aos imigrantes italianos e a seus descendentes. Está concentrada na região sudeste, principalmente em São Paulo. Crêem no batismo com Espírito Santo e em seus dons. É conhecida por seu extremismo em algumas questões doutrinárias e no seu mal relacionamento com as outras denominações evangélicas, em especial com a Assembléia de Deus.
No Censo de 1991 a igreja contava com 1,6 milhão de fiéis, no Censo de 2000, o número subiu para 2,4 milhões de adeptos da Congregação Cristã no Brasil.

EVANGELHO QUADRANGULAR
Fundada por Aimée McPherson em 1927 nos Estados Unidos, chegando ao Brasil em 1953 na capital paulista pelos missionários norte-americanos Harold Williams e Raymond Boatright. Um ano antes eles haviam conduzido a Cruzada Nacional de Evangelização e pregado em todo o país. O nome enfatiza os quatro ministérios de Cristo: o que salva, batiza com o Espírito Santo, cura e o Rei que vai voltar.
De acordo com o Censo de 1991, a Igreja do Evangelho Quadrangular contava com 360 mil fiéis, no Censo de 2000 esse número saltou para 1,3 milhão de adeptos. Sua presença é mais forte nas regiões Sul e Sudeste, principalmente no estado de São Paulo. Enfatiza o batismo no Espírito Santo e seus dons.

DEUS É AMOR
Criada por David Miranda em 1962 na cidade de São Paulo, por uma divisão dentro da Assembléia de Deus, mantém sede mundial na cidade de São Paulo. A igreja é de cunho pentecostal (como bem está escrito no seu nome), crendo no batismo no Espírito Santo e seus respectivos dons. Dá-se ênfase em seus cultos principalmente as curas.
Segundo o Censo de 1991, a igreja contava com 169 mil fiéis, com o Censo de 2000 esse número saltou para 774,8 mil adeptos. Predomina nos estados do Sul e do Sudeste, principalmente em São Paulo e no Paraná. Segundo dados da própria igreja a Deus é Amor possui cerca de 11 mil templos espalhados pelo território nacional, além de marcar presença em mais de 136 países.

Anchieta Campos

domingo, 9 de março de 2008

Frase quase divina - 01

A partir de hoje (09/03/08) o Blog do Anchieta contará com o quadro “Frase quase divina”, aonde todo domingo será postada uma frase quase divina dita por homens e mulheres de Deus, usados por Ele durante o curso da história da Igreja nesta terra.

O título “frase quase divina” faz alusão à falibilidade do homem, conseqüentemente de suas palavras e pensamentos (Jo 7:24; 1 Co 14:29; Tg 3:2), além de reforçar a doutrina da inerrância e infalibilidade da Bíblia Sagrada, sendo essa sim a única profecia e palavra perfeita de Deus para os homens, a qual nunca falhará e não está passível de julgamento, mas sim de interpretação e observância (Jr 1:12; Mc 13:31; At 17:11; 2 Tm 3:16; Hb 4:12; 1 Pe 1:21). A inspiração sobrenatural do Divino se deu para os escritos bíblicos somente (Ap 22:18,19), os homens e mulheres de Deus que falaram (e ainda falam) após o fechamento do cânon bíblico, falam sobre o impulso (e não inspiração) do Espírito Santo, por isso que suas palavras são passíveis de julgamento e análise bíblica, como bem fica claro pelas referências bíblicas já citadas. Agora é bem verdade que muitos homens e mulheres de Deus proferiram palavras, ensinos e frases impulsionados pelo Espírito Santo de Deus durante todo o curso da Igreja, confirmando e reforçando os ensinos bíblicos, além de trazer uma palavra especial da parte de Deus para a sua Igreja (claro, sem contrariar e acrescentar nada a Bíblia Sagrada).

A frase escolhida para iniciar este quadro é do expoente maior da Reforma Protestante, o alemão Martinho Lutero.

“Fiz uma aliança com Deus: que Ele não me mande visões, nem sonhos nem mesmo anjos. Estou satisfeito com o dom das Escrituras Sagradas, que me dão instrução abundante e tudo o que preciso conhecer tanto para esta vida quanto para a que há de vir”. Martin Luther.

Anchieta Campos

sábado, 8 de março de 2008

Batismo apenas em nome de Jesus?

Um dos pontos unicistas que eles usam para tentar refutar o ensino da Trindade é alegar que os discípulos da Igreja Apostólica batizavam apenas "em nome de Jesus", e não em Nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Eles formulam este ensino herético ao realizarem uma eixegese (e não exegese) de versos isolados, arrancando o contexto e assassinando a sistemática bíblica e os princípios hermenêuticos. Os versos usados por eles são At 2:38 e At 8:16.

O batismo é, incontestavelmente, para ser realizado em NOME do Pai, E do Filho, E do Espírito Santo, como bem DETERMINOU o Senhor JESUS em Mt 28:19. Oras, Jesus sabia mais do que ninguém o que deveria ser feito e/ou ensinado. Quando a Bíblia fala em batismo "em nome de Jesus", não se refere ao modo prático de como ele fora realizado, mas sim sob o enfoque espiritual. A ênfase cai sobre a autoridade recebida pelos discípulos por parte do próprio Cristo para batizar. Fora Jesus que dissera como deveria ser o batismo, e fora Ele que comissionara os discípulos para fazerem esta obra. Quando se diz "em nome de Jesus", se quer dizer "sob a autoridade de Jesus". Em Lc 10:19,20 Jesus afirmou que dava poder (ou autoridade) para os discípulos pisarem e sujeitarem os demônios, e em At 16:18 vemos Paulo expulsando o espírito de advinhação da jovem, e como ele expulsou? Ele expulsou em "nome de Jesus", ou seja, sob a autoridade de Jesus, sob o poder que Jesus concedera em Lucasc 10. Ainda em Mc 13:34 Jesus nos mostra que Ele dera autoridade para os seus discípulos fazerem a obra.

No demais, o próprio Cristo afirmou que tudo o que pedirmos em seu Nome, Ele o fará (Jo 14:13,14); portanto, quando se diz que eram batizados em nome de Jesus, e pessoas curadas em nome de Jesus, vemos aí também um pedido conforme o ensino de Cristo, para que aqueles batismos fossem realmente aceitos por Deus Pai e que os espíritos fossem realmente expulsos. Por fim, cabem as palavras do Apóstolo Paulo em Colossenses 3:17: "E tudo quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai". Aqui está clara a idéia já exposta do uso da autoridade que Jesus deixou, além de se separar as Pessoas do Pai da de Jesus.

Encerrando, mesmo fazendo-se um esforço mirabolante para se crer que os batismos eram mesmo realizados apenas em "nome de Jesus", as palavras do PRÓPRIO JESUS não seriam com isso anuladas e colocadas debaixo das palavras dos discípulos! Mesmo aceitando-se esta "verdade" do batismo unicista (que é impossível de ser a verdade bíblica), as palavras e ensinos de Cristo permanecem superiores e com mais valor da que as dos discípulos! A Palavra de Deus está acima das práticas e ensinos humanos!

Anchieta Campos

quinta-feira, 6 de março de 2008

Uma sucinta análise bíblica do homossexualismo

Primeiramente cabe destacar que cada indivíduo tem a faculdade de escolher aquilo que lhe aprouver, realizar as suas escolhas, isso nas mais variadas áreas da nossa vida humana. Como bem já ficou exposto neste blog em outras postagens, Deus dotou o homem do livre arbítrio, possibilitando ao mesmo realizar suas escolhas de vida. O objetivo deste artigo não é outro senão mostrar a verdade bíblica sobre o homossexualismo, o que é dever de todos os conhecedores da Palavra, bem como as conseqüências que esta escolha trará.

Um artigo como este, mesmo o tema já tendo sido abordado por muitos sites e blogs apologistas da fé cristã, sempre é bom ser exposto, haja vista as igrejas “evangélicas” homossexuais estarem se difundindo cada vez mais, alegando não ser pecado nem muito menos condenado por Deus a prática homossexual. Devemos estar atuantes na defesa da fé para que casos como o do casamento de um ex-pastor da Igreja Universal com um filho de pastor da Assembléia de Deus (ver http://altairgermano.blogspot.com/2008/01/ex-pastor-da-igreja-universal-casa-se.html) não venham a se tornar mais comuns e muito menos confundir a mente dos novos convertidos.

O homossexualismo (bem como o bissexualismo) é uma realidade que há tempos se faz presente na humanidade. O próprio relato bíblico de Gênesis nos mostra que o homossexualismo já era imperante na cidade de Sodoma (nome derivado de ‘sodomia’, i.e., a prática de atos homossexuais) cf. Gn 19:1-11, sendo os homens de Sodoma chamados por Deus de maus e de grandes pecadores (Gn 13:13). Como conseqüência de suas práticas pecaminosas, Sodoma e Gomorra receberam o juízo a que fizeram jus, sendo destruídas com enxofre e fogo (cf. Gn 19:24,25,28).

O nosso Deus, com a sua infinita soberania e poder sobre tudo e todos, como Criador de todas as coisas, estabeleceu seus justos, santos, amáveis e naturais preceitos, aos quais devemos observância e amor para não sermos condenados (Sl 119:4,7,9,11,15-18,32,33,35,174; Pv 13:13; Jr 15:16; Jo 14:15,21,24). Dentre estes preceitos encontra-se o da união sexual apenas entre o homem e a mulher, como bem criou o nosso Deus e estabeleceu como o padrão natural da raça humana (bem como de todas as demais criaturas). A mulher fora criada para ser a companheira do homem, para que o mesmo não ficasse só (Gn 2:18), sendo que o próprio Deus estabeleceu o casamento entre o homem e a mulher, com o fim de que ambos se tornem uma só carne (Gn 2:24) e continuem a dar progressão a raça humana “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. E Deus os abençoou, e Deus lhes disse: Frutificai e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra. E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom” Gênesis 1:27,28,31.

A geração da vida humana (bem como a de 99% dos animais) somente pode-se dar através da interação entre o homem e a mulher (macho e fêmea nos animais), nunca entre homem e homem ou mulher e mulher. Isso é um fato biológico, científico e natural, ao qual não se pode fugir! O homossexualismo prega contra a própria natureza humana, contra a perpetuação da espécie, contra o prazer que a união sexual entre homem e mulher concede. As tribos e nações que pregam e praticam o homossexualismo estão fadadas a desapareceram do mapa.

Vemos em toda a Bíblia a condenação divina da prática homossexual. Na lei vemos Deus estabelecendo a regra heterossexual como o padrão de santidade e pudor, repugnando as práticas homossexuais: “Quando também um homem se deitar com outro homem, como com mulher, ambos fizeram abominação; certamente morrerão; o seu sangue será sobre eles” Lv 20:13 e ainda “Não haverá prostituta dentre as filhas de Israel; nem haverá sodomita dentre os filhos de Israel” Dt 23:17. Na nova e eterna aliança, a qual nos serve de padrão para compreendermos corretamente a antiga (Gl 3:15-29; 4:21-31; Cl 2:17; Hb 8:5-13; 9:1-12; 10:1), o ensino contrário ao homossexualismo permanece firme e forte, tendo como principal expoente o Apóstolo Paulo, aonde ele escreve que os sodomitas não herdarão o reino de Deus, i.e., não serão salvos: “Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus? Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas” 1 Co 6:9, e também afirma que a lei são para os injustos e para tudo aquilo que é contrário a sã doutrina, incluindo aí os sodomitas “Sabendo isto, que a lei não é feita para o justo, mas para os injustos e obstinados, para os ímpios e pecadores, para os profanos e irreligiosos, para os parricidas e matricidas, para os homicidas, para os devassos, para os sodomitas, para os roubadores de homens, para os mentirosos, para os perjuros, e para o que for contrário à sã doutrina” 1 Tm 1:8-10.

Alguns homossexuais “evangélicos”, ou mesmo aqueles que não são, mas que tem um certo conhecimento bíblico, alegam que o importante é o amor, aonde amando-se tudo fica puro e agradável perante Deus. Mas não é bem assim que vemos na Bíblia Sagrada. A Palavra nos mostra que a salvação é para quem ama a Deus (2 Co 2:9), sendo o amor a Deus o primeiro e grande mandamento (Mt 22:36-38). Vemos ainda que a característica daquele que ama a Deus é guardar os ensinos de Cristo, como bem afirmou Ele “Se me amais, guardai os meus mandamentos. Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado de meu Pai, e eu o amarei, e me manifestarei a ele” João 14:15,21, e confirmou o Apóstolo João “E nisto sabemos que o conhecemos: se guardarmos os seus mandamentos. Aquele que diz: Eu conheço-o, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade. Mas qualquer que guarda a sua palavra, o amor de Deus está nele verdadeiramente aperfeiçoado; nisto conhecemos que estamos nele” 1 Jo 2:3-5.

Agora podemos perceber quem são aqueles que amam a Deus e que serão alvo de sua companhia eterna (ou seja, a salvação), são aqueles que guardam os mandamentos de Cristo e a sua Palavra. Mas porque assim? Oras, “Porventura andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” Amós 3:3 e “porque, que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas? E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel?” 2 Co 6:14,15. O raciocínio aqui é simples e bem conhecedor do ser humano: ninguém quer estar ao lado quem não lhe ama. E com Deus não é diferente. “Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós” Tiago 4:8. Entristecer a Deus, indo contra a sua criação, contra a natureza que Ele estabeleceu, contra a Palavra que Ele deixou escrita para nós, isso sem sombra de dúvidas é não amar a Deus.

Seguir nossos próprios preceitos e gostos à parte dos ensinos bíblicos não é nada recomendável pelo o que já fora exposto até aqui, e as palavras de Salomão apenas vem confirmar esse ensino: “FILHO meu, não te esqueças da minha lei, e o teu coração guarde os meus mandamentos. Porque eles aumentarão os teus dias e te acrescentarão anos de vida e paz. Não te desamparem a benignidade e a fidelidade; ata-as ao teu pescoço; escreve-as na tábua do teu coração. E acharás graça e bom entendimento aos olhos de Deus e do homem. Confia no SENHOR de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas veredas. Não sejas sábio a teus próprios olhos; teme ao SENHOR e aparta-te do mal. Isto será saúde para o teu âmago, e medula para os teus ossos” Pv 3:1-8.

Por fim, cabe citar o prólogo de Paulo no início da carta aos romanos, que é um dos mais completos sobre o tema:

“Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça. Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si; Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém. Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro. E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm” Romanos 1:18-28.

Não somos contra os homossexuais, mas sim contra o homossexualismo. Nós, os evangélicos, amamos aos homossexuais, como bem também Deus os ama, mas é nosso dever alertá-los do erro (Ez 3:18,19). Deus é amor, mas um dia seu amor e paciência cessarão, revelando a sua ira e indignação contra o pecado e com os que cometem iniqüidade (Jr 15:6; Ez 44:22; Is 30:27; Hb 10:31; 12:29; Mt 7:23; 25:41).

Ainda há solução e esperança para todos os homossexuais. Deus ainda está de braços abertos para recebê-los, bem como a todos os pecadores.

“Chegai-vos a Deus, e ele se chegará a vós. Alimpai as mãos, pecadores; e, vós de duplo ânimo, purificai os corações” Tiago 4:8.

“Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do SENHOR” Atos 3:19.

“Lavai-vos, purificai-vos, tirai a maldade de vossos atos de diante dos meus olhos; cessai de fazer mal. Aprendei a fazer bem; procurai o que é justo; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas. Vinde então, e argüi-me, diz o SENHOR: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã” Isaías 1:16-18.

Com amor em Cristo,

Anchieta Campos

Em defesa da CGADB e do Ministério bíblico

Dois sábados atrás (23/02) me deparei com uma propaganda, logo após o programa “Movimento Pentecostal” da CGADB/CPAD, transmitido pela RedeTV, de um curso de Pastor, com “carteirinha de Pastor” e tudo mais que tem “direito”, tudo reconhecido (e promovido) por uma tal de CGIADB (mais uma?!), a mais nova “Convenção Geral” que usa o tão abençoado e conhecido nome da Assembléia de Deus. O que me chamou a atenção é que o “curso profissionalizante” da referida instituição dura apenas 6 (seis) meses (pense numa velocidade)! Outro fato interessante (engraçado) é a propaganda que eles usavam: “vocês que tem um chamado de Deus e não tem oportunidade em sua igreja, venha! Faça o seu curso de Pastor conosco e tenha uma igreja com mais de 500 membros!”. Acho que eles devem usar o método de células do G12 para chegar a um número assim!

Eu já havia lido algo a respeito da referida “convenção” e do “curso de Pastor”, mas fazia tempo e pensava que o negócio havia silenciado, até me deparar com a dita propaganda. Mas o que me deixou alegre fora a resposta, ou melhor, as respostas dadas a esse grupo, ambas neste último sábado (01/03); a primeira vinda no programa “Vitória em Cristo” do Pr. Silas Malafaia (2º Tesoureiro da CGADB), aonde o mesmo censurou no final do programa o modo de promoção e ordenação de pastores por meios fáceis, ilegítimos e anti-bíblicos. Logo em seguida o programa “Movimento Pentecostal” abriu e encerrou o seu horário com também um alerta sobre a referida instituição e seus modos nada bíblicos para promoção de pastores, líderes e formação de novas denominações evangélicas (que já são ‘poucas’ não?!), realizando uma verdadeira apologia à rebeldia, divisão e interesses seculares.

Nada contra o crescimento e expansão da obra do Senhor, mas o que tem de “ministérios” que usam o nome da Assembléia de Deus não é pouca coisa. E se formos para as demais denominações, ‘vixe’, aí é que piora o negócio! São milhares, milhares mesmo em todo o Brasil. E a cada dia nascem outras dezenas. Agora eu pergunto: Deus está mesmo no meio disso? A resposta para o mais simples leitor da Bíblia é: com certeza que não! Essas divisões e inumeráveis denominações não passam de escândalo para os ímpios e de motivo de confusões, dúvidas e desvios para os novos convertidos, além de muitos “maduros” na fé. Tudo tem limite! Esse exagero denominacional foge dos padrões éticos e morais, bem como da idéia de Cristo para a sua Igreja. Todo este cenário é o fruto do afastamento da Palavra por parte de muitas igrejas, com heresias e ensinos que desestabilizam a unidade que é encontrada e sustentada apenas na Palavra de Deus (Rm 16:17,18).

“Sede unânimes entre vós; não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios em vós mesmos” Rm 12:16.

“Rogo-vos, porém, irmãos, pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo, que digais todos uma mesma coisa, e que não haja entre vós dissensões; antes sejais unidos em um mesmo pensamento e em um mesmo parecer” 1 Co 1:10.

“Mas vós, amados, lembrai-vos das palavras que vos foram preditas pelos apóstolos de nosso Senhor Jesus Cristo; Os quais vos diziam que nos últimos tempos haveria escarnecedores que andariam segundo as suas ímpias concupiscências. Estes são os que causam divisões” Jd 1:17-19.

“Não nos gloriando fora da medida nos trabalhos alheios; antes tendo esperança de que, crescendo a vossa fé, seremos abundantemente engrandecidos entre vós, conforme a nossa regra, para anunciar o evangelho nos lugares que estão além de vós e não em campo de outrem, para não nos gloriarmos no que estava já preparado” 2 Co 10:15,16.

Segue-se abaixo o alerta veiculado no “Mensageiro da Paz” de março, o qual é basicamente o alerta veiculado no “Movimento Pentecostal”:

“Tendo em vista a divulgação de certa entidade, de nome congênere à Convenção Geral das Assembléia de Deus no Brasil (CGADB), com a nítida intenção de aproveitar-se disso, informamos:

1) Não temos qualquer vínculo com essa entidade bem como com seus representantes;
2) Não a reconhecemos;
3) Não cobramos ou divulgamos publicamente arrecadação de fundos;
4) Não reconhecemos e tampouco aprovamos essa forma de diplomação ou nomeação de ministro, totalmente antiética e anti-bíblica;
5) Não incentivamos nenhum obreiro, auxiliar de trabalho ou cooperador à rebeldia, a procurar meios escusos para chegar ao ministério, pois devemos seguir os preceitos bíblicos que alerta:

“... sejam primeiro provados, depois sirvam, se forem irrepreensíveis”; “Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade” e “E ninguém toma para si essa honra, senão o que é chamado por Deus, como Arão”, 1Tm 2.15; 2Tm 3.10 e Hb 5.4.

Alertamos a todos os nossos membros, em especial líderes de Convenções Regionais e Ministérios, a que informe seus ministros, oficiais e auxiliares em geral, para que não cedam às essas práticas, pois nenhum curso que não seja autorizado pela CGADB será por ela reconhecido.

Pr. José Wellington Bezerra da Costa
Presidente”

Com amor em Cristo e querendo ver sempre o bem para a Igreja do Senhor,

Anchieta Campos