segunda-feira, 31 de dezembro de 2007

Grato por 2007, pronto para 2008.

"Os meus tempos estão nas tuas mãos" Salmo 31:15.

É incrível como os tempos estão passando ligeiro. Parece-me que foi ontem o culto de ano na minha amada Assembléia de Deus, aonde tive a oportunidade de no dia 31 de dezembro de 2006 tomar o pão (que simboliza o Corpo de Cristo) e já no dia 01 de janeiro de 2007 tomar o vinho (que representa o Sangue de Cristo). Foi uma honra e um gozo muito grande passar a virada de ano sendo participante da Ceia do Senhor.

Venho somente desejar os meus sinceros votos de que em 2008 a graça, a paz, a comunhão e a viva esperança da volta de Cristo possam reinar na vida de todos os crentes e que possam passar a reinar também na vida de muitos!

Sou eternamente grato ao meu Deus pelo ano que Ele, em sua infinita misericórdia, me concedeu. Sempre me guardando de males, me mantendo firme em sua graça, em sua casa, além de ter me abençoado de uma maneira tal em todos os aspectos.

Neste ano iniciei relacionamentos que marcaram minha vida e que estarão para sempre presentes na mesma. Tive a honra de começar o ano como vice-presidente da mocidade local e de terminar como o presidente. Conheci também a blogosfera evangélica, a qual também tive a ousadia de passar a integrá-la, aonde fui agraciado com a oportunidade de conhecer homens de Deus, sábios e preparados para a defesa do evangelho.

Enfim, foram muitas bênçãos que se fosse relatá-las todas aqui levaria muitas linhas. Gostaria apenas de dizer, mais uma vez, que tudo é pela graça de Deus e pelo seu amor para conosco. Sinceramente não sou digno de tantos benefícios da parte do nosso Deus.

Que o Senhor abençoe a todos os meus leitores com a sua maravilhosa graça!

Feliz 2008!!!

Anchieta Campos

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Encontro Geração JC em Natal-RN

A Casa Publicadora das Assembléias de Deus (CPAD) estará promovendo nos dias 11 e 12 de janeiro do ano de 2008, na cidade do Natal-RN, o evento “Encontro Geração JC”, título em alusão a revista “Geração JC”, voltada para o público cristão jovem.

O evento será realizado no Templo Sede da Assembléia de Deus em Natal, situado na Rua Manoel Miranda, 251, Alecrim, e contará com presenças de peso do segmento evangélico. Na ministração das palestras marcarão presença: Pr. Wellington Jr. (filho do Pr. José Wellington, Conferencista e presidente do Conselho Administrativo da CGADB), Ir. William Douglas (Conferencista, escritor, Juiz de Direito e especialista em concursos públicos), Pr. Silas Daniel (Conferencista, escritor, editor do ‘Mensageiro da Paz’ e da revista ‘Resposta Fiel’, ambos da CPAD, e Pastor-auxiliar na Assembléia de Deus em Augustos Vasconcelos-RJ), Pr. Jamiel Lopes (Conferencista, Pastor da Assembléia de Deus em Campinas-SP, Mestre em Psicologia Clínica pela PUC-Campinas e professor universitário), Irmã Valquíria Andréia Salinas Goulart (Conferencista, formada em Administração e psicóloga psicoterapeuta-psicopedagoga) e o Pr. Josué Brandão (Conferencista, escritor, professor, Bacharel em Teologia, vice-presidente da Assembléia de Deus em Feira de Santana-BA e diretor da Cruzada ‘Cristianismo sem Fronteiras’). No louvor estarão presentes a cantora Lílian Paz e o cantor Marcelo Santos, ambos do Rio de Janeiro.

Ainda marcarão presença o Pr. Antônio Mesquita (teólogo, editor-chefe do departamento de jornalismo da CPAD, repórter do programa ‘Movimento Pentecostal’, presidente do Conselho de Comunicação e Imprensa da CGADB, e vice-presidente da Assembléia de Deus do Fonseca, Nitéroi-RJ) e o Pr. Raimundo João de Santana (pastor-presidente das Assembléias de Deus no RN).

Com certeza será um evento abençoado pelo nosso Deus e que todo jovem que realmente quer crescer no conhecimento e na graça deve participar. Eu mesmo já realizei a minha inscrição, e com a permissão e bênção do Senhor estarei presente neste grande evento.

Tudo seja para a honra e para a glória do nome de Jesus!

Para maiores informações basta acessar a página http://www.cpad.com.br/encontrojc/principal.html. Lembrando que as inscrições são gratuitas.

Anchieta Campos

sábado, 22 de dezembro de 2007

Uma análise do Natal. O verdadeiro Natal bíblico-cristão.

É Natal, uma das datas mais esperadas em todo o planeta. A noite do dia 24 e o dia 25 de dezembro são celebrados com muita alegria, troca de presentes, mensagens com palavras lindas, confraternizações, festas (com bebidas e comidas a vontade), etc.

Mas afinal de contas, o que deu vida ao Natal? Nos cansamos em ver papais noéis pra todos os gostos, enfeites mui belos, árvores exuberantes, mas, e o dono da festa? Onde está ele? Onde está o seu nome? Onde está uma reunião verdadeiramente voltada para o aniversariante?

O Natal é para celebrar o evento mais belo da história até então, o nascimento de um divino menino, Filho do Deus Altíssimo, Jesus Cristo! Ele é a essência do Natal! Ele é o aniversariante! Ele é que merece o destaque, e não um papai Noel pagão e de origem mercantilista que não tem nada a ver com a história!

Irei neste tratado abordar algumas questões referentes a esta data, dentre elas a origem da data 25 de dezembro, o “papai Noel”, as árvores de Natal, os presépios e outros pormenores, para enfim podermos chegar a uma conclusão cativa a doutrina bíblica e a um coerente passado histórico.

Termo e a data do Natal

Natal, termo proveniente do latim “natális”, derivada do verbo “nascor, nascéris, natus sum, nasci”, significando nascer, ser posto no mundo. Pode significar também, como adjetivo, o local onde ocorreu o nascimento de alguém ou de alguma coisa. A palavra conhecidíssima que designa o Natal em inglês (Christmas), de origem católica, deriva das palavras latinas “Cristes maesse”, significando em inglês “Christ's Mass”, ou seja, missa de Cristo.

O Natal é celebrado desde o século IV pela Igreja Ocidenteal, e desde o século V pela Igreja Oriental. Na análise histórica acha-se a primeira celebração em Roma, no ano 336 d.C., sendo que na parte Oriental do Império Romano comemorava-se o nascimento de Cristo em 7 de janeiro (que veio a ser a data de comemoração adotada pela Igreja Ortodoxa). Vários papas haviam oficializado a data de 25 de dezembro, mas historicamente o que teve mais força em seu edito foi o Papa Leão I em 440, por ocasião do Concílio de Constantinopla.

É bem verdade que a data 25 de dezembro deriva de festividades pagãs, isso é um fato histórico irrefutável. Com a conversão do Império Romano ao Cristianismo em 313, na figura do Imperador Constantino, a Igreja passou por uma dura mudança e paganização, absorvendo diversos costumes e adaptando muitas festas e ídolos a fé cristã. No pacote destas adaptações veio também a adoção da data 25 de dezembro para o nascimento/aniversário de Cristo, para que a data coincidisse com a festividade romana dedicada ao “nascimento do deus sol invencível” (Natalis Invistis Solis), em comemoração ao solstício do inverno. No mundo romano, a Saturnália, festividade em honra ao deus Saturno, era comemorada de 17 a 22 de dezembro e era um período conhecido pela alegria e troca de presentes. O dia 25 de dezembro era também a data em que se comemorava o nascimento do misterioso deus persa Mitra, o “Sol da Virtude”; comemoração regrada com orgias e embriaguez.

Realmente o nascimento de Cristo não se deu no mês de dezembro do nosso atual calendário. O nono mês judaico, o de Quisleu, que corresponde aproximadamente à segunda metade de novembro e primeira metade de dezembro no calendário gregoriano, era um mês tipicamente frio e chuvoso. O mês seguinte é Tevet, em que ocorrem as temperaturas mais baixas do ano, com nevadas ocasionais nos planaltos. Esta verdade é confirmada pelos profetas Esdras e Jeremias, que afirmavam não ser possível ficar de pé do lado de fora devido ao frio desta época: “Então todos os homens de Judá e Benjamim em três dias se ajuntaram em Jerusalém; era o nono mês, aos vinte dias do mês; e todo o povo se assentou na praça da casa de Deus, tremendo por este negócio e por causa das grandes chuvas. Porém o povo é muito, e também é tempo de grandes chuvas, e não se pode estar aqui fora” Esdras 10:9,13a e “Ora, o rei estava assentado na casa de inverno, pelo nono mês; e diante dele estava um braseiro aceso” Jeremias 36:22. Portanto, com esses fatos evidenciados acima, seria impossível que a passagem de Lucas 2:8, que fala de “pastores que estavam no campo e guardavam durante as vigílias da noite o seu rebanho” seja uma cena que se passasse durante o mês de dezembro do nosso calendário. Destaque-se ainda que Jesus foi morto com aproximadamente trinta e três anos e meio e entre 22 de março e 25 de abril, ficando assim incompatível a data de seu nascimento para o mês de dezembro, principalmente para o seu final.

Agora vem a pergunta: é pecado se comemorar o nascimento de Cristo no dia 25 de dezembro? A resposta é claro que é uma NÃO! Partindo da verdade de que a real data do nascimento de Cristo não é conhecida e de que nunca será possível estabelecê-la com precisão, devido à falta de registros históricos para tal, qualquer outra data é aceita como celebração, pois afinal de contas não é a data em si que conta, mas o seu real significado. A Bíblia simplesmente não proíbe a comemoração do nascimento de Cristo. Pecado era a comemoração a um ídolo morto, a um “deus sol invencível” sem vida e que nunca existiu. Mitra passou, seu nome fora apagado, no dia 25 de dezembro seu nome nem é lembrado pela humanidade, muito menos pelos cristãos, mas o nome de Jesus sobreviveu, venceu ao nome de Mitra, mostrando que Ele (Jesus) é que é o verdadeiro DEUS Invencível! Jesus foi real, foi tocado (1 Jo 1:1-3). Além do mais temos que nos lembrar que o ídolo é morto (Salmo 115), é um nada (1 Co 8:4), portanto não tem poder para fazer o bem nem para fazer o mal (Jr 10:5). Temer comemorar o Natal de Cristo no dia 25 de dezembro é o mesmo que estar dando poder para os ídolos.

“Mas para vós, que temeis o meu nome, nascerá o sol da justiça, trazendo salvação debaixo das suas asas” Ml 4:2.

“Eu, Jesus, <...>, sou a raiz e a geração de Davi, a resplandecente estrela da manhã” Ap 22:16.

Portanto, se a data tradicionalmente recaiu no dia 25 de dezembro, aonde todo o mundo cristão se volta para comemorar o nascimento de Cristo, e não há base bíblica para não se relembrar o nascimento de Cristo, não é pecado comemorar o nascimento do Salvador do mundo e o amor de Deus para com o homem.

Leve-se em conta ainda o fato do próprio Deus ter instituído festas e celebrações para os judeus por fatos históricos e bênçãos recebidas de sua Mão (ver Êx 23:14-19), como as festas da Páscoa, Pentecoste e dos Tabernáculos, além da festa dos pães asmos e a da colheita das primícias; festas estas que ocupavam 76 dias do ano dos israelitas, aonde os mesmos tinham que deixar seus trabalhos e dedicarem-se exclusivamente ao culto a Deus. Logo se deduz não ser nenhum pecado celebrar o nascimento de Cristo, que diga-se de passagem é um fato muito mais importante do que os que Israel comemorava.

O papai Noel

Aqui abordamos um ponto em que os cristãos (protestantes) verdadeiramente contrariam a prática dos católicos e do resto do mundo. O papai Noel não passa de um mito, uma figura pagã divinizada, que toma o lugar de Cristo e que passa a ser o alvo das atenções no Natal.

Antes de nos aprofundarmos mais um pouco cabe uma breve história desse personagem. A inspiração com certeza partiu de São Nicolau Taumaturgo (281-350), Arcebispo de Myra, província de Lícia, aonde hoje se situa a Síria. Ele aparentemente assistia ao Concílio de Nicéia em 325. Nos Estados Unidos ele é conhecido por Santa Claus. Reza a tradição histórica que após herdar uma fortuna considerável de seus pais, Nicolau a doou toda, optando pela vida religiosa, tendo sempre como característica uma singular bondade e atenção para com as crianças. Ainda na Idade Média fora declarado santo pela Igreja Católica Romana, aonde o nome de São Nicolau se popularizou, acabando por se tornar o padroeiro da Rússia e da Grécia (países de maioria Ortodoxa). No mais, o certo é que pouco se sabe a respeito de Nicolau, e que verdadeiramente ele não teve nenhuma contribuição para que o papai Noel fosse quem é hoje.

O papai Noel como o conhecemos hoje não passa de um personagem mitológico. As renas puxando o trenó que voa e a entrada pela chaminé foram tradições criadas pelo professor de literatura grega de Nova Iorque, Clemente Clark Moore, que lançou em 1822 o poema “Uma visita de São Nicolau”, escrito para seus seis filhos. O papai Noel gordo, de barba branca, vestido de vermelho com detalhes brancos, cinto preto e o gorro, é resultado original do cartunista cativo nos Estados Unidos, Thomas Nast, aonde em 1862 realizou a primeira ilustração do papai Noel como o conhecemos hoje, alcançando o auge na Revista Harper's Weeklys, em 1886, na edição especial de Natal. A partir daí a figura do papai Noel caiu nos braços do marketing em diversos setores, mas é inegável que quem popularizou mundialmente a figura do Noel como a conhecemos hoje foi a Coca-Cola, quando em 1931 a multinacional encomendou ao artista Habdon Sundblom uma remodelação do Santa Claus de Thomas Nast para torná-lo ainda mais chamativo e popular. Sundblom se inspirou em um vendedor aposentado e assim nasceu e se consumou, de uma propaganda da Coca-Cola, o Papai Noel que a gente conhece hoje. Até então, o Noel era representado costumeiramente no mundo todo vestido com uma roupa de inverno marrom, que era (e que ainda é) a típica roupa para o frio.

O papai Noel, como fora dito no início, não passa de um mito e de uma grande mentira. Dá-se a ele atributos divinos, como a onisciência (de saber todos os pedidos das crianças) e a onipotência (o de realizar todos os pedidos). Ele vem para roubar a atenção de Cristo, ensinar as crianças a serem materialistas, além de poder fazer com que as crianças percam a fé nas palavras de seus pais e em seres sobrenaturais quando vierem a descobrir que ele não passa de uma invenção.

A figura do papai Noel está estritamente ligada ao mercado de consumo, às vendas do final de ano. Não que seja errado se presentear alguém por ocasião do Natal, mas é justamente nessa ocasião em que muitas pessoas se endividam. O que se vê hoje é que a maioria esmagadora das famílias não passa o Natal sem comprar algo para seus familiares ou outrem.

O Natal pode ser perfeitamente celebrado sem a figura do papai Noel! Sem ele o Natal permanece, mas sem Cristo o Natal nem existiria!

O triste é vermos cristãos evangélicos vestindo o gorro do papai Noel com muita alegria, batendo fotos sorridentes ao lado do “bom velhinho”, sinceramente não consigo imaginar como pessoas que dizem ter o conhecimento da verdade se deixam levar por uma fantasia que ataca ensinos bíblicos e sem respaldo histórico. Um crente que age assim está concordando em se celebrar o “Natal do Noel”, ou seja, está concordando com o erro, além de não deixar de ser um participante. Um crente deste com certeza é um “aborrecedor de Deus” (Rm 1:30), e peca não somente por fazer, mas também por consentir com os que fazem (Rm 1:32).

A Árvore de Natal

Aqui tratamos mais uma vez (como fora no caso do papai Noel) de uma tradição um tanto recente no meio cristão. Existem muitas teorias a respeito da origem da árvore de Natal, umas apontando esse símbolo como de origem pagã, enquanto outras a consideram inofensiva aos cristãos.

Alguns mais extremistas e sem sabedoria remetem a origem da Árvore para a Babilônia e o Egito pagãos. É bem verdade que a história tem evidências que povos pagãos da antigüidade usavam árvores para muitos fins idólatras e místicos. Muitos cristãos com aversão ao uso de árvores no Natal vêem em Jr 10:2-4 uma condenação ao uso de árvores; mas se esquecem que Deus falava em relação aos ídolos (verso 11).

A verdade é que a árvore de Natal como a conhecemos hoje se originou indiscutivelmente na Alemanha. A Enciclopédia Britânica explica o seguinte: “A moderna árvore de Natal, em hora, se originou na Alemanha Ocidental. O principal esteio de uma peça medieval sobre Adão e Eva, era uma árvore de pinheiro pendurada com maças (Árvore do Paraíso) representando o jardim do Éden. Eles penduravam bolinhos delgados (simbolizando a hóstia, o sinal cristão de redenção); as hóstias eventualmente se transformaram em biscoitos de vários formatos. Velas, também eram com freqüência acrescentadas como símbolo de Cristo. No mesmo quarto, durante as festividades de Natal, estava a pirâmide Natalina, uma construção piramidal feita de madeira com prateleiras para colocar figuras de Natal, decorados com sempre-verdes, velas e uma estrela. Lá pelo 16º século a pirâmide de Natal e a árvore do Paraíso tinham desaparecido, se transformando em árvore de Natal”.

Reza a tradição e registros históricos que no século XVI o reformador Martinho Lutero, ao caminhar pela floresta olhou por entre os pinheiros para um céu muito estrelado, dando a impressão de haver um colar de diamantes enfeitando as árvores. Tomado pela beleza daquela magnífica cena, decidiu arrancar um galho para levar para casa. Ao chegar colocou entusiasmado o pequeno galho do pinheiro num vaso com terra e, chamando a esposa e os filhos, decorou-o com pequenas velas acesas afincadas nas pontas dos ramos. Arrumou em seguida papéis coloridos para enfeitá-lo mais um tanto. Era a cena que ele vira lá fora e acabara de representar em sua casa. Queria com isso o reformador demonstrar para as crianças como estaria o céu na noite em que Cristo nasceu. A figura dos presentes em baixo da árvore veio tempos a frente, relacionada com a idéia mercantilista já comentada acima. Foi a partir do século XIX que a tradição chegou à Inglaterra, França, Estados Unidos, Porto Rico e depois, já no século XX, virou tradição na Espanha e na maioria da América Latina

Trata-se de um elemento essencialmente secundário ao Natal. Não faz parte da doutrina bíblica e nem pode ser associado aos ídolos (lembrando que eles não tem poder algum) e ao paganismo, nem a Bíblia dá margens para proibir-se o seu uso no Natal. A Bíblia, na verdade, faz inúmeras menções a árvores, às vezes comparando-nos com árvores (Mt 7:17-19), outras comparando o Reino dos Céus a uma árvore (Mt 13:31,32), além de que iremos comer no céu do fruto da árvore da vida (Ap 2:7 e 22:2,14), mostrando que a árvore é usada como símbolo de coisas boas, afastando todo e qualquer sentido maléfico para com essa criação de Deus. Portanto é uma opção de conveniência de cada um. O que não pode é se dar um valor especial à árvore de Natal, nem relacioná-la diretamente com o nascimento de Cristo, haja vista não haver nenhuma correspondente entre eles. Use-se apenas como enfeite e decoração comemorativa ao nascimento de Jesus, sem misticismo e idolatria alguma, como usamos plantas e rosas para enfeitar nossos lares e ambientes de trabalho, além das próprias igrejas. Lembrando apenas que a verdadeira comemoração e enfeite está dentro de cada um de nós, em nossos corações ligados a Cristo e ao que Ele fez por nós.

Presépios

O presépio (do lat. praesepio) é de origem católica e de uso majoritário pela mesma, salvo algumas exceções evangélicas e a própria igreja ortodoxa. O presépio tem sua origem idealizada a partir das imagens, pinturas e representações teatrais semi-litúrgicas realizadas durante a missa. Fora posto em prática originariamente por São Francisco de Assis, em 1223, quando por ocasião (segundo a tradição católica) quis celebrar o Natal de um modo mais realista possível e, com a permissão do Papa Honório III, montou um presépio de palha, com uma imagem do Menino Jesus, da Virgem Maria e de José, juntamente com um boi e um jumento vivos e vários outros animais. O sucesso dessa representação franciscana com o Presépio foi tão grande que logo se espalhou por toda a Itália, introduzindo-se nas casas nobres européias e de lá descendo até as classes mais pobres. Na Espanha, a tradição chegou pela mão do Rei Carlos III, que a importou de Nápoles no século XVIII. Sua popularidade nos lares espanhóis e latino-americanos se estendeu ao longo do século XIX, e na França, não o fez até inícios do século XX.

O presépio em si é condenável por ser incentivo a idolatria, além de ser usado na igreja católica como próprio objeto de culto. Os presépios retratam em sua maioria o evento do nascimento de Cristo de forma errônea, mostrando os “três” Magos do oriente (que a Bíblia não diz que eram três) adorando ao Jesus recém-nascido ainda na manjedoura, sendo que do relato de Mt 2:1-11 se deduz claramente que Cristo fora encontrado pelos Magos dias após o seu nascimento e não mais num estábulo de animais, e sim em uma casa (verso 11), diferentemente dos pastores que chegaram a ver Jesus no dia do seu nascimento e ainda na manjedoura (cf. Lc 2:16).

Além do mais, devemos seguir o conselho de Deus em Dt 4:16: “Para que não vos corrompais, e vos façais alguma imagem esculpida na forma de qualquer figura, semelhança de homem ou mulher”. Também Jr 10:14: “Todo o homem é embrutecido no seu conhecimento; envergonha-se todo o fundidor da sua imagem de escultura; porque sua imagem fundida é mentira, e nelas não há espírito”.

Conclusão

O Natal é uma data importante, pois nela se comemora o nascimento de Cristo, do Salvador da humanidade, da Luz que veio dissipar as trevas. É um fato importante e que teve o cuidado de ser eternizado nas Sagradas Escrituras nos evangelhos de Mateus e Lucas.

Não podemos fazer que nem os Testemunhas de Jeová e muitos cristãos com filosofias e doutrinas modernas que negam comemorar e relembrar o nascimento de Cristo. Já ouvi esse ano mesmo um irmão condenar piamente o Natal; dizia ele: “Feliz Jesus irmão!”, mas não dizia “feliz Natal”, pois pensava ser errado e pagão. Não que dizer “feliz Jesus” seja errado, mas o extremismo infundado em se condenar uma frase tradicional e que milhões de cristãos a dizem, é algo totalmente insano.

Se o Natal hoje é comemorado em sua maioria de forma errada e anti-bíblica, não podemos condená-lo por isso. O nascimento de Cristo não foi paganizado! É uma oportunidade que temos para mostrar o verdadeiro Natal bíblico para milhões de pessoas que não sabem o que estão comemorando e de que estão comemorando de forma errada. Lembremo-nos que João usou o termo “logos” em João 1 para descrever Jesus, justamente para corrigir um mal pensamento em relação as divindades da cultura Greco-romana da época, quem viam no termo “logos” uma divindade inalcançável e que não poderia assumir a forma corporal/humana; João apresentou um Jesus “logos”, que estava no princípio com Deus e que era o próprio Deus, além de ter sido homem como ele. Lembremo-nos ainda de Paulo ao evangelizar os idólatras atenienses com a figura popular entre eles do DEUS DESCONHECIDO. O erro que existe hoje sobre o Natal não o invalida nem o torna impuro.

No demais cabe lembrar que o nascimento de Jesus não é um simples fato, é algo divino, que desafia nossa limitada concepção humana. É muito mais do que um feriado, é Deus provando seu amor para com uma humanidade pecadora e inconstante. É muito mais do que uma festa religiosa, é um passo importantíssimo de um projeto para a redenção de toda a humanidade. É muito mais do que um simples nascimento, é uma jovem simples e virgem recebendo a graça de conceber um filho pelo divino poder do Espírito Santo.

No nascimento de Jesus profecias se cumpriram com exatidão. Miquéias escreveu cerca de 720 anos antes de Cristo que: “E tu, Belém Efrata, posto que pequena entre os milhares de Judá, de ti me sairá o que governará em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade” Mq 5:2. Isaías profetizou com cerca de 700 anos de antecedência que uma virgem daria à luz ao Messias: “Portanto o mesmo Senhor vos dará um sinal: Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e chamará o seu nome Emanuel” Is 7:14. A palavra Emanuel significa ‘Deus conosco’. Deus realmente estaria conosco através de seu Divino Filho Jesus Cristo. Deus passou a habitar entre nós por meio de Jesus!

Muitas outras profecias se cumpriram, demonstrando que Jesus era (e é) o Messias tão esperado por Israel, o Salvador de Toda a Humanidade! “E o anjo lhes disse: Não temais, porque eis aqui vos trago novas de grande alegria, que será para todo o povo: Pois, na cidade de Davi, vos nasceu hoje o Salvador, que é Cristo, o Senhor” Lucas 2:10,11. O doutor Lucas deixou a incredulidade tão comum dos médicos e nos concedeu um dos mais detalhados registros do nascimento de Jesus! Leiam os primeiros capítulos do Evangelho que leva o seu nome e se maravilhem!

O Natal não é uma oportunidade para se desfrutar dos prazeres da carne, mas é sim para se comemorar e relembrar o nascimento de Cristo; festejar a chegada da Luz que dissipou as trevas e nos trouxe paz; se regozijar com o amor do Todo-Poderoso para com nós; e renovar a bem-aventurada esperança da volta de Jesus, não como um bebê, mas sim como Rei e Juiz! (Tito 2:13). Sabendo que o Apóstolo Paulo escreveu em Rm 14:17: “Pois o reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo”.

Encerro desejando a todos um Feliz Natal CRISTÃO. Que a Graça, Luz e Esperança que o menino Jesus trouxe ao mundo possam reinar na vida de todos! Não somente agora, mas que possa durar por todo o 2008 que se avizinha, e que possa se tornar eterno! Que o Senhor Jesus possa entrar na vida de todos que o queiram receber!

“O povo que andava em trevas, viu uma grande luz, e sobre os que habitavam na região da sombra da morte resplandeceu a luz. Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz” Isaías 9:2,6. Aleluia! Glória a Deus!

Este é o Natal! Este é o Jesus da Bíblia!

Anchieta Campos

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Em defesa do livre-arbítrio. Uma pequena exegese de Efésios 1:4,5 e 4:30.

Segue um pequeno e básico (mas suficiente) tratado sobre as passagens da carta do Apóstolo Paulo aos Efésios que são costumeiramente usadas pelos defensores da predestinação incondicional (calvinismo). Quem quiser pode ler também o meu post de 26/10/2007 "Faraó, predestinação e livre arbítrio", que também trata da questão livre-arbítrio X predestinação.

Abraços!

Efésios 1:4-5

“Como também nos elegeu nele antes da fundação do mundo, para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante dele em amor; E nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade”.

Glórias a Deus! Que palavras mais lindas! Que Deus misericordioso o que servimos! A cada diz que passa confesso me achar menos digno de tanto amor.

Deus, que não conhece a limitação da palavra tempo, sabia que o homem cairia no pecado e que a única solução para a salvação do mesmo seria a morte de seu amado Filho (1 Co 2:7; At 4:28; Ap 13:8), ou seja, mesmo antes da fundação (criação) do mundo a morte de Cristo já estava determinada por Deus; como a salvação é somente em Cristo, todos os que viriam a aceitar esta salvação foram eleitos nEle antes da fundação do mundo, ou seja, a eleição é possível somente em Cristo; é o sangue de Jesus que nos torna santos e irrepreensíveis diante de Deus. Esta argumentação responde também a pretensão calvinista de usar 2 Tm 1:9 como defesa da predestinação, é o mesmo raciocínio.

Assim como Deus pré-determinou que os salvos seriam os que tivessem fé em Cristo, Ele também pré-determinou que os que aceitassem a Cristo seriam feitos como filhos adotivos (Gl 4:4-5), em outras palavras, os que se convertem a Cristo são predestinados a serem filhos adotivos de Deus e co-herdeiros de Cristo (Rm 8:16-17).

Efésios 4:30

“E não entristeçais o Espírito Santo de Deus, no qual estais selados para o dia da redenção”.

Novamente os irmãos calvinistas caem em um erro interpretativo. O próprio verso em análise afirma claramente a existência do livre arbítrio; ora, quando Paulo aconselhou que “não entristeçais”, é porque os crentes de Éfeso poderiam vir a entristecer o Espírito Santo.

O verso em estudo se encontra em uma seção que se inicia no verso 4:17 e se estende até o 5:21, seção essa em que o apóstolo comenta sobre ‘a santidade cristã X os costumes mundanos’. Paulo demonstrou claramente a sua preocupação de instruir os cristãos de Éfeso sobre como proceder em sua nova fé, em sua nova vida (Ef 4:22-24), e, dentre muitos conselhos, estava o de não entristecer o Espírito Santo, que seria cair no erro de cometer algumas das muitas faltas que o apóstolo citou entre 4:17 e 5:21, ou seja, entristecer o Espírito Santo seria nada mais nada menos do que fazer algo contrário a plenitude da santidade de Deus.

Paulo em nenhum momento afirmou que os cristãos efésios estavam determinados para a salvação e que nunca a perderiam, pelo contrário! No verso 21 do capítulo 4 do mesmo livro, Paulo diz que “Se é que o tendes ouvido, e nele fostes ensinados, como está a verdade em Jesus”, ou seja, ele afirma a possibilidade de alguns irmãos efésios não terem verdadeiramente aprendido de Cristo (Ef 4:20), e, consequentemente, não terem se revestido do novo homem (Ef 4:24a). No capítulo 5, nos versos 5 e 6, está escrito: “Porque bem sabeis isto: que nenhum devasso, ou impuro, ou avarento, o qual é idólatra, tem herança no reino de Cristo e de Deus. Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por estas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência. Estes versos acabam, literalmente, com toda a idéia de predestinação. Dando continuidade ao seu discurso sobre o contraste entre a santidade cristã e os costumes mundanos, o apóstolo Paulo mostrou alguns atos de pessoas desobedientes a Deus, ora, quem desobedece é porque recebeu a opção da obediência, isso é irrefutável, só há desobediência aonde há a opção de obediência! Como um pai chamaria o filho de desobediente sem mostrar-lhe o caminho da obediência? E o apóstolo ainda alertou os efésios para que não fossem enganados com palavras vãs, mas por quê? Porque Paulo sabia que os efésios poderiam usar de seu livre arbítrio para dar lugar ao engano.

A presença do Espírito Santo em nossos corações é a garantia de que estamos verdadeiramente debaixo da graça da salvação, de que estamos ligados com Cristo, e de que gozaremos do arrebatamento ou da ressurreição, conforme 2 Co 1:22: “O qual também nos selou e deu o penhor do Espírito em nossos corações”.

Para finalizar esta explanação sobre Ef 4:30, deixo o texto de Jr 22:24: “Vivo eu, diz o SENHOR, que ainda que Conias, filho de Jeoiaquim, rei de Judá, fosse o anel do selo na minha mão direita, contudo dali te arrancaria”.

Anchieta Campos

sábado, 15 de dezembro de 2007

O crente e o pecado

Depois de salvo, o crente fica isento de pecar? A única resposta bíblica para esta pergunta é um grande NÃO!!! A pecaminosidade universal do homem antes e mesmo depois de se converter a Cristo é um fato irrefutável da sã doutrina bíblico-cristã (e é o que será exposto através da Bíblia Sagrada neste artigo). Todo e qualquer ensino, parta ele de onde for, que negue essa verdade bíblica, deve ser considerado anátema e herético. Devemos aplicar os ensinos de Paulo de que “não vos movais facilmente do vosso modo de pensar” 2 Ts 2:2 e de que “tu, porém, permanece naquilo que aprendeste, e de que foste inteirado, sabendo de quem o tens aprendido” 2 Tm 3:14, para evitarmos maiores confusões e apostasias da sã doutrina, o que, infelizmente, vem ocorrendo de um modo cada vez mais freqüente. Como exemplo do caso em questão podemos citar o herético "Ministério Creciendo en Gracia", aonde se ensina aos fiéis que os mesmos não tem que temer as conseqüências do pecado, pois o pecado não existe e não habita na vida dos "crentes" em Jesus; HERESIA!!! Quem quiser saber mais do aludido movimento pode acessar o endereço <http://www.youtube.com/watch?v=UZOE25ZYTq4>.

Não vou fazer apologia ao pecado, é lógico, pois o mesmo separa o homem da sua comunhão com um Deus que é a perfeição de santidade e que condena categoricamente o pecado; pelo contrário, o presente artigo irá defender uma das principais bandeiras que o cristão deve empunhar: A Santidade; através do processo da santificação que o Espírito Santo opera em nós.

O objetivo aqui é demonstrar que o homem, mesmo depois de aceitar ao Senhor Jesus como seu Salvador, não perde a sua natureza pecaminosa, e, conseqüentemente, não deixa de cometer pecados; também é necessário demonstrar qual o comportamento esperado de alguém que nasceu de novo em relação ao pecado e como esses pecados ocorrem na vida do crente.

A Bíblia responde que não

São muitas as referências neo-testamentárias que atestam a condição pecaminosa do homem, mesmo um crente em Jesus; vamos expor e analisar algumas.

Mateus 18:15,21-22 (Ora, se teu irmão pecar, vai, e repreende-o entre ti e ele só; se te ouvir, terás ganho teu irmão; Então Pedro, aproximando-se dele, lhe perguntou: Senhor, até quantas vezes pecará meu irmão contra mim, e eu hei de perdoar? Até sete? Respondeu-lhe Jesus: Não te digo que até sete; mas até setenta vezes sete).

Aqui a Bíblia relata um diálogo entre o Senhor Jesus e o apóstolo Pedro. Jesus orienta no verso 15 como um crente deveria proceder com um irmão que pecasse; ora, se o Senhor disse teu irmão, é por que um crente já convertido poderia cair no pecado. No verso 21 Pedro interroga Jesus até quantas vezes ele deveria perdoar um irmão que pecasse contra ele, e Jesus responde que até setenta vezes sete, ou seja, sempre! Fica-se mais que claro que o crente pode vir a cair no pecado.

Lucas 11:4 (e perdoa-nos os nossos pecados, pois também nós perdoamos a todo aquele que nos deve; e não nos deixes entrar em tentação, mas livra-nos do mal).

Quando o Senhor Jesus orientou seus discípulos de como deveriam proceder em suas súplicas e orações, Ele ensinou que eles deveriam sempre se lembrar de pedir o perdão pelos seus pecados, algo que seria desnecessário se eles não fossem vulneráveis ao pecado. Nós, como discípulos contemporâneos de Cristo, também devemos sempre ter em mente que estamos vulneráveis para pecar, pedir sempre o perdão sincero quando pecamos e pedir também pro Senhor não nos deixar cair na tentação do pecado.

Lucas 18:9-14 (Propôs também esta parábola a uns que confiavam em si mesmos, crendo que eram justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao templo para orar; um fariseu, e o outro publicano. O fariseu, de pé, assim orava consigo mesmo: ó Deus, graças te dou que não sou como os demais homens, roubadores, injustos, adúlteros, nem ainda como este publicano. Jejuo duas vezes na semana, e dou o dízimo de tudo quanto ganho. Mas o publicano, estando em pé de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele).

O texto fala por si mesmo. A parábola que o Senhor Jesus propôs é clara e inquestionável em seu sentido. Cristo faz uma distinção muito clara entre dois grupos de pessoas: aqueles que dizem não ser pecadores e dignos de se apresentarem perante Deus, e os que se consideram homens pecadores e inaptos de serem filhos de um Deus que é a plenitude da Santidade. A parábola mostra o caminho para a justificação, que é reconhecer que é um pecador e clamar pela misericórdia, pela graça de Deus, pois nós, com nossos próprios esforços nunca poderíamos alcançar a santidade que o Senhor exige para entrarmos em sua presença (Tito 3:5).

Romanos 3:10,12 (como está escrito: Não há um justo, nem sequer um. Todos se extraviaram e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só).

Aqui nós vemos o apóstolo Paulo escrevendo para uma das Igrejas mais santa e espiritual da Era Apostólica, a igreja de Roma. Paulo não esteve em Roma antes de escrever esta carta aos crentes romanos, mas com certeza ouvira falar da fé exemplar deles (Rm 1:8). Tendo em mente a que tipo de crente Paulo estava se dirigindo e parafraseando com os versos acima, fica claro que nem mesmo os cristãos de Roma estavam livres do pecado. O apóstolo não é nada hesitante em afirmar aos fiéis cristãos romanos que não há um justo sequer, nem sequer um... não há quem faça o bem, não há um só. Não há quem esteja livre de pecar, não há quem não peque, e os cristãos estão inseridos neste grupo universal.

I Timóteo 1:15 (Fiel é esta palavra e digna de toda a aceitação; que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais sou eu o principal).

Aqui o apóstolo Paulo, cujas credenciais não precisam nem ser lembradas, afirma expressamente que ele era o principal dos pecadores por quem Jesus veio ao mundo para salvar. Ele afirma ser o principal, e não que foi o principal pecador, ou seja, mesmo depois de ter se convertido ao Senhor Jesus, ter empreendido três viagens missionárias, fundado inúmeras igrejas locais e ter sofrido em demasia pelo Evangelho, o apóstolo Paulo não perdeu a sua natureza pecadora de homem. É lógico que Paulo não era o maior de todos os pecadores, pelo contrário! Mas o que o verso nos transmite de ensino é que quanto mais a pessoa se aproxima de Cristo e de seu padrão de santidade, mais ela percebe que é uma pessoa pecadora em relação a um Deus Santo.

Tiago 5:14-16 (Está doente algum de vós? Chame os anciãos da igreja, e estes orem sobre ele, ungido-o com óleo em nome do Senhor; e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. Confessai, portanto, os vossos pecados uns aos outros, e orai uns pelos outros, para serdes curados. A súplica de um justo pode muito na sua atuação).

Tiago, irmão do Senhor Jesus e líder da Igreja Apostólica de Jerusalém (o homem tinha gabarito), afirma sob orientação do Espírito Santo que se algum irmão está enfermo, chame os anciãos (neste caso os presbíteros) da congregação para que ele seja ungido e receba oração, e que se houver algum pecado no irmão, eles serão perdoados. Ora, se uma pessoa que já é crente terá seus pecados perdoados na oração da fé, é por que o crente pode cair no pecado, tanto é que no verso seguinte o líder Tiago orienta aos crentes que busquem apoio nos irmãos confessando os seus pecados (fraquezas) uns aos outros.

I João 1:8,10 (Se dissermos que não temos pecado nenhum, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós. Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós).

O apóstolo João, o amigo mais íntimo de Jesus, sob orientação divina e com sua autoridade apostólica, afirma da forma mais clara possível que o pecado ainda faz parte da vida do crente, que nós não nos livramos de nossa natureza carnal pecaminosa. Ele vai mais além e afirma que quem diz não ter pecado engana-se a si mesmo, a verdade não está nele e faz Deus de mentiroso. Isso é bastante sério!

A nova vida do crente

Depois de respondida a questão principal do artigo, é necessário fazer uma breve exposição do caráter da nova vida do crente, as mudanças que ocorrem e a relação que o crente tem com o pecado que o cerca.

O apostolo Paulo escreveu que “se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez novo” (2 Co 5:17); essa nova criatura diz respeito ao novo nascimento que Jesus comentou com o Doutor da lei Nicodemos, diálogo que se encontra registrado em João 3. Esse renascer se refere a uma mudança interior do ser, uma mudança de visão sobre o mundo físico e espiritual que nos cerca, um renascer espiritual; é o que se compreende quando Jesus responde a Nicodemos que esse renascer não é como ele pensava (o homem retornar ao ventre da mãe), não era algo físico, carnal, mas sim estritamente espiritual, sendo que essa mudança espiritual trazia consigo uma mudança externa de comportamento, pois tudo se torna novo.

O homem, mesmo depois de renascer espiritualmente, continua no mesmo corpo carnal e pecador de antes, a diferença básica é que “Agora, porém, não sou mais eu que faço isto, mas o pecado que habita em mim” (Rm 7:17), logo, o crente não peca por que quer, ou seja, ele faz algo que não quer, “Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado que habita em mim” (Rm 7:20). Como o crente em seu interior (com o espírito renascido) sempre quer fazer o bem (Rm 7:19), ou seja, não pecar, e a sua carne humana (exterior) que é pecadora, quer sempre o pecado (Rm 7:14b), cria-se então um cenário constante de guerra entre o espírito renascido contra o mesmo e velho corpo carnal pecador (Rm 7:23; Hb 12:4). É nesse dramático cenário de forçosa ligação entre o crente como homem (que é carnal) e o pecado (que é carnal), que o homem percebe o miserável estado em que se encontra (Rm 7:24) e passa a recorrer ao único caminho para a salvação, que é a Graça de Deus, mas continuando com a noção de que com o entendimento (espírito) serve aos mandamentos de santidade de Deus, e que com a carne serve, não voluntariamente, ao pecado (Rm 7:25), pois “se voluntariamente continuarmos no pecado, depois de termos recebido o pleno conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados” (Hb 10:26). Continuar voluntariamente é se conformar com o pecado que nos rodeia, aceitá-lo como algo normal e que não desagrada a Deus, além de não fazer por onde fugir do mesmo; portanto, devemos seguir o conselho do escritor aos hebreus: “Portanto, nós também, pois estamos rodeados de tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta” Hb 12:1.

Como fora exposto acima, o crente que realmente nasceu de novo espiritualmente não quer pecar, não sente prazer no seu interior pelo pecado, e como Deus quer a santidade de seu povo (1 Pe 1:17), surge aí um cenário perfeito para uma parceria entre Deus e os crentes: A SANTIFICAÇÃO. Como já fora exposto neste artigo, o homem enquanto habitar neste mundo nunca poderá se ver totalmente livre do pecado, nunca poderá ser 100% santo, mas ele poderá ser cada dia mais santo (mais parecido com Cristo) através do processo da santificação; a cada dia ele estará mais afastado da influência do pecado. A santificação não tem por objetivo tornar o crente um ser imaculado e sem pecado/culpa, até por que este estado de perfeição é impossível aqui nesta terra e neste corpo que habitamos, mas a santificação, como o próprio nome em grego (hagiasmos) nos mostra, significa “tornar santo”, “consagrar”, “separar do mundo” e ainda “apartar-se do pecado”. A santificação do crente é a vontade de Deus (1 Ts 4:3), Deus nos chamou para a santificação (1 Ts 4:7). A santificação é promovida através do Espírito Santo, que vivifica o espírito do crente (Rm 8:10), para que ele possa andar segundo o Espírito e passar a gozar de nenhuma condenação (Rm 8:1), de vida e de paz (Rm 8:6). Enfim, sem a santificação é impossível de se chegar a salvação (Hb 12:14).

O crente enquanto estiver aqui na Terra estará sujeito a cair no pecado, pois estamos em corpos corruptíveis, carnais e mortais (1 Co 15:53), e essa natureza pecaminosa só será extirpada de nós na ressurreição (para os que já morreram) ou no arrebatamento (para os que vivem) cf. (2 Co 15:50-52; I Jo 3:2), é quando estaremos para sempre livres do pecado. Amém!

“Aparta-te do mal e faze o bem” Sl 34:14.

“Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” I Jo 1:9.

“Meus filhinhos, estas coisas vos escrevo, para que não pequeis; mas, se alguém pecar, temos um Advogado para com o Pai, Jesus Cristo, o justo. E ele é a propiciação pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo” I Jo 2:1-2.

“E todo o que nele tem esta esperança, purifica-se a si mesmo, assim como ele é puro” I Jo 3:3.

Mais referências para a meditação: Lc 15:11-32; Rm 4:7-8; Rm 6:1-23; Rm 8:3-4; 2 Co 5:21; Gl 2:17-18.

Sola Gratia (somente a Graça)!!!

Anchieta Campos

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Resposta a um apologista católico-romano

Resposta ao comentário feito pelo caro amigo católico-romano Rodrigo Pedroso, sobre o meu post "Lucas 1:28 e a Imaculada Conceição de Maria", de 21 de novembro de 2007. O comentário do Rodrigo pode ser visto na página de comentários do referido post.

Meu caro Rodrigo Pedroso,

Primeiramente gostaria de lhe agradecer pela visita ao meu blog e pela sua participação, que com certeza só vem a enriquecer este humilde espaço. Em relação ao meu nome, sinto desapontá-lo, haja vista que a esmagadora maioria das pessoas que conheço (aqui no Nordeste, aonde o Catolicismo Romano é maior) são desconhecedoras de quem foi o Padre jesuíta Anchieta, que não vou entrar em detalhes na história de vida dele para não lhe causar sentimentos não apropriados. Isso só vem a reforçar que o catolicismo romano no Brasil (assim como o é em todo o mundo) não passa de uma religião de colonização e tradição, com seguidores totalmente ignorantes em relação ao que seguem.

Em relação a sua tentativa de defesa do dogma humano-católico da Imaculada Conceição de Maria, cabe de logo dizer que é uma exegese tendenciosa e sem o respaldo do contexto bíblico. Começando por um breve histórico a respeito dessa doutrina romanista, cabe lembrar que essa “verdade” teológica só veio a ser conhecida recentemente, agora, em meados do século XIX, mais precisamente no ano de 1854, aonde o Papa Pio IX, na bula “Ineffabilis Deus”, declarou como dogma e artigo de fé da igreja católica essa doutrina da ICM. Portanto percebe-se que se trata de mais uma doutrina de origem puramente humana, que veio a ser ‘descoberta’ quase 1800 anos após o fechamento da Bíblia Sagrada.

Na história da Igreja, cabe lembrar que os pais da Igreja não acreditavam nessa ICM, nem se quer dela falaram. Eusébio de Cesaréia (265-340), Ambrósio, Doutor da Igreja e Bispo de Milão (século IV) e o próprio Agostinho, Doutor da Igreja (354-430), dentre todos os demais pais e doutores da Igreja Primitiva, refutavam a idéia da ICM. Agostinho, comentando Salmos 34:3, diz: “Maria, filha de Adão, morreu por causa do pecado; e a carne do Senhor, nascida de Maria, morreu para apagar o pecado”.

Cabe aqui a citação integral de três passagens de duas obras católico-romana:

“Em certo estado de desenvolvimento, a questão foi estudada pelos escolásticos e, coisa rara, quase todos creram que a doutrina da imaculada não estava em harmonia com a universidade do pecado original e da redenção. Sto. Anselmo, Sto. Alberto, Pedro Lombardo, Alexandre de Hales, São Boaventura, Santo Alberto Magno e São Tomás, ainda que ternamente devotos da Mãe de Deus e prontos a defender seus muitos privilégios, contudo, ensinaram que havia sido concebida em pecado original”. “Entretanto, ainda que os escolásticos mais conspícuos antes do século XIV se opusessem terminantemente à Imaculada Conceição, não faltaram outros, de menos fama, que com igual resolução defenderam esta prerrogativa da Virgem por todos os meios que estavam ao seu alcance”. (1)

“No século XIII, a época da escolástica, vem ao nosso encontro o fato surpreendente de que a maioria dos grandes teólogos se declara bem explicitamente contra a Conceição Imaculada. Da mesma maneira Alexandre de Hales, o próprio São Tomás nas passagens autênticas, Sto. Alberto Magno, São Boaventura, Juan de la Rochelle, Pedro de Tarentasia, Henrique de Gante, Egidio, Romano, etc”. (2).

(1) Juan Rosanas, S.1. Historia de los Dogmas, iii, Ed. cultural, Buenos Aires, 1945, pp. 173 e 174.
(2) Enciciopedia de ia Reilgión Católica, Art. “Concepciõn lmmaculada de lá Santissima Virgen”.

Próprios Papas já rejeitaram esse dogma romanista. Leão I (440-461) diz: “Assim como nosso Senhor não encontrou a ninguém isento de pecado, assim também veio para o resgate de todos”. Se fosse certa a imaculada conceição de Maria, esta afirmação papal seria falsa. Gregório, o Grande, cuja sabedoria todos reconhecem, comentando a passagem de Jó 14:4, expressa que Jesus Cristo é o único que não foi concebido de sangue impuro e o único também que foi verdadeiramente puro em sua carne; ele não faz menção de Maria. Inocêncio III diz: “Eva foi formada sem culpa, e engendrou na culpa; Maria foi formada na culpa, e engendrou sem a culpa”.

Quanto a sua exegese, ela é passível de correções em alguns pontos.

Primeiro: a mesma expressão que se usa no original grego em Jo 1:14 é a mesma que se usa em At 6:8. Veja: João 1: 14 - E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigénito do Pai. - χαριτος [charitos] Gen. sing. Atos 6:8 - Estevão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo. - χαριτος [charitos] Gen. sing. E é esta mesma graça χαριτος [charitos], que emana do Senhor Jesus, que opera a salvação de todos que crêem em Cristo, cf. At 15:11 - Mas cremos que fomos salvos pela graça do Senhor Jesus, como também aqueles o foram. - της χαριτος [tês charitos] Gen. sing. ("pela graça" - δια της χαριτος [dia tês charitos] Lit: "através da graça") http://dicionariobiblico.blogspot.com/2007/08/graa-i-1-40-de-158.html.

Segundo: a correta tradução de Lc 1:28 nunca foi, não é, e nunca será “cheia de graça”. O termo original utilizado por Lucas no verso 28, κεχαριτωμένι “kecharitoméni”, que é realmente o particípio perfeito do verbo “charitoo”, significa “favorecida”, “ser o objeto de um gracioso convite”, literalmente, “agraciada”. A revisão de 1960 da Bíblia Católica Nácar-Colunga traduz corretamente o verso como “agraciada”. “Cheia de graça” é a tradução que dão as antigas versões aos particípios "agraciada", “gratificada”, em sumo grau.

Terceiro: não é porque o verbo se encontra no particípio perfeito que isso significa que Maria não pecou. O anjo usou o particípio perfeito para corroborar as palavra de Isaías em Is 7:14 que prediziam que uma virgem conceberia. Deus já sabia que Maria seria a escolhida por Ele mesmo para ser a mãe física de seu Filho. Portanto as palavras do anjo Gabriel indicam que a graça alcançada por Maria já era algo anunciado e esperado, pois o próprio Deus já havia anunciado e feito notório há séculos atrás que uma virgem seria escolhida para dar à luz ao seu Filho. O verso 30 de Lucas 1 mostra claramente que a graça que Maria recebeu (a de receber o Filho de Deus) fora-lhe dada efetivamente naquele momento. “Disse-lhe, então, o anjo: Maria, não temas, porque achaste graça diante de Deus” Lc 1:30 - χαριν [charin] Acus. Sing. O mesmo termo grego para graça empregado em Lc 1:30 é o mesmo que aparece, dentre em muitas passagens, em Jo 1:16: Porque todos nós temos recebido da sua plenitude e graça¹ sobre graça². ¹χαριν [charin] Acus. sing. / ²χαριτος [charitos] Gen. sing. ("graça sobre graça" - χαριν αντι χαριτος [charin anti charitos] Lit: "graça em lugar de graça"). http://dicionariobiblico.blogspot.com/2007/08/graa-i-1-40-de-158.html.

Quarto: se formos analisar o original grego, como o querido amigo romanista pede, vamos ver que o negócio se complica para o lado das doutrinas católicas. Tomemos apenas o dogma da “Perpétua Virgindade de Maria”, aonde se ensina claramente no Catecismo da Igreja Católica Romana, no nº 501, que “Jesus é o único filho de Maria”. Mas quem conhece do grego bíblico sabe que existem palavras distintas para irmão de sangue (adelphós), primo (anepsiós) e parentes (sungenes). Paulo, o maior teólogo da Igreja e um homem letrado, um verdadeiro poliglota, é claro e evidente que ele sabia a diferença entre essas três palavras, sendo que o mesmo refere-se claramente aos irmãos carnais de Jesus em 1 Co 9:5 “Não temos nós direito de levar conosco esposa crente, como também os demais apóstolos, e os irmãos (adelphós) do Senhor, e Cefas?” e em Gl 1:19 “Mas não vi a nenhum outro dos apóstolos, senão a Tiago, irmão (adelphós) do Senhor”. Percebemos que Paulo sabia a diferença entre estas três palavras, pois o apóstolo usa as outras duas, “Saúda-vos Aris­tarco, meu companheiro de prisão, e Marcos, o primo (anepsiós) de Barnabé...” Cl 4:10 e “Saudai a Herodião, meu parente (sungenes) Rm 16:11.

Meu caro amigo romanista, poderia aqui dissertar sobre inúmeros outros erros teológicos da Igreja Católica Apostólica Romana, poderia inclusive escrever um livro (e não pequeno) sobre os absurdos doutrinários e práticas que a sua grande igreja propaga mundo a fora. Com toda humilde, digo-lhe que já li mais de 600 páginas sobre a história, doutrinas e práticas de sua igreja, e digo, convicto, que a cada página que lia mais percebia o quão grande engodo é a Igreja Católica Apostólica Romana.

Venho de uma família tradicionalmente católica, na verdade o nordeste, principalmente o interior (por ser aonde se concentra o maior número de pessoas humildes e sem educação), é o maior centro de adeptos (pelo menos oficialmente) do catolicismo romano. Mas esses fatores não me impediram de enxergar a verdade bíblica através da obra do Espírito Santo em minha vida.

O segmento protestante, principalmente o pentecostal, liderado pela Assembléia de Deus (a maior igreja evangélica da América Latina e maior pentecostal do mundo), vem crescendo, por força da profecia do próprio Cristo em Mt 13:31-33. Enquanto que a ICAR vem perdendo membros a cada dia, estimando-se que no Brasil chegue a 600 mil pessoas que abandonam a fé católica por ano.

Ainda há esperança para o amado e querido amigo se socorrer no Deus vivo, e não em um deus que necessita de homens que o façam do barro ou madeira, que o carregue em uma procissão, que tem olhos, mas não vê, ouvidos, mas não ouve, boca mas não fala (cf. Sl 115 e Jr 10), mas sim em um Deus que nos criou do barro (Gn 2:7), que nos sustenta com sua poderosa mão (Sl 37:24), que nos ouve e nos vê (Sl 34:15 e 1 Pe 3:12) e fala conosco (Jó 40:1 e Sl 34:4)!

Respeitosamente,

Anchieta Campos

domingo, 9 de dezembro de 2007

A Bíblia e o seu Dia

Hoje (9/12/2007), por ser o segundo domingo do mês de dezembro, é comemorado em cerca de 60 países o Dia da Bíblia. É bem verdade que todo dia é dia da Bíblia, mas ter um dia específico para se comemorar a existência e engrandecer este Sagrado Livro, que é uma dádiva divina para a humanidade, não é pecado, nem modismo.

Segundo informações da Sociedade Bíblica do Brasil http://www.sbb.org.br/, o dia da bíblia surgiu no ano de 1549, por ocasião em que um bispo chamado Cranner, que vivia na Grã-Bretanha, incluiu no livro de orações do rei Eduardo VI, um dia especial para que a população intercedesse em favor da leitura da Escritura Sagrada. A data escolhida foi o segundo domingo do advento (o advento é celebrado nos quatro domingos que antecedem ao natal). Foi dessa forma que o segundo domingo de dezembro se tornou o Dia da Bíblia.

No Brasil o Dia da Bíblia começou a ser celebrado por volta de 1850 pelos primeiros missionários protestantes oriundos da Europa e dos Estados Unidos, que aqui vieram para semear a Palavra de Deus. Durante o período do império a liberdade religiosa foi restrita (apenas a Igreja Católica Romana tinha liberdade) e impedia as manifestações públicas dos evangélicos. Mas por volta de 1880, a liberdade foi crescendo e o movimento evangélico, juntamente com o Dia da Bíblia, foi se popularizando.

Pouco a pouco as diversas denominações protestantes institucionalizaram a tradição do Dia da Bíblia, que ganhou ainda mais força com a fundação da Sociedade Bíblica do Brasil, no ano 1948, aonde em dezembro deste mesmo ano houve uma das primeiras manifestações públicas do Dia da Bíblia, realizada em São Paulo, no monumento do Ipiranga.

Hoje as comemorações alusivas ao Dia da Bíblia mobilizam uma boa parte dos cerca de 40 milhões de cristãos protestantes de todo o Brasil. Em alguns estados e vários municípios o Dia da Bíblia é data oficial. Para a honra e para a glória do nome do Senhor.

A Bíblia é sem dúvida um Livro singular em todos os seus aspectos. Ela é o Livro dos recordes: o mais traduzido (com mais de 2.212 línguas e dialetos, acrescendo-se 40 novas traduções por ano); o livro de maior tiragem; o livro mais lido e também o livro mais amado e perseguido que já existiu. Reis, ditadores e até líderes religiosos (inclusive cristãos) tentaram de toda a forma proibir o seu acesso ao povo, destruí-la e apagá-la da memória humana, mas com a dedicação de homens e mulheres tementes a Deus e que haviam sido transformados por essa poderosa Palavra, que não temeram a espada, o fogo e a morte, guiados por Deus, que acima de tudo e de todos foi o Responsável Maior pela preservação desse Livro para a humanidade, a Bíblia hoje goza do absoluto status de imperecível, habitando em lares de todo o planeta (tanto de príncipes e reis como de pessoas que nem mesmo tem casa para morar), digitalizada na internet e computadores de todo o mundo. Os ataques infudados recebidos por céticos a centenas de anos mostram que não surtiram efeitos pelos fatos expostos acima.

A Bíblia, do grego ‘biblios’, que significa ‘biblioteca’, é realmente uma biblioteca composta de 66 livros, livros estes escritos por aproximadamente 40 autores diferentes em um período de aproximadamente 1.500 anos. Ela não fora escrita por um consenso coletivo. Alguns autores escreveram na Babilônia, outros em Jerusalém e Oriente Médio, Grécia, Itália, etc. Um dos autores fez às vezes como de um historiador ou repórter (relatando vidas de reis, plebeus, fatos heróicos e outros vergonhosos), já outro escreveu como biógrafo das mais variadas classes de pessoas, outro escreveu tratados teológicos dos mais diversos assuntos, ainda outro compôs poemas (alguns de amor) e escreveu provérbios, enquanto outro registrou profecias. Com tanta diversidade de autores, datas, regiões e temas, a Bíblia mantém uma precisão e harmonia de impressionar a todo pesquisador coerente e imparcial. Centenas de profecias cumpridas, somente em Cristo foram mais de 300 referências vero-testamentárias cumpridas na vida de Jesus. Predições de nomes, lugares, pessoas, ruínas e glórias de reinos, a Bíblia é sem dúvida alguma um livro que foge as limitações humanas. Nela não são encontrados erros matemáticos, geográficos, históricos ou científicos de qualquer espécie, tendo inúmeros fatos mencionados nela sido comprovados pela arqueologia, registros históricos apócrifos e pela própria ciência comprovada. Dentre inúmeras afirmações feitas na Bíblia que comprovam a sua veracidade (inspiração divina) e harmonia com a realidade científica, basta apenas relatar que Isaías já sabia, cerca de 700 anos antes de Cristo, que a Terra é um círculo (cf. Is 40:22) e de que Jó, que viveu aproximadamente entre 2.000 e 1.800 antes de Cristo, já sabia que a Terra está “solta” e sem base alguma no universo (cf. Jó 26:7).

Ela é a Palavra de Deus escrita aos homens, infalível, inerrante, escrita por homens inspirados pelo Espírito Santo do Senhor, conforme 2 Pe 1:21 “Porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” e 2 Tm 3:16 “Toda a Escritura é inspirada por Deus...”. A Bíblia é a verdade (cf. Jo 17:17); é ela que nos dá o conhecimento da vida eterna (cf. Jo 5:39 e 2 Tm 3:15); ela nos impede de pecarmos contra Deus (cf. Sl 119:11); ela é viva (cf. Hb 4:12); ela nos dá ensino, paciência, consolação e esperança (cf. Rm 15:4), além de inúmeros outros atributos inerentes a Bíblia Sagrada.

Por fim, cabe dizer que a Bíblia em toda sua grandeza detém uma mensagem central, que se perfaz desde Gênesis até o Apocalipse: a salvação eterna em Jesus. Essa é a mensagem central da Bíblia! Toda a Bíblia aponta e trata dessa que é a mais maravilhosa verdade que existe em todo o universo! A Igreja nunca poderá fugir dessa mensagem, devemos sempre anunciar a salvação em Cristo Jesus, e estarmos cientes de que fomos alcançados por ela. Amém!

“... sabes as sagradas Escrituras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus” 2 Timóteo 3:15.

“Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante do que espada alguma de dois gumes, e penetra até à divisão da alma e do espírito, e das juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do coração” Hebreus 4:12.

Cabe aqui algumas frases de grandes personagens da história:

“Creio que a Bíblia é o melhor presente que Deus já deu ao homem. Todo o bem da parte do Salvador do mundo nos é transmitido mediante este livro” Abraão Lincoln.

“É impossível governar bem o mundo sem Deus e sem a Bíblia” George Washington.

“A Bíblia não é um simples livro, senão uma criatura vivente, dotada de uma força que vence a quantos se lhe opõem” Napoleão Bonaparte.

“Este livro dá a razão da supremacia da Inglaterra” Rainha Vitória.

“Este livro, senhor, é o rochedo no qual se fundamenta a nossa República” Andrewn Jackson.

“Há mais indícios seguros de autenticidade na Bíblia do que em qualquer história profana” Isaac Newton.

“A Bíblia é o maior documento ao alcance da raça humana” Billy Grahan.

Anchieta Campos

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Uma palavra sobre salvação, sobre o amor de Deus para com o homem

É bem verdade que o objetivo principal deste blog não é tratar para com aqueles que ainda não conhecem a fé cristã, mas sim ser um espaço na defesa das doutrinas da Bíblia Sagrada contra as seitas e heresias (tradicionais e as mais recentes), além de ser um espaço de mostrar pontos teológicos da fé bíblico/cristã, para o crescimento teológico do povo de Deus. Mas é bem verdade que é dever de todos os crentes pregar o evangelho a todo e qualquer homem, seja do modo que for. Portanto tive o cuidado de elaborar essa pequena missiva para defender e mostrar para todos os meus leitores não-crentes a verdadeira salvação bíblica, que é uma mostra de um amor imensurável de Deus para conosco.

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” João 3:16.

Deus realmente ama a humanidade. No relato bíblico da criação percebemos que Deus sempre agiu de um modo, o qual foi: falava e acontecia. O criador demonstrava sim uma certa preocupação e atenção para com a organização da terra, para com a criação dos animais das mais variadas espécies, mas o Eterno sempre manteve a distância da fala, falava e acontecia. Até que em um certo momento ocorreu algo inusitado: Aquele que com o poder de sua palavra já havia criado todo o complexo e harmônico universo, toda a terra e o que nela há em baixo e em cima nos céus, em vez de novamente falar (e que com certeza iria se fazer conforme Ele quisesse), em um ato de total atenção e apreço, podemos dizer em um ato de puro amor e intimidade, de um desejo íntimo do Todo Poderoso, vemos uma voz ecoar na eternidade: “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra” Gn 1:26. O Rei dos Reis, o Senhor dos Senhores, desceu a terra e fez algo com suas próprias mãos, com toda a sua atenção e cuidado, vemos Deus fazendo o homem do barro. O homem foi diferente de toda a demais criação! Que honra e glória para o homem! Feito pelo próprio Deus e conforme a imagem e semelhança do Criador! e não ficou por aí! O homem ainda recebe algo que nem mesmo os anjos tiveram a honra de receber: o sopro de vida do seu Eterno Espírito (Gn 2:7). Estava pronto e acabado, a coroa da criação estava feita! Herdeiro da terra e herdeiro de características do seu Criador (pois é imagem e semelhança), o homem recebe inteligência, sentimentos, aprende a amar, a criar, a trabalhar, a sorrir, a se alegrar, e também herda a característica de aprender a tomar decisões.

Foi justamente nessa capacidade de decidir, de fazer escolhas, que o homem mostrou que não era nem de longe igual a Deus, mas apenas uma criatura do mesmo, apenas uma criatura que herdou algumas características dos imensuráveis atributos de Deus, e ao escolher ser rebelde, ingrato, egoísta e criminoso contra a vontade e o amor do seu Criador, o homem incorreu em suportar as conseqüências da justiça de Deus, que não deixa passar o mal impune. O homem teve sua imagem divina corrompida pelo pecado e a morte entrou no homem como conseqüência do pecado (“porque o salário do pecado é a morte”Rm 6:23a; “o pecado, sendo consumado, gera a morte” Tg 1:15), além de outras conseqüências. O homem que era pra viver eternamente aqui na terra agora estava fadado a morrer, e pior ainda, por ter recebido vida do Espírito do Criador, sua alma torna-se imortal, acarretando ao homem uma condenação eterna como conseqüência de seus pecados e desobediência ao amor de Deus e sua vontade “e irão estes para o tormento eterno” Mt 25:46.

Mas Deus, como onisciente, conhecedor de todas as coisas em todos os tempos (Sl 139:4; Is 48:6; Jo 16:30; Hb 4:13), sabia que o homem cairia, sabia que o mesmo iria ser alvo das conseqüências de sua queda, Deus realmente não fora pego de surpresa no Jardim do Éden quando Adão e Eva deram ouvidos a voz do inimigo e pecaram contra o seu Criador. Percebemos então um maravilhoso plano salvador se desenhar e ser anunciado ainda no Jardim do Éden (Gn 3:14,15) e se desdobrar por todo o Antigo Testamento, com sombras tipificadas de uma salvação e redenção eterna que viria a ser consumada no sacrifício vicário de Jesus em nosso favor “Ora, estando estas coisas assim preparadas, a todo o tempo entravam os sacerdotes no primeiro tabernáculo, cumprindo os serviços; Mas, no segundo, só o sumo sacerdote, uma vez no ano, não sem sangue, que oferecia por si mesmo e pelas culpas do povo; Dando nisto a entender o Espírito Santo que ainda o caminho do santuário não estava descoberto enquanto se conservava em pé o primeiro tabernáculo, Que é uma alegoria para o tempo presente, em que se oferecem dons e sacrifícios que, quanto à consciência, não podem aperfeiçoar aquele que faz o serviço; Consistindo somente em comidas, e bebidas, e várias abluções e justificações da carne, impostas até ao tempo da correção. Mas, vindo Cristo, o sumo sacerdote dos bens futuros, por um maior e mais perfeito tabernáculo, não feito por mãos, isto é, não desta criação, Nem por sangue de bodes e bezerros, mas por seu próprio sangue, entrou uma vez no santuário, havendo efetuado uma eterna redenção. E por isso é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão das transgressões que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna” Hb 9:6-12,15.

O pecado foi vencido por Cristo quando o mesmo realizou um sacrifício perfeito na cruz do Calvário, aonde um homem sem pecado e sem mancha morreu por uma humanidade caída (Hb 4:15), condenada e sem condições de alcançar por si mesma a salvação. A morte, que é a conseqüência do pecado, também foi vencida por Cristo quando Ele ressuscitou ao terceiro dia de sua morte. As conseqüências de nossa desobediência contra a vontade e santidade do nosso Deus, o pecado e a morte, foram vencidas por Cristo na cruz, ao derramar seu imaculado sangue e se entregar por completo para nos remir de toda a culpa, “PORTANTO, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte. Porquanto o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne” Rm 8:1-3 e “Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão? Onde está, ó inferno, a tua vitória? Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso SENHOR Jesus Cristo” 1 Co 15:53-57.

Isso é que é amor! Amor para quem não merecia, para quem não é capaz de cumprir com toda a vontade de seu Criador. O homem nunca poderia por si só alcançar o perdão dos seus pecados, não havia nada que o homem pudesse fazer para se restaurar perante Deus. Não poderíamos ofertar nada para Deus, pois o mesmo é o Dono de tudo! Deus queria de nós a obediência e o amor para com Ele e sua palavra, e nós com nossa natureza fomos incapazes de lhe dar isso, pois somos todos pecadores e habitamos em corpos mortais sobre o efeito e influência do pecado, “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus; Sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus. Ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus; Para demonstração da sua justiça neste tempo presente, para que ele seja justo e justificador daquele que tem fé em Jesus. Onde está logo a jactância? É excluída. Por qual lei? Das obras? Não; mas pela lei da fé. Concluímos, pois, que o homem é justificado pela fé sem as obras da lei” Rm 3:23-28.

Jesus morreu por nós! Jesus morreu por você! Ele morreu por todos! Aceite a esse amor e a essa palavra que hoje é anunciada pela Bíblia Sagrada. Não faça como nossos pais fizeram no Jardim do Éden e não aceitaram a palavra que fora pregada pelo Pai de amor. Jesus está disposto a te receber, não importa qual vida tenha vivido até então, não importa seus pecados, o sangue de Cristo é poderoso o suficiente para lhe trazer paz e salvação!

Com precisão havia profetizado Isaías cerca de 700 anos antes da vinda de Cristo, quando diz: “QUEM deu crédito à nossa pregação? E a quem se manifestou o braço do SENHOR? Porque foi subindo como renovo perante ele, e como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos. Era desprezado, e o mais rejeitado entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum. Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi ferido por causa das nossas transgressões, e moído por causa das nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho; mas o SENHOR fez cair sobre ele a iniqüidade de nós todos. Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca. Da opressão e do juízo foi tirado; e quem contará o tempo da sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; pela transgressão do meu povo ele foi atingido. E puseram a sua sepultura com os ímpios, e com o rico na sua morte; ainda que nunca cometeu injustiça, nem houve engano na sua boca. Todavia, ao SENHOR agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do SENHOR prosperará na sua mão. Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a muitos; porque as iniqüidades deles levará sobre si. Por isso lhe darei a parte de muitos, e com os poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte, e foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e intercedeu pelos transgressores” Is 53:1-12.

E o que fazer? Rm 10:8-10 responde: “Mas que diz? A palavra está junto de ti, na tua boca e no teu coração; esta é a palavra da fé, que pregamos, A saber: Se com a tua boca confessares ao Senhor Jesus, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. Visto que com o coração se crê para a justiça, e com a boca se faz confissão para a salvação”.

“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie” Ef 2:8,9.

“Vinde então, e argüi-me, diz o SENHOR: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã” Is 1:18.

Anchieta Campos

2008: 90 anos de Assembléia de Deus no RN

Em pleno festejo dos 73 anos da Assembléia de Deus na cidade de Pau dos Ferros, foi anunciado e feito notório para toda a Pau dos Ferros e região que se encontrava em nossa cidade pólo, que 2008 será um ano totalmente diferenciado para a nossa querida denominação em todo o estado do Rio Grande do Norte. O ano de 2011 será o centenário das Assembléias de Deus no Brasil, mas o ano de 2008 será o ano de comemoração de nove décadas desse tão grande e abençoado trabalho do Senhor no nosso querido e belo estado potiguar.

A Igreja Evangélica Assembléia de Deus no Rio Grande do Norte (IEADERN), na figura do seu líder maior, o Pr. Raimundo João de Santana, Pastor de Natal e Presidente da CEMADERN (Convenção Estadual de Ministros da Assembléia de Deus no Rio Grande do Norte), prepara, juntamente com todas as Assembléias de Deus, pastores e membros do estado, um ano repleto de programações festivas e, acima de tudo, um ano de trabalho para a causa do Reino de Deus aqui na terra.

A abertura oficial da programação se dará ainda neste ano de 2007, na oportunidade do dia 31/12/2007, a partir das 23:30hs, no Culto de Ano da Sede da Assembléia de Deus em Natal, no bairro do Alecrim. Estão programadas ainda as seguintes obras:

* 90 Caravanas partindo de Natal para evangelizar a todo o Estado do Rio Grande do Norte, com a primeira viagem programada para 19 de janeiro, tendo cada caravana como objetivo evangelizar, discipular e batizar 90 crentes, totalizando uma meta de no mínimo 8.100 novos crentes;

* 90 horas de oração antecedendo a saída das caravanas;

* Campanha Estadual de Oração, de 12 a 16 de maio, com o Tema: No Mover do Espírito Santo;

* Grande Batismo em Águas (Natal), no dia 17 de maio;

* Vigília dos Pastores, no dia 21 de maio;

* Evangelização do RN em um só dia (24 de maio);

* Congresso Pentecostal, sendo 1 por setor, entre maio e outubro;

* Escola Bíblica de Obreiros, de 15 a 19 de setembro;

* Grande Culto no Machadão em setembro, com toda a Assembléia de Deus do estado reunida;

* Encerramento das festividades nos dias 2 e 3 de janeiro de 2009, com os 10 anos de Pastorado do Pr. Raimundo João de Santana.

Que o Senhor nosso Deus possa abençoar este ano que se avizinha e toda a programação em comemoração aos 90 anos de Assembléia de Deus no RN! Que tudo seja para a honra e para a glória do sacrossanto nome de Jesus, o verdadeiro dono da festa!

Quem quiser conhecer mais um pouco da história das Assembléias de Deus no RN pode acessar a página “Nossa história” do site da IEADERN http://www.assembleiadedeus-rn.org.br/historia.asp.

Anchieta Campos

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Um dia histórico para a Assembléia de Deus em Pau dos Ferros-RN

O título desta postagem realmente sintetiza o que foi a data 02/12/2007 para a Igreja Evangélica Assembléia de Deus em Pau dos Ferros-RN. Comemorando os seus 73 anos de fundação na cidade, a igreja realizou um lindo batismo nas águas de dezenas de neo-conversos; momento este aonde o Espírito Santo se fez presente nas vidas de todos que estavam reunidos em torno deste feito.

A tarde no Templo Sede foi realizado um maravilhoso estudo bíblico para obreiros de toda a região do Alto Oeste potiguar, com a inspirada palavra do Pr. Miranda, da cidade do Assu-RN, enfocando a necessidade dos pastores terem os seus pastores, e de como ser realmente um líder com os padrões bíblicos. Ainda pela tarde tivemos a ilustre presença (não esperada) do cantor Armando Filho, que trouxe mais brilho para a reunião em torno do nome do nosso Deus, além do cantor Melquisedeque de Maceió-AL e do Pastor e Deputado Estadual Antônio Jácome, que possibilitou a vinda de Armando Filho.

À noite tivemos um grande culto de louvor e ministração da Palavra, onde a majestosa nave do Templo Sede ficou lotada de irmãos de todas as denominações da cidade e de cidades da região, além da presença do prefeito municipal Leonardo Rêgo. O cantor Melquisedeque, que estava de volta a Assembléia de Deus em Pau dos Ferros depois de sua participação no Congresso de Mocidade no meio do ano, louvou ao nosso Deus e pode contar as maravilhas que o Senhor tem feito em sua vida após a sua participação no nosso Congresso. A ministração da Palavra pela noite também ficou a cargo do Pr. Miranda, aonde mais uma vez o experiente pastor foi usado pelo Espírito do Senhor para uma poderosa e sábia palavra, mostrando a fragilidade das outras religiões e a força de Cristo sobre a morte e sobre tudo. Tivemos ainda a apresentação de um jogral abençoado da mocidade da Assembléia de Deus em Itaú, mostrando a necessidade da evangelização.

Foi realmente uma noite de bênçãos, renovação e de gratidão ao nosso Deus pela tão grande e importante obra que Ele levantou, tem sustentado e abençoado nessa cidade. Toda honra, toda glória e todo louvor sejam dadas para o Filho de Deus, Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador!

Parabéns para a Assembléia de Deus em Pau dos Ferros pelos seus 73 anos de fundação! Igreja que tenho a honra de ser membro, auxiliar do trabalho e líder da mocidade. Como bem frisou o Pr. Alfredo Luis de Melo, atual líder da igreja, esse trabalho é fruto de orações dos nossos pioneiros, que não mediram esforços e nunca se amedrontaram em implantar esse trabalho em uma época em que crente era visto como louco, fanático, excluído da sociedade e objeto de todo tipo de perseguição. Muito suor, lágrimas e sofrimento para chegarmos aonde estamos hoje. Deus é fiel!

Anchieta Campos

quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Assembléia de Deus em Pau dos Ferros em clima de aniversário

A Igreja Evangélica Assembléia de Deus em Pau dos Ferros-RN estará em festa no próximo dia 2 de dezembro, aonde se comemorarão 73 anos de início desse tão grandioso e importante trabalho para a Pau dos Ferros e região.

A Igreja conta atualmente com 4 congregações espalhadas pelos bairros do Riacho do Meio, São Geraldo, João XXIII e Manoel Deodato, além do Templo Sede situado na Rua Quintino Bocaiúva, 560, centro da cidade, estando atualmente sob os cuidados do Pr. Alfredo Luis de Melo.

A Assembléia de Deus é a igreja evangélica referência na cidade de Pau dos Ferros, sendo a maior (por graça de Deus) e uma das mais antigas, juntamente com a Igreja Batista.

Na programação do evento ter-se-á batismo em águas pela manha na Barragem Municipal, estudo bíblico com pastores e obreiros de toda região e estado pela tarde, além do grande culto festivo em comemoração ao aniversário da igreja à partir das 19hs no Templo Sede.

Presenças de pastores presidentes de campo, pastores locais de diversas cidades do Rio Grande do Norte, Paraíba e Ceará, caravanas, além do cantor Melquisedeque de Maceió-AL.

Transcrevo agora um texto de produção do Pb. e Secretário da igreja, João Avelino (Cezimar), sobre a história dessa tão abençoada obra para a cidade de Pau dos Ferros:

“No ano de 1934, deu-se início esta grande e maravilhosa Obra Salvadora, com a realização de muitos cultos de agradecimento a DEUS, em várias residências – sendo a primeira do Sr. Braulino e outros. Ditos trabalhos eram ministrados por obreiros vindos do Estado do Ceará – Pastor José Alencar de Macedo; de Mossoró/RN, Pastor José Batista de Oliveira e Luiz Chaves, este deslocava-se pedalando uma bicicleta.

O Pastor José Batista de Oliveira, reconhecendo a sua chamada ministerial de ganhar almas para o Reino de Deus, além de sua grande responsabilidade com o trabalho dentro da cidade, dava assistência ao campo adjacente; este obreiro trabalhou de 1940 ao ano de 1947, quando a 23 de fevereiro do mesmo ano, dava posse ao Pastor Artur Lisboa Barreto, de saudosa memória, que figura na história das Assembléias de Deus do nosso Estado, como o primeiro pastor oficial deste campo, pois a partir de sua assunção na tão nobre função, fixou com a sua digna família a sua residência nesta cidade, à Rua 13 de maio. Neste ano (1947), deu-se início a reconstrução de uma casa comprada pela igreja para servir como templo e ao mesmo tempo de adoração ao Deus Todo-poderoso. A 23 de fevereiro de 1949, comemorava-se o aniversário desse templo; na efeméride, estiveram presentes diversos ministros evangélicos do RN e de Estados vizinhos, destacando-se a presença do eminente Pastor Antonio Petronilo dos Santos, do campo Mossoroense. Continuava o Pastor Artur Barreto, prestando seus serviços, atinentes ao chamado especial de Deus, liderando este trabalho até o ano de 1955, quando foi legalmente substituído pelo Pastor Manoel Gomes Crispim, que até 1959, ficou responsável por este campo e cooperava com os de Alexandria, Martins, São Miguel e outros, sendo seu substituto o Pastor João Vieira, que teve a felicidade de pastorear as ovelhas do Senhor até 1960; em seu lugar assumia o Pastor Josias Tomaz de Oliveira, que em poucos dias de atuação, verificou a grande necessidade de construir o Templo maior; cedia o irmão Cícero Pereira Maia, o prédio do antigo templo e casa de habitação do Pastor, visando adquirir um local mais condigno para louvar a Deus e pregar o Evangelho renovador. Tomou o Pastor Josias a louvável decisão de comprar um terreno à Rua Quintino Bocaiúva, onde pela graça de Deus conseguiu arregimentar amigavelmente todos os crentes desta igreja e em janeiro de 1961, perante muitos pauferrenses, fazia o lançamento da Pedra Fundamental, ladeado pelo Presbítero José Alves de Souza, ajudando-o a colocá-la no lugar determinado, estando funcionado o templo sede até os dias de hoje. Continuava o trabalho, o novo templo erigido em forma simples e em 10 de dezembro de 1961, inaugurava-se a majestosa nave e a casa pastoral, com a assistência do Pastor presidente das Assembléias de Deus no RN, João Batista da Silva.

O Pastor Josias, serviu nesta igreja até 1964, quando foi substituído pelo então Pastor João Fernandes Praxedes, que permaneceu até 1967, sendo seu substituto o Pastor Jessuir Lisboa Barreto, que teve a ação pastoral até 1974, transmitindo-a ao Pastor João Sobrinho, permanecendo até 19/01/1975, quando a Convenção Estadual resolve enviar para esta cidade o Pastor Francisco Ribeiro da Silva, que em 20/02/1977, entregava a tarefa para o Pastor Djeso Gomes de França, que pastoreou até 1979, quando o então Pastor Edson Oliveira dos Santos assume o trabalho, porém em 15/02/1979 transfere ao Pastor Antonio Marrocos Sobrinho, em seguida tem as sucessivas mudanças, pastoreando a igreja nesta cidade, os seguintes pastores: José Hermínio Pereira, Severino Gomes, Jurandir Xavier Barreto (que resolve ampliar o trabalho, fixando obreiros nas cidades de Rafael Fernandes, Água Nova, Encanto e São Francisco do Oeste), quando em 1999, transfere a missão ao então Pastor Alfredo Luis de Melo, que permanece até hoje realizando um grande trabalho e mostrando que Deus tem aprovado seu ministério e em sua gestão muito tem crescido o número de membros, o trabalho social também, é ampliado através do Centro Social que leva seu nome, ampliação e criação de mais cinco Congregações e tantos outros trabalhos, aprimorando e trazendo o crescimento do Reino de Deus em Pau dos Ferros”.

Glórias sejam dadas ao nome de Jesus!

Anchieta Campos

sábado, 24 de novembro de 2007

Pérolas de uma " pastora ". A liderança pastoral feminina é bíblica?

Estava acessando minha conta de e-mail quando me deparei com uma mensagem eletrônica com um título bastante atrativo: “Liderança feminina é bíblica?”. O e-mail era proveniente da esposa de um famosíssimo pregador “assembleiano”, pregador este que há muito perdeu minha confiança e admiração por apregoar heresias e fantasias “teológicas” sem embasamento bíblico algum.

Confesso que ainda veio em mim uma certa dúvida quanto à posição da referida “pastora”, ou “líder”, como queiram. Fiquei na dúvida, pois a mesma e seu esposo famoso ainda são (pelo menos oficialmente) crentes pentecostais da Assembléia de Deus, igreja que corretamente mantém sua posição contrária a ordenação pastoral feminina (exceto outros ministérios que já cederam a esse modismo e novidade), mas também por conhecer a sede de mudança de confissão e práticas doutrinárias do referido pastor fiquei na dúvida quanto ao posicionamento da irmã. Infelizmente a última opção foi a ocorrência casuística.

Em uma produção teológica pobre e cheia de “pérolas” que contrariavam princípios da Teologia Sistemática, a “pastora” tentou efetuar uma defesa que não saiu do título de seu artigo, pois a resposta principal não fora dada claramente, ou seja, se a liderança (pastoril) feminina é bíblica ou não.

A irmã diz: “Então eu pergunto amigo leitor, a lei ainda proíbe que as mulheres falem em local público? É atualmente vergonhoso ou desonroso a mulher ensinar?”. Sinceramente eu não sei de onde a irmã tirou a conclusão de que as mulheres da igreja primitiva não falavam em local público e não ensinavam. Tirando conclusões precipitadas de 1 Co 14:33-35 e 1 Tm 2:11,12, a irmã mostra desconhecimento bíblico, especialmente de passagens como At 21:9 e 1 Co 11:5, que mostram a mulher profetizando, especialmente 1 Co 11:5 que diz: “Mas toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça, porque é como se estivesse rapada”, as profecias e as orações aqui citadas eram realizadas na igreja (cf. 1 Co 11:18), portanto, as mulheres oravam e profetizavam na igreja (em público). A Bíblia também nos mostra a importância da mulher no ensino da Palavra (cf. At 18:26), no ensino daquilo que aprendiam dos apóstolos, como vemos no caso de Lídia que aprendeu de Paulo e repassava em sua casa aquilo que ouvira do apóstolo dos gentios (cf. At 16:14,40); vemos ainda o ensino de Paulo sobre a função das mulheres em Tt 2:3-5: “As mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias no seu viver, como convém a santas, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras no bem; para que ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem seus maridos, a amarem seus filhos, a serem moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas a seus maridos, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada”.

O próprio Timóteo fora inteirado desde sua meninice do conhecimento da Palavra pela sua avó Lóide e pela sua mãe Eunice (cf. 2 Tm 1:5 e 3:14,15).

Realmente, a irmã “pastora” parece não ter tido conhecimento destas passagens bíblicas. Ela ainda disse, corroborando a questão, que: “Na nossa sociedade é perfeitamente normal a mulher ensinar, a maioria dos professores do ensino básico, e fundamental são mulheres. Elas estão nas universidades, nas empresas, no lar, no comércio, desenvolvem trabalhos brilhantes, e são cada vez mais reconhecidas. Se Deus deu as mulheres todas estas habilidades e capacidades, é porque deseja que elas as usem”. Como já fora exposto, Deus realmente sempre quis usar a mulher para fazer também a sua obra, além de tê-la capacitado também de inteligência para realizar ofícios seculares, mas é claro, respeitando-se sua função de mãe e dona de lar (cf. Tt 2:3-5; 1 Co 7:34; Pv 14:1; Sl 113:9).

Mas a grande pérola teológica da “líder” foi a de comentar a proibição de Paulo em 1 Tm 2:11,12, ao dizer: “Esta proibição, parte de Paulo para Timóteo e não de Cristo, sejamos sábios”. Realmente uma coisa que falta a essa irmã é sabedoria de doutrina bíblica. Ao dizer tal afirmativa a irmã simplesmente trouxe um relativismo perigosíssimo no que diz respeito à autoridade dos ensinos bíblicos. Aonde fica o princípio das palavras de Paulo “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça” 2 Timóteo 3:16? O próprio apóstolo Paulo ao concluir o seu sermão de 1 Co 14:33-35 (texto citado pela própria pastora como sendo algo não aplicável nos dias de hoje) diz nos versos 37 e 38: “Se alguém cuida ser profeta, ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor. Mas, se alguém ignora isto, que ignore”. É, parece que Paulo já previa que alguém em um tempo futuro iria tentar distorcer os ensinos referentes ao papel do homem e da mulher no seio da igreja e da casa. Infelizmente a dita “líder” preferiu ignorar ao invés de reconhecer que os ensinos de Paulo proviam de Deus e não dele mesmo. Oras, é fundamento da Teologia Sistemática e da Reformada (que não deixam de ser a mesma) que a Bíblia é a Palavra de Deus escrita aos homens por intermédio de pessoas santas e que se deixavam usar pelo Espírito Santo para escrever aquilo que proviera de Deus para o homem, para a sua Igreja. Paulo com certeza era um homem usado por Deus e conhecedor dos ensinos e do coração de Deus, portanto foi (como é notório de todos) usado grandemente para ensinar e compor com alguns de seus escritos divinamente inspirados a Bíblia Sagrada.

O ensino teológico como sendo a Bíblia a Palavra de Deus escrita aos homens, infalível, inerrante, completa, soberana, permanente e a nossa única regra de fé e fonte máxima de autoridade está presente em toda a Bíblia (Dt 29:29; Sl 18:30 e 19:7; Is 40:8; Mt 5:18 e 22:29; Mc 13:31; Lc 1:1-4; Jo 5:39 e 17:17; At 17:11; Rm 15:4; 1 Co 4:6 e 14:37; 2 Tm 3:15-17; 2 Pe 1:20,21 e 3:15,16; Ap 1:3 e 22:18,19).

Como fora exposto mais acima é clara a importância da mulher tanto para a igreja, família e sociedade, podendo a mesma ensinar (principalmente para mulheres e incrédulos), pregar, orar, profetizar e trabalhar. Agora, sinceramente, atribuir à mulher a autoridade eclesiástica do ensino e instrução do rebanho de Deus, como seja, atribuir a liderança pastoral de uma igreja local a uma mulher, é, sem sombra de dúvidas, algo estranho à Bíblia Sagrada. O texto de 1 Co 11:3 é claro em seu significado: “Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a cabeça da mulher; e Deus a cabeça de Cristo”. Cabeça quer dizer que não há nada superior, não há autoridade acima de uma cabeça, além de denotar a idéia de sabedoria. Percebemos que o homem é a cabeça da mulher assim como Cristo é a cabeça de todo o homem (ou igreja); a relação de sujeição nas duas situações deve ser a mesma, conforme Ef 5:24 que diz: “De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos”. A sujeição é uma questão de ordem e não de inferioridade; a Bíblia nos manda sermos sujeitos ao Estado (Rm 13:1-5; 1 Pe 2:13-17), mas sabemos que não somos inferiores ao mesmo. O nosso Deus é um Deus que gosta de ordem!

A Bíblia simplesmente não fala em pastoras ou bispas, mas sempre usa estas funções eclesiásticas pro masculino. O governo feminino não é visto como algo aprovado por Deus para o seu povo, conforme Is 3:11 que diz: “Os opressores do meu povo são crianças, e mulheres estão à testa do seu governo. Ah! Povo meu! Os que te guiam te enganam e destroem o caminho das tuas veredas”. Débora não passou de uma exceção; e Ester não governava, mas sim o Rei Assuero. O próprio motivo pelo o qual Deus criou a mulher mostra que a mesma não pode exercer qualquer tipo de comando sobre o marido, seja em relação espiritual ou material, sendo a mesma uma ajudadora do homem (cf. Gn 2:18), assim é o que diz 1 Tm 2:12-13 “nem use de autoridade sobre o marido... porque primeiro foi formado Adão, depois Eva”.

Por fim, para não citar outras inúmeras referências e raciocínios em favor da não ordenação de mulheres ao pastoril, encerro com o comentário de Donald C. Stamps, em sua Bíblia de Estudo Pentecostal, editada pela CPAD, do verso 2:12 de 1 Tm 2 que diz assim:

“2.12. O homem e a mulher são igualmente amados e preciosos à vista de Deus (Gl 3.27,28). Porém foi ao homem que Deus entregou a responsabilidade de direção da família e da igreja.
(2) O ensino de Paulo quanto à mulher não ensinar como dirigente da igreja, vem dos princípios estabelecidos pelo Criador para o homem e a mulher, quando da sua criação original (Gn 2.18; 1 Co 11.8,9; 1 Tm 2.13 nota), e dos efeitos da entrada do pecado na raça humana (1 Tm 2.14)”
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Anchieta Campos

quarta-feira, 21 de novembro de 2007

Lucas 1:28 e a Imaculada Conceição de Maria

Os católicos afirmam que Maria viveu em uma “plenitude da Graça”, como se Deus a tivesse salvo antes dela cair no pecado da humanidade, e para sustentar tal tese, eles usam o versículo 28 do primeiro capítulo do Evangelho segundo escreveu Lucas, verso que diz: “E, entrando o anjo onde ela estava disse: Salve, agraciada; o Senhor é contigo”, além é claro, da sagrada tradição oral. Puro fanatismo religioso! Vejamos o que diz a Bíblia: em João 1:17 está escrito: “E todos nós recebemos também da sua plenitude, com graça sobre graça; o que João nos mostra é que todos que recebem a Jesus como seu Salvador recebem da sua graça, da plenitude da sua graça; Maria fora chamada de agraciada ou cheia de graça, pois o anjo Gabriel já sabia, por intermédio de Deus, que esta aceitaria a Deus (Jesus Cristo) como seu Salvador (Lucas 1:47). Atos 4:33 diz: “Com grande poder os apóstolos davam testemunho da ressurreição do Senhor Jesus, e em todos eles havia abundante graça; mais uma vez a Bíblia nos mostra que a “graça abundante” estava sobre todos os apóstolos e não apenas sobre Maria. Atos 6:8 diz: “Ora, Estêvão, cheio de graça e poder, fazia prodígios e grandes sinais entre o povo”; novamente a Palavra de Deus contraria a teologia católico romana, expressando claramente que Estevão (que nem apóstolo era) era um homem cheio da graça de Cristo! Se formos aplicar o raciocínio católico romano, Estevão e os Apóstolos também não pecaram, além de todos os salvos, pois para se salvar necessitamos da graça de Deus, e de forma abundante, cf. Rm 5:20 “mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça”! Finalizando, o próprio Cristo afirmou que mais bem-aventurados são os que ouvem a Palavra de Deus e a guardam do que o ventre que lhe trouxe ao mundo e os peitos que o amamentaram (Lucas 11:27-28).

Um fato interessante a ser observado é que o livro de Atos relata inúmeros milagres e prodígios realizados pelos apóstolos e seus seguidores, mas não relata nenhum milagre realizado por Maria, fato intrigante, visto que a mãe de Jesus é tida pelos católicos romanos como uma poderosa intercessora e realizadora de milagres. E mais, seu nome mal é mencionado no Novo Testamento, tirando as alusões ao seu nome nos evangelhos (que já são poucas), ela só é citada novamente em Atos 1:14, depois vê-se um silêncio tenebroso do nome da mãe de Jesus pelos próprios apóstolos e outros escritores do NT. Outro fato bastante intrigante é o de não haver nenhum registro no NT do tão importante fato de Maria ter sido concebida sem pecado e ter se mantido livre do mesmo durante a sua vida. Como pode algo extraordinário e de suma importância para a fé cristã não ter sido registrado pelos contemporâneos de Maria?

Destarte a própria Bíblia elimina qualquer sustento para tal tese. Em Rm 3:23 Paulo escreveu que “todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus”; Paulo, contemporâneo de Maria e dos outros apóstolos, não abre a exceção de Maria, pois a mesma, como ser humana, também fora concebida em pecado (Salmo 51:5) e, obviamente, participante de outros. Em II Co 5:15 Paulo escreve que “ele [Jesus] morreu por todos”; Rm 3:9 diz “todos estão debaixo do pecado”; Rm 5:12 diz “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto todos pecaram”; João nos fala em I Jo 1:10 que “Se dissermos que não temos cometido pecado, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós”; I Jo 1:8 repete novamente, dizendo “Se dissermos que não temos pecado nenhum, enganamo-nos a nós mesmos, e a verdade não está em nós”; I Re 8:46 e II Cr 6:36 diz “pois não há homem que não peque”. Fora dessas ainda há muitas outras referências bíblicas falando sobre a universalidade do pecado na humanidade.

Finalizando, para que Maria tivesse nascido sem pecado, ela teria que ter nascido do Espírito Santo (sendo assim não mais humana, mas sim uma deusa), ou sua mãe teria que ter nascido sem a mancha do pecado original, e sua avó, bisavó e assim sucessivamente em uma cadeia ininterrupta até chegar em Eva, que, infelizmente, caiu no pecado juntamente com Adão ao comer do fruto proibido (Gn 3:6).

Sem pecado mesmo meu caro leitor, só teve um e nunca terá outro, e esse um é Jesus!
"Porque não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; porém, um que, como nós, em tudo foi tentado, mas sem pecado" Hebreus 4:15.

Anchieta Campos