Estava acessando minha conta de e-mail quando me deparei com uma mensagem eletrônica com um título bastante atrativo: “Liderança feminina é bíblica?”. O e-mail era proveniente da esposa de um famosíssimo pregador “assembleiano”, pregador este que há muito perdeu minha confiança e admiração por apregoar heresias e fantasias “teológicas” sem embasamento bíblico algum.
Confesso que ainda veio em mim uma certa dúvida quanto à posição da referida “pastora”, ou “líder”, como queiram. Fiquei na dúvida, pois a mesma e seu esposo famoso ainda são (pelo menos oficialmente) crentes pentecostais da Assembléia de Deus, igreja que corretamente mantém sua posição contrária a ordenação pastoral feminina (exceto outros ministérios que já cederam a esse modismo e novidade), mas também por conhecer a sede de mudança de confissão e práticas doutrinárias do referido pastor fiquei na dúvida quanto ao posicionamento da irmã. Infelizmente a última opção foi a ocorrência casuística.
Em uma produção teológica pobre e cheia de “pérolas” que contrariavam princípios da Teologia Sistemática, a “pastora” tentou efetuar uma defesa que não saiu do título de seu artigo, pois a resposta principal não fora dada claramente, ou seja, se a liderança (pastoril) feminina é bíblica ou não.
A irmã diz: “Então eu pergunto amigo leitor, a lei ainda proíbe que as mulheres falem em local público? É atualmente vergonhoso ou desonroso a mulher ensinar?”. Sinceramente eu não sei de onde a irmã tirou a conclusão de que as mulheres da igreja primitiva não falavam em local público e não ensinavam. Tirando conclusões precipitadas de 1 Co 14:33-35 e 1 Tm 2:11,12, a irmã mostra desconhecimento bíblico, especialmente de passagens como At 21:9 e 1 Co 11:5, que mostram a mulher profetizando, especialmente 1 Co 11:5 que diz: “Mas toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça, porque é como se estivesse rapada”, as profecias e as orações aqui citadas eram realizadas na igreja (cf. 1 Co 11:18), portanto, as mulheres oravam e profetizavam na igreja (em público). A Bíblia também nos mostra a importância da mulher no ensino da Palavra (cf. At 18:26), no ensino daquilo que aprendiam dos apóstolos, como vemos no caso de Lídia que aprendeu de Paulo e repassava em sua casa aquilo que ouvira do apóstolo dos gentios (cf. At 16:14,40); vemos ainda o ensino de Paulo sobre a função das mulheres em Tt 2:3-5: “As mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias no seu viver, como convém a santas, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras no bem; para que ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem seus maridos, a amarem seus filhos, a serem moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas a seus maridos, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada”.
O próprio Timóteo fora inteirado desde sua meninice do conhecimento da Palavra pela sua avó Lóide e pela sua mãe Eunice (cf. 2 Tm 1:5 e 3:14,15).
Realmente, a irmã “pastora” parece não ter tido conhecimento destas passagens bíblicas. Ela ainda disse, corroborando a questão, que: “Na nossa sociedade é perfeitamente normal a mulher ensinar, a maioria dos professores do ensino básico, e fundamental são mulheres. Elas estão nas universidades, nas empresas, no lar, no comércio, desenvolvem trabalhos brilhantes, e são cada vez mais reconhecidas. Se Deus deu as mulheres todas estas habilidades e capacidades, é porque deseja que elas as usem”. Como já fora exposto, Deus realmente sempre quis usar a mulher para fazer também a sua obra, além de tê-la capacitado também de inteligência para realizar ofícios seculares, mas é claro, respeitando-se sua função de mãe e dona de lar (cf. Tt 2:3-5; 1 Co 7:34; Pv 14:1; Sl 113:9).
Mas a grande pérola teológica da “líder” foi a de comentar a proibição de Paulo em 1 Tm 2:11,12, ao dizer: “Esta proibição, parte de Paulo para Timóteo e não de Cristo, sejamos sábios”. Realmente uma coisa que falta a essa irmã é sabedoria de doutrina bíblica. Ao dizer tal afirmativa a irmã simplesmente trouxe um relativismo perigosíssimo no que diz respeito à autoridade dos ensinos bíblicos. Aonde fica o princípio das palavras de Paulo “Toda a Escritura é divinamente inspirada, e proveitosa para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça” 2 Timóteo 3:16? O próprio apóstolo Paulo ao concluir o seu sermão de 1 Co 14:33-35 (texto citado pela própria pastora como sendo algo não aplicável nos dias de hoje) diz nos versos 37 e 38: “Se alguém cuida ser profeta, ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor. Mas, se alguém ignora isto, que ignore”. É, parece que Paulo já previa que alguém em um tempo futuro iria tentar distorcer os ensinos referentes ao papel do homem e da mulher no seio da igreja e da casa. Infelizmente a dita “líder” preferiu ignorar ao invés de reconhecer que os ensinos de Paulo proviam de Deus e não dele mesmo. Oras, é fundamento da Teologia Sistemática e da Reformada (que não deixam de ser a mesma) que a Bíblia é a Palavra de Deus escrita aos homens por intermédio de pessoas santas e que se deixavam usar pelo Espírito Santo para escrever aquilo que proviera de Deus para o homem, para a sua Igreja. Paulo com certeza era um homem usado por Deus e conhecedor dos ensinos e do coração de Deus, portanto foi (como é notório de todos) usado grandemente para ensinar e compor com alguns de seus escritos divinamente inspirados a Bíblia Sagrada.
O ensino teológico como sendo a Bíblia a Palavra de Deus escrita aos homens, infalível, inerrante, completa, soberana, permanente e a nossa única regra de fé e fonte máxima de autoridade está presente em toda a Bíblia (Dt 29:29; Sl 18:30 e 19:7; Is 40:8; Mt 5:18 e 22:29; Mc 13:31; Lc 1:1-4; Jo 5:39 e 17:17; At 17:11; Rm 15:4; 1 Co 4:6 e 14:37; 2 Tm 3:15-17; 2 Pe 1:20,21 e 3:15,16; Ap 1:3 e 22:18,19).
Como fora exposto mais acima é clara a importância da mulher tanto para a igreja, família e sociedade, podendo a mesma ensinar (principalmente para mulheres e incrédulos), pregar, orar, profetizar e trabalhar. Agora, sinceramente, atribuir à mulher a autoridade eclesiástica do ensino e instrução do rebanho de Deus, como seja, atribuir a liderança pastoral de uma igreja local a uma mulher, é, sem sombra de dúvidas, algo estranho à Bíblia Sagrada. O texto de 1 Co 11:3 é claro em seu significado: “Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a cabeça da mulher; e Deus a cabeça de Cristo”. Cabeça quer dizer que não há nada superior, não há autoridade acima de uma cabeça, além de denotar a idéia de sabedoria. Percebemos que o homem é a cabeça da mulher assim como Cristo é a cabeça de todo o homem (ou igreja); a relação de sujeição nas duas situações deve ser a mesma, conforme Ef 5:24 que diz: “De sorte que, assim como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres sejam em tudo sujeitas a seus maridos”. A sujeição é uma questão de ordem e não de inferioridade; a Bíblia nos manda sermos sujeitos ao Estado (Rm 13:1-5; 1 Pe 2:13-17), mas sabemos que não somos inferiores ao mesmo. O nosso Deus é um Deus que gosta de ordem!
A Bíblia simplesmente não fala em pastoras ou bispas, mas sempre usa estas funções eclesiásticas pro masculino. O governo feminino não é visto como algo aprovado por Deus para o seu povo, conforme Is 3:11 que diz: “Os opressores do meu povo são crianças, e mulheres estão à testa do seu governo. Ah! Povo meu! Os que te guiam te enganam e destroem o caminho das tuas veredas”. Débora não passou de uma exceção; e Ester não governava, mas sim o Rei Assuero. O próprio motivo pelo o qual Deus criou a mulher mostra que a mesma não pode exercer qualquer tipo de comando sobre o marido, seja em relação espiritual ou material, sendo a mesma uma ajudadora do homem (cf. Gn 2:18), assim é o que diz 1 Tm 2:12-13 “nem use de autoridade sobre o marido... porque primeiro foi formado Adão, depois Eva”.
Por fim, para não citar outras inúmeras referências e raciocínios em favor da não ordenação de mulheres ao pastoril, encerro com o comentário de Donald C. Stamps, em sua Bíblia de Estudo Pentecostal, editada pela CPAD, do verso 2:12 de 1 Tm 2 que diz assim:
“2.12. O homem e a mulher são igualmente amados e preciosos à vista de Deus (Gl 3.27,28). Porém foi ao homem que Deus entregou a responsabilidade de direção da família e da igreja.
(2) O ensino de Paulo quanto à mulher não ensinar como dirigente da igreja, vem dos princípios estabelecidos pelo Criador para o homem e a mulher, quando da sua criação original (Gn 2.18; 1 Co 11.8,9; 1 Tm 2.13 nota), e dos efeitos da entrada do pecado na raça humana (1 Tm 2.14)”.
Anchieta Campos
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13 comentários:
Visitamos seu blog..eh uma benção!!!
Das abençoadas filhas da Ir. Nenem!!!
bjim e fik na Paz!!!
Ótimo texto, uma abordagem profunda sobre a ordenação feminina ao ministério pastoral. Parabéns! Vejo, como a referida pastora, esposa do mega-pregador, não entende a doutrina da inspiração das Escrituras e sua inerrância, mas parte para uma “hermenêutica” pós-moderna, seguindo os princípios desses tempos. Só falta chamar Paulo de machista.
A Bíblia, assim como mostra Donald Stamps, ensina que os homens e as mulheres tem papéis diferentes no exercício da atividades eclesiásticas e familiares. Nós, assembleianos, somos diferencialistas. Cremos que homens e mulheres foram chamados para diferentes papéis nesse mundo.
Parabéns Anchieta pelo seu texto e blog!
Gutierres Siqueira
www.teologiapentecostal.blogspot.com
Prezado irmão Gutierres, sua visita e comentário em meu blog me honram grandemente! Suas palavras de incentivo e apoio sinceramente me deixam muito feliz!
Seu comentário foi completo e direto. Queria apenas destacar que quase não parava de rir quando li a frase do ilustre que dizia: "Só falta chamar Paulo de machista"... hehehehe... realmente.. faltou pouco para a referida irmã realizar essa acusação contra o apóstolo dos gentios!!
Saiba que sou um grande admirador seu e leitor assíduo de seu blog. É bom ver que o Senhor tem levantado jovens comprometidos não com movimentos modistas sem fundamento bíblico algum, mas sim comprometidos incondicionalmente com Palavra e sua Sã Doutrina!
Abraços fraternos!
Não podemos perder o foco Biblico em detrimento de interesses pessoias.Sou mulher e sei diferenciar ,como disse o irmão,o meu papel eclesiastico.
Por uma questão de ordem e de soberania Deus quis assim,e é assim que tem que ser.Não somos inertes,ao contrario,devemos fazer a obra grandemente,mas seguir o mandamento de Deus,notório nas Escrituras.
Graça e Paz.
Lendo sua abordagem sobre a ordenação pastoral feminino, verdadeiramente vejo o quanto o povo perece por não conhecer as Escrituras e se deixam levar por comentarios que supostamente tenha respaudo biblico, mas na realidade são comentarios feitos como a biblia relata "doutores da lei" que por decorarem as Escrituras dão suas proprias interpretações, a ultima coisa que Deus faria, ou melhor nunca faria é distinção de pessoas e muito menos de sexo, pois tanto homens , como mulhres são iguais perante a Deus , pois foi o proprio Deus que os criou.
quando davi foi ungido rei estava fazendo o que ? pastoreando ovelhas, logo pastor,quando jaco conheceu sua esposa ela estava fazendo o que ? R. , logo pastora.
vamos deixar esses comentarios preconceituosos e pregar um evagenlio puro e simples, assim como é puro e simples o Senhor Jesus
AD Ministério Manancial da Vida, a paz do Senhor.
Tanto o homem, quanto a mulher, são igualmente preciosos e amados por Deus. Todavia, esta semelhança é marcada também por diferenças, e a própria natureza humana (criação de Deus) atesta isso. O homem tem suas características físicas e psicológicas, bem como a mulher as suas. Cada um tem o seu papel na criação, na natureza humana, bem como na igreja. O simples fato de ser a mulher que dá a luz, e não o homem, já demonstra diferentes papéis. É questão de valor? Não, mas de organização.
Quanto a sua comparação de Davi e Raquel, com todo o respeito, ela é absurda e sem fundamento bíblico algum para o caso em questão. Jesus nunca pastoreou ovelhas, mas é chamado de O Bom Pastor. E quantos pastores hoje em dia já foram pastores de ovelhas? Oras, ovelha é ovelha, e homem é homem. Ser pastor de ovelha é uma responsabilidade totalmente diferente do que ser pastor do povo de Deus.
Abraço.
Anchieta Campos
Olá Anchieta!!
Visitei seu blog e achei muito interessante. Parabéns por se deixar ser um canal de deus para esta geração!
Bom, precisamos trocar umas idéias.
Vou voltar com calma.
Beijo,
Ana Luisa.
Cara Ana Luisa, a paz.
Obrigado pela visita e pelas palavras.
Sinta-se sempre a vontade para interagir com este que lhe escreve. Aguardo a sua volta
Forte abraço.
Anchieta Campos
Olá Anchieta!!
Visitei seu blog e achei muito interessante, como já havia relatado.
Não desejo que se sinta ofendido, mas gostaria muito de expor uma visão bastante particular sobre o que postou.
Bom, não poderia voltar sem deixar de registrar meu profundo desgosto em perceber, na leitura de um de seus textos, o quanto possuiu uma visão limitada do poder e desígnos de Deus. Percebo que é conhecedor da Palavra, das letras seculares, mas não da revelação de quem é Deus. Se o fosse, com toda certeza saberia que os propósitos do Senhor, as obras que Jesus realizou e os planos vindouros para crescimento do reino de Deus através de seus filhos não se limitam à Bíblia, aos relatos nela citados (Jo 14:12).
Penso que não observou o detalhe de que a Bíblia foi escrita em meio a uma cultura totalmente machista e "exclusora" das mulheres, o que é demonstrado através das "peripésias" necessárias para que fossem reconhecidas. Um exemplo bastante expressivo é o de Vasti, que é castigada por expor algo que lhe era de total direito, o de dizer não.
Quando se refere a I Tm 2:14, na verdade usa de forma indevida uma colocação contra a mulher, culpando-a de algo que foi aceito por Adão, sendo assim, como acadêmico em Direito prestes a se formar, sabe que ao haver concordância, há legalidade, há complicidade.
"Adão não foi enganado, mas a mulher, sendo enganada, caiu em transgressão." I Tm 2:14
Ele sabia o que estava fazendo, Eva não mentiu e nem o subornou, sua transgressão foi consciente, então não adianta procurarmos culpados e nem distribuir responsabilidades.
Gostaria que você me explicasse o que quis dizer com a frase “a mulher não pode exercer qualquer tipo de comando sobre o marido”, relativo ao papel de Ester com Assuero. O que foi que ela exerceu então? Ela foi exceção? Afinal, seu texto não dá idéia de exceções abertas por Deus e exceções acontecem, voc~e mesmo o disse.
Meu caro, creio sem sombra de dúvidas, que Deus possui propósitos maiores que os nossos, pensamentos infinitamente maiores que os nossos e também que não podemos limitar Seu poder às páginas da Bíblia. A visão de reino precisa estar além de sexo, além de gênero. Portanto, temos que concordar que existem mulheres, PASTORAS, LÍDERES, DIACONIZAS extremamente usadas por Deus na Palavra, na liderança de ministérios e de suas casas sem que tenham tomado o espaço de seus maridos e muito menos se tornarem insubmissas. Ser pastora não tira o mérito do marido, muito pelo contrário, somente um ignorante é que não gostaria de ver sua esposa uma líder com autoridade reconhecida a ponto de ser entitulada, permitindo-a exercer tal função em conjunto com ele. Mulher não foi criada para ficar atrás, mas do lado...por isso o adjetivo ajudadora e não sombra.
Não podemos nos esquecer que “O homem e a mulher são igualmente amados e preciosos à vista de Deus”, como você mesmo citou, portanto, não há distinção e muito menos preferência entre seus filhos. Gl 3.27,28, I Tm 2.12
De fato, você intitulou corretamente o texto escrito usando o termo “Pérolas”, pois são jóias para os que as cercam. Não o culpo por possuir tal visão do reino de Deus. Confesso e assumo, com pesar, que é limitada, mas entendo por saber que você faz parte, além de ser fruto de um ministério machista, podado por doutrinas que pararam no tempo, não vivendo o que está descrito em Romanos 12:2, que diz: “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente”.
Não me escrevo como uma feminista revoltada ou qualquer outro tipo de adjetivo relativo a isso, sou apenas uma mulher com título de líder, tão ungida quanto, tão humana quanto Eva e você, conhecedora do poder do nosso Deus e do ministério de líderes mulheres e pastoras maravilhosas, que não deixaram de honrar seus maridos por isso e muito menos de serem submissas ou de cumprirem seu papel com relação a suas casas e família.
Desejo sinceramente que Deus ministre ao seu coração o quanto Ele pode usar a quem quiser, que Ele quebre esse sofisma e te convença que um título não nos torna insubmissas, mas somente reconhecidas. A prova disso é tornar homens com um pensamento tão cauterizado como o seu, homens d’Ele, ungidos, usados e com títulos.
“Confesso que ainda veio em mim uma certa dúvida quanto à posição da referida "pastora", ou "líder", como queiram. Fiquei na dúvida, pois a mesma e seu esposo famoso ainda são (pelo menos oficialmente) crentes pentecostais da Assembléia de Deus, igreja que corretamente mantém sua posição contrária a ordenação pastoral feminina (exceto outros ministérios que já cederam a esse modismo e novidade), mas também por conhecer a sede de mudança de confissão e práticas doutrinárias do referido pastor fiquei na dúvida quanto ao posicionamento da irmã. Infelizmente a última opção foi a ocorrência casuística”.
???????????? Mas, heim??
Percebo que está mais preocupado que o necessário com Teologia. Não esqueça, a letra mata!!!!
Cara Ana Luisa, a paz.
Mais uma vez obrigado pela visita. Deus lhe abençoe por isto.
Claro que não me sinto ofendido. Discordar faz parte da democracia, e é a partir do encontro de idéias divergentes que o pensamento humano evolui. Mas, usando do meu direito de discordar, irei realizá-lo agora, notadamente em relação ao seu comentário.
1º) Você disse: "o quanto possuiu uma visão limitada do poder e desígnos de Deus. Percebo que é conhecedor da Palavra, das letras seculares, mas não da revelação de quem é Deus. Se o fosse, com toda certeza saberia que os propósitos do Senhor, as obras que Jesus realizou e os planos vindouros para crescimento do reino de Deus através de seus filhos não se limitam à Bíblia, aos relatos nela citados (Jo 14:12). Penso que não observou o detalhe de que a Bíblia foi escrita em meio a uma cultura totalmente machista e "exclusora" das mulheres, o que é demonstrado através das "peripésias" necessárias para que fossem reconhecidas".
Você se equivocou em todo este texto. Em um primeiro plano você coloca as revelações e esperiências pessoais acima da Palavra Escrita de Deus (a qual é a maior e única fiel revelação de Deus), em um total achismo pessoal, sem respaldo bíblico algum para tanto. Sua expressão "as obras que Jesus realizou e os planos vindouros para crescimento do reino de Deus através de seus filhos não se limitam à Bíblia, aos relatos nela citados (Jo 14:12)" simplesmente me deixou espantado! Você simplesmente cometera o mais grave de todos os erros no trato da Palavra, que é anular os efeitos da sua inspiração plenária divina, o que acaba por gerar todos os males que conhecemos hoje em nosso meio cristão. Quando se arranca a inspiração divina, por tabela se tira (mesmo que de modo indireto e sem consciência) a autoridade e suficiência da Bíblia, a desqualificando assim como a nossa única regra de fé e autoridade máxima da fé cristã. Qual o fruto disto? Pensamentos pessoais como este seu, onde a concepção humana individual acaba por ganhar força frente a Absoluta Palavra de Deus, haja vista a Bíblia passar a ser interpretada conforme o bel prazer individual, podendo-se livremente amputar trechos bíblicos e distorcer outros, pois as doutrinas lá contidas são de influência humana. Oras, então quer dizer que os apóstolos foram influenciados por sua cultura? Então como surgiu a doutrina da Trindade no cristianismo? Sim, falo da Trindade, pois a crença judaica em um Deus no padrão do unicismo com certeza era mais forte do que a crença judaica da relação homem x mulher. Aliás, vocês aceitam como inspiradas por Deus as palavras dos apóstolos em relação a Trindade, Salvação, Igreja, Arrebatamento, Juízo Final, etc., mas no quesito dos ensinos em relação aos papéis de homens e mulheres na Igreja, vocês julgam estes ensinos como de origem e influência humana! Oras, me perdoe, mas quanta incoerência! Ou a Bíblia e suas doutrinas são de inspiração divina, ou não são! Por fim, em relação a esta primeira abordagem, a conclusão é de que é a partir de pensamentos como estes seus que surge o maior de todos os males pra doutrina e vida cristã: o relativismo da Bíblia e seus ensinos; daí já viu!
2º) Em relação a 1 Tm 2:14 e seu comentário, cabe a seguinte consideração: no Direito a responsabilidade de quem comete um crime, e induz alguém a cometer o mesmo crime, é maior de quem cometeu o crime induzido por outrém. Trazendo para a Bíblia, é claro que a mulher é que fora enganada diretamente pela serpente, e esta, por sua vez, deu do fruto ao seu marido (Gn 3:1-6,12,17). Não há como negar que ambos erraram e desobedeceram à Deus, mas não há como negar também que a responsabilidade de Adão recaiu sobre o fato do mesmo ter dado ouvidos à voz de sua mulher (v. 17).
3º) Em relação a minha frase “a mulher não pode exercer qualquer tipo de comando sobre o marido”, a mesma se encontra explicada em toda esta postagem. Mas, em suma, quis dizer que o fato da mulher exercer autoridade na igreja ou em casa sobre o marido, desvirtua a própria natureza e criação de ambos, ferindo o plano organizacional e de desenvolvimeto que o Senhor criou para a família e para a Igreja, afinal de contas, a Bíblia demonstra que o nosso Deus é um Deus que gosta de ordem, e tudo o que tem ordem e uma direção certa/eficaz acaba por lograr mais êxito. Não é questão de inferioridade, mas de ordem, até mesmo para a própria sobrevivência e duração da família e da Igreja, pois sem autoridade e sem submissão a esta autoridade, a tendência é de que qualquer conflito resulte em separação e fração da família e do Corpo.
Em relação a Ester e Assuero, já fora exmplicado em meu artigo. Destaque-se apenas o fato de que vocês defensores desta sua linha, sempre se apegam às raras exceções bíblicas, aos casos vagos e isolados, colocando-os como regra/doutrina, ignorando todo o imenso restante de sistemática bíblica que contraria sua linha, fazendo com que gotas no oceano tenham o mesmo peso do que o próprio oceano. Isso é muito perigoso, e totalmente contra as regras mais básicas de hermenêutica, bem como contra o próprio bom senso.
4º) Sua frase "Meu caro, creio sem sombra de dúvidas, que Deus possui propósitos maiores que os nossos, pensamentos infinitamente maiores que os nossos e também que não podemos limitar Seu poder às páginas da Bíblia", só vem confirmar tudo o que até agora já externei, bem como aumentar ainda mais a minha perplexidade com o seu pensamento.
5º) Não consigo, sinceramente, achar concordância, lógica e harmonia neste seu pensamento: "temos que concordar que existem mulheres, PASTORAS, LÍDERES, DIACONIZAS extremamente usadas por Deus na Palavra, na liderança de ministérios e de suas casas sem que tenham tomado o espaço de seus maridos e muito menos se tornarem insubmissas. Ser pastora não tira o mérito do marido, muito pelo contrário, somente um ignorante é que não gostaria de ver sua esposa uma líder com autoridade reconhecida a ponto de ser entitulada, permitindo-a exercer tal função em conjunto com ele"; como uma mulher exerce liderança na igreja e em sua casa e, ao mesmo tempo, não tira a liderança do seu esposo na igreja e na sua casa? Teríamos então duas lideranças na igreja e na casa? Mas se essas duas lideranças tiverem pensamentos diferentes na igreja e/ou na casa, como se resolve o problema? Se os dois tem poder de liderança, então cada um vai obedecer ao outro, o que resultará, forçosamente, em uma divisão e rumos distintos. Realmente não tem como algo ir para frente com duas lideranças com os mesmos poderes de decisão e senhorio, pois, uma hora ou outra, os dois vão se contrariar em relação a qual caminho ou decisão tomar, e como ambos tem autoridade, ambos não irão querer ceder sua autoridade para outro de mesma autoridade, e o resultado é óbvio.
6º) Gl 3:27,28 fala sobre salvação, na qual, realmente, não há nenhum tipo de distinção.
7º) Erra ao qualificar minha visão de "limitada", bem como de chamar minha igreja de "machista". Seu equívoco fica mais claro ainda quando você diz, em relação ao meu ministério (igreja): "podado por doutrinas que pararam no tempo, não vivendo o que está descrito em Romanos 12:2, que diz: “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente”". Minha cara, aprenda que doutrina bíblica não para no tempo, nem evolui, nem é passível de mutação com o fluir dos anos (diferentemente dos usos e costumes). O tema da composição eclesiástica da Igreja, bem como os ministérios e dons dispensados para a mesma, não é costume (mutável), mas sim doutrina bíblica, estabelecida por Deus para toda a história da Igreja. Por fim, a referência de Rm 12:2 não faz, nem de longe, nenhuma apologia para uma evolução/renovação doutrinária, mas trata da nossa relação com o mundo, com o qual não podemos realmente nos conformar, mas sim nos transformar (ou mudar) em relação aquilo que se encontra de acordo com o modo de viver do mundo, buscando uma renovação de nosso entendimento, o que nos proporcionará a largar o mundo, através do conhecimento da boa, agradável, e perfeita vontade de Deus. Perceba que só existe uma boa, perfeita e agradável vontade de Deus, a qual é a mesma ontem, hoje e eternamente (pois nosso Deus não muda), o que só vem a derrubar de vez sua pretensão de que nós devemos evoluir com nossas doutrinas e com nosso trato da Palavra. Verdadeiramente a Doutrina, Palavra e Vontade de Deus não estão sujeitas a evolução e transformações provocadas pelo tempo.
8º) Suas palavras: "Desejo sinceramente que Deus ministre ao seu coração o quanto Ele pode usar a quem quiser, que Ele quebre esse sofisma e te convença que um título não nos torna insubmissas, mas somente reconhecidas. A prova disso é tornar homens com um pensamento tão cauterizado como o seu, homens d’Ele, ungidos, usados e com títulos", as mesmas apenas vem a confirmar que você coloca as experiências pessoais acima da Palavra de Deus. Realmente o meu pensamento se encontra "cauterizado" pela Palavra de Deus, mas nunca pelas doutrinas e vaidades humanas.
9º) Suas palavras finais: "Percebo que está mais preocupado que o necessário com Teologia. Não esqueça, a letra mata!!!!", apenas vieram fechar com "chave de ouro" o seu trágico comentário. Condenar a Teologia, e fazer uso (indevido e sem entendimento bíblico) da célebre frase "a letra mata", só confirmar o meu pensamento em relação a sua cultura bíblico/cristã.
Espero que não fique chateada comigo após ler estas minhas palavras; saiba que estou me dirigindo às suas idéias, jamais à sua pessoa (a qual nem conheço).
Abraço, e que Deus lhe abençoe grandemente, sempre com a graça e conhecimento da Palavra. Amém.
Com amor,
Anchieta Campos
Olá Anchieta!!!
Não se preocupe, jamais ficaria chateada, exatamente por saber que tanto eu quanto vc, nos referimos a opiniões, a pontos de vista, e não a quem somos como pessoa.
De fato, como relatou, assino ratificando que discordar faz parte da democracia, e é a partir do encontro de idéias divergentes que o pensamento humano evolui. Não percebo incoerência no que escrevi e na verdade não sei se me fiz compreender, gostaria somente de expressar o pensei quando li seu texto, o que é totalmente aceitável, pois ouvir o outro nos permite conhecer outras visões, o que não significa ter de aceitá-las.
Minha opinião continua como antes e acho difícil mudar, assim como sei que a sua continuará a mesma, mas gostaria de manter contato, afinal gostei de conhecer esse outro lado.
Grande beijo com os mais sinceros votos de sucesso,
Ana Luisa.
Prezada Ana Luisa, saudações cristãs fraternas.
Seu último comentário mostrou realmente que és uma mulher madura, com os princípios de um bom cristão em sua vida, bem como uma pessoa educada e civilizada, com um entendimento e nível cultural geral bem considerável.
Não há o que acrescentar, seu comentário fora um brilhante encerramento do nosso bom "debate".
Meu MSN é anchietacampos@msn.com
Fique a vontade para me adicionar!
Forte abraço!
Deus lhe abençoe grandemente!
Anchieta Campos
Olá bom dia caro irmão, sou assembleano tbm, gostaria de parabenizar pelo seu blog e dar apenas um sugestão, crie mais enquetes com temas desse tipo, onde possamos aprender mais sobre a Palavra genuina e verdadeira.
abraço... Jodelson S.
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