quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Compreendendo a Santa Ceia

O culto onde se celebra a Santa Ceia do Senhor é, sem sombra de dúvidas, o culto que se reveste de maior importância para o crente em Jesus, não que os outros cultos não tenham a sua importância também, é claro.

Aqui em minha igreja o culto é realizado todo último domingo de cada mês, sempre iniciando a liturgia da parte dedicada à celebração da Ceia com a tradicional leitura de 1 Co 11:23-34. Mas, será mesmo que o povo de Deus compreende a Ceia do Senhor de um modo realmente bíblico e puro? É justamente este o objetivo deste sucinto artigo, qual seja, esclarecer, de um modo bíblico, o sentido da Santa Ceia do Senhor e as suas particularidades.

A Ceia do Senhor é descrita também, além da passagem de 1 Coríntios, em Mt 26:26-30; Mc 14:22-26 e Lc 22:14-23, nos chamados evangelhos sinóticos.

A Santa Ceia, antes de mais nada, é um memorial (grego ἀνάµνησιν, trans. anamnesis) ao Senhor Jesus, mais especificamente ao seu sacrifício vicário na cruz do Calvário para nos salvar. Este memorial é uma instituição do próprio Cristo (Lc 22:19; 1 Co 11:24,25). Portanto, um elemento essencial que deve se fazer presente no cristão quando da celebração da Santa Ceia é a recordação do pesado e doloroso sacrifício de Cristo em nosso favor. Apenas este ato da recordação da morte de Cristo para redimir a toda humanidade já deve ser o suficiente para que o crente se conscientize da importância do momento da Ceia, principalmente da importância da morte do Senhor, devendo haver um constrangimento em nosso ser por tal dedução, haja vista que “porque o amor de Cristo nos constrange, julgando nós assim: que, se um morreu por todos, logo todos morreram” 2 Co 5:14. Assim sendo, apenas o ato memorial já deve ser motivo para uma avaliação de nossas vidas (1 Co 11:28), reconhecendo o nosso estado caído (Rm 3:23), nossa impossibilidade de nos salvarmos a nós mesmos (Ef 2:8,9), bem como reconhecer que a morte de Cristo é o único meio de alcançarmos o perdão pelos nossos pecados (Hb 5:9; 9:12).

Outro aspecto da Santa Ceia diz respeito à comunhão (grego κοινωνία, trans. koinonia) que a mesma representa, tanto de nós para com Cristo, simbolizada no ato de comer do pão e beber do cálice, os quais representam, respectivamente, o corpo e o sangue de Jesus (1 Co 10:16; 11:27), bem como comunhão entre nós, membros do Corpo de Cristo (At 2:42; 1 Co 10:17; 1 Jo 1:7). Portanto, no momento da Santa Ceia do Senhor devemos estar conscientes que estamos nos apropriando do pão que representa o corpo de Cristo e do cálice que representa o seu sangue, o que significa que afirmamos estar em comunhão com Cristo, bem como com os demais membros do Corpo. E agora é que entra os ensinos de Paulo aos crentes de Corinto no capítulo 11 de sua primeira carta.

Na igreja de corinto estava ocorrendo uma verdadeira bagunça no momento da Ceia, e o pior, não estava havendo compreensão (discernimento) de uma parte daquela igreja sobre o real significado da Ceia do Senhor. A repreensão foi pesada mesmo! Os crentes de Corinto para pior se juntavam na ocasião da Ceia (v. 17), ocorriam dissensões (grego trans. dichostasia) e heresias (grego αιρεσις, trans. hairesis) entre eles (vs. 18,19), sendo que, verdadeiramente, haviam perdido o sentido central da reunião da Ceia do Senhor (v. 20).

Paulo fez inicialmente um relato da situação desastrosa que era a Ceia em Corinto (vs. 17-22), onde, além das faltas acima já descritas, estava ocorrendo um verdadeiro fracionamento da igreja em grupos durante a Ceia do Senhor, notadamente entre os ricos e os pobres (v. 22), bem como uma verdadeira “celebração” a parte de cada grupo (v. 21), todos estes fatos que contrariam o sentido puro de comunhão apresentado pela Santa Ceia, como acima exposto. Em seguida Paulo relata como fora instituída a Santa Ceia, pelo próprio Cristo (vs. 23-25), seu significado imediato (v. 26) e a consequência de participar da mesma de um modo indigno (v. 27). Mas, o que seria participar da Ceia de um modo indigno? O que realmente leva a Ceia a ser um fator de possível condenação para um membro da Eclésia?

Primeiramente cabe destacar que a própria pessoa é que é capaz de realizar este exame próprio/individual (cf. vs. 28a,31). Esta característica mostra o fator subjetivo como preponderante no nosso exame pré-ceia, e não o objetivo. Paulo diz que o “que come e bebe indignamente, come e bebe para sua própria condenação, não discernindo o corpo do SENHOR v. 29, logo a condenação não está em participar da Ceia após ter cometido pecados essencialmente externos (objetivos), e/ou carnais, até porque a situação de pecado em si está sempre presente em todos (1 Re 8:46; Ec 7:20), o que, realmente, se este fosse o fator primário de condenação, logo nenhum homem poderia participar da Ceia. Mas não é o fator do pecado objetivo (externo) que faz com que a Ceia seja um ato de condenação para o participante, mas sim, como já adiantamos, o fator subjetivo, de discernimento e compreensão do real significado e importância da Ceia para os crentes em Jesus. E o que é não discernir o corpo do Senhor que Paulo falou no versículo 29? É justamente o que a igreja de Corinto estava fazendo, ou seja, estavam fazendo da Ceia um agente promovedor de divisões no Corpo (v. 18), onde uns ficavam com fome, e outros embriagavam-se (v. 21), transformando a Ceia do Senhor em uma refeição qualquer como se faz em casa, com o fim não de relembrar a morte do Senhor Jesus e a importância/necessidade do seu sacrifício para nos salvar, mas sim para matar a fome física (cf. vs.22,34a).

Em suma, comer e beber indignamente é quando se retira o sentido especial/espiritual do ato, dando uma conotação puramente material e religiosa, bem como não prestar a reverência que a Ceia, por tudo o que ela significa, faz jus por merecer (cf. vs. 33,34). É claro que os pecados externos/objetivos devem ser também reconhecidos (quando praticados) e censurados por nós antes da Ceia, pois como bem falou o Senhor Jesus, o que procede do nosso coração é que contamina o homem (Mt 15:18), “Porque do interior do coração dos homens saem os maus pensamentos, os adultérios, as prostituições, os homicídios, os furtos, a avareza, as maldades, o engano, a dissolução, a inveja, a blasfêmia, a soberba, a loucura. Todos estes males procedem de dentro e contaminam o homem” Mc 7:21-23, e não se pode participar da Ceia do Senhor (que representa comunhão com Cristo) com um coração impuro e contaminado, não arrependido e não contristado (Sl 51:17); isto seria incidir no que está escrito em Hb 10:26-29.

Por fim, o regramento geral é que o crente participe da Ceia do Senhor (Mt 26:26,27; Mc 14:22,23; Lc 22:17; 1 Co 11:24,28), realizando-se antes o exame próprio, tendo a ciência do que realmente está fazendo, do que representa a Ceia e a sua importância, bem como reconhecendo o significado e valor da morte de Cristo em nosso favor; confessando os pecados cometidos, com um coração sincero em rejeitá-los e vencê-los, tanto os cometidos unicamente contra Deus, bem como os cometidos também em relação aos nossos irmãos.

Anchieta Campos

Prêmio Dardos


Venho por esta agradecer a mais uma indicação recebida pelo Blog do Anchieta. Agradeço ao amado irmão James, editor do http://jesusmaioramor.blogspot.com/, por indicar meu blog para receber o Prêmio Dardos.

Segundo informação constante no próprio blog do irmão James, “O prêmio DARDOS vem reconhecer o desempenho de blogueiros, no campo cultural, criativo e ético, tem também como objetivo estreitar os laços, diminuindo assim, ainda mais as barreiras à comunicação e à amizade.

Com o Prêmio DARDOS, se reconhecem os valores que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais etc., que em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, entre suas palavras.

Esse selo foi criado com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web”.

O regramento do prêmio diz que se deve indicar 15 outros blogs para também recebê-lo, mas, como recentemente realizei um procedimento idêntico, e tendo em vista que a minha lista de blogs favoritos não é muito extensa, resolvo burlar a regra e indicar todos os blogs constantes da minha lista de favoritos.

Blog do Pr. Ciro Zibordi

Blog Pastor Ciro Responde

Blog do Pr. Altair Germano

Blog do Pr. Geremias do Couto

Blog do Pr. Silas Daniel

Blog do Pr. Esdras Bentho

Blog do Pr. Juber Donizete - Cristianismo Radical

Blog do Pr. Paulo Silvano

Blog do Gutierres Siqueira - Teologia Pentecostal

Blog do Valmir Nascimento - E agora, como viveremos?

Blog do Victor Leonardo - Geração que Lamba

Blog do Dc. Daniel Filho

Blog do Dc. Vitor Hugo

Blog do João Paulo

Blog do Cristiano Santana

Blog do Clóvis - Cinco Solas

Blog do Francivaldo - Teologia Cristocêntrica

Blog do Silvio Araújo

Blog do Marcelo Oliveira

Blog do Lucimauro Marques

Blog do Paulo Adriano

Blog do Junior - Reflexões do Reino

Blog do Edson Dorna - Santo dos Santos

Blog do James - Jesus, o maior Amor

Blog do Daladier

Blog do Anderson e Lucia Boaventura

Blog pós-darwinista - Desafiando a Nomenklatura Científica

Blog Design Inteligente

Que o Senhor Jesus abençoe e use cada vez mais a Blogosfera Evangélica, sempre para a honra e glória do seu Nome, e exaltação da pureza bíblica. Amém.

Anchieta Campos

domingo, 25 de janeiro de 2009

Frase quase divina – 45

Trago uma frase do americano Robert Edward Lee (19 de janeiro de 1807 - 12 de outubro de 1870), o qual foi o General do Exército dos Estados Confederados da América, durante a Guerra Civil Americana. Lee é até hoje um dos militares mais respeitados de toda a história dos Estados Unidos da América.

“Em todas as minhas perplexidades e angústias a Bíblia nunca deixou de me fornecer luz e vigor” Robert Lee.

Anchieta Campos

segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Acidente na Sede da Igreja Renascer

O Brasil acompanhou neste domingo a cobertura do acidente que ocorreu na Sede Mundial da Igreja Cristã Apostólica Renascer em Cristo, localizada na avenida Lins de Vasconcelos, no bairro Cambuci, zona sul de São Paulo.

Por volta das 19 horas (horário de Brasília) o teto do templo, uma antiga sala de cinema com capacidade para aproximadamente duas mil pessoas, desabou por completo, deixando como saldo, até o momento, 9 mortos (número que oro para que não aumente), e mais de uma centena de feridos. Estima-se que aproximadamente 400 pessoas estariam no local no momento da queda do teto.

Um inquérito será aberto para se apurar as causas do acidente. Segundo o comandante do Corpo de Bombeiros, Manoel Antônio da Silva Araújo, a estrutura do prédio da igreja aparentava ser antiga: “Era uma cobertura de madeira e uma estrutura metálicas, um tipo de estrutura muito antiga”.

“Uma das vítimas do desabamento e um morador da região disseram que já havia reclamações sobre a presença de rachaduras no prédio onde funcionava a sede da igreja Renascer em que o teto desabou na noite do domingo (18).

Alessandra Vieira, 24 anos, vendia brindes em frente ao prédio no momento que o teto desabou. Frequentadora da igreja há 11 anos, Alessandra relatou o que aconteceu no momento da tragédia: “Foi muito rápido, eu senti um vento forte, como se fosse de um helicóptero, quando vi estava tudo caindo. Foi um terror, pessoas desmaiadas, debaixo de vigas, com fraturas expostas sangrando muito”, contouSegundo ela, já houve reclamações sobre goteiras e havia rachaduras visíveis no teto do prédio.Outro morador, Mauricio, de 44 anos, que trabalha em frente ao local, afirmou que o prédio é muito antigo e que sentia o barulho mover a cristaleira do apartamento onde morava, que tem a parede colada a do templo. "Aqui eram feitos shows de rock há alguns anos e era muito barulho. Eu via os cristais da cristaleira balançando. Já fizemos abaixo-assinado e nada", relatou o morador sobre o período em que morava no apartamento do primeiro andar do prédio”
. Fonte: http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2009/01/19/ult5772u2608.jhtm.

O prédio da igreja Renascer já havia sido lacrado em junho de 1999 pelo Departamento de Controle do Uso de Imóveis (Contru), em virtude dos membros terem desobedecido à instrução do órgão de desocupar o imóvel. A causa da interdição fora justamente o prédio ter apresentado problemas nas vigas do telhado, conforme revelou um laudo do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), emitido em fevereiro de 1999. O laudo descrevia que “uma das tesouras (estrutura de madeira que dá sustentação ao teto) está corrompida por cupim”. A Renascer afirma que os alvarás de funcionamento estão todos regularizados, e que a última reforma do prédio ocorreu há quatro anos.

Olha, mesmo em meio as dores dos familiares que perderam seus entes queridos, não posso me negar de fazer uma pequena observação sobre este triste fatídico. A Renascer é uma igreja neo-pentecostal (a segunda maior deste seguimento), e, como tal, dá muita ênfase aos dízimos e ofertas, sendo um fato, inconteste, que a mesma é uma igreja rica, frequentada majoritariamente por pessoas de consideráveis condições financeiras. Isto posto, não consigo compreender como os seus líderes deixaram esta fatalidade ocorrer. Uma estrutura como esta que veio abaixo não cai do dia pra noite, mas sim é uma consequência de um considerável período de descaso para com a manutenção física.

Onde foram investidos os altos dízimos e ofertas desta nova, mas já rica e grande igreja? Acho que o casal “apostólico” fundador da mesma sabe esta resposta.

Anchieta Campos

domingo, 18 de janeiro de 2009

Frase quase divina – 44

Uma frase do escritor e advogado inglês, Louis Nizer (6 de fevereiro de 1902 - 10 de novembro de 1994):

“A melhor resposta a um ateu é oferecer-lhe um bom jantar e perguntar-lhe se ele crê que existe um cozinheiro” Louis Nizer.

Anchieta Campos

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Conflito em Gaza – A carne barata das crianças palestinas, por Reinaldo Azevedo


Publico na íntegra um artigo do jornalista e escritor da Veja, Reinaldo Azevedo. A despeito de qualquer posição ou incoerência do mesmo, bem como da editora Abril, as quais, porventura, possam existir, o artigo em questão ao qual publico (dando assim o meu aval), é uma preciosidade da inteligência crítica, sem as misturas que a grande mídia está implantando, com muito sucesso, na cabeça dos desavisados.

O artigo pode ser lido na página http://veja.abril.com.br/blogs/reinaldo/2009/01/carne-barata-das-crianas-palestinas.html.

“Certo! Pode-se afirmar que os militantes do Hamas só usam cadáveres de crianças como bandeiras porque, afinal, há cadáveres de crianças. Sem dúvida, em qualquer guerra, elas são as vítimas que mais chocam e constrangem. Mas o que os terroristas fizeram para poupá-las? Nada! Ao contrário! A carne das crianças palestinas ou das crianças libanesas do Sul do Líbano são as mais baratas do Oriente Médio. Os militantes do Hamas e do Hezbolhah, respectivamente, escondem-se em meio à população civil. A cada criança morta, um triunfo. A imprensa dos países islâmicos faz o uso esperado dos cadáveres. E a dos países ocidentais não fica atrás. A primeira investe no vitimismo; a segunda, na perversão humanista.

A foto de uma criança palestina com lágrimas nos olhos vale por milhares de editoriais censurando Israel. O que sai do olhar treinado e estudado do fotógrafo assume as características de um flagrante. O que é uma escolha confunde-se com um registro objetivo da guerra. Imagens com essas características valem por perguntas: “Mas onde estão as criancinhas israelenses? Cadê os cadáveres dos infantes judeus?”. Também induzem algumas respostas: “Sem elas, só se pode concluir uma coisa: trata-se de uma luta desigual! De uma reação desproporcional! Precisamos de mais cadáveres de judeus para que possamos, então, ser compreensivos com Israel”.

E o ato essencialmente imoral do terrorismo islâmico — mais um — perde relevo para a comoção. Mais eficientes do que os foguetes do Hamas, são os cadáveres das crianças palestinas. São bombas de efeito moral que explodem no território israelense e demonizam um país que só não foi extinto em razão da sua tenacidade — também a militar. “Ora, então Israel que evite a reação”. É? E como agir, então, para conter o agressor? Reação proporcional?

Reação proporcional? Deve-se levar isso a sério? Terão os israelenses de fabricar seus foguetes quase domésticos par jogar em Gaza ou no Sul do Líbano? Seria legítimo treinar homens-bomba, que morreriam, então, em nome de Iahweh? Devem os israelenses ser “proporcionais” também no nível de exposição de seu próprio povo à fúria do inimigo, de sorte que também possam exibir, com vitimismo triunfante, seus cadáveres pelas ruas, passando-os de mão em mão, numa espécie de catarse da morte?

De fato, Israel não tem saída. A não ser lutar. A guerra de propaganda contra os adoradores de cadáveres, o país já perdeu. Resta-lhe fazer todos os esforços para não ser derrotado no terreno propriamente militar. É a sua contribuição do momento ao triunfo da civilização”.

Ler ainda meus artigos Conflito em Gaza – Israel x Hamas; Conflito em Gaza – Sobre o bom e o péssimo jornalismo, e Conflito em Gaza – Palavras do francês Bernard-Henri Lévy.

“Orai pela paz de Jerusalém; prosperarão aqueles que te amam” Salmo 122:6.

Anchieta Campos

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Conflito em Gaza – Palavras do francês Bernard-Henri Lévy

Publico na íntegra um artigo do filósofo e escritor francês, Bernard-Henri Lévy. Uma verdadeira pérola no meio de uma grande mídia tendenciosa. O artigo pode ser lido na página http://noticias.uol.com.br/midiaglobal/outros/2009/01/13/ult586u603.jhtm.

“Não sendo um especialista militar, vou me abster de julgar se os bombardeios israelenses sobre Gaza poderiam ter sido mais bem mirados, menos intensos.

Não tendo, há décadas, jamais me decidido a distinguir entre os bons e os maus mortos, ou como dizia Camus, entre "vítimas suspeitas" e "carrascos privilegiados", evidentemente eu também estou abalado pelas imagens de crianças palestinas mortas.

Dito isso, e levando em conta o vento de loucura que parece, mais uma vez, como sempre quando se trata de Israel, tomar conta de certas mídias, eu gostaria de relembrar alguns fatos.

1. Nenhum governo do mundo, nenhum outro país fora esse Israel vilipendiado, arrastado na lama, endemoniado, tolera ver milhares de mísseis caírem, durante anos, sobre suas cidades: o mais notável na questão, o verdadeiro motivo de espanto, não é a "brutalidade" de Israel - é, literalmente, seu longo castigo.

2. O fato de que os Qassam do Hamas e agora seus mísseis Grad tenham feito tão poucos mortos não prova que eles sejam artesanais, inofensivos etc., mas que os israelenses se protegem, que eles vivem isolados nos porões de seus prédios, abrigados: uma existência de pesadelo, em condicional, ao som de sirenes e de explosões - eu estive em Sderot, eu sei.

3. O fato de que os mísseis israelenses fazem, por outro lado, o mesmo tanto de vítimas, não significa, como bradariam os manifestantes desse fim de semana, que Israel se entrega a um "massacre" deliberado, mas que os dirigentes de Gaza escolheram a atitude inversa e expõem suas populações: velha tática do "escudo humano" que faz com que o Hamas, assim como o Hezbollah há dois anos, instale seus centros de comando, seus estoques de armas, seus bunkers, nos subsolos de prédios, de hospitais, de escolas, de mesquitas - eficaz, mas repugnante.

4. Entre a atitude de uns e de outros existe, qualquer que seja, uma diferença importante e que não pode ser ignorada por aqueles que se consideram justos, e a tragédia, e os meios de terminá-la: os palestinos atiram sobre cidades, ou seja, sobre civis (o que em direito internacional se chama "crime de guerra"); os israelenses apontam para alvos militares e fazem, sem mirar, terríveis estragos civis (o que em jargão de guerra leva um nome - "estrago colateral" - que, mesmo que seja horrível, remete a uma verdadeira assimetria estratégica e moral).

5. É preciso colocar os pingos nos "is": lembremos ainda um fato que estranhamente a imprensa francesa pouco repetiu, e sobre o qual não conheço, no entanto, nenhum precedente, em nenhuma outra guerra, da parte de nenhum outro exército: as unidades de Tsahal telefonaram de forma sistemática (a imprensa anglo-saxã fala de 100 mil chamadas), durante a ofensiva aérea, aos habitantes de Gaza que vivem perto de um alvo militar para convidá-los a evacuarem o local; é claro que isso não muda em nada o desespero das famílias, suas vidas destruídas, o massacre; mas que as coisas se passem assim não é, entretanto, um detalhe totalmente sem sentido.

6. E quanto ao famoso bloqueio integral, enfim, imposto a um povo esfomeado, desprovido de tudo e lançado a uma crise humanitária sem precedentes (sic), ele também não é factualmente exato: os comboios humanitários nunca deixaram de passar, até o início da ofensiva terrestre, no ponto de passagem Kerem Shalom; só para a jornada do 31 de dezembro, foram 100 caminhões de mantimentos e remédios que puderam, segundo o New York Times, entrar no território; e só estou puxando pela memória (pois é desnecessário dizer - ainda que, lendo e ouvindo alguns, talvez isso fique melhor dito...) o fato de que os hospitais israelenses continuam, neste momento em que escrevo, a receber e cuidar, todos os dias, dos feridos palestinos.

Muito em breve, é o que esperamos, os combates cessarão. E muito rápido, é o que também esperamos, os comentadores se recuperarão. Eles vão descobrir, nesse dia, que Israel pode ter cometido erros ao longo dos anos (chances perdidas, longa recusa da reivindicação nacional palestina, unilateralismo), mas os piores inimigos dos palestinos são esses dirigentes extremistas que nunca quiseram a paz, nunca quiseram um Estado e nunca conceberam outro estado para seu povo que não fosse de instrumento e de refém (imagem sinistra de Khaled Mechaal que, no sábado 27 de dezembro, enquanto se determinava a iminência do contra-ataque israelense tão desejado, só sabia incitar sua "nação" a "oferecer o sangue de outros mártires" - e isso a partir de seu confortável exílio, seu esconderijo, em Damasco...).

Hoje, de duas coisas, uma. Ou os Irmãos Muçulmanos de Gaza restabelecem a trégua que eles romperam e, na sequência declaram inválida uma carta baseada sobre a pura recusa da "entidade sionista": eles reunirão esse vasto partido do acordo que não cessa, graças a Deus, de progredir na região - e a paz se fará. Ou senão eles teimarão em só ver no sofrimento dos seus um bom combustível para suas paixões requentadas, seu ódio louco, niilista, sem palavras - e não é somente Israel, mas os palestinos, que deverão ser libertados da sombria influência do Hamas.

(O filósofo e escritor francês Bernard-Henri Lévy é o autor dos livros “American Vertigo” e “Ce Grand Cadavre à la Renverse”)

Tradução: Lana Lim”.

Quem quiser saber mais sobre o conflito em Gaza ler meus artigos Conflito em Gaza – Israel x Hamas e Conflito em Gaza – Sobre o bom e o péssimo jornalismo.

“Balança enganosa é abominação para o SENHOR, mas o peso justo é o seu prazer” Pv 11:1.

Anchieta Campos

domingo, 11 de janeiro de 2009

Conflito em Gaza – Sobre o bom e o péssimo jornalismo

Navegando pela internet acabei me deparando com uma excelente página do portal De Olho na Mídia, a qual trás uma matéria por título Sobre O Bom e O Péssimo Jornalismo, matéria esta que recomendo, com louvor, a sua leitura.

A referida matéria trás três links que remetem para vídeos do YouTube, sendo que um deles mostra como as crianças palestinas são usadas como escudo-humano pelos terroristas “compatriotas”; e outro vídeo mostra a educação deturpada que as crianças palestinas recebem para o ódio contra Israel, envolvendo treinamento militar e o incentivo ao suicídio. O terceiro vídeo é uma matéria de um jornalista da Fox News, muito boa por sinal. Não é nem preciso dizer que assistir aos três vídeos é algo bastante recomendável também.

Quem sabe esta matéria possa ajudar alguns “cegos com olhos” a terem uma visão mais crítica do que nos é mostrado e informado pela grande mídia em relação ao conflito no Oriente Médio, bem como venham a ter alguns de seus conceitos absurdos postos de lado. Tomara!

Ver ainda meu artigo Conflito em Gaza – Israel x Hamas.

“E o SENHOR bramará de Sião, e de Jerusalém fará ouvir a sua voz; e os céus e a terra tremerão, mas o SENHOR será o refúgio do seu povo, e a fortaleza dos filhos de Israel” Joel 3:16.

Anchieta Campos

Frase quase divina – 43

Edição de número 43 do quadro, e trago uma frase do escritor, pensador e cientista alemão, Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832). Ele foi uma das figuras mais importantes da literatura alemã e do Romantismo europeu.

“Continue avançando a cultura intelectual; progridam as ciências naturais sempre mais em extensão e profundidade; expanda-se o espírito humano tanto quanto queira; além da elevação e da cultura moral do cristianismo, como ele resplandece nos Evangelhos, é que não irão” Goethe.

Anchieta Campos

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Deus diz com quem devemos casar?

O meio pentecostal, por ser uma ala do protestantismo que crê na manifestação sobrenatural e nos dons do Espírito Santo, acaba vez ou outra, talvez por falta de uma análise e estudo mais apurado da Palavra de Deus, por se tornar um meio muito “espiritual”. Como assim? Simples: a razão, tanto humana quanto bíblica, acaba por muitas vezes sendo anulada por uma espiritualidade exagerada e infundada, irracional mesmo. E é sobre um desses pontos que eu irei tecer um breve comentário a seguir.

É de conhecimento de quase todos os evangélicos que ainda impera com muita força em nosso meio uma falsa idéia de que Deus é um “santo casamenteiro”, que designa a pessoa com quem devemos casar. Alguns vão mais longe ainda e afirmam que não há como escapar dessa vontade e escolha de Deus para a nossa vida amorosa (uma verdadeira predestinação matrimonial). O resultado disso são muitos casamentos corrompidos e desfeitos, pessoas de má-fé ou fracas de Bíblia que acabam falando em “nome de Deus”, profetizando mesmo, mas sem Deus ter falado nada, dizendo que Deus revelou que Fulana de Tal era a sua mulher reservada por Ele, ou irmãs também que usam deste artifício para tentarem laçar a quem querem, e se o irmão ou irmã não tiverem um discernimento bíblico do tema acabam mesmo entrando nesta, mesmo sem haver sentimentos e demais afinidades, e o resultado é sempre desastroso.

Oras, de cara já se percebe o absurdo que é essa idéia de Deus dizer com quem devemos casar. Isso seria invadir nosso livre arbítrio, principalmente em uma área tão íntima e importante quanto é a área emocional/afetiva. Se na própria salvação, que é o que temos de mais importante e valioso, Deus nos deixa livres para fazermos as nossas escolhas, quanto mais na área afetiva. Seria muito “bonito e interessante” um Deus que mandaria uma pessoa se casar e viver o resto de sua vida com outra que ela não ama e quer bem, que não tem afinidade íntima para tanto. Com certeza o Deus da Bíblia não age assim.

O ensino da liberdade de escolha no lado afetivo, dentre inúmeras referências e sistematizações bíblicas que existem, encontra-se de um modo mais claro e direto nas palavras de Paulo em 1 Co 7:39 que diz “A mulher casada está ligada pela lei todo o tempo que o seu marido vive; mas, se falecer o seu marido fica livre para casar com quem quiser, contanto que seja no Senhor”. Mais claro impossível. Paulo deixa claro a seriedade e firmeza da união do casamento, bem como ensina a liberdade de escolha que a mulher (e o homem também, por evidente) detém para escolher com quem casar. Perceba-se que a única ressalva que Paulo faz é “contanto que seja no Senhor”. Aqui Paulo não fala de uma escolha arbitrária de Deus, mas sim que este casamento esteja em comunhão com o Senhor, ou seja, conforme os princípios de sua Palavra e de sua vontade para uma união cristã. Na prática, o ensino de Paulo é que um crente procure se casar com uma pessoa da mesma fé (1 Co 9:5), com os mesmos princípios morais e éticos, evitando-se assim uma união com uma pessoa pecadora e ímpia, o que com certeza não é do agrado de Deus. É o que Paulo explica muito bem e de forma clara em 2 Co 6:14-17, onde ele fala do “jugo desigual com os infiéis”, realizando um paralelo entre o templo de Deus (que é o nosso corpo) e o templo dos ídolos (que é o corpo dos ímpios idólatras), entre os quais não há comunhão alguma.

E o caso de Isaque e Rebeca? Podem muitos questionar. Uma leitura atenta de Gênesis 24 demonstra claramente que Deus não forçou um casamento entre ambos, mas sempre manteve a liberdade de escolha deles.

Percebemos logo no verso 5 que a mulher a qual o servo de Abraão saíra a procura teria a sua livre escolha respeitada, ensino confirmado no versículo 8 que diz “Se a mulher, porém, não quiser seguir-te, serás livre deste meu juramento; somente não faças lá tornar a meu filho”.

A prova que o servo de Abraão fizera no versículo 14 não apoia a idéia de que a mulher que a cumprisse fosse determinada forçosamente para ser a esposa de Isaque. Essa tão famosa prova não é restritiva de pessoa, mas sim restritiva de caráter, boa vontade, generosidade e disposição de serviço, virtudes que o servo de Abraão queria que a esposa de Isaque tivesse, pois ele não iria querer que Isaque se casasse com uma mulher que não tivesse um coração generoso, bondoso, cuidadoso, bem como também não iria querer que Isaque se casasse com uma mulher preguiçosa também. É tão verdade que o mero cumprimento desta prova feita pelo servo de Abraão não seria o requisito final para a escolha da mulher de Isaque, que no versículo 21, mesmo após Rebeca já ter cumprido sem saber a prova feita entre o servo de Abraão e Deus, lemos que “e o homem estava admirado de vê-la, calando-se, para saber se o SENHOR havia prosperado a sua jornada ou não”, ou seja, mesmo após Rebeca já ter cumprido a prova do verso 14 o servo de Abraão ainda não sabia se era ela ou não a mulher ideal para Isaque.

E o que faltava? Faltava saber se ela, Rebeca, cumpria também o requisito estabelecido pelo próprio Abraão nos versículos 3 e 4, qual seja, que a esposa de Isaque fosse de sua parentela. Somente após o servo de Abraão ter a ciência de que Rebeca era da família do mesmo, foi que ele adorou a Deus (versos 23-27), em um claro sinal de que, após Rebeca ter cumprido sem saber a prova do verso 14 e ser também da família de Abraão, tudo indicava ser ela a esposa ideal para Isaque.

Deus realmente havia prosperado o caminho do servo de Abraão (v. 56), tendo ele achado uma esposa ideal para Isaque. Mas mesmo depois de tudo isso, o servo de Abraão ainda pergunta aos da casa de Rebeca se eles haveriam de concordar com a ida da mesma para ser a esposa de Isaque (v. 49), sendo que mais a frente os mesmos perguntam a própria Rebeca se ela iria com o servo de Abraão para se tornar esposa de Isaque, tendo a mesma respondido por livre vontade que sim (v. 58).

No demais, nós vemos Rebeca se interessando por Isaque ainda ao vê-lo de longe, sem mesmo saber se seria ele o filho de Abraão (vs. 64,65), bem como vemos Isaque a recebendo por mulher e a amando (v. 67), fatos estes que comprovam que houve atração, interesse, afinidade e sentimentos na relação deles.

Em suma, podemos concluir que no relacionamento em que houver reciprocidade de sentimentos, em que ambos forem crentes tementes à Palavra de Deus, com certeza este relacionamento está sob a bênção de Deus. Em caso contrário, o fracasso do relacionamento será algo quase que certo, e a bênção de Deus andará longe.

Anchieta Campos

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Conflito em Gaza – Israel x Hamas


O mundo todo está acompanhando o conflito na Faixa de Gaza entre Israel e o grupo terrorista Hamas. A secular, ou melhor, milenar intriga entre judeus e palestinos se mostra firme e forte, e um cenário de tensão mundial se acentua ainda mais, fazendo com o que a paz se mostre realmente quase que uma utopia para aquela região.

Não irei aqui me deter a comentários teológicos ou bíblicos sobre este acontecimento lamentável no Oriente Médio, mas sim realizar algumas pequenas e sucintas observações sobre este conflito, claro, de um modo crítico e independente (pois creio ser isto possível).

Primeiramente cabe destacar uma certa parcialidade da mídia brasileira ao cobrir este conflito, bem como a falta de conhecimento do assunto de uma grande parte dos brasileiros. É simplesmente incrível como pessoas de um nível educacional elevado conseguem ter inseridas em suas cabeças idéias e filosofias absurdas como as de que o Hamas ataca Israel com pedras, de que o Hamas não tem armas, de que os palestinos/muçulmanos são vítimas de um suposto sistema global ocidental liderado pelos Estados Unidos, de que os palestinos são os que lutam com honra e heroísmo, de que os palestinos são as vítimas e os pobre coitados desta história toda, sendo os mesmos injustamente agredidos por este sistema poderoso, tirano e cruel ao qual Israel faz parte, etc., etc. e tal.

Como pode, por exemplo, figuras como o terrorista Osama Bin Laden e o ex-ditador iraquiano Saddam Hussein terem a admiração de brasileiros? Acho que a democracia e a liberdade de expressão não estão agradando a estas pessoas insanas.

Ora, ora, não é Israel que pratica o terrorismo, que direciona seus ataques e vitima diretamente a civis inocentes, que usa homens-bomba para acionarem explosivos em um ônibus urbano, ou em um comércio ou centro de grande movimentação popular, agindo totalmente na base da covardia e com o elemento surpresa, sem dar a mínima chance de proteção aos civis inocentes, comprovando ainda uma formação totalmente alienada promovida por seus líderes, os quais nunca são os que se suicidam. A luta de Israel não é contra os palestinos/muçulmanos, mas sim contra o terror e seus inimigos cardeais.

É fato que Israel e a Autoridade Nacional Palestina (ANP), na figura do seu presidente Mahmoud Abbas, do partido moderado Fatah, buscam o consenso e a paz entre ambas as partes, onde ambos defendem a existência de cada Estado (Israel e Palestina) de um modo pacífico, buscando sempre procurar superar as divergências de ambos os lados. Agora é fato que o Hamas, em sua própria Carta Fundadora, prega a destruição do Estado de Israel, sendo o responsável na década de 90 e no início desta década por dezenas de ataques terroristas em Israel. É sabido de todos que o próprio Irã prega também a destruição do Estado de Israel, bem como apoia financeiramente o grupo. Some-se ainda a própria divisão e briga interna no lado palestino, envolvendo o Fatah (partido moderado) e o Hamas (partido/grupo extremista, terrorista).

Percebemos, então, que os grandes empecilhos para uma paz na região repousam no lado palestino/muçulmano.

Com tudo isto você pode até pensar que estou puxando a sardinha para Israel, até mesmo em virtude da minha fé. Oras, sou cristão e não judeu, e um cristão que se preze sabe que a justiça não está limitada e nem constrangida por laços de afinidade. As minhas convicções de crença não anulam e nem interferem em nada o meu senso de justiça e igualdade sobre qualquer fato que seja. Israel é uma nação afastada de Deus na atualidade, a qual, como qualquer outra, pode cometer erros e exageros, pois a mesma também é formada e liderada por homens iguais a nós.

Não preciso deturpar fatos para defender Israel, até porque eu sei muito bem, pela Bíblia, qual o futuro de ambas as nações (judeus e palestinos) de um modo abstrato, sendo que individualmente tanto judeus quanto palestinos podem se voltar para Cristo e passar a integrar um grupo mais célebre, a Igreja.

Israel, durante toda a sua história, foi alvo de diversos ataques e atentados, sempre lutando para sobreviver como nação. A sua existência e sobrevivência sempre foram alvo de ataques, sendo o holocausto o exemplo mais claro de tentativa de extermínio do povo judeu. Mas este povo sempre sobreviveu, ainda permanece. Um Estado tão pequeno, cercado por inimigos e com uma história singular de atentados, permanece de pé e vivo.

E agora é que eu encerro puxando um pouco pro lado teológico, pois tudo isto é uma prova cabal da fidelidade de Deus e de sua Palavra, de suas promessas para Israel, bastando apenas citar alguns versículos do livro de Isaías (pois não é o objetivo deste artigo fazer um estudo sistemático e mais profundo sobre o futuro de Israel), que dizem:

“Porém tu, ó Israel, servo meu, tu Jacó, a quem elegi descendência de Abraão, meu amigo; Tu a quem tomei desde os fins da terra, e te chamei dentre os seus mais excelentes, e te disse: Tu és o meu servo, a ti escolhi e nunca te rejeitei. Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça. Eis que, envergonhados e confundidos serão todos os que se indignaram contra ti; tornar-se-ão em nada, e os que contenderem contigo, perecerão. Buscá-los-ás, porém não os acharás; os que pelejarem contigo, tornar-se-ão em nada, e como coisa que não é nada, os que guerrearem contigo. Porque eu, o SENHOR teu Deus, te tomo pela tua mão direita; e te digo: Não temas, eu te ajudo. Não temas, tu verme de Jacó, povozinho de Israel; eu te ajudo, diz o SENHOR, e o teu redentor é o Santo de Israel” Is 41:8-14.

Oremos pela paz no Oriente Médio (mesmo sabendo do plano escatológico para aquela região e povos), e oremos principalmente para que a Luz do Evangelho alcance cada vez mais judeus e palestinos, para a Glória de Deus. Amém.

Quem quiser acompanhar e saber mais sobre o conflito em Gaza, basta acessar a página da Folha Online dedicada exclusivamente para cobrir o Oriente Médio, clicando AQUI. Claro que realizando a ressalva de não ter como única fonte de leitura sobre o tema esta indicação, bem como sempre se ter a capacidade de discernimento no que se lê.

Anchieta Campos

segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Frase quase divina – 42

Primeiro “Frase quase divina” do ano em uma segunda-feira (o quadro ainda é dominical), e começo com uma frase do estadista norte-americano e duas vezes presidente dos EUA, Theodore Roosevelt (1858-1919), o qual, juntamente com George Washington, Thomas Jefferson e Abraham Lincoln, tem seu rosto esculpido no Monte Rushmore.

“Um bom conhecimento da Bíblia vale mais do que uma educação superior. Quase todas as pessoas que com o trabalho de suas vidas acrescentaram algo para o conjunto das realizações humanas… basearam o seu trabalho grandemente nos ensinamentos da Bíblia” Roosevelt.

Anchieta Campos