Através de uma propositura do vereador Osório Jácome (PSC), a Câmara Municipal do Natal realizará na segunda-feira próxima (19), à partir das 14hs, uma Audiência Pública com o fim de debater as implicações da Reforma Protestante na sociedade contemporânea, com o fim de homenagear o aniversário de 490 anos do evento que mudou a história da humanidade.
Como é sabido de todos (era para ser) os irmãos protestantes a Reforma é comemorada no dia 31 de outubro, data em que Lutero afixou as suas 95 Teses na porta da Catedral de Wittenberg; aonde rebatia a Igreja Católica Romana, principalmente na questão da venda de indulgências (venda de salvação por dinheiro).
Programa-se mais de 3 horas de debates no plenário da casa legislativa municipal, aonde terá presença de teólogos, sociólogos, historiadores, líderes religiosos (inclusive da Igreja Católica também foram convidados), filósofos, estudantes universitários e seminaristas da Grande Natal.
Estima-se que no mundo existam hoje cerca de 700 milhões de protestantes, herdeiros diretos da reforma. No Brasil acredita-se que esse número chega a 40 milhões, sendo 300 mil no RN.
“A Reforma Protestante teve uma importância histórica muito grande para ser ignorada. E sei também que as suas idéias permanecem ainda hoje muito vivas. Às vezes somos influenciados por uma idéia, vivemos de determinada maneira, compreendemos o nosso mundo sob determinada perspectiva sem saber de quem herdamos essa nossa cultura. É importante compreender e debater as implicações de um movimento tão importante como a Reforma, que ajuda a entender muito da cultura reinante em nossa sociedade contemporânea”, afirma o vereador Osório Jácome, que presidirá a homenagem.
Isso com certeza é um fato bastante positivo para o nosso segmento, aonde nossa fé e influência são reconhecidas pelas autoridades constituídas. Passou-se o tempo em que religião (Igreja Católica Apostólica Romana) era confundida e andava de braços dados com o Estado.
Nós evangélicos somos cidadãos, comprometidos com o Estado e com a boa ordem. Devemos ser reconhecidos como um povo, movimento, aonde no Brasil somos os segundos em números absolutos (não que números e status sejam alguma coisa). Pessoas crentes ocupam cargos importantes no meio político, jurídico, acadêmico, médico, científico, etc. Tentar tampar os olhos ou desvirtuar a realidade de nossa existência no Brasil e no Mundo é algo totalmente impossível nos nossos dias, aonde o segmento protestante (para não dizer Igreja) cresce no Brasil e em todo o mundo, como o próprio Cristo havia profetizado em Mateus 13:31-33.
Além do mais, cabe a observação de que na grande maioria dos países desenvolvidos a predominância é de cristãos protestantes. Portanto, não somos um povinho qualquer, não somos um bando de analfabetos e/ou alienados!
E outra, já que o Brasil se diz oficialmente como um “Estado laico”, por que ainda são presentes em nosso calendário anual cível feriados estritamente católicos? Não seria justo então oficializar o dia 31 de outubro como feriado nacional também? Muitos estados e municípios já fizeram essa justiça. Ou tira-se os feriados católicos ou faça-se justiça e torne-se o dia 31 de outubro como feriado nacional também. É isso.
Anchieta Campos
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3 comentários:
É isso ai.Falou tudo.Graça e PAZ.
Para se decretar um feriado mexe-se com o PODER. A quem pertence este tipo de poder? Quem tem, por exemplo, o poder de emitir dinheiro em papel, em moeda, etc? - LULA, CESAR? - Ora, irmão... dai a CESAR O QUE É DE CESAR... lembra? - O nosso poder é outro. Se insistirmos em em desfrutar do prestígio que o poder terreno nos oferece, seremos sufocado por ele.( lembra o hino da Harpa: 'belos lírios, lindas flôres, querem me encantar...) Nossos políticos evangélicos... a grande e esmagadora maioria deles, desde os ANÕES DO ORÇAMENTO até os escândalos mais recentes, são a prova de que político evangélico não converte nenhum outro político, pelo contrário... muitgos são cooptados para falcatruas inerentes à política.Infelizmente os bons políticos são poucos e amaioria dos políticos evangélicos não estão entre eles, infelizmente. (excessão para todos os políticos evangélicos do RN. Eu moro aqui, entende?)
Caro amigo "anônimo", primeiramente obrigado pela sua participação.
Entendi o que o irmão quis dizer, mas creio que o amado não entendeu o que eu quis dizer. Não defendi em desfrutarmos de prestígios dessa terra como Igreja (ainda que isso não seja pecado), mas apenas o que o próprio Paulo fez em sua vida: fazer uso de seus direitos como cidadão, cf. At 16:36-39 e At 22:24-30. Silenciarmos e deixarmos que o mundo tome os seus rumos pervertidos é o mesmo que concordar com os seus erros (cf. Rm 1:32).
E outra, não é pelo motivo de que existem maus representantes evangélicos que devemos condenar a nossa representação no cenário político; se fosse assim Jesus teria desistido de dar apoio aos apóstolos por causa que um era corrupto. Repito: não podemos deixar as portas do grande mal abertas sem fazermos nada para atrapalharmos sua expansão, a omissão dos justos é um apoio (talvez o mais importante) para que o pecado e corrupção (tanto moral como espiritual) se alastrem e infectem mais pessoas.
Por fim, sua frase "os bons políticos são poucos e amaioria dos políticos evangélicos não estão entre eles" me parece um tanto preconceituosa com os políticos evangélicos. Realizar críticas aos representante do nosso seguimento ainda vai, mas colocar a moral e integridade de políticos ímpios acima dos crentes (como regra) me parece um tanto injusto. Me parece que o amado tem mais apreço por políticos discrentes do que os crentes. Para finalmente encerrar, resta dizer que sinto um certo ressentimento pessoal do irmão contra políticos evangélicos, creio que fruto de alguma frustração pessoal.
Deus o abençoe!
Anchieta Campos
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