A Igreja Católica Romana é especialista em inventar verdadeiras aberrações teológicas (o termo “religiosas” cairia melhor). São tantas heresias, algumas tão graves que nem o título de heresia fazem jus! Os títulos “aberrações”, “piadas teológicas”, “blasfêmias” e outros da mesma linha caem melhor para a maioria das doutrinas e dogmas romanistas. Dentre estas muitas pérolas do Vaticano, irei comentar brevemente aqui sobre o “escapulário”.
O “Novo Catecismo de São José de Baltimore”, em sua pág. 250, assim define os escapulários: “Escapulário - dois pedaços quadrados de pano ligados por cordões que são colocados em torno do pescoço, um na frente e outro atrás; o uso do escapulário confere indulgências”. Em seguida, na pág. 224, na seção intitulada “Os Sacramentais”, a questão dos escapulários é discutida novamente assim: “Quais são os objetos bentos de devoção mais usados pelos católicos?” Resposta: “Os objetos bentos de devoção mais usados pelos católicos são: água benta, velas, cinzas, palmas, crucifixos, medalhas, rosários, escapulários e as imagens de Nosso Senhor, da Virgem Bendita e dos santos”.
O escapulário, como 80% das doutrinas e práticas romanistas, é uma tradição que não se originou da Igreja Apostólica e Primitiva, e, conseqüentemente, não tem o mínimo respaldo bíblico para a existência do tal. A origem do dito cujo data de meados do século XIII (que distância do início da Igreja!), por ocasião em que a Ordem do Carmo enfrentava oposições dentro do próprio sistema romanista, aonde surge a figura do carmelita São Simão Stock, que em suas constantes rezas no convento carmelita de Cambridge, implorava por uma proteção especial da Virgem do Carmo. A resposta veio em 16 de julho de 1251, quando lhe apareceu a “Virgem do Carmo”, lhe entregando o Escapulário de sua Ordem (dos carmelitas), como um sinal exterior do seu amor e proteção, prometendo que os que morressem com o escapulário não pereceriam eternamente. Meu Deus! Misericórdia!
Como conseqüência do escapulário surge um tal de “privilégio Sabatino”, que segundo a tradição romanista surgiu por ocasião de mais uma visão (o termo ‘visagem’ cabe melhor!), desta feita contemplada pelo Papa João XXII, que teria visto a Virgem do Carmo, aonde o mesmo, através de sua bula papal de 03/03/1322, concedia libertação imediata do purgatório no primeiro sábado que se seguisse após a morte daquele que morresse com o escapulário do Carmo. Pense como o Papa tem poder! Deste modo fica muito fácil se livrar da danação do fogo eterno!
Segue-se abaixo uma lista (dada por um apologista romanista) dos privilégios que acompanham o Escapulário do Carmo:
01- Quem morrer com o Santo Escapulário do Carmo não padecerá o fogo do inferno;
02- A Virgem do Carmo livrará o quanto antes, principalmente no sábado depois da morte, à quantos forem ao purgatório morrendo com o Escapulário;
03- O Escapulário do Carmo é salvação em todos os perigos, pela Virgem Santíssima do Carmo;
04- Cada vez que se beija o Escapulário, ganham-se 500 dias de indulgência;
05- O Escapulário é sinal de irmandade da Virgem Maria;
06- O Escapulário do Carmo é sinal de paz e do pacto sempre terno de concórdia, garantido por Maria Santíssima;
07- O Escapulário é sinal de salvação, pela Virgem Maria;
08- O Escapulário do Carmo está enriquecido pela Igreja com inúmeras indulgências;
09- O Escapulário do Carmo é um meio simples e prático de honrar à Virgem Maria;
10- O Escapulário do Carmo é garantia de preservação da fé e da firmeza na devoção à Virgem Maria, devoção que por sua vez é sinal de predestinação.
Como bem ficou exposto até o momento, o escapulário é uma alternativa fácil e barata de se conseguir o livramento do fogo do inferno e, conseqüentemente, adentrar nas moradas celestiais. Oras, apenas ao beijar o dito cujo já ganha-se 500 dias de indulgência! Sendo assim eu não largava de beijar o meu escapulário! Sinceramente, é uma piada!!!
O escapulário desvirtua todos os fundamentos da soteriologia bíblica. Ele remete as honras e feitos meritórios da salvação unicamente para a fé no nome de Maria, por intermédio do escapulário que “ela” concedeu ao homem, contrariando assim os ensinos bíblicos em relação à adoração, honra, louvor e glória somente a Deus (cf. Sl 57:5; Is 42:8; 48:11; Mt 4:10; 6:13; Rm 11:36; 16:27; Gl 1:5; Ef 3:21; Fl 4:20; 1 Tm 1:17; 2 Tm 4:18; Hb 13:21; 1 Pe 4:11; 5:11; Jd 1:25; Ap 4:11; 5:13; 7:12). Anula-se (ou pelo menos inferioriza-se) deste modo os efeitos do perfeito e suficiente sacrifício vicário de Cristo na cruz do calvário, aonde temos o perdão dos pecados e a garantia da vida eterna pelo seu sangue puro derramado em nosso favor. A Bíblia nos afirma que a nossa salvação está somente no nome de Jesus “E em nenhum outro há salvação, porque também debaixo do céu nenhum outro nome há, dado entre os homens, pelo qual devamos ser salvos” At 4:12, “Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome” João 20:31. É no sangue de Cristo que temos o perdão dos pecados e garantia da vida eterna “Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que por tradição recebestes dos vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado” 1 Pe 1:18,19; percebam que Pedro chega a dizer que não fomos resgatados do pecado por meio de coisas corruptíveis e vãs, usando a prata e o ouro para simbolizar tudo que é material e riqueza neste mundo, ou seja, não podemos realmente colocar nossa salvação em um objeto, como no caso do escapulário, que não passa de duas imagens de santos católicos ligados por um cordão. O texto de 1 Jo 1:7 afirma que é o sangue de Cristo que nos purifica de todo o pecado “Mas, se andarmos na luz, como ele na luz está, temos comunhão uns com os outros, e o sangue de Jesus Cristo, seu Filho, nos purifica de todo o pecado”. Textos como Ap 1:5; 5:9; 7:14; 12:11; Hb 9:12-26; 10:19; 13:12,20; Cl 1:14,20; Ef 1:7; Rm 3:25; 5:9, nos reforçam a absoluta e inegociável doutrina bíblica da salvação unicamente pelo sangue de Cristo.
O próprio texto áureo da Bíblia “Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele. Quem crê nele não é condenado; mas quem não crê já está condenado, porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus” Jo 3:16-18, nos mostra que a nossa salvação está em Jesus, na fé em seu sacrifício e em seu nome. Somente assim poderíamos ser salvos; caso Cristo não se tivesse feito homem e morrido por nossos pecados nunca teríamos acesso ao céu e a salvação eterna. Se a salvação pudesse ser conquistada por meio de um escapulário ou indulgência religiosa, não teria sido preciso e nem faria sentido Cristo ter vindo ao mundo para morrer por nossos pecados!
O escapulário não passa de uma blasfêmia contra o sofrimento, morte e ressurreição de Jesus; ele é um novo evangelho, um novo caminho para se conseguir a graça da salvação. Devemos sempre ter em mente as palavras do Apóstolo Paulo aos Gálatas, aonde ele alerta que os mesmos não deveriam crer na pregação de outro evangelho diferente do que já estava posto e pregado por ele e pelos demais apóstolos, mesmo que o próprio Paulo ou até mesmo um “anjo do céu” pregasse esse novo evangelho ou caminho para salvação (ou seja, diferente do evangelho anunciado por Cristo e pelos apóstolos), ainda assim deveria ser considerado mentiroso: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema. Assim, como já vo-lo dissemos, agora de novo também vo-lo digo. Se alguém vos anunciar outro evangelho além do que já recebestes, seja anátema” Gl 1:8,9. Quando Paulo fala em “anjo do céu” claramente se refere a possibilidade do próprio satanás se transfigurar em anjo de luz (i.e., se passar por um anjo), conforme 2 Co 11:14 “E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz”.
Sem sombra de dúvidas, não fora Maria que aparecera a Simão Stock e ao Papa João XXII; até porque Maria, como os demais apóstolos e santos que morreram com a salvação em Cristo Jesus, estão todos dormindo (cf. 1 Co 15:6; 1 Ts 4:13-15) e aguardam a ressurreição; além de que os mortos não sabem nada do que se passa aqui na terra e não tem parte alguma com os eventos humanos daqui (cf. Ec 9:5,6). A Bíblia não fala nem abre espaços para a idéia de que Maria fora ressuscitada e assunta aos céus, nem existem registros históricos da época que defendam essa tese, que não passa de mais uma invenção do catolicismo romano, datada de 1950.
Ao pregarem a graça redentora que se encontra no escapulário, os católicos romanos, como já fora dito aqui neste post, rejeitam o sacrifício de Cristo, negam a sua eficiência e inferiorizam a pessoa de Jesus Cristo, ou seja, blasfemam e pisam no sangue de Cristo vertido na cruz do calvário; aonde ao ver tal cenário me vejo na obrigação de alertá-los quanto ao perigo que correm, pois está escrito em Hb 10:29 “De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue da aliança com que foi santificado, e fizer agravo ao Espírito da graça?”.
Por fim, cabem as palavras do próprio Cristo: “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim” Jo 14:6. Só existe um caminho para a salvação: JESUS (e não também o escapulário!). Ninguém chega ao Pai a não ser por intermédio de CRISTO (e não por um escapulário!).
Com amor em Cristo,
Anchieta Campos
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3 comentários:
Lamento por vc não conhecer a doutrina Vardadeiramente Católica. Aqui vai um conselho: antes de falar sobre a religião de alguém estude-a com profundidade.E mais, não é nada ético sair por aí falando mal de algo que vc nem conhece.Que Deus o abençõe e o ilumine.
Fabiano
P.S. sugiro que vc dê uma olhada no meu blog p/ ver a explicação sobre o escapulário.
Caro Fabiano, saudações fraternas.
Fazia tempo que apologistas romanistas não me davam a honra de saus visitas. Sou grato pela sua participação neste humilde espaço.
Tenho que lhe contrariar, não por puro capricho ou vaidade, mas por ser a realidade dos fatos, a qual não posso fugir. Conheço bem sim a doutrina católica, digo sem exaltação que já li mais de 600 páginas sobre o Estado do Vaticano e sua igreja. Li tanto documentos e apologistas romanistas, bem como nobres apologistas protestantes. E devo lhe dizer que cada vez lia, mais certo ficava do grande engodo que é a sua igreja.
Como bem o caro pode ter percebido, o meu artigo fora fartamente fundamento, tanto por documentos oficiais de sua igreja, bem como (e principalmente) pela Bíblia Sagrada.
Creio, piamente, que o tema é superficial e básico, estando totalmente encerrado pelo meu sucinto artigo, cabendo a cada um procurar analisar a realidade dos fatos teológicos sob uma ótica imparcial e submissa à Palavra de Deus.
Li seu blog, e li um artigo (não sei se existe(m) outro(s)) sobre o escapulário. Você até que tentou racionalizar mais essa heresia chamada escapulário, mas não passou de uma tentativa. Você também não mostrou o real posicionamento de sua igreja sobre o escapulário, algo que eu fiz em meu artigo, talvez justamente por você ser consciente da ilógica e infundamento bíblico que é esta doutrina romanista.
No demais, desejo que Deus o abençoe grandemente, lhe revelando, por intermédio do Espírito Santo, a Verdade Eterna do Evangelho. Amém.
Abraços.
Anchieta Campos
ESCAPULÁRIO, SANTINHOS, IMAGENS, TERRA SANTA ENGARRAFADA, ÁGUA BENTA, VELAS, CRUCIFIXOS DE OURO E PRATA OU MADEIRA, TUDO IDOLATRIA, INVENCIONICE CATÓLICA DESDE 200 D.C., QUANDO VALIA MAIS O QUANTO VC PAGASSE PELA SALVAÇÃO. “Portanto, meus amados, fugi da idolatria” (1 Coríntios 10:14)
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