Esse sem dúvida é o versículo preferido pelos apologistas católicos romanos para defenderem a tradição oral, mas como todos os outros argumentos romanistas, esse também carece de uma boa fundamentação. O verso diz: “Assim, pois, irmãos, estai firmes e conservai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa”. Por ser esse o versículo mais forte para a defesa católica romana, fica clara a pobreza de fundamentação e a fragilidade das suas defesas. Um conhecimento não tão aprofundado sobre o que se passou em Tessalônica já é o bastante para cair por terra toda a pretensão dos apologistas católicos de encontrarem neste verso uma defesa da tradição oral.
Os Tessalonicenses haviam sido enganados, evidentemente por uma carta forjada (supostamente escrita pelo apóstolo Paulo), falando que o dia do Senhor já tinha chegado (2 Ts 2:2). A igreja inteira tinha ficado aparentemente perturbada com isto, e o apóstolo Paulo estava ansioso para encorajá-los e esclarecê-los. Então ele passa a lhes contar como reconhecer uma epístola genuína sua, teria a marca de sua assinatura (3:17). Isto garantiria uma segurança contra as epístolas espúrias em nome dele. Mas até mesmo mais importante que isto, ele queria que eles se despertassem para os mesmos ensinamentos que eles já haviam recebido dele, de forma pessoal. Por exemplo, ele já tinha lhes falado que o dia do Senhor seria precedido pelo anticristo. Dizia ele: “Não vos lembrais de que eu vos dizia estas coisas quando ainda estava convosco?” (2:5). Era realmente de se admirar que os Tessalonicenses tivessem sido enganados, pois haviam sido instruídos sobre isto pela própria boca dele, ou seja, de forma oral! Vale-se considerar também que esta é a segunda epístola dele aos Tessalonicenses.
É evidente que quando o Apóstolo Paulo viajava pelas cidades, ele instruía pessoalmente (oralmente) muitos cristãos novos convertidos, mas Paulo não está encorajando os Tessalonicenses a receber alguma tradição que tivesse sido entregue a eles por terceiros, mas eram as mesmas doutrinas que havia recebido por inspiração do próprio Deus (Gl 1:11,12) e passadas adiante ou por sua própria boca, num ensino pessoal e palpável, ou através da forma mais confiável para as futuras gerações, a forma escrita, entrando em total conformidade com II Tessalonicenses 2:15. Amém!
Anchieta Campos
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2 comentários:
Ué.... falou, falou e no meu ver, não disse nada... Será que Paulo escreveu somente essas cartas em vida? (Há referências bíblicas)v
Na epístola, de alguma maneira, fica explícito ser a segunda epístola...
Acho que muito deixou de ser escrito sobre o Cristianismo na Bíblia...(como disse, e como Paulo disse algumas vezes em suas epístolas... acho... só minha opinião)...
Abraços... a paz!!!
Caro Rafael, saudações fraternas.
Paulo realmente escreveu outras inúmeras cartas. Mas as que foram preservadas para nós e comprovadamente inspiradas, são somente as que se encontram compiladas na Bíblia Sagrada.
Deus, em sua infinita sabedoria e grandes propósitos, nos concedeu a Bíblia como a temos hoje, com seus 66 livros, os quais mantém uma perfeita harmonia de ensinos e doutrinas, tanto naturais quanto espirituais.
Agora, quando pegamos alguns livros ali, e colocamos os mesmos no meio dos 66, algumas incongruências surgem, e a harmonia que caracteriza a inspiração divina é abalada. Você, como católico romano que deve ser, com certeza sabe de quais livros estou me referindo.
Abraço.
Anchieta Campos
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