segunda-feira, 30 de junho de 2008

A politicagem e sua má influência

A política é, sem sombra de dúvidas, um meio onde impera a corrupção moral e ética em sua maior amplitude, com raras exceções é claro. No mundo da política impera, reina absoluto, os interesses pessoais em detrimento do bem comum e da moral; a vergonha na cara, algo tão valorizado pelas nossas gerações anteriores (em um passado não tão distante), é jogada na lama pela grande maioria dos nossos homens públicos, que de interesse público não tem nada.

É um fato, inegável, de que a política não está ligada a uma imagem de coerência, pureza, sinceridade e compromisso. É de pleno consentimento da maioria da população de que, quando alguém entra no mundo político, esta pessoa tende a se corromper pelo sistema de interesses mundanos que ali impera (claro, repito, com raras exceções). Isto posto, eu, em minha humildade e simplicidade, reconhecendo que sou pequeno, pergunto: o que levaria um homem de Deus, com um chamado e uma responsabilidade de cuidar de uma parte considerável do importante rebanho do povo de Deus, se envolver em um meio desses?

Na política nada passa em branco, tudo toma proporções inimagináveis. Então, qual o motivo de um líder evangélico, que leva consigo mais do que ninguém o nome da sua denominação eclesiástica e, mais importante ainda, leva consigo a imagem do Evangelho, se envolver de um modo direto e profundo na política? A tendência é de que ocorram, naturalmente, escândalos e prejuízos para com a Obra de Deus, maus testemunhos e coisas do gênero. A situação se agrava quando o tal líder evangélico assume posicionamentos nada coerentes e lógicos, como ficar pulando de galho em galho, saindo de grupo para grupo, contrariando o que ele mesmo dissera em ocasiões não tão pretéritas.

Jesus certa vez fez uma afirmativa muito direta e forte: “Seja, porém, o vosso falar: Sim, sim; Não, não; porque o que passa disto é de procedência maligna” Mt 5:37. O que dizer um líder evangélico/político que ontem dizia um “sim eterno” para L, mas hoje já diz um “sim eterno” para N? Tornou-se o seu “sim” em “não”, e o seu “não” em “sim”.

Paulo, se dirigindo a todos os crentes assim se expressou: “Portai-vos de modo que não deis escândalo nem aos judeus, nem aos gregos, nem à igreja de Deus” 1 Co 10:32. Seguindo a mesma linha, só que desta vez sendo direcionado exclusivamente aos ministros do Evangelho, diz que “Não dando nós escândalo em coisa alguma, para que o nosso ministério não seja censurado” 2 Co 6:3. Quantos ministérios tem sido censurados pela política não?!

Meus irmãos, para bom entendedor meia-palavra basta. Estes versos citados acima falam por si só. É muito triste ouvirmos pessoas ímpias dizendo:
“ – o pastor disse para mim ontem que não abria de modo nenhum de L”.
“ – oxe!? Pois ele disse pra mim que não estava gostando da administração de L”.
“ – Que coisa... ele ta mentindo?”.
“ – Só pode ser!”.


Não trata-se apenas do jogo político (o que já é feio para qualquer pessoa, principalmente pro representante maior de uma igreja), mas de más escolhas feitas por estes líderes evangélicos/políticos, abandonando e criticando uma linha menos corrompida e abraçando uma linha malhada e conhecida por seus atos nada éticos. É uma verdade que exames imparciais da política são possíveis, assim como em todos os assuntos, e eles sempre apontam o melhor sistema político, pelo menos o menos corrompido.

É muito triste vermos a mídia virtual falando algumas verdades (verdades mesmo) sobre o comportamento de nossos líderes evangélicos/políticos.

O resultado de tudo isso é divisão do corpo de Cristo, contendas, escândalos, e, infelizmente, algumas verdades que devemos engolir calados quando questionados por vizinhos e amigos.

Para saber mais sobre o tema e meu posicionamento (ou melhor, o da Bíblia) sobre o mesmo, acessar meu post Pastor em ativa e a ocupação de cargo político.

Com amor e temor,

Anchieta Campos, em defesa do Evangelho

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