segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Meninices pentecostais

Vou aqui relatar uma experiência pessoal que tive em meados de 2005, por ocasião de um congresso de jovens que estava sendo realizado em uma cidade aqui da região de Pau dos Ferros.

Estávamos na reunião da tarde, o culto estava caminhando bem, estava mesmo uma bênção. O ginásio onde estava sendo realizado o evento não se encontrava lotado, mas tinha um considerável número de pessoas presentes, dentre elas muitos incrédulos. Eu era “novo convertido”, não contava nem com um ano de evangelho, e ainda não estava muito firme na minha fé e em suas doutrinas.

Muito bem. Chegou em um determinado momento em que o “fogo” começou a cair, e comecei a ver algumas manifestações bem “exóticas” de alguns irmãos. Eu estava, como podemos dizer, “na minha”, orando e pedindo que o Espírito Santo se manifestasse de forma pura e falasse com os presentes, fazendo a obra que o aprouvesse fazer. De repente vejo um irmão, que se encontrava na outra “ponta” do ginásio vindo em minha direção, isso pulando e fazendo um aviãozinho (a essa altura já estava meio cabreiro); foi se aproximando e quando realmente percebi que ele viria para a minha pessoa já fiquei meio sem ação. Ele se abraçou comigo falando em línguas e bem agitado, e eu sem saber o que fazer. Em determinado momento percebi o “irmão” me empurrando, e eu, evidentemente, tentando me manter equilibrado, até que ele percebeu que eu não iria cair, foi quando ele colocou uma perna me calçando e simplesmente me empurrou... foi uma queda e tanto!

Ainda no chão, fui cercado por irmãos, e alguns me indagavam o que eu tinha visto, e eu calado estava e calado fiquei, mas com uma vontade enorme de ter dito que tinha visto umas formigas andando no piso do ginásio (o que fora realmente a única coisa de interessante que eu vi). O “irmão” ainda teve o atrevimento de na fila da janta se aproximar de mim e dizer que Deus tinha lhe revelado em sua cidade que Ele iria derrubar um crente de vermelho (eu estava de vermelho). Veio uma vontade enorme de dizer umas boas, mas minha inexperiência fez com que eu me contivesse.

Hoje em dia, por incrível que pareça, nunca mais veio nenhum irmão com estas presepadas para cima de mim, e eu até queria que viesse, pois desta feita quem daria a rasteira seria eu! Daria um “kame-rame-rá” que deixaria este “menino” no mínino uns 10 minutos “caído no poder” (poder do meu braço).

“Faça-se tudo decentemente e com ordem” 1 Co 14:40.

Anchieta Campos

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