sábado, 7 de fevereiro de 2009

Um simples problema lógico para o espiritismo

Não irei neste momento me deter a uma análise doutrinária comparativa entre a Bíblia e o espiritismo (em suas mais variadas faces), até porque no campo doutrinário/sistemático seria uma surra muito grande, o que demonstraria por A mais B que a Bíblia não apóia em nada o espiritismo, bem como que a fé cristã não tem nada de relacionamento com a crença espírita. Irei apenas expor um raciocínio lógico bem simples, inclusive já conhecido e circular no meio teológico, o qual por sua natureza acaba por ser útil não somente aos protestantes, mas a todos quantos precisam de um argumento para contestar esta crença.

Pois bem, vamos lá:

O problema qualitativo da moral do homem: o espiritismo, em sua grande maioria e vertentes, prega que a reencarnação nada mais é do que uma lei de progresso e evolução do homem em seus mais variados aspectos morais e éticos. Oras, oras, é realmente isso que contemplamos diariamente ao nosso redor e pela mídia televisiva? Claro que não! A humanidade e o mundo, segundo a lógica espírita, deveria estar progredindo em seu aspecto moral, ético e espiritual também, mas a realidade mostra é um retrocesso de ambos aspectos! Como pode que após anos, décadas, séculos e milênios de evolução humana proporcionada pelas reencarnações purificadoras, o mundo não esteja mais puro, sensível e humano? Como costumo dizer: o mundo vai de mal a pior!

Anchieta Campos

2 comentários:

Helder Nozima disse...

Anchieta,

Sou evangélico, mas tive um irmão espírita e sei de certas respostas que eles dão.
Em relação ao seu post, a Terra é um dos vários planos onde os espíritos ficam. Quando eles evoluem, eles vão para outros planos, mais elevados. Por outro lado, há planos inferiores à Terra, e quando espíritos desses planos evoluem, eles vêm para cá. Só isso já responderia satisfatoriamente à sua pergunta.

Mas um bom espírita questionaria a idéia de uma Terra pior. No século XVIII, havia a escravidão, as mulheres eram oprimidas pelos seus maridos, a homossexualidade não era aceita e a ciência ainda era mínima. Hoje, dentro de uma visão espírita, a sociedade está muito melhor: existem os direitos humanos (que não existiam antes), a escravidão é muito menor que no século XVIII, as mulheres conquistaram seu espaço, os homossexuais começaram a ser aceitos...pode ser que, dentro de uma visão bíblica, isso seja pior...mas dentro de uma visão espírita, é sim um mundo melhor. O racismo já é visto como um erro, a guerra é abominada pela maioria das pessoas, etc etc.

Essas seriam respostas que um espírita razoavelmente treinado poderia dar às suas perguntas.

Ao meu ver (sou amilenista), o argumento do mundo pior não cola. Sinceramente, em que época do mundo você queria viver: hoje ou nos dias do Império Romano, com injustiça social, doenças a valer, perseguição religiosa muito mais ostensiva? Mesmo nos costumes, a Bíblia condena o homossexualismo, mas ele era algo profundamente enraizado na elite greco-romana. Se o mundo do século XXI é pior em alguns aspectos, é melhor em outros. Os dois lados conseguem argumentos intermináveis para sustentar suas posições.

Neste assunto específico, acho que a melhor forma de argumentar com os espíritas é mostrar que a Bíblia e o ensino de Jesus são incompatíveis com a doutrina kardecista.

Anchieta Campos disse...

Caro irmão Helder Nozima, a paz do Senhor.

Entendo seu cuidado, mas apenas destaco que já sabia destas argumentações espíritas expostas pelo irmão. Como bem deixei claro no próprio título, trata-se apenas de um "simples problema" para o espiritismo, de uma fácil contestação.

O meu objetivo fora simplesmente "cutucá-los", para que assim pudesse chegar até o terreno bíblico, onde como bem já adiantou o irmão, é um terreno farto e terminativo para as nossas pretensões, e entre elas está a de demonstrar a fidelidade bíblica e o cumprimento das profecias de Jesus referentes ao fim dos tempos, o que, sem sombra de dúvidas, se encontram em pleno cumprimento.

No demais, continuo no aguardo dos espíritas interessados em defender a sua doutrina em um ponto realmente simples, para que assim possamos levar a discussão (de um modo sutil) para o lado essencialmente bíblico e doutrinário, o que seria o verdadeiro "prato cheio" para nós cristãos.

Abraço e obrigado por sua participação, a qual por se revestir de cuidado, findou em adiantar o papel que esperava dos amigos espíritas (risos).

Anchieta Campos