quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Conflito em Gaza – Israel x Hamas


O mundo todo está acompanhando o conflito na Faixa de Gaza entre Israel e o grupo terrorista Hamas. A secular, ou melhor, milenar intriga entre judeus e palestinos se mostra firme e forte, e um cenário de tensão mundial se acentua ainda mais, fazendo com o que a paz se mostre realmente quase que uma utopia para aquela região.

Não irei aqui me deter a comentários teológicos ou bíblicos sobre este acontecimento lamentável no Oriente Médio, mas sim realizar algumas pequenas e sucintas observações sobre este conflito, claro, de um modo crítico e independente (pois creio ser isto possível).

Primeiramente cabe destacar uma certa parcialidade da mídia brasileira ao cobrir este conflito, bem como a falta de conhecimento do assunto de uma grande parte dos brasileiros. É simplesmente incrível como pessoas de um nível educacional elevado conseguem ter inseridas em suas cabeças idéias e filosofias absurdas como as de que o Hamas ataca Israel com pedras, de que o Hamas não tem armas, de que os palestinos/muçulmanos são vítimas de um suposto sistema global ocidental liderado pelos Estados Unidos, de que os palestinos são os que lutam com honra e heroísmo, de que os palestinos são as vítimas e os pobre coitados desta história toda, sendo os mesmos injustamente agredidos por este sistema poderoso, tirano e cruel ao qual Israel faz parte, etc., etc. e tal.

Como pode, por exemplo, figuras como o terrorista Osama Bin Laden e o ex-ditador iraquiano Saddam Hussein terem a admiração de brasileiros? Acho que a democracia e a liberdade de expressão não estão agradando a estas pessoas insanas.

Ora, ora, não é Israel que pratica o terrorismo, que direciona seus ataques e vitima diretamente a civis inocentes, que usa homens-bomba para acionarem explosivos em um ônibus urbano, ou em um comércio ou centro de grande movimentação popular, agindo totalmente na base da covardia e com o elemento surpresa, sem dar a mínima chance de proteção aos civis inocentes, comprovando ainda uma formação totalmente alienada promovida por seus líderes, os quais nunca são os que se suicidam. A luta de Israel não é contra os palestinos/muçulmanos, mas sim contra o terror e seus inimigos cardeais.

É fato que Israel e a Autoridade Nacional Palestina (ANP), na figura do seu presidente Mahmoud Abbas, do partido moderado Fatah, buscam o consenso e a paz entre ambas as partes, onde ambos defendem a existência de cada Estado (Israel e Palestina) de um modo pacífico, buscando sempre procurar superar as divergências de ambos os lados. Agora é fato que o Hamas, em sua própria Carta Fundadora, prega a destruição do Estado de Israel, sendo o responsável na década de 90 e no início desta década por dezenas de ataques terroristas em Israel. É sabido de todos que o próprio Irã prega também a destruição do Estado de Israel, bem como apoia financeiramente o grupo. Some-se ainda a própria divisão e briga interna no lado palestino, envolvendo o Fatah (partido moderado) e o Hamas (partido/grupo extremista, terrorista).

Percebemos, então, que os grandes empecilhos para uma paz na região repousam no lado palestino/muçulmano.

Com tudo isto você pode até pensar que estou puxando a sardinha para Israel, até mesmo em virtude da minha fé. Oras, sou cristão e não judeu, e um cristão que se preze sabe que a justiça não está limitada e nem constrangida por laços de afinidade. As minhas convicções de crença não anulam e nem interferem em nada o meu senso de justiça e igualdade sobre qualquer fato que seja. Israel é uma nação afastada de Deus na atualidade, a qual, como qualquer outra, pode cometer erros e exageros, pois a mesma também é formada e liderada por homens iguais a nós.

Não preciso deturpar fatos para defender Israel, até porque eu sei muito bem, pela Bíblia, qual o futuro de ambas as nações (judeus e palestinos) de um modo abstrato, sendo que individualmente tanto judeus quanto palestinos podem se voltar para Cristo e passar a integrar um grupo mais célebre, a Igreja.

Israel, durante toda a sua história, foi alvo de diversos ataques e atentados, sempre lutando para sobreviver como nação. A sua existência e sobrevivência sempre foram alvo de ataques, sendo o holocausto o exemplo mais claro de tentativa de extermínio do povo judeu. Mas este povo sempre sobreviveu, ainda permanece. Um Estado tão pequeno, cercado por inimigos e com uma história singular de atentados, permanece de pé e vivo.

E agora é que eu encerro puxando um pouco pro lado teológico, pois tudo isto é uma prova cabal da fidelidade de Deus e de sua Palavra, de suas promessas para Israel, bastando apenas citar alguns versículos do livro de Isaías (pois não é o objetivo deste artigo fazer um estudo sistemático e mais profundo sobre o futuro de Israel), que dizem:

“Porém tu, ó Israel, servo meu, tu Jacó, a quem elegi descendência de Abraão, meu amigo; Tu a quem tomei desde os fins da terra, e te chamei dentre os seus mais excelentes, e te disse: Tu és o meu servo, a ti escolhi e nunca te rejeitei. Não temas, porque eu sou contigo; não te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça. Eis que, envergonhados e confundidos serão todos os que se indignaram contra ti; tornar-se-ão em nada, e os que contenderem contigo, perecerão. Buscá-los-ás, porém não os acharás; os que pelejarem contigo, tornar-se-ão em nada, e como coisa que não é nada, os que guerrearem contigo. Porque eu, o SENHOR teu Deus, te tomo pela tua mão direita; e te digo: Não temas, eu te ajudo. Não temas, tu verme de Jacó, povozinho de Israel; eu te ajudo, diz o SENHOR, e o teu redentor é o Santo de Israel” Is 41:8-14.

Oremos pela paz no Oriente Médio (mesmo sabendo do plano escatológico para aquela região e povos), e oremos principalmente para que a Luz do Evangelho alcance cada vez mais judeus e palestinos, para a Glória de Deus. Amém.

Quem quiser acompanhar e saber mais sobre o conflito em Gaza, basta acessar a página da Folha Online dedicada exclusivamente para cobrir o Oriente Médio, clicando AQUI. Claro que realizando a ressalva de não ter como única fonte de leitura sobre o tema esta indicação, bem como sempre se ter a capacidade de discernimento no que se lê.

Anchieta Campos

6 comentários:

Anônimo disse...

A paz do Senhor, Anchieta!

Muito bom este artigo, Deus continue te abençoando.Confesso que não consigo pensar no assunto sem sentir dor, por causa de tantas mortes, principalmente das crianças.
Gostaria de comentar apenas um trecho da passagem de Isaías 48 citada pelo irmão:
´´Eis que, envergonhados e confundidos serão todos os que se indignaram contra ti; tornar-se-ão em nada, e os que contenderem contigo, perecerão´´.
Quando li esta passagem no post em apreço lembrei-me do presidente da Venezuela, Hugo Chaves, que expulsou o embaixador de Israel do nosso país vizinho, que pena, será que ele nunca leu o que Deus disse á Abraão? - Eis que eu abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem? (Gn 12:3).Com certeza a Venezuela sofrerá as consequências, como ja vem sofrendo pelas palavras e atitudes infelizes do seu Governo, pois simplesmente chamar Israel de ´´assassino´e ´´genocida´´não foi uma boa ideia...
Quanto a nós vamos continuar cumprindo o Salmo 122:06, 07,08 e 09. Amemos e oremos por toda Palestina composta por povos com diferentes crenças e muita confusão.

Abraços fraternos.

Josiel.

Anchieta Campos disse...

Prezado irmão Josiel, a paz do Senhor.

A morte de inocentes, realmente com o destaque para as crianças, é um fato que não deixa uma pessoa normal em paz consigo mesma. A humanidade de vez enquando dá exemplos lamentáveis de sua ignorância e natureza pecadora.

Hugo Chaves nunca teve a minha simpatia. Não consigo ver nele um líder que defende e representa a democracia, bem como o vejo como uma força contrária "a tudo que se chama Deus".

A infidelidde de Israel não anula a fidelidade divina, e a promessa de Gn 12:3 citada pelo irmão permanece firme e forte, seja para a bênção ou para a maldição, dependendo da livre escolha de cada um em relação a Israel.

Por fim, como bem também citou o amado irmão, oremos pela paz de Jerusalém (que representa a toda a região), com amor.

Anchieta Campos

JamesCondera disse...

Graça e paz vos sejam multiplicadas, amado irmão Anchieta Campos.

Fidedignas vossas pequenas e sucintas observações, a mídia em geral, como não poderia deixar de ser, relata o que aos seus olhos mais lhe agrada...

Mas, nós, os crentes, devemos sempre nos arraigar na Palavra de Deus, devemos sempre nos orientar pelo Espírito Santo, e, como o amado nos traz a lembrança sobre que, tudo isto é uma prova cabal da fidelidade de Deus e de sua Palavra, resta-nos, como servos do Deus Altíssimo, declarar nossa fidelidade ao Senhor dos Exércitos e, como o irmão Josiel, oremos, “pela paz de Jerusalém”...

Fraternalmente.
James.
Jesus, o maior Amor

Victor Leonardo Barbosa disse...

Muito bom artigo irmão Anchieta, simples, moderado e muito autêntico.

Não há dúvidas que a grande mídia é por demais tendenciosa e praticamente é pró-Hamas, mesmo que inconscientemente. Algo nitidamente lamentável.

Um grande abraço e Paz do Senhor!!!

Anchieta Campos disse...

Prezado irmão James, a paz do Senhor.

Realmente não conseguem nem encobrir essa tendência pró-Hamas (ou seria contra Israel, ou ambas).

Vejo uma comoção mundial se levantando contra Israel por ocasião deste conflito. O mundo que até então repudiava e protestava contra o terror apregoado pela ala extremista dos muçulmanos/palestinos, agora se levanta ferozmente contra apenas um lado de uma guerra, e convenhamos, o lado menos errado.

Oremos pela paz de Jerusalém, pois com certeza isto é uma prova da nossa fidelidade e amor para com Deus e para com o seu povo, como bem lembrou o irmão.

Abraços.

Anchieta Campos

Anchieta Campos disse...

Caro irmão Victor Leonardo, a paz do Senhor.

Muito obrigado por suas honrosas palavras de apoio, as quais muito me incentivam.

Destaco seu comentário na parte em que você diz "mesmo que inconscientemente". Ao ler tal afirmativa me vem um questionamento: será que não há uma força oculta por detrás deste movimento mundial contra Israel? Pois nós sabemos muito bem o papel e localização de Israel nestes últimos dias e no plano escatológico como um todo.

Atentemos para a figueira!

No demais, é bem verdade que a mídia poderia ser mais imparcial mesmo, e a mesma estaria assim apenas cumprindo com o seu papel, nada mais.

Oremos pela paz em Jerusalém.

Abraços.

Anchieta Campos