Muitos irmãos podem se perguntar o real motivo das Igrejas Protestantes adotarem uma Declaração de Fé (ou Confissão de Fé). Alegam que se temos a Bíblia, logo não necessitaríamos de um Credo denominacional oficial. Outros chegam ao ponto de afirmar que os credos não deveriam ser adotados pelas igrejas, haja vista ser a Bíblia a nossa única regra de fé. O que ocorre na realidade é que as Confissões de Fé sempre foram algo notadamente presente na história da Igreja, na realidade, a verdadeira Igreja se caracteriza no fundamento da confissão da crença bíblico/cristã (Mt 3:6 e 10:32; Rm 10:8-10; I Jo 4:2).
O primeiro Credo que se conhece no meio da história da Igreja é o conhecido “Credo Apostólico”, formulado por volta do segundo século, de origem e autores desconhecidos. Por essa época ainda tivemos os destacados “Credo do Concílio de Nicéia” de 325, “Credo de Constantinopla” (também conhecido como ‘Credo Niceno’) de 381 e o “Credo de Calcedônia”, do ano 451. Somente na época da Reforma é que se passou a elaboração de Confissões mais completas e teológicas, tratando de todos os aspectos da doutrina cristã, como a Confissão de Augsburgo (1530), marco da Reforma e de tradição luterana, vindo posteriormente as de cunho calvinista: a Segunda Confissão Helvética (1566), a Confissão Escocesa (1560) e a Confissão de Fé de Westminster (1646). Hoje em dia contamos com confissões eclesiásticas bem mais elaboradas e polidas, como as produzidas pelas Convenções Nacionais de denominações evangélicas tradicionais (Assembléia de Deus – CGADB, Batista – CBB, dentre outras).
A bem dessa constatação histórica, a realidade atual da Igreja nos mostra o quão se faz necessário a confissão doutrinária do que se crê. As heresias vem se multiplicando a cada dia que se passa, inovações sem base bíblica e modismos (principalmente nas igrejas pentecostais) vem tomando conta dos púlpitos das abençoadas igrejas protestantes. Todo crente que se preze deveria ter como primeira atitude ao visitar um site evangélico a de apreciar as crenças e posições teológicas/doutrinárias da igreja ou grupo responsável pela página virtual, identificando assim se há ou não algo contrário a Sã Doutrina Bíblica.
É bem verdade que as Declarações de Fé de igrejas e sites evangélicos são obras de homens, e, portanto, passíveis de falhas e más interpretações, assim como é bem verdade que não é objetivo de nenhuma Confissão de fé substituir ou complementar a Bíblia Sagrada, está sim, a nossa regra infalível de fé, soberana e absoluta, sendo que toda Declaração ou doutrina devem estar em total harmonia com os seus princípios divinamente inspirados. As declarações tem por fim justamente honrar a Palavra de Deus, colocando suas doutrinas e ensinos expostos de uma forma prática, organizada e sistemática, como sendo uma síntese de suas doutrinas, os fundamentos imutáveis da fé cristã.
Cabe a cada um investigar a procedência de cada declaração, a denominação evangélica, o grupo ou a pessoa que a elaborou, pois com certeza ainda nos nossos dias existem homens de Deus sérios e tementes aos ensinos bíblicos.
Portanto, meus irmãos, cuidado com aqueles que dizem crer no “mover apostólico”, no “cair do poder”, na “unção do riso”, “pedra e rosa ungida”, “sessão do descarrego”, “quebra de maldição hereditária”, nos “dentes de ouro”, e muitas outras inovações e modismos que não passam de aberrações teológicas e uma blasfêmia contra a Bíblia Sagrada. Atentando para o fato de que muitas vezes não podemos constatar heresias nos credos e confissões, mas a prática litúgica e uma análise mais pessoal acabam por entregar quem pratica (mas não professa) algo contrário a Sã Doutrina.
Enfim, mantenhamos sempre a nossa consciência cativa a Palavra de Deus, pois só assim poderemos cumprir o ensino do Apóstolo Paulo em Tito 1:9 que diz: “Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes”.
Que o Senhor Jesus possa abençoar a sua amada Noiva (Igreja)!
“MAS o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência” I Timóteo 4:1,2
“Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências” II Timóteo 4:3
“E TAMBÉM houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição” II Pedro 2:1
“Não vos movais facilmente do vosso entendimento” II Tessalonicences 2:2
“Para que em nós aprendais a não ir além do que está escrito” I Coríntios 4:6
Anchieta Campos
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
FELICIDADES... CARO COLEGA!
Deus e Pordeus é algo em comum!
Muita paz!
Eraldo pordes
Postar um comentário