Mais uma frase de Agostinho (o clássico).
“Deus não espera que lhe submetamos nossa fé sem o uso da razão, mas os próprios limites de nossa razão fazem da fé uma necessidade” Agostinho.
Anchieta Campos
domingo, 29 de março de 2009
Reconheceremos nossos amigos e parentes no céu?
Tive o imenso prazer de receber um e-mail do meu grande amigo e irmão em Cristo, Rander Campos (não somos parentes, pelo menos até onde eu sei! risos), o qual me viu nascer pro evangelho, sendo uma das pessoas (juntamente com sua mãe) que fizeram a oração em que me entreguei a Jesus. Pois bem, o motivo do e-mail deste meu valoroso amigo é uma dúvida que se instalou em meio à mocidade e o próprio corpo de obreiros em uma congregação da Assembléia de Deus em Campina Grande-PB, onde ele congrega. A dúvida é se iremos reconhecer uns aos outros no céu, se iremos ter ciência de que algum ente querido nosso fora condenado, bem como se iremos ter lembranças do que se passou aqui nesta vida. Então, vamos ver o que a Bíblia e a boa razão nos conduzem a crer.
Essa questão realmente é bem interessante, pois diz respeito ao que verdadeiramente existe de mais importante para o ser humano, que é a vida eterna, o nosso destino eterno, o qual jamais se poderá alterar depois de iniciado (Lc 16:26; Ap 3:5,12), bem como envolve outra área muito importante para qualquer ser humano normal, que é o apego, carinho e amor que desprendemos para com pessoas próximas a nós. Notadamente, todos queremos ir morar eternamente no céu, bem como anelamos que nossos entes queridos também.
Para responder a esta questão, vou iniciar com o texto de 1 Ts 4:13-18 que diz:
“Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele. Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras”.
O texto supra citado é bem esclarecedor para o presente foco. A igreja em Tessalônica era conhecida por sua falta de entendimento em relação à volta de Jesus e a ressurreição dos mortos, tanto é que o apóstolo teve que voltar a tratar do assunto em sua segunda carta aos mesmos. Os tessalonicenses se encontravam tristes, sem esperança, pois pensavam que não voltariam a rever seus entes queridos que já haviam partido desta vida (v. 13); para consolá-los e esclarecê-los, Paulo realiza um paralelo entre a morte e ressurreição de Jesus, com a nossa própria morte e ressurreição “se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele”. E o que a ressurreição de Cristo nos ensina para o caso em estudo? Oras, mesmo após a sua ressurreição, Jesus continuou a ser a mesma pessoa, o mesmo Jesus, o qual fora reconhecido por inúmeras pessoas, como, por exemplo, Maria Madalena e outra Maria (Mt 28:9), pelos onze apóstolos (Mt 28:16,17; Lc 24:33-39), por dois discípulos no caminho de Emaús (Lc 24:31), por mais de quinhentos irmãos de uma vez só (1 Co 15:6), e por fim, fora reconhecido por Estevão em ocasião de sua morte (At 7:55,56), o que nos leva a concluir que também seremos reconhecíveis após a nossa ressurreição ou arrebatamento. Destaquemos, ainda no versículo em análise, a parte final que diz “Deus os tornará a trazer com ele”, frase que dá continuidade e reforça o ensino de Paulo de que a ressurreição não será sem sentido, vazia, mas sim terá um valor para nós, onde Deus irá trazer com Jesus os que já morreram e ressuscitaram, o que aponta claramente para uma comunhão consciente e de reconhecimento entre todos os salvos, haja vista que, como já exposto, reconheceremos a Jesus, e se os ressurretos irão vim do mesmo modo como Jesus (O qual é as primícias dos que dormem, cf. 1 Co 15:20), logo serão planamente reconhecíveis.
Indo agora para os versos 17 e 18 do texto em análise, que dizem “Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras”. Estes versos encerram o pensamento do apóstolo dos gentios, onde Paulo usa mais elementos para indicar que a ressurreição e o arrebatamento são motivos para se acabar com a tristeza dos tessalonicenses, os enchendo da esperança que lhes faltava, lhes estimulando a crer que o reencontro com seus entes queridos será uma realidade por ocasião destes eventos. Paulo usa as expressões “seremos arrebatados juntamente com eles”, o que denota comunhão entre os ressurretos e os transformados (juntamente), “encontrar o Senhor nos ares”, o que confirma que iremos reconhecer o Senhor Jesus ressurreto e glorificado, “estaremos sempre com o Senhor”, frase que confirma a idéia de comunhão, união e interação entre os salvos no céu, e por fim, Paulo encerra dizendo “Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras”, o que nos remete para tudo o que fora exposto nos versos anteriores, notadamente em relação à tristeza que abatia os tessalonicenses em relação aos que já dormem (entes queridos), bem como em relação ao arrebatamento dos vivos e o encontro de ambos (ressurretos e transformados) com o Senhor Jesus (cf. 2 Co 4:14), para assim vivermos eternamente.
Convém aqui transcrever parte da obra A Bíblia Responde, CPAD, com autoria dos escritores Abraão de Almeida, Geremias do Couto, Geziel Gomes, Gustavo Kessler, Hélio René, Mardônio Nogueira, Miguel Vaz e Paulo César Lima:
“Se não nos reconhecêssemos no Céu, isto seria para nós contraproducente, pois o que almejamos é vermo-nos na Glória. Se no Céu houvesse inconsciência do passado, parece-nos que pouco adiantaria estar ali. O grandioso, o sublime é estarmos ali conhecendo o plano de Deus e vendo o cumprimento dele. Lá, sem dúvida, haveremos de conhecer em pessoa todos os heróis da fé que hoje conhecemos pela Bíblia. Lá veremos os nossos irmãos junto aos quais lutamos neste mundo a boa peleja da fé” pg 47.
Outro ponto importante a se destacar é a passagem de Lc 22:29,30 “E eu vos destino o reino, como meu Pai mo destinou, para que comais e bebais à minha mesa no meu reino, e vos assenteis sobre tronos, julgando as doze tribos de Israel”. Oras, pela passagem acima fica claro que os apóstolos se reconhecerão um ao outro após a ressurreição, pois se os mesmos irão comer e beber na mesma mesa (cf. Mt 26:29), juntamente com Jesus, com certeza eles se reconhecerão, assim como reconhecerão a Jesus. Destaque-se que a mesa no reino dos céus não está restrita apenas aos apóstolos, mas a todos os salvos, juntamente com os judeus salvos, sempre se reconhecendo as pessoas, cf. Mt 8:11. Não faria o mínimo sentido os apóstolos sentados em uma mesa e os mesmos não se reconhecerem, não se lembrarem do que passaram juntos aqui na terra, da vida que tiveram ao lado de Jesus, dos milagres, das alegrias e das tristezas que compartilharam, perseguições também, afinal de contas, mesmo as lembranças de acontecimentos terrenos nada agradáveis não serão motivo para tristeza no céu, mas pelo contrário, servirão para confirmar o quanto valeu a pena sofrer aqui na terra para se ter alcançado a vida eterna (cf. Rm 8:18; 2 Co 4:17).
Uma passagem também muito pertinente é a parábola do rico e Lázaro, que se encontra em Lc 16:19-31. Ela não deixa dúvidas quanto aos seguintes fatos: quem está no inferno verá e saberá quem está no céu (v. 23,24); quem está no céu verá e saberá quem está no inferno (v. 25); tanto os condenados, quanto os salvos, se lembrarão da vida que tiveram nesta terra (v. 25), incluindo aí até mesmo a lembrança de seus familiares (vs. 27,28). Em relação aos condenados serem reconhecidos pelos salvos, e os salvos reconhecidos pelos condenados, o texto de Dn 12:2 é bem esclarecedor: “e muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno” (cf. Mt 25:32-46); como os condenados poderão sentir “vergonha” se não for por parte de pessoas que conheceram em terra? Sentiriam vergonha de quem nunca conheceram? Dificilmente. Logo para esta vergonha existir seria necessário não somente os condenados reconhecerem os salvos, mas os salvos também reconhecerem os condenados.
Por fim, cabe destacar que ressurreição não é reencarnação. Os mortos quando ressuscitarem, ressuscitarão no mesmo corpo, embora glorificado (para os salvos), permanecendo, portanto, a mesma pessoa, com as mesmas características (tanto é que Estevão reconheceu Jesus no momento de sua morte).
Mas, como o salvo poderá ter plena alegria e gozo no céu, enquanto sabes que algum ente querido está no tormento eterno? A despeito das palavras de Paulo em 1 Co 7:16, creio que esta resposta foge um pouco a nossa limitação, até mesmo pelo fato da Bíblia não tratar diretamente do assunto, mas creio que as palavras de Jesus em Mt 10:37 e em Mc 12:28-31, talvez sejam o que temos de mais próximo sobre o assunto; a distinção entre o primeiro e o segundo mandamento na referência de Marcos é simples, sutil, mas muito importante. Sem sobra de dúvidas, devemos conceder a Deus a excelência de nosso amor, dedicação, apreço, carinho e obediência, haja vista ser Ele o Deus, O qual nos criou, responsável por tudo que somos e temos, e principalmente O responsável pelo maior de todos os dons, o qual nenhum ser humano seria capaz e desprendido o suficiente para realizá-lo, que foi entregar o seu Filho unigênito para sofrer e morrer em nosso favor, em uma prova de seu infinito amor e cuidado para conosco, que não merecíamos tamanha graça. Sabemos que se algum ente querido não for para o céu, com certeza ele fez por onde, e com certeza desagradou e entristeceu ao nosso Deus, ao qual devemos render nosso amor maior e incondicional. É óbvio, claro e evidente, que queremos que todos se salvem, principalmente nossos familiares e amigos mais próximos, mas, como dito pelo próprio Jesus no já citado Mt 10:37, “Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim”. Somente será digno da vida eterna aquela pessoa que tiver em mente que o sofrimento de Cristo fora infinitamente mais precioso e caro do que qualquer sofrimento que algum ente querido possa vim a padecer eternamente nas trevas. Não é questão de não amar ou querer bem, é questão de a quem mais amar e querer bem. Ademais, a nossa natureza será uma natureza transformada, glorificada, o que creio que nos fará ter uma visão e senso de justiça mais próximos da divindade, o que concorrerá com o já exposto, para que não venhamos a sofrer no céu por causa de algum ente querido condenado.
Não esqueçamos que o céu, e a vida eterna que nele os salvos irão gozar, como sendo obra “caprichada” do nosso Deus, com certeza será algo infinitamente perfeito, em todos os sentidos. Deus pode que seja assim! Deus quis que seja assim! Deus fará que seja assim!
“E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas” Ap 21:4. Amém.
Anchieta Campos
Essa questão realmente é bem interessante, pois diz respeito ao que verdadeiramente existe de mais importante para o ser humano, que é a vida eterna, o nosso destino eterno, o qual jamais se poderá alterar depois de iniciado (Lc 16:26; Ap 3:5,12), bem como envolve outra área muito importante para qualquer ser humano normal, que é o apego, carinho e amor que desprendemos para com pessoas próximas a nós. Notadamente, todos queremos ir morar eternamente no céu, bem como anelamos que nossos entes queridos também.
Para responder a esta questão, vou iniciar com o texto de 1 Ts 4:13-18 que diz:
“Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele. Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras”.
O texto supra citado é bem esclarecedor para o presente foco. A igreja em Tessalônica era conhecida por sua falta de entendimento em relação à volta de Jesus e a ressurreição dos mortos, tanto é que o apóstolo teve que voltar a tratar do assunto em sua segunda carta aos mesmos. Os tessalonicenses se encontravam tristes, sem esperança, pois pensavam que não voltariam a rever seus entes queridos que já haviam partido desta vida (v. 13); para consolá-los e esclarecê-los, Paulo realiza um paralelo entre a morte e ressurreição de Jesus, com a nossa própria morte e ressurreição “se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele”. E o que a ressurreição de Cristo nos ensina para o caso em estudo? Oras, mesmo após a sua ressurreição, Jesus continuou a ser a mesma pessoa, o mesmo Jesus, o qual fora reconhecido por inúmeras pessoas, como, por exemplo, Maria Madalena e outra Maria (Mt 28:9), pelos onze apóstolos (Mt 28:16,17; Lc 24:33-39), por dois discípulos no caminho de Emaús (Lc 24:31), por mais de quinhentos irmãos de uma vez só (1 Co 15:6), e por fim, fora reconhecido por Estevão em ocasião de sua morte (At 7:55,56), o que nos leva a concluir que também seremos reconhecíveis após a nossa ressurreição ou arrebatamento. Destaquemos, ainda no versículo em análise, a parte final que diz “Deus os tornará a trazer com ele”, frase que dá continuidade e reforça o ensino de Paulo de que a ressurreição não será sem sentido, vazia, mas sim terá um valor para nós, onde Deus irá trazer com Jesus os que já morreram e ressuscitaram, o que aponta claramente para uma comunhão consciente e de reconhecimento entre todos os salvos, haja vista que, como já exposto, reconheceremos a Jesus, e se os ressurretos irão vim do mesmo modo como Jesus (O qual é as primícias dos que dormem, cf. 1 Co 15:20), logo serão planamente reconhecíveis.
Indo agora para os versos 17 e 18 do texto em análise, que dizem “Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras”. Estes versos encerram o pensamento do apóstolo dos gentios, onde Paulo usa mais elementos para indicar que a ressurreição e o arrebatamento são motivos para se acabar com a tristeza dos tessalonicenses, os enchendo da esperança que lhes faltava, lhes estimulando a crer que o reencontro com seus entes queridos será uma realidade por ocasião destes eventos. Paulo usa as expressões “seremos arrebatados juntamente com eles”, o que denota comunhão entre os ressurretos e os transformados (juntamente), “encontrar o Senhor nos ares”, o que confirma que iremos reconhecer o Senhor Jesus ressurreto e glorificado, “estaremos sempre com o Senhor”, frase que confirma a idéia de comunhão, união e interação entre os salvos no céu, e por fim, Paulo encerra dizendo “Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras”, o que nos remete para tudo o que fora exposto nos versos anteriores, notadamente em relação à tristeza que abatia os tessalonicenses em relação aos que já dormem (entes queridos), bem como em relação ao arrebatamento dos vivos e o encontro de ambos (ressurretos e transformados) com o Senhor Jesus (cf. 2 Co 4:14), para assim vivermos eternamente.
Convém aqui transcrever parte da obra A Bíblia Responde, CPAD, com autoria dos escritores Abraão de Almeida, Geremias do Couto, Geziel Gomes, Gustavo Kessler, Hélio René, Mardônio Nogueira, Miguel Vaz e Paulo César Lima:
“Se não nos reconhecêssemos no Céu, isto seria para nós contraproducente, pois o que almejamos é vermo-nos na Glória. Se no Céu houvesse inconsciência do passado, parece-nos que pouco adiantaria estar ali. O grandioso, o sublime é estarmos ali conhecendo o plano de Deus e vendo o cumprimento dele. Lá, sem dúvida, haveremos de conhecer em pessoa todos os heróis da fé que hoje conhecemos pela Bíblia. Lá veremos os nossos irmãos junto aos quais lutamos neste mundo a boa peleja da fé” pg 47.
Outro ponto importante a se destacar é a passagem de Lc 22:29,30 “E eu vos destino o reino, como meu Pai mo destinou, para que comais e bebais à minha mesa no meu reino, e vos assenteis sobre tronos, julgando as doze tribos de Israel”. Oras, pela passagem acima fica claro que os apóstolos se reconhecerão um ao outro após a ressurreição, pois se os mesmos irão comer e beber na mesma mesa (cf. Mt 26:29), juntamente com Jesus, com certeza eles se reconhecerão, assim como reconhecerão a Jesus. Destaque-se que a mesa no reino dos céus não está restrita apenas aos apóstolos, mas a todos os salvos, juntamente com os judeus salvos, sempre se reconhecendo as pessoas, cf. Mt 8:11. Não faria o mínimo sentido os apóstolos sentados em uma mesa e os mesmos não se reconhecerem, não se lembrarem do que passaram juntos aqui na terra, da vida que tiveram ao lado de Jesus, dos milagres, das alegrias e das tristezas que compartilharam, perseguições também, afinal de contas, mesmo as lembranças de acontecimentos terrenos nada agradáveis não serão motivo para tristeza no céu, mas pelo contrário, servirão para confirmar o quanto valeu a pena sofrer aqui na terra para se ter alcançado a vida eterna (cf. Rm 8:18; 2 Co 4:17).
Uma passagem também muito pertinente é a parábola do rico e Lázaro, que se encontra em Lc 16:19-31. Ela não deixa dúvidas quanto aos seguintes fatos: quem está no inferno verá e saberá quem está no céu (v. 23,24); quem está no céu verá e saberá quem está no inferno (v. 25); tanto os condenados, quanto os salvos, se lembrarão da vida que tiveram nesta terra (v. 25), incluindo aí até mesmo a lembrança de seus familiares (vs. 27,28). Em relação aos condenados serem reconhecidos pelos salvos, e os salvos reconhecidos pelos condenados, o texto de Dn 12:2 é bem esclarecedor: “e muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno” (cf. Mt 25:32-46); como os condenados poderão sentir “vergonha” se não for por parte de pessoas que conheceram em terra? Sentiriam vergonha de quem nunca conheceram? Dificilmente. Logo para esta vergonha existir seria necessário não somente os condenados reconhecerem os salvos, mas os salvos também reconhecerem os condenados.
Por fim, cabe destacar que ressurreição não é reencarnação. Os mortos quando ressuscitarem, ressuscitarão no mesmo corpo, embora glorificado (para os salvos), permanecendo, portanto, a mesma pessoa, com as mesmas características (tanto é que Estevão reconheceu Jesus no momento de sua morte).
Mas, como o salvo poderá ter plena alegria e gozo no céu, enquanto sabes que algum ente querido está no tormento eterno? A despeito das palavras de Paulo em 1 Co 7:16, creio que esta resposta foge um pouco a nossa limitação, até mesmo pelo fato da Bíblia não tratar diretamente do assunto, mas creio que as palavras de Jesus em Mt 10:37 e em Mc 12:28-31, talvez sejam o que temos de mais próximo sobre o assunto; a distinção entre o primeiro e o segundo mandamento na referência de Marcos é simples, sutil, mas muito importante. Sem sobra de dúvidas, devemos conceder a Deus a excelência de nosso amor, dedicação, apreço, carinho e obediência, haja vista ser Ele o Deus, O qual nos criou, responsável por tudo que somos e temos, e principalmente O responsável pelo maior de todos os dons, o qual nenhum ser humano seria capaz e desprendido o suficiente para realizá-lo, que foi entregar o seu Filho unigênito para sofrer e morrer em nosso favor, em uma prova de seu infinito amor e cuidado para conosco, que não merecíamos tamanha graça. Sabemos que se algum ente querido não for para o céu, com certeza ele fez por onde, e com certeza desagradou e entristeceu ao nosso Deus, ao qual devemos render nosso amor maior e incondicional. É óbvio, claro e evidente, que queremos que todos se salvem, principalmente nossos familiares e amigos mais próximos, mas, como dito pelo próprio Jesus no já citado Mt 10:37, “Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim”. Somente será digno da vida eterna aquela pessoa que tiver em mente que o sofrimento de Cristo fora infinitamente mais precioso e caro do que qualquer sofrimento que algum ente querido possa vim a padecer eternamente nas trevas. Não é questão de não amar ou querer bem, é questão de a quem mais amar e querer bem. Ademais, a nossa natureza será uma natureza transformada, glorificada, o que creio que nos fará ter uma visão e senso de justiça mais próximos da divindade, o que concorrerá com o já exposto, para que não venhamos a sofrer no céu por causa de algum ente querido condenado.
Não esqueçamos que o céu, e a vida eterna que nele os salvos irão gozar, como sendo obra “caprichada” do nosso Deus, com certeza será algo infinitamente perfeito, em todos os sentidos. Deus pode que seja assim! Deus quis que seja assim! Deus fará que seja assim!
“E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas” Ap 21:4. Amém.
Anchieta Campos
sábado, 28 de março de 2009
Pré ou pós-tribulacionismo?
Quando se dará o arrebatamento da Igreja? Esta pergunta, aplicada em uma teologia ortodoxa, não denota a busca da data exata da volta de Cristo, tendo em vista que é totalmente anti-bíblico tentarmos descobrir o dia exato da volta de nosso Senhor (ver meus artigos O arrebatamento da Igreja em UM momento e E a profecia falhou), mas denota uma análise bíblica para se saber em qual período escatológico se dará o arrebatamento. Para tanto existem no meio teológico três correntes escatológicas quanto ao tema, quais sejam: a pré-tribulacionista, a midi-tribulacionista, e a pós-tribulacionista. Por simples dedução para um bom entendedor, percebe-se claramente que a primeira corrente defende o pensamento de que a Igreja não passará pelos males da Tribulação e da Grande Tribulação, sendo a mesma arrebatada antes do período de sete anos de governo do anticristo; a segunda corrente defende que a mesma será arrebatada na metade dos sete anos, passando apenas pela Tribulação, sendo livrada assim da Grande Tribulação dos últimos três anos e meio; por fim, a última corrente defende a idéia de que a Igreja será arrebatada apenas com o término dos sete anos, sofrendo assim todos os males da Grande Tribulação.
Pois bem, tendo em vista que o embate maior, o clássico da disputa neste quesito, se dá principalmente entre as correntes pré e pós, retiro o termo midi do título deste artigo, o qual mostrará, de uma maneira sucinta e não terminativa para os estudiosos, que a corrente pré-tribulacionista é a ensinada pela Palavra de Deus.
Como primeiro fato que podemos citar para se crer que a Igreja será arrebatada antes do início do período de tribulação, é o de que a palavra Igreja só é mencionada no livro do Apocalipse até o capítulo 3 e versículo 22 (vindo somente a aparecer novamente em Ap 22:16). Notadamente o termo igreja só aparece em Apocalipse até as famosas sete cartas escritas para sete igrejas da época, onde após isto não vemos mais a menção deste termo. Logo em seguida a Ap 3:22, temos Ap 4:1, onde lemos “Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer”, o que remete os eventos seguintes narrados para um período futuro (excetuando-se os eventos parentéticos), em que não se alude mais a existência da Igreja.
O que vemos mais adiante no livro de Apocalipse, notadamente em seu capítulo 6, é o desencadeamento do juízo divino sobre os que habitam a terra, com a abertura do primeiro dos sete selos que selam o livro, mais especificamente em Ap 6:2 vemos que com a abertura do primeiro selo tem-se a cena de “um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso, e para vencer”. E quem é este cavaleiro montado sobre este cavalo branco? Não há dúvidas de que é o anticristo, recebendo uma coroa, símbolo de reinado, em uma clara alusão ao seu governo de sete anos na terra. Comprova-se isto pelos demais cavalos que seguiram ao cavalo branco (vermelho = guerra; preto = crise de alimentos, alta de preços; amarelo = morte com guerras, fomes e pestes); é claro que Cristo não traria estes males em seu reinado. Ademais, Cristo realmente não se confunde com este cavaleiro de Ap 6:2, pois o Senhor Jesus encontra-se claramente identificado em Ap 19:11,14. Portanto, percebemos que a instauração do governo de sete anos do anticristo se dá logo após o encerramento das referências à Igreja, o que denota um arrebatamento pré-tribulacionista.
Seguindo pelo livro, contemplamos a continuação da abertura dos sete selos, seguida pelo ressoar de sete trombetas, culminando com as sete últimas pragas da ira de Deus contidas nas taças de sete anjos. Mas, para quem se destina este período de grande tribulação e dor? O texto de 2 Ts 2:6-12 nos dá a resposta, o qual convém transcrevermos: “E agora vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado. Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora resiste até que do meio seja tirado; e então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda; a esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniqüidade”. Paulo aqui fala que existe um que resiste, que detém o homem do pecado, o iníquo (i.e., o anticristo), até que este que resiste seja do meio tirado, para que assim seja revelado o iníquo; denota-se aqui que quem resiste ao anticristo (que vem segundo o poder de satanás) seja o Espírito Santo, O qual habita nos verdadeiros crentes, os quais compõem a Igreja, sendo que o Mesmo será retirado do meio por ocasião do arrebatamento da Igreja. Somente o Espírito Santo para ter poder para resistir e deter as forças do mal. Pois bem, vemos ainda que essa vinda do anticristo “é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem”, o que torna claro e cristalino que este período de governo do anticristo será para os que perecem, os quais não receberam o amor da verdade para se salvarem, ou seja, para que assim fossem dignos da vida eterna e serem alvos do arrebatamento, o que os salvariam deste período de dor e julgamento. É isto que é concluído e confirmado nos versos 11 e 12 “E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniqüidade”. Como disse o professor Dr. Caramuru Afonso, “Ora, se a Grande Tribulação é um juízo para aqueles que não aceitaram a Cristo, por que haveria de a Igreja sofrer, vivendo na Terra durante este período?”. Ver ainda 1 Ts 5:1-9, o qual também trata o tema de forma esclarecedora.
A promessa de livramento da Igreja do sofrimento da Tribulação é patente em todo o Novo Testamento. Em Ap 3:10 está escrito que “como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra”. Esta é uma clara alusão ao livramento da igreja de Filadélfia em relação a Tribulação, mas também é uma promessa que abrange a Igreja em todos os tempos e lugares (cf. Ap 3:13). A igreja de Filadélfia é um modelo claro de fidelidade ao Senhor Jesus e a sua palavra. Na Bíblia vemos que a fidelidade ao Senhor está intimamente relacionada com livramentos divinos; é o caso de Noé e o dilúvio (Gn 6:8,13), bem como o caso de Ló e sua família em relação ao juízo sobre Sodoma e Gomorra (Gn 19:12-25). Assim como nestes casos, a Igreja será livrada do juízo divino sobre a terra na Tribulação, cf. analogia do próprio Cristo em Mt 24:37-39 e Lc 17:28,29,32-36. Ainda em relação à promessa de Ap 3:10, convém transcrever um parágrafo do capítulo sobre Escatologia da obra Teologia Sistemática Pentecostal, da CPAD, capítulo este escrito pelo nobre pastor Ciro Sanches Zibordi: “Todas as mensagens registradas em Apocalipse às igrejas da Ásia possuem mandamentos e exemplos para nós, hoje, quanto à manutenção do amor e da fidelidade (2.4,10; 3:11); quanto às falsas profecias (2.20-22); quanto ao perigo de Jesus estar do lado de fora (3.20), etc. Portanto, não há duvidas de que a promessa de livramento da hora da tentação é extensiva a todos os salvos” pg. 512.
Destaquemos também a existência das duas testemunhas de Ap 11:3,7. Oras, se a Igreja ainda estivesse aqui no período da Tribulação, para que seria necessário o envio destas duas testemunhas? Sabemos que à Igreja fora entregue a missão de pregar a Palavra e testemunhar de Cristo (Mt 28:19,20; Mc 3:14; 16:15,20; Lc 9:2; At 5:42; 8:25; 10:42; 14:7; Rm 1:15; 10:14-17; Ef 3:8; 1 Co 9:16; 2 Co 2:12; 10:16; 1 Pe 1:12). Ainda em Apocalipse, destaquemos que no ápice da Grande Tribulação, após as Bodas do Cordeiro, Cristo descerá com a Igreja já glorificada e aprontada, para por fim ao governo do anticristo (Ap 19:7-15), o que confirma que a Igreja estará no céu enquanto na terra se desenvolve e se encerra o período de tribulação.
Por fim, cabe transcrever o pensamento do já citado professor Dr. Caramuru Afonso, em relação ao “tempo dos gentios”, aplicado na ótica sob enfoque: “Por fim, o próprio Jesus, no sermão escatológico, afirma que Jerusalém não estaria sob pleno domínio judaico enquanto o tempo dos gentios não se completasse, ou seja, os episódios mencionados na Grande Tribulação exigem o pleno domínio judeu sobre Jerusalém e isto não se dará enquanto perdurar o tempo dos gentios, numa clara alusão de que o período da Grande Tribulação é posterior ao tempo dos gentios (Lc.21:24), que é o tempo da Igreja (Ef.3:6). Nesta afirmação de Jesus está a prova de que não podem coexistir, na face da Terra, a Igreja e um Israel que tenha o culto cerimonial completamente reativado. Por isso, Jesus nos manda olhar para a figueira. A redenção da Igreja ocorrerá, diz o Senhor, quando a figueira tiver brotado as folhas, antes que venha o verão (a estação do calor, a estação “quente”, ou seja, o momento em que se dará o juízo de Deus). Ora, “…seu (isto é, da figueira) florescimento era proverbialmente reconhecido como um sinal certo da chegada da primavera. A inflorescência surge como prova de que a primavera se aproxima, e uma coisa sempre acompanha à outra.…”(R.N. CHAMPLIN. O Novo Testamento interpretado, v.1, com. Mt.24:33, p.565). Desta maneira, o arrebatamento da Igreja se dará antes que apareça o fruto, isto é, antes que se reiniciem os sacrifícios no templo reconstruído, antes que se restaure todo o cerimonial judaico. O fruto de Israel só surgirá depois que o fruto da Igreja cessar”.
Concluímos, portanto, que a Igreja será arrebatada antes do início dos sete anos de governo do anticristo, não passando assim pelo período de tribulação que assolará a terra nestes anos.
Anchieta Campos
Pois bem, tendo em vista que o embate maior, o clássico da disputa neste quesito, se dá principalmente entre as correntes pré e pós, retiro o termo midi do título deste artigo, o qual mostrará, de uma maneira sucinta e não terminativa para os estudiosos, que a corrente pré-tribulacionista é a ensinada pela Palavra de Deus.
Como primeiro fato que podemos citar para se crer que a Igreja será arrebatada antes do início do período de tribulação, é o de que a palavra Igreja só é mencionada no livro do Apocalipse até o capítulo 3 e versículo 22 (vindo somente a aparecer novamente em Ap 22:16). Notadamente o termo igreja só aparece em Apocalipse até as famosas sete cartas escritas para sete igrejas da época, onde após isto não vemos mais a menção deste termo. Logo em seguida a Ap 3:22, temos Ap 4:1, onde lemos “Sobe aqui, e mostrar-te-ei as coisas que depois destas devem acontecer”, o que remete os eventos seguintes narrados para um período futuro (excetuando-se os eventos parentéticos), em que não se alude mais a existência da Igreja.
O que vemos mais adiante no livro de Apocalipse, notadamente em seu capítulo 6, é o desencadeamento do juízo divino sobre os que habitam a terra, com a abertura do primeiro dos sete selos que selam o livro, mais especificamente em Ap 6:2 vemos que com a abertura do primeiro selo tem-se a cena de “um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele tinha um arco; e foi-lhe dada uma coroa, e saiu vitorioso, e para vencer”. E quem é este cavaleiro montado sobre este cavalo branco? Não há dúvidas de que é o anticristo, recebendo uma coroa, símbolo de reinado, em uma clara alusão ao seu governo de sete anos na terra. Comprova-se isto pelos demais cavalos que seguiram ao cavalo branco (vermelho = guerra; preto = crise de alimentos, alta de preços; amarelo = morte com guerras, fomes e pestes); é claro que Cristo não traria estes males em seu reinado. Ademais, Cristo realmente não se confunde com este cavaleiro de Ap 6:2, pois o Senhor Jesus encontra-se claramente identificado em Ap 19:11,14. Portanto, percebemos que a instauração do governo de sete anos do anticristo se dá logo após o encerramento das referências à Igreja, o que denota um arrebatamento pré-tribulacionista.
Seguindo pelo livro, contemplamos a continuação da abertura dos sete selos, seguida pelo ressoar de sete trombetas, culminando com as sete últimas pragas da ira de Deus contidas nas taças de sete anjos. Mas, para quem se destina este período de grande tribulação e dor? O texto de 2 Ts 2:6-12 nos dá a resposta, o qual convém transcrevermos: “E agora vós sabeis o que o detém, para que a seu próprio tempo seja manifestado. Porque já o mistério da injustiça opera; somente há um que agora resiste até que do meio seja tirado; e então será revelado o iníquo, a quem o Senhor desfará pelo assopro da sua boca, e aniquilará pelo esplendor da sua vinda; a esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem. E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniqüidade”. Paulo aqui fala que existe um que resiste, que detém o homem do pecado, o iníquo (i.e., o anticristo), até que este que resiste seja do meio tirado, para que assim seja revelado o iníquo; denota-se aqui que quem resiste ao anticristo (que vem segundo o poder de satanás) seja o Espírito Santo, O qual habita nos verdadeiros crentes, os quais compõem a Igreja, sendo que o Mesmo será retirado do meio por ocasião do arrebatamento da Igreja. Somente o Espírito Santo para ter poder para resistir e deter as forças do mal. Pois bem, vemos ainda que essa vinda do anticristo “é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira, e com todo o engano da injustiça para os que perecem, porque não receberam o amor da verdade para se salvarem”, o que torna claro e cristalino que este período de governo do anticristo será para os que perecem, os quais não receberam o amor da verdade para se salvarem, ou seja, para que assim fossem dignos da vida eterna e serem alvos do arrebatamento, o que os salvariam deste período de dor e julgamento. É isto que é concluído e confirmado nos versos 11 e 12 “E por isso Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira; para que sejam julgados todos os que não creram a verdade, antes tiveram prazer na iniqüidade”. Como disse o professor Dr. Caramuru Afonso, “Ora, se a Grande Tribulação é um juízo para aqueles que não aceitaram a Cristo, por que haveria de a Igreja sofrer, vivendo na Terra durante este período?”. Ver ainda 1 Ts 5:1-9, o qual também trata o tema de forma esclarecedora.
A promessa de livramento da Igreja do sofrimento da Tribulação é patente em todo o Novo Testamento. Em Ap 3:10 está escrito que “como guardaste a palavra da minha paciência, também eu te guardarei da hora da tentação que há de vir sobre todo o mundo, para tentar os que habitam na terra”. Esta é uma clara alusão ao livramento da igreja de Filadélfia em relação a Tribulação, mas também é uma promessa que abrange a Igreja em todos os tempos e lugares (cf. Ap 3:13). A igreja de Filadélfia é um modelo claro de fidelidade ao Senhor Jesus e a sua palavra. Na Bíblia vemos que a fidelidade ao Senhor está intimamente relacionada com livramentos divinos; é o caso de Noé e o dilúvio (Gn 6:8,13), bem como o caso de Ló e sua família em relação ao juízo sobre Sodoma e Gomorra (Gn 19:12-25). Assim como nestes casos, a Igreja será livrada do juízo divino sobre a terra na Tribulação, cf. analogia do próprio Cristo em Mt 24:37-39 e Lc 17:28,29,32-36. Ainda em relação à promessa de Ap 3:10, convém transcrever um parágrafo do capítulo sobre Escatologia da obra Teologia Sistemática Pentecostal, da CPAD, capítulo este escrito pelo nobre pastor Ciro Sanches Zibordi: “Todas as mensagens registradas em Apocalipse às igrejas da Ásia possuem mandamentos e exemplos para nós, hoje, quanto à manutenção do amor e da fidelidade (2.4,10; 3:11); quanto às falsas profecias (2.20-22); quanto ao perigo de Jesus estar do lado de fora (3.20), etc. Portanto, não há duvidas de que a promessa de livramento da hora da tentação é extensiva a todos os salvos” pg. 512.
Destaquemos também a existência das duas testemunhas de Ap 11:3,7. Oras, se a Igreja ainda estivesse aqui no período da Tribulação, para que seria necessário o envio destas duas testemunhas? Sabemos que à Igreja fora entregue a missão de pregar a Palavra e testemunhar de Cristo (Mt 28:19,20; Mc 3:14; 16:15,20; Lc 9:2; At 5:42; 8:25; 10:42; 14:7; Rm 1:15; 10:14-17; Ef 3:8; 1 Co 9:16; 2 Co 2:12; 10:16; 1 Pe 1:12). Ainda em Apocalipse, destaquemos que no ápice da Grande Tribulação, após as Bodas do Cordeiro, Cristo descerá com a Igreja já glorificada e aprontada, para por fim ao governo do anticristo (Ap 19:7-15), o que confirma que a Igreja estará no céu enquanto na terra se desenvolve e se encerra o período de tribulação.
Por fim, cabe transcrever o pensamento do já citado professor Dr. Caramuru Afonso, em relação ao “tempo dos gentios”, aplicado na ótica sob enfoque: “Por fim, o próprio Jesus, no sermão escatológico, afirma que Jerusalém não estaria sob pleno domínio judaico enquanto o tempo dos gentios não se completasse, ou seja, os episódios mencionados na Grande Tribulação exigem o pleno domínio judeu sobre Jerusalém e isto não se dará enquanto perdurar o tempo dos gentios, numa clara alusão de que o período da Grande Tribulação é posterior ao tempo dos gentios (Lc.21:24), que é o tempo da Igreja (Ef.3:6). Nesta afirmação de Jesus está a prova de que não podem coexistir, na face da Terra, a Igreja e um Israel que tenha o culto cerimonial completamente reativado. Por isso, Jesus nos manda olhar para a figueira. A redenção da Igreja ocorrerá, diz o Senhor, quando a figueira tiver brotado as folhas, antes que venha o verão (a estação do calor, a estação “quente”, ou seja, o momento em que se dará o juízo de Deus). Ora, “…seu (isto é, da figueira) florescimento era proverbialmente reconhecido como um sinal certo da chegada da primavera. A inflorescência surge como prova de que a primavera se aproxima, e uma coisa sempre acompanha à outra.…”(R.N. CHAMPLIN. O Novo Testamento interpretado, v.1, com. Mt.24:33, p.565). Desta maneira, o arrebatamento da Igreja se dará antes que apareça o fruto, isto é, antes que se reiniciem os sacrifícios no templo reconstruído, antes que se restaure todo o cerimonial judaico. O fruto de Israel só surgirá depois que o fruto da Igreja cessar”.
Concluímos, portanto, que a Igreja será arrebatada antes do início dos sete anos de governo do anticristo, não passando assim pelo período de tribulação que assolará a terra nestes anos.
Anchieta Campos
segunda-feira, 23 de março de 2009
Frase quase divina – 51
Acabou ficando para hoje a qüinquagésima primeira edição do quadro, onde trago mais uma frase de Lutero, o qual dispensa apresentações.
“Quanto menos palavras tiver a oração, tanto mais rapidamente chegará a Deus” Martinho Lutero.
Anchieta Campos
“Quanto menos palavras tiver a oração, tanto mais rapidamente chegará a Deus” Martinho Lutero.
Anchieta Campos
domingo, 22 de março de 2009
Alguns fatos sobre Israel, Palestina e Jerusalém
Eu sei que o último conflito oficial entre Israel e Palestina já cessou faz algum tempo, e graças a Deus por isso. Não é, portanto, intenção deste humilde escrevinhador dar fôlego para novos (e intensos) debates em torno deste conflito, mas, apenas, colaborar para um melhor esclarecimento em relação ao mesmo; não com argumentos ideológicos e afins ao tema, mas com alguns fatos históricos bem interessantes, os quais a internet com suas beneses me proporcionou tomar ciência.
Creio que, antes de alguns sinceros e honestos (na maioria das vezes de forma inocente) partidaristas da causa palestina tecerem seus comentários inflamados contra Israel, eles deveriam ter em mente essa sucinta, mas impactante coletânea de fatos:
O primeiro estado de Israel foi fundado em 1312 a.C. Dois milênios antes do Islã.
Refugiados árabes residentes em Israel começaram a chamar a si mesmos de Palestinos em 1967. Duas décadas depois do “Novo Estado” de Israel.
Depois de conquistar sua terra em 1272 a.C. os judeus governaram a mesma por mil anos e manteram sua constante presença por mais 3.300 anos.
Por mais de 3.300 anos Jerusalém foi a capital judia. Nunca foi a capital de nenhuma identidade árabe ou muçulmana, mesmo sob o domínio da Jordânia oriental.
Jerusalém é mencionada mais de 700 vezes na Bíblia, e nenhuma vez é mencionada no Alcorão.
O rei Davi fundou Jerusalém. Há fortes indícios de que Muhammad nunca pisou em Jerusalém, ou que no máximo a visitou poucas vezes.
Os judeus oram voltados para Jerusalém; os muçulmanos oram voltados para Meca (considerada a cidade santa do Islã), dando assim as costas para Jerusalém.
Existem 22 países muçulmanos, sem contar com a Palestina. Só há um estado judio.
As constituições do Fatah e Hamas proclamam a destruição de Israel. Israel cedeu a maior parte da orelha ocidental e a franja de Gaza a autoridades palestinas, tendo inclusive lhes proporcionado armamento.
As Nações Unidas manteram silêncio quando os jordanianos destruíram 58 sinagogas na antiga cidade de Jerusalém. Manteram silêncio quando os jordanianos saquearam o antigo cemitério do Monte das Oliveiras. E manteram silêncio quando os jordanianos lançaram as leis de apartheid, proibindo o acesso dos judeus aos templos e ao muro oriental.
Destaco, por fim, que não estou com isto tentando, e na verdade nunca fora minha intenção, “canonizar” os judeus, nem mesmo “condenar ao inferno” os muçulmanos/palestinos. O que quero, de “mermu-mermu”, é expor a verdade dos fatos (tanto históricos quanto contemporâneos), sobre judeus e árabes, dando a cada um o que lhe é de direito e justo, sem a mistura tendenciosa e maléfica da grande mídia.
No demais, cada um que continue livremente a realizar seus julgamentos e a tomar suas posições, mas que sempre se saiba as veracidades dos fatos, para que assim não existam inocentes apologistas, tanto de lado, quanto de outro.
Anchieta Campos
Creio que, antes de alguns sinceros e honestos (na maioria das vezes de forma inocente) partidaristas da causa palestina tecerem seus comentários inflamados contra Israel, eles deveriam ter em mente essa sucinta, mas impactante coletânea de fatos:
O primeiro estado de Israel foi fundado em 1312 a.C. Dois milênios antes do Islã.
Refugiados árabes residentes em Israel começaram a chamar a si mesmos de Palestinos em 1967. Duas décadas depois do “Novo Estado” de Israel.
Depois de conquistar sua terra em 1272 a.C. os judeus governaram a mesma por mil anos e manteram sua constante presença por mais 3.300 anos.
Por mais de 3.300 anos Jerusalém foi a capital judia. Nunca foi a capital de nenhuma identidade árabe ou muçulmana, mesmo sob o domínio da Jordânia oriental.
Jerusalém é mencionada mais de 700 vezes na Bíblia, e nenhuma vez é mencionada no Alcorão.
O rei Davi fundou Jerusalém. Há fortes indícios de que Muhammad nunca pisou em Jerusalém, ou que no máximo a visitou poucas vezes.
Os judeus oram voltados para Jerusalém; os muçulmanos oram voltados para Meca (considerada a cidade santa do Islã), dando assim as costas para Jerusalém.
Existem 22 países muçulmanos, sem contar com a Palestina. Só há um estado judio.
As constituições do Fatah e Hamas proclamam a destruição de Israel. Israel cedeu a maior parte da orelha ocidental e a franja de Gaza a autoridades palestinas, tendo inclusive lhes proporcionado armamento.
As Nações Unidas manteram silêncio quando os jordanianos destruíram 58 sinagogas na antiga cidade de Jerusalém. Manteram silêncio quando os jordanianos saquearam o antigo cemitério do Monte das Oliveiras. E manteram silêncio quando os jordanianos lançaram as leis de apartheid, proibindo o acesso dos judeus aos templos e ao muro oriental.
Destaco, por fim, que não estou com isto tentando, e na verdade nunca fora minha intenção, “canonizar” os judeus, nem mesmo “condenar ao inferno” os muçulmanos/palestinos. O que quero, de “mermu-mermu”, é expor a verdade dos fatos (tanto históricos quanto contemporâneos), sobre judeus e árabes, dando a cada um o que lhe é de direito e justo, sem a mistura tendenciosa e maléfica da grande mídia.
No demais, cada um que continue livremente a realizar seus julgamentos e a tomar suas posições, mas que sempre se saiba as veracidades dos fatos, para que assim não existam inocentes apologistas, tanto de lado, quanto de outro.
Anchieta Campos
Selo “Vale a pena ficar de olho nesse blog!”
Mais um selo recebido pelo Blog do Anchieta. Desta feita meu humilde espaço fora agraciado pela nobre indicação da irmã Wilma Rejane, jornalista, professora e bacharela em Teologia, de Teresina/PI. Ela é editora do blog A Tenda na Rocha.
Como é do meu costume, e creio que já seja do conhecimento dos meus fiéis e ilustres leitores, gosto de indicar toda a minha lista de blogs favoritos, e é o que faço neste momento. Indico todos os blogs que compõem a lista de favoritos do meu blog, a qual se encontra na lateral direita deste, sob o título de “Páginas úteis na Internet”.
Como é do meu costume, e creio que já seja do conhecimento dos meus fiéis e ilustres leitores, gosto de indicar toda a minha lista de blogs favoritos, e é o que faço neste momento. Indico todos os blogs que compõem a lista de favoritos do meu blog, a qual se encontra na lateral direita deste, sob o título de “Páginas úteis na Internet”.
Que a graça do nosso Deus seja sempre presente na vida e ministério de todos os blogueiros e blogueiras evangélicos, tanto os do nosso querido Brasil, quanto os espalhados pelo mundo. Amém.
Anchieta Campos
Anchieta Campos
sábado, 21 de março de 2009
Que teólogo é você?
Já faz um certo que tempo que havia visto esse quiz em uma postagem no blog do pastor Silas Daniel. Hoje resolvi respondê-lo. Trata-se de 33 sentenças teológicas envolvendo 11 famosos teólogos da história cristã, onde você tem a disposição cinco níveis de resposta.
Por evidente, o resultado apurado não representa com perfeição uma amostra real de seu pensamento teológico, pois são apenas alguns pontos teológicos dos 11 pensadores que são dispostos para a nossa avaliação. Contudo, os poucos minutos gastos para responder esse questionário vale para se ter ao menos uma noção de quais pensadores mais nos aproximamos, além da diversão, o que acaba, no caso, por ser o mais proveitoso.
O meu resultado fora o seguinte:
Karl Barth
92%
Martinho Lutero
83%
Charles Finney
67%
Friedrich Schleiermacher
67%
Jonathan Edwards
67%
Paul Tillich
58%
Anselmo
50%
Jurgen Moltmann
50%
Santo Agostinho
50%
João Calvino
33%
Rudolf Bultmann
0%
Surpreendi-me um pouco com Barth em primeiro lugar. Lutero com 83% não foi surpresa. Outro destaque vai para a baixa porcentagem atribuída a Calvino, pois pensei que sairia mais ou menos uns 70%, mas tudo bem. Como já disse acima, o resultado não é uma amostra muito precisa. Mas que é interessante responder, isso sim!
E você, que teólogo é?
Anchieta Campos
Por evidente, o resultado apurado não representa com perfeição uma amostra real de seu pensamento teológico, pois são apenas alguns pontos teológicos dos 11 pensadores que são dispostos para a nossa avaliação. Contudo, os poucos minutos gastos para responder esse questionário vale para se ter ao menos uma noção de quais pensadores mais nos aproximamos, além da diversão, o que acaba, no caso, por ser o mais proveitoso.
O meu resultado fora o seguinte:
Karl Barth
92%
Martinho Lutero
83%
Charles Finney
67%
Friedrich Schleiermacher
67%
Jonathan Edwards
67%
Paul Tillich
58%
Anselmo
50%
Jurgen Moltmann
50%
Santo Agostinho
50%
João Calvino
33%
Rudolf Bultmann
0%
Surpreendi-me um pouco com Barth em primeiro lugar. Lutero com 83% não foi surpresa. Outro destaque vai para a baixa porcentagem atribuída a Calvino, pois pensei que sairia mais ou menos uns 70%, mas tudo bem. Como já disse acima, o resultado não é uma amostra muito precisa. Mas que é interessante responder, isso sim!
E você, que teólogo é?
Anchieta Campos
domingo, 15 de março de 2009
Frase quase divina – 50
Metade do caminho andado para o “centenário” do quadro, e desta feita trago uma frase do memorável e inesquecível pastor batista americano, Martin Luther King Jr. (Atlanta, Geórgia, 15 de janeiro de 1929 — Memphis, Tennessee, 4 de abril de 1968).
“Eu segurei muitas coisas em minhas mãos, e eu perdi tudo; mas tudo que eu coloquei nas mãos de Deus eu ainda possuo” Martin Luther King Jr.
King foi a pessoa mais jovem a receber o Prêmio Nobel da Paz (1964). No ano de 1955 recebeu um PhD em Teologia Sistemática pela Universidade de Boston, o que lhe atribuiu o costumeiro título de “doutor”. O seu maior e mais famoso discurso de todos os tempos, proferido em 28 de agosto de 1963, conhecido por “Eu tenho um sonho”, é verdadeiramente um marco na história civil americana, tendo sido eleito o melhor discurso estadunidense do século XX em uma pesquisa feita em 1999.
Anchieta Campos
“Eu segurei muitas coisas em minhas mãos, e eu perdi tudo; mas tudo que eu coloquei nas mãos de Deus eu ainda possuo” Martin Luther King Jr.
King foi a pessoa mais jovem a receber o Prêmio Nobel da Paz (1964). No ano de 1955 recebeu um PhD em Teologia Sistemática pela Universidade de Boston, o que lhe atribuiu o costumeiro título de “doutor”. O seu maior e mais famoso discurso de todos os tempos, proferido em 28 de agosto de 1963, conhecido por “Eu tenho um sonho”, é verdadeiramente um marco na história civil americana, tendo sido eleito o melhor discurso estadunidense do século XX em uma pesquisa feita em 1999.
Anchieta Campos
sábado, 14 de março de 2009
A Congregação Cristã do Brasil e o uso do véu
Uns dias atrás me deparei com uma cena um tanto quanto curiosa e interessante. Ao trafegar pela via principal de uma cidade vizinha a minha querida Pau dos Ferros, passei de frente a um templo da Congregação Cristã do Brasil (CCB); atento, pude contemplar mais ou menos como estava sendo a reunião. Na verdade estava em busca dos famosos véus, os quais não tinha tido a oportunidade de pessoalmente ver uma crente da CCB os usando. E eles estavam lá! Confesso que fora um tanto emocionante, pois me senti, mesmo que tenha sido por uma fração de tempo ínfima, no oriente médio, vendo algumas muçulmanas!
Brincadeiras a parte, o negócio se reveste de uma considerável seriedade. A CCB teve como fundador o italiano de Udine, Louis Francescon, o qual ainda jovem imigrou para os Estados Unidos, tendo tido por lá o primeiro contato com o evangelho sob a ótica protestante. Posteriormente Francescon viera a fundar, com a colaboração de alguns crentes, a Igreja Presbiteriana Italiana, sendo que, por questão de divergências sobre o batismo por aspersão, o mesmo acabou por se desligar dela algum tempo depois. Em 1907, por ocasião do avivamento pentecostal, Francescon tomou conhecimento do mesmo através do pastor batista Willian H. Durham, um dos pioneiros do movimento pentecostal, sendo Louis batizado no Espírito Santo nesse mesmo ano. Dois anos depois, Louis Francescon e seu companheiro Giacomo, também pioneiro do movimento pentecostal na Itália, chegam a Argentina e, posteriormente, ao Brasil, mais precisamente em 8 de Março de 1910. Iniciaram seus ministérios por São Paulo e no Paraná, tendo seus campos de pregação principalmente entre as colônias dos irmãos patriotas italianos, de onde o movimento se espalhou depois por todo o território nacional brasileiro.
Uma característica marcante (e inegável) da CCB é a sua forte aversão a todas as demais denominações evangélicas. Essa rejeição é mais aguda ainda em relação à Assembléia de Deus. O relacionamento entre os líderes destas denominações históricas do pentecostalismo, no início da década de 20, era bem amistoso e fraterno, conforme atesta registro histórico das memórias de Gunnar Vingren. O porém, como já é de conhecimento de quem tem o mínimo de estudo histórico do movimento evangélico no Brasil, é que com o caminhar do tempo a CCB foi entregue em mãos de uma liderança totalmente leiga, em razão das constantes ausências de Louis em viagens para o exterior. Nestas vacâncias do líder, começou a nascer o clássico orgulho denominacional e extremista da CCB, sendo que, para piorar ainda mais a situação, no ano de 1928 houve um cisma no meio da CCB, fulminando com a metade dela se filiando à Assembléia de Deus; tal divisão teria sido motivada devido aos elementos usados na Santa Ceia, onde Louis queria celebrá-la com vinho fermentado, mas Daniel Berg (co-fundador da Assembléia de Deus, juntamente com Gunnar Vingren), era contrário a tal prática.
Voltando ao tema do véu, a CCB, dando um verdadeiro show de eixegese (e não a velha e boa exegese bíblica), deturpa totalmente as palavras de Paulo em 1 Co 11:2-16, as quais transcrevo a seguir:
“E louvo-vos, irmãos, porque em tudo vos lembrais de mim, e retendes os preceitos como vo-los entreguei. Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a cabeça da mulher; e Deus a cabeça de Cristo. Todo o homem que ora ou profetiza, tendo a cabeça coberta, desonra a sua própria cabeça. Mas toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça, porque é como se estivesse rapada. Portanto, se a mulher não se cobre com véu, tosquie-se também. Mas, se para a mulher é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu. O homem, pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e glória de Deus, mas a mulher é a glória do homem. Porque o homem não provém da mulher, mas a mulher do homem. Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, mas a mulher por causa do homem. Portanto, a mulher deve ter sobre a cabeça sinal de poderio, por causa dos anjos. Todavia, nem o homem é sem a mulher, nem a mulher sem o homem, no SENHOR. Porque, como a mulher provém do homem, assim também o homem provém da mulher, mas tudo vem de Deus. Julgai entre vós mesmos: é decente que a mulher ore a Deus descoberta? Ou não vos ensina a mesma natureza que é desonra para o homem ter cabelo crescido? Mas ter a mulher cabelo crescido lhe é honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar de véu. Mas, se alguém quiser ser contencioso, nós não temos tal costume, nem as igrejas de Deus”.
Pois bem, a CCB simplesmente não atentou para o princípio organizacional contido nestes versículos, na verdade a CCB esqueceu este princípio, que é o ensino cardeal e real desta passagem, mas acabou por se apegar ao relato histórico/cultural da época, notadamente em Corinto. O princípio contido nestes versos é que é o ensino, a doutrina, o que permanece, e ele se encontra brilhantemente compilado no versículo 3 “Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a cabeça da mulher; e Deus a cabeça de Cristo”; todo este contexto gira em torno deste mandamento, e a questão do véu inclusa neste tema é meramente secundária e temporal, restrita ao caso específico da igreja em Corinto; tanto é que Paulo não trata do assunto em nenhuma outra de suas cartas. Vejam bem que Paulo trata do assunto do véu não como doutrina, mas como costume “se para a mulher é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu”, “Julgai entre vós mesmos: é decente que a mulher ore a Deus descoberta?”, e “Mas ter a mulher cabelo crescido lhe é honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar de véu. Mas, se alguém quiser ser contencioso, nós não temos tal costume”.
Percebemos que o ensino em relação ao véu repousa sobre a ótica norteadora do decente e indecente, honroso e desonroso, onde o véu seria um sinal público na sociedade de Corinto que a mulher era honrosa, merecendo assim o respeito dos próximos. Em relação ao cabelo, Paulo afirma que a natureza (costume natural) aponta como sendo desonra para o homem ter o cabelo comprido, e honra para a mulher ter o cabelo comprido, afirmando, inclusive, que o cabelo fora posto em lugar (substituição) do véu. O ponto principal aqui repousa na diferenciação entre homem e mulher, sendo o cabelo um fator para tal. Deus repudia toda e qualquer ação no sentido de se assemelhar homem e mulher (Gn 22:5), com o fim primário de se reprimir a filosofia do homossexualismo, bem como de exaltar a sua criação natural.
Oportuno destacar a passagem de Gn 38:14,15, onde Tamar, nora de Judá, usou do véu para se passar por prostituta! Oras, confirma-se, então, que o uso do véu como sinal de honra é meramente temporal e regional, não sendo, portanto, uma doutrina.
Citemos, ainda, a passagem de 1 Pe 3:3, onde o apóstolo claramente afirma que as mulheres cristãs de seu tempo se enfeitavam com frisados no cabelo; oras, se elas se enfeitavam com frisados no cabelo, era porque o cabelo das mesmas era visível, e não encoberto com o véu!
No demais, como já dito, Paulo afirmou que o cabelo fora dado em lugar do véu, cumprindo assim com os objetivos de honra, respeito e submissão relatados no texto base deste artigo, o que, por si só, já desqualifica esta prática da CCB.
Anchieta Campos
Brincadeiras a parte, o negócio se reveste de uma considerável seriedade. A CCB teve como fundador o italiano de Udine, Louis Francescon, o qual ainda jovem imigrou para os Estados Unidos, tendo tido por lá o primeiro contato com o evangelho sob a ótica protestante. Posteriormente Francescon viera a fundar, com a colaboração de alguns crentes, a Igreja Presbiteriana Italiana, sendo que, por questão de divergências sobre o batismo por aspersão, o mesmo acabou por se desligar dela algum tempo depois. Em 1907, por ocasião do avivamento pentecostal, Francescon tomou conhecimento do mesmo através do pastor batista Willian H. Durham, um dos pioneiros do movimento pentecostal, sendo Louis batizado no Espírito Santo nesse mesmo ano. Dois anos depois, Louis Francescon e seu companheiro Giacomo, também pioneiro do movimento pentecostal na Itália, chegam a Argentina e, posteriormente, ao Brasil, mais precisamente em 8 de Março de 1910. Iniciaram seus ministérios por São Paulo e no Paraná, tendo seus campos de pregação principalmente entre as colônias dos irmãos patriotas italianos, de onde o movimento se espalhou depois por todo o território nacional brasileiro.
Uma característica marcante (e inegável) da CCB é a sua forte aversão a todas as demais denominações evangélicas. Essa rejeição é mais aguda ainda em relação à Assembléia de Deus. O relacionamento entre os líderes destas denominações históricas do pentecostalismo, no início da década de 20, era bem amistoso e fraterno, conforme atesta registro histórico das memórias de Gunnar Vingren. O porém, como já é de conhecimento de quem tem o mínimo de estudo histórico do movimento evangélico no Brasil, é que com o caminhar do tempo a CCB foi entregue em mãos de uma liderança totalmente leiga, em razão das constantes ausências de Louis em viagens para o exterior. Nestas vacâncias do líder, começou a nascer o clássico orgulho denominacional e extremista da CCB, sendo que, para piorar ainda mais a situação, no ano de 1928 houve um cisma no meio da CCB, fulminando com a metade dela se filiando à Assembléia de Deus; tal divisão teria sido motivada devido aos elementos usados na Santa Ceia, onde Louis queria celebrá-la com vinho fermentado, mas Daniel Berg (co-fundador da Assembléia de Deus, juntamente com Gunnar Vingren), era contrário a tal prática.
Voltando ao tema do véu, a CCB, dando um verdadeiro show de eixegese (e não a velha e boa exegese bíblica), deturpa totalmente as palavras de Paulo em 1 Co 11:2-16, as quais transcrevo a seguir:
“E louvo-vos, irmãos, porque em tudo vos lembrais de mim, e retendes os preceitos como vo-los entreguei. Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a cabeça da mulher; e Deus a cabeça de Cristo. Todo o homem que ora ou profetiza, tendo a cabeça coberta, desonra a sua própria cabeça. Mas toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça, porque é como se estivesse rapada. Portanto, se a mulher não se cobre com véu, tosquie-se também. Mas, se para a mulher é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu. O homem, pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e glória de Deus, mas a mulher é a glória do homem. Porque o homem não provém da mulher, mas a mulher do homem. Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, mas a mulher por causa do homem. Portanto, a mulher deve ter sobre a cabeça sinal de poderio, por causa dos anjos. Todavia, nem o homem é sem a mulher, nem a mulher sem o homem, no SENHOR. Porque, como a mulher provém do homem, assim também o homem provém da mulher, mas tudo vem de Deus. Julgai entre vós mesmos: é decente que a mulher ore a Deus descoberta? Ou não vos ensina a mesma natureza que é desonra para o homem ter cabelo crescido? Mas ter a mulher cabelo crescido lhe é honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar de véu. Mas, se alguém quiser ser contencioso, nós não temos tal costume, nem as igrejas de Deus”.
Pois bem, a CCB simplesmente não atentou para o princípio organizacional contido nestes versículos, na verdade a CCB esqueceu este princípio, que é o ensino cardeal e real desta passagem, mas acabou por se apegar ao relato histórico/cultural da época, notadamente em Corinto. O princípio contido nestes versos é que é o ensino, a doutrina, o que permanece, e ele se encontra brilhantemente compilado no versículo 3 “Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a cabeça da mulher; e Deus a cabeça de Cristo”; todo este contexto gira em torno deste mandamento, e a questão do véu inclusa neste tema é meramente secundária e temporal, restrita ao caso específico da igreja em Corinto; tanto é que Paulo não trata do assunto em nenhuma outra de suas cartas. Vejam bem que Paulo trata do assunto do véu não como doutrina, mas como costume “se para a mulher é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu”, “Julgai entre vós mesmos: é decente que a mulher ore a Deus descoberta?”, e “Mas ter a mulher cabelo crescido lhe é honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar de véu. Mas, se alguém quiser ser contencioso, nós não temos tal costume”.
Percebemos que o ensino em relação ao véu repousa sobre a ótica norteadora do decente e indecente, honroso e desonroso, onde o véu seria um sinal público na sociedade de Corinto que a mulher era honrosa, merecendo assim o respeito dos próximos. Em relação ao cabelo, Paulo afirma que a natureza (costume natural) aponta como sendo desonra para o homem ter o cabelo comprido, e honra para a mulher ter o cabelo comprido, afirmando, inclusive, que o cabelo fora posto em lugar (substituição) do véu. O ponto principal aqui repousa na diferenciação entre homem e mulher, sendo o cabelo um fator para tal. Deus repudia toda e qualquer ação no sentido de se assemelhar homem e mulher (Gn 22:5), com o fim primário de se reprimir a filosofia do homossexualismo, bem como de exaltar a sua criação natural.
Oportuno destacar a passagem de Gn 38:14,15, onde Tamar, nora de Judá, usou do véu para se passar por prostituta! Oras, confirma-se, então, que o uso do véu como sinal de honra é meramente temporal e regional, não sendo, portanto, uma doutrina.
Citemos, ainda, a passagem de 1 Pe 3:3, onde o apóstolo claramente afirma que as mulheres cristãs de seu tempo se enfeitavam com frisados no cabelo; oras, se elas se enfeitavam com frisados no cabelo, era porque o cabelo das mesmas era visível, e não encoberto com o véu!
No demais, como já dito, Paulo afirmou que o cabelo fora dado em lugar do véu, cumprindo assim com os objetivos de honra, respeito e submissão relatados no texto base deste artigo, o que, por si só, já desqualifica esta prática da CCB.
Anchieta Campos
segunda-feira, 9 de março de 2009
Frase quase divina – 49
Selecionei uma frase do bispo americano da Igreja Anglicana, Phillips Brooks.
“Mau será o dia do homem quando ele se tornar absolutamente satisfeito com a vida que está levando, quando não estiver mais eternamente batendo nas portas de sua alma um enorme desejo de fazer algo maior” Brooks.
Anchieta Campos
“Mau será o dia do homem quando ele se tornar absolutamente satisfeito com a vida que está levando, quando não estiver mais eternamente batendo nas portas de sua alma um enorme desejo de fazer algo maior” Brooks.
Anchieta Campos
domingo, 8 de março de 2009
Uma cultura preponderantemente musical
É bem provável que o conteúdo deste artigo possa vim a magoar algum irmão ou irmã, talvez até conhecidos pessoais, mas, como tudo que posto neste blog, o fim maior é honrar a Palavra de Deus e seus ensinos, anunciando-la de forma pura e verdadeira.
Pois bem, sem mais delongas, gostaria de dizer que um dos grandes males da igreja evangélica atual é, sem sobra de dúvidas, uma cultura evangélica onde a primazia é, preponderantemente, principalmente entre os mais jovens, concedida a música. Isso mesmo! A música está, com folgas, tendo o papel central do culto e da vida cristãs. Não estou aqui, de modo nenhum, censurando a importância dos hinos de louvor em nossas igrejas e cultos, até porque eles fazem parte da liturgia neo-testamentária para a Igreja (Mt 26:30; Mc 14:26; 1 Co 14:26; Hb 2:12), bem como para a nossa vida extra-eclésia (At 16:26; Tg 5:13), claro que se respeitando os princípios e modelos bíblicos contidos (entre outras referências) em 1 Co 14:26; Ef 5:19; Cl 3:16 e Ap 15:3. O que quero alertar neste sucinto artigo é o fato de que a Palavra de Deus, e sua exposição pura e imparcial, devem ter, sempre, a nossa atenção e dedicação maior, tanto em nossas reuniões eclesiásticas para se adorar a Deus, bem como em nosso dia-a-dia.
Como já disse em outra oportunidade neste blog, a Bíblia é a Palavra de Deus escrita aos homens, infalível, inerrante, escrita por homens inspirados pelo Espírito Santo do Senhor, conforme 2 Pe 1:21 “Porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” e 2 Tm 3:16 “Toda a Escritura é inspirada por Deus...”. A Bíblia é a verdade (cf. Jo 17:17); é ela que nos dá o conhecimento da vida eterna (cf. Jo 5:39 e 2 Tm 3:15); ela nos impede de pecarmos contra Deus (cf. Sl 119:11); ela é viva (cf. Hb 4:12); ela nos dá ensino, paciência, consolação e esperança (cf. Rm 15:4 e Cl 1:5); ela é o meio principal da nossa santificação e purificação (cf. Ef 5:26), e por meio dela é que somos reconhecidos como cristãos e perseguidos (cf. Mt 13:20,21 e Ap 1:2,9; 6:9; 20:4), além de inúmeros outros atributos inerentes a Bíblia Sagrada. Os hinos de louvor, por mais que tenham sido escritos por pessoas com uma vida piedosa e cientes da verdadeira doutrina cristã, jamais poderão ser considerados do mesmo nível de inspiração e poder das Sagradas Escrituras. Como bem disse Paulo em Rm 10:17: “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus”; logo, para que um hino de louvor a Deus possa surtir efeitos similares aos da Palavra, o mesmo deverá ser estritamente fiel para com a mesma.
E o que temos visto em nossos dias e em nossas igrejas? Pouco ou quase nada se dedica para a exposição da Palavra de Deus. Louvores e mais louvores, canta-se muito, prega-se e expõe-se pouco a Palavra. E para piorar a situação, do muito que se canta pouco se aproveita, e do pouco que se prega pouco também se aproveita. São raros os hinos/cânticos verdadeiramente bíblicos e espirituais, conforme acima já referenciado; e, salvo raras exceções, está cada vez mais difícil contemplarmos pregações verdadeiramente bíblicas e expositoras, sem misturas e conveniências humanas. Destaco e repito que exceções existem, tanto no louvor, quanto na Palavra.
E não ficam apenas em nossas igrejas os testemunhos desta triste realidade. Andamos em uma “livraria” evangélica e o que mais encontramos? Isso mesmo! DVDs e CDs de cantores individuais ou grupos de louvor. Livros? Ah! São a esmagadora minoria do acervo! Você acha o lançamento do último mega-hiper-ultra show de aniversário da banda gospel que diz ter a voz da verdade, mas não acha um lançamento de um livro teológico de sua editora preferida. Aliás, como já dito, pouco de literatura cristã se pode achar! Aliás, destaque-se que não é raro encontrarmos livros de editora espírita e de escritores nada ortodoxos nas prateleiras de livrarias “evangélicas”. E de quem é a culpa? Com certeza não é dos donos das referidas livrarias; na verdade a parte de culpa deles seja talvez a menor de todos os envolvidos. Estes irmãos/empresários, quer queiram ou não, se encontram presos a este sistema imposto por nossa pobre cultura evangélica. Eles são os responsáveis por suas famílias, precisam vender para sustentar os seus.
Congressos? Chegue hoje para um jovem (não que seja só este grupo etário, mas com certeza é o mais influenciado) e diga que vai haver um congresso em tal cidade, e a primeira coisa que ele irá perguntar é quem irá estar cantando por lá. Pregação da palavra? Que é isso, fica-se em segundo plano!
Lembremos por fim que o ministério do louvor não terá fim (Sl 145:2,21), por ocasião da nossa eterna morada no céu de glória, onde não haverá mais a necessidade de se pregar, ensinar e exortar, o que é mais um motivo para nesta vida priorizarmos o ministério da Palavra.
Repito para encerrar: não sou contra a música, muito pelo contrário! Sou um grande admirador da boa música e de bons músicos, principalmente das boas músicas cristãs, e dos bons músicos cristãos, ou seja, que honram a Palavra de Deus, louvando a Deus com letras e melodias que estão de acordo com os princípios bíblicos, e, que, conseqüentemente, estão por agradar a Deus. Sou contra os desvios acima explanados, pois os mesmos acabam por desvirtuar o real sentido do tão belo e essencial ministério do louvor.
Não escrevi para colocar fogo no circo, longe disto! Escrevi como um desabafo, e como causa maior e mais nobre, para defender mais uma vez a Palavra de Deus e seus belos e puros ensinos.
Ver meu artigo A verdadeira adoração.
Com amor,
Anchieta Campos
Pois bem, sem mais delongas, gostaria de dizer que um dos grandes males da igreja evangélica atual é, sem sobra de dúvidas, uma cultura evangélica onde a primazia é, preponderantemente, principalmente entre os mais jovens, concedida a música. Isso mesmo! A música está, com folgas, tendo o papel central do culto e da vida cristãs. Não estou aqui, de modo nenhum, censurando a importância dos hinos de louvor em nossas igrejas e cultos, até porque eles fazem parte da liturgia neo-testamentária para a Igreja (Mt 26:30; Mc 14:26; 1 Co 14:26; Hb 2:12), bem como para a nossa vida extra-eclésia (At 16:26; Tg 5:13), claro que se respeitando os princípios e modelos bíblicos contidos (entre outras referências) em 1 Co 14:26; Ef 5:19; Cl 3:16 e Ap 15:3. O que quero alertar neste sucinto artigo é o fato de que a Palavra de Deus, e sua exposição pura e imparcial, devem ter, sempre, a nossa atenção e dedicação maior, tanto em nossas reuniões eclesiásticas para se adorar a Deus, bem como em nosso dia-a-dia.
Como já disse em outra oportunidade neste blog, a Bíblia é a Palavra de Deus escrita aos homens, infalível, inerrante, escrita por homens inspirados pelo Espírito Santo do Senhor, conforme 2 Pe 1:21 “Porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por vontade humana; entretanto, homens santos falaram da parte de Deus, movidos pelo Espírito Santo” e 2 Tm 3:16 “Toda a Escritura é inspirada por Deus...”. A Bíblia é a verdade (cf. Jo 17:17); é ela que nos dá o conhecimento da vida eterna (cf. Jo 5:39 e 2 Tm 3:15); ela nos impede de pecarmos contra Deus (cf. Sl 119:11); ela é viva (cf. Hb 4:12); ela nos dá ensino, paciência, consolação e esperança (cf. Rm 15:4 e Cl 1:5); ela é o meio principal da nossa santificação e purificação (cf. Ef 5:26), e por meio dela é que somos reconhecidos como cristãos e perseguidos (cf. Mt 13:20,21 e Ap 1:2,9; 6:9; 20:4), além de inúmeros outros atributos inerentes a Bíblia Sagrada. Os hinos de louvor, por mais que tenham sido escritos por pessoas com uma vida piedosa e cientes da verdadeira doutrina cristã, jamais poderão ser considerados do mesmo nível de inspiração e poder das Sagradas Escrituras. Como bem disse Paulo em Rm 10:17: “De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus”; logo, para que um hino de louvor a Deus possa surtir efeitos similares aos da Palavra, o mesmo deverá ser estritamente fiel para com a mesma.
E o que temos visto em nossos dias e em nossas igrejas? Pouco ou quase nada se dedica para a exposição da Palavra de Deus. Louvores e mais louvores, canta-se muito, prega-se e expõe-se pouco a Palavra. E para piorar a situação, do muito que se canta pouco se aproveita, e do pouco que se prega pouco também se aproveita. São raros os hinos/cânticos verdadeiramente bíblicos e espirituais, conforme acima já referenciado; e, salvo raras exceções, está cada vez mais difícil contemplarmos pregações verdadeiramente bíblicas e expositoras, sem misturas e conveniências humanas. Destaco e repito que exceções existem, tanto no louvor, quanto na Palavra.
E não ficam apenas em nossas igrejas os testemunhos desta triste realidade. Andamos em uma “livraria” evangélica e o que mais encontramos? Isso mesmo! DVDs e CDs de cantores individuais ou grupos de louvor. Livros? Ah! São a esmagadora minoria do acervo! Você acha o lançamento do último mega-hiper-ultra show de aniversário da banda gospel que diz ter a voz da verdade, mas não acha um lançamento de um livro teológico de sua editora preferida. Aliás, como já dito, pouco de literatura cristã se pode achar! Aliás, destaque-se que não é raro encontrarmos livros de editora espírita e de escritores nada ortodoxos nas prateleiras de livrarias “evangélicas”. E de quem é a culpa? Com certeza não é dos donos das referidas livrarias; na verdade a parte de culpa deles seja talvez a menor de todos os envolvidos. Estes irmãos/empresários, quer queiram ou não, se encontram presos a este sistema imposto por nossa pobre cultura evangélica. Eles são os responsáveis por suas famílias, precisam vender para sustentar os seus.
Congressos? Chegue hoje para um jovem (não que seja só este grupo etário, mas com certeza é o mais influenciado) e diga que vai haver um congresso em tal cidade, e a primeira coisa que ele irá perguntar é quem irá estar cantando por lá. Pregação da palavra? Que é isso, fica-se em segundo plano!
Lembremos por fim que o ministério do louvor não terá fim (Sl 145:2,21), por ocasião da nossa eterna morada no céu de glória, onde não haverá mais a necessidade de se pregar, ensinar e exortar, o que é mais um motivo para nesta vida priorizarmos o ministério da Palavra.
Repito para encerrar: não sou contra a música, muito pelo contrário! Sou um grande admirador da boa música e de bons músicos, principalmente das boas músicas cristãs, e dos bons músicos cristãos, ou seja, que honram a Palavra de Deus, louvando a Deus com letras e melodias que estão de acordo com os princípios bíblicos, e, que, conseqüentemente, estão por agradar a Deus. Sou contra os desvios acima explanados, pois os mesmos acabam por desvirtuar o real sentido do tão belo e essencial ministério do louvor.
Não escrevi para colocar fogo no circo, longe disto! Escrevi como um desabafo, e como causa maior e mais nobre, para defender mais uma vez a Palavra de Deus e seus belos e puros ensinos.
Ver meu artigo A verdadeira adoração.
Com amor,
Anchieta Campos
O internauta participa 03 – Artigo de Fernando Camboim
Na terceira edição deste raro quadro (quero torná-lo mais freqüente), publico mais uma vez um artigo do meu amigo e irmão em Cristo, Fernando Camboim Filho.
Eis o artigo:
Contradição
Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio, e repudiá-la?Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar as vossas mulheres; mas, ao princípio, não foi assim. Mateus 19: 7 e 8.
É normal encontrar pessoas que são totalmente materialistas e geralmente não acreditam em Deus ou mesmo tem Deus muito distante, e isto é característico do prórpio materialismo. A Grande contradição é quando encontramos materialismo com Deus, daí podemos ver na cultura Judaico-Islã, onde a espiritualidade religiosa advém pela atribuição dos prórpios sentimentos humanos a Deus, que seus atos materialistas estão relacionados com a religião para uma auto-justificação e julgamento próprio, fazendo assim acontecer A GRANDE CONTRADIÇÃO.
Devido a dureza de coração, Deus teve que barganhar com Israel ao longo do Êxodo todo o enrequecimento e oferta material como atrativo para um propósito maior até chegar a Jesus Cristo. Como a terra que mana leite e mel e outras ofertas que hoje sabemos, se trata da Nova Jerusalém Espiritual que está adornada nos céus. E essa nova proposta ficaria fora de foco numa época em que o homem não tinha coração suficiente para ouvir isso. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.
Daí temos um grande problema de CONTRADIÇÃO, o materialismo relacionado com Deus, que é a cara dos Judeus e dos Palestinos que em nome de Alá, chega até ao suicídio como sacrifício religioso. Todos os atos atribuídos dos prórpios sentimentos humanos e nada de espiritual.
Encontramos no Cristianismo também o reflexo em pessoas que muitas das vezes acham que pelo fato de estar limpando os altares e varrendo as dependências religiosas têm o mérito de suas ações como troca da Salvação. Esse exemplo serve para outras coisas também, mas sempre vemos uma ação material em troca de algum benefício espiritual. Na verdade, não escolhemos Deus, antes somos aceitos por ele e reagimos segundo o Espirito Santo em nossos corações. Mas às vezes pensamos que o princípio das nossas ações é que estabelece a autoria do nosso destino espiritual, até na questão da salvação pela fé. Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque, tudo quanto ouvi de meu Pai, vos tenho feito conhecer.Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que, tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai, ele vo-lo conceda.
Fernando Camboim Filho
Edições anteriores:
O internauta participa – Artigo de Fernando Camboim
O internauta participa 02 – Artigo do Pb. Jefferson Silva
Obs.: Os artigos de outra autoria publicados neste blog não refletem, necessariamente, uma concordância plenária com os mesmos, e são de inteira responsabilidade dos respectivos autores.
Anchieta Campos
Eis o artigo:
Contradição
Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio, e repudiá-la?Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar as vossas mulheres; mas, ao princípio, não foi assim. Mateus 19: 7 e 8.
É normal encontrar pessoas que são totalmente materialistas e geralmente não acreditam em Deus ou mesmo tem Deus muito distante, e isto é característico do prórpio materialismo. A Grande contradição é quando encontramos materialismo com Deus, daí podemos ver na cultura Judaico-Islã, onde a espiritualidade religiosa advém pela atribuição dos prórpios sentimentos humanos a Deus, que seus atos materialistas estão relacionados com a religião para uma auto-justificação e julgamento próprio, fazendo assim acontecer A GRANDE CONTRADIÇÃO.
Devido a dureza de coração, Deus teve que barganhar com Israel ao longo do Êxodo todo o enrequecimento e oferta material como atrativo para um propósito maior até chegar a Jesus Cristo. Como a terra que mana leite e mel e outras ofertas que hoje sabemos, se trata da Nova Jerusalém Espiritual que está adornada nos céus. E essa nova proposta ficaria fora de foco numa época em que o homem não tinha coração suficiente para ouvir isso. Quem tem ouvidos para ouvir, ouça.
Daí temos um grande problema de CONTRADIÇÃO, o materialismo relacionado com Deus, que é a cara dos Judeus e dos Palestinos que em nome de Alá, chega até ao suicídio como sacrifício religioso. Todos os atos atribuídos dos prórpios sentimentos humanos e nada de espiritual.
Encontramos no Cristianismo também o reflexo em pessoas que muitas das vezes acham que pelo fato de estar limpando os altares e varrendo as dependências religiosas têm o mérito de suas ações como troca da Salvação. Esse exemplo serve para outras coisas também, mas sempre vemos uma ação material em troca de algum benefício espiritual. Na verdade, não escolhemos Deus, antes somos aceitos por ele e reagimos segundo o Espirito Santo em nossos corações. Mas às vezes pensamos que o princípio das nossas ações é que estabelece a autoria do nosso destino espiritual, até na questão da salvação pela fé. Já vos não chamarei servos, porque o servo não sabe o que faz o seu senhor; mas tenho-vos chamado amigos, porque, tudo quanto ouvi de meu Pai, vos tenho feito conhecer.Não me escolhestes vós a mim, mas eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que, tudo quanto em meu nome pedirdes ao Pai, ele vo-lo conceda.
Fernando Camboim Filho
Edições anteriores:
O internauta participa – Artigo de Fernando Camboim
O internauta participa 02 – Artigo do Pb. Jefferson Silva
Obs.: Os artigos de outra autoria publicados neste blog não refletem, necessariamente, uma concordância plenária com os mesmos, e são de inteira responsabilidade dos respectivos autores.
Anchieta Campos
quarta-feira, 4 de março de 2009
Selo “Friends”
O nosso humilde blog fora agraciado, mais uma vez, por um selo virtual da blogosfera. Recebi a nobre indicação do “Selo Friends” da ilustre irmã em Cristo, R. Reis, da cidade de Goiânia-GO, editora do blog “Ao Redor da Jabuticabeira”.
Como é do meu costume, bem como creio que seja do conhecimento dos meus fiéis e ilustres leitores, gosto de indicar toda a minha lista de blogs favoritos, e é o que faço neste momento. Indico todos os blogs que compõem a lista de favoritos do meu blog, a qual se encontra na lateral direita deste, sob o título de “Páginas úteis na Internet”.
Que a graça do nosso Deus seja sempre presente na vida e ministério de todos os blogueiros evangélicos, tanto os do nosso Brasil, quanto os espalhados pelo mundo. Amém.
Anchieta Campos
Como é do meu costume, bem como creio que seja do conhecimento dos meus fiéis e ilustres leitores, gosto de indicar toda a minha lista de blogs favoritos, e é o que faço neste momento. Indico todos os blogs que compõem a lista de favoritos do meu blog, a qual se encontra na lateral direita deste, sob o título de “Páginas úteis na Internet”.
Que a graça do nosso Deus seja sempre presente na vida e ministério de todos os blogueiros evangélicos, tanto os do nosso Brasil, quanto os espalhados pelo mundo. Amém.
Anchieta Campos
domingo, 1 de março de 2009
Frase quase divina – 48
Depois de um período sem o nosso quadro dominical, o mesmo retorna com mais uma frase do célebre Albert Einstein.
“Ninguém pode negar o fato de que Jesus existiu, nem que seus ensinamentos sejam belos. Ainda que alguns deles tenham sido proferidos antes, ninguém os expressou tão divinamente” Albert Einstein.
Anchieta Campos
“Ninguém pode negar o fato de que Jesus existiu, nem que seus ensinamentos sejam belos. Ainda que alguns deles tenham sido proferidos antes, ninguém os expressou tão divinamente” Albert Einstein.
Anchieta Campos
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