domingo, 29 de março de 2009

Reconheceremos nossos amigos e parentes no céu?

Tive o imenso prazer de receber um e-mail do meu grande amigo e irmão em Cristo, Rander Campos (não somos parentes, pelo menos até onde eu sei! risos), o qual me viu nascer pro evangelho, sendo uma das pessoas (juntamente com sua mãe) que fizeram a oração em que me entreguei a Jesus. Pois bem, o motivo do e-mail deste meu valoroso amigo é uma dúvida que se instalou em meio à mocidade e o próprio corpo de obreiros em uma congregação da Assembléia de Deus em Campina Grande-PB, onde ele congrega. A dúvida é se iremos reconhecer uns aos outros no céu, se iremos ter ciência de que algum ente querido nosso fora condenado, bem como se iremos ter lembranças do que se passou aqui nesta vida. Então, vamos ver o que a Bíblia e a boa razão nos conduzem a crer.

Essa questão realmente é bem interessante, pois diz respeito ao que verdadeiramente existe de mais importante para o ser humano, que é a vida eterna, o nosso destino eterno, o qual jamais se poderá alterar depois de iniciado (Lc 16:26; Ap 3:5,12), bem como envolve outra área muito importante para qualquer ser humano normal, que é o apego, carinho e amor que desprendemos para com pessoas próximas a nós. Notadamente, todos queremos ir morar eternamente no céu, bem como anelamos que nossos entes queridos também.

Para responder a esta questão, vou iniciar com o texto de 1 Ts 4:13-18 que diz:

“Não quero, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais, como os demais, que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele. Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras”.

O texto supra citado é bem esclarecedor para o presente foco. A igreja em Tessalônica era conhecida por sua falta de entendimento em relação à volta de Jesus e a ressurreição dos mortos, tanto é que o apóstolo teve que voltar a tratar do assunto em sua segunda carta aos mesmos. Os tessalonicenses se encontravam tristes, sem esperança, pois pensavam que não voltariam a rever seus entes queridos que já haviam partido desta vida (v. 13); para consolá-los e esclarecê-los, Paulo realiza um paralelo entre a morte e ressurreição de Jesus, com a nossa própria morte e ressurreição “se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com ele”. E o que a ressurreição de Cristo nos ensina para o caso em estudo? Oras, mesmo após a sua ressurreição, Jesus continuou a ser a mesma pessoa, o mesmo Jesus, o qual fora reconhecido por inúmeras pessoas, como, por exemplo, Maria Madalena e outra Maria (Mt 28:9), pelos onze apóstolos (Mt 28:16,17; Lc 24:33-39), por dois discípulos no caminho de Emaús (Lc 24:31), por mais de quinhentos irmãos de uma vez só (1 Co 15:6), e por fim, fora reconhecido por Estevão em ocasião de sua morte (At 7:55,56), o que nos leva a concluir que também seremos reconhecíveis após a nossa ressurreição ou arrebatamento. Destaquemos, ainda no versículo em análise, a parte final que diz “Deus os tornará a trazer com ele”, frase que dá continuidade e reforça o ensino de Paulo de que a ressurreição não será sem sentido, vazia, mas sim terá um valor para nós, onde Deus irá trazer com Jesus os que já morreram e ressuscitaram, o que aponta claramente para uma comunhão consciente e de reconhecimento entre todos os salvos, haja vista que, como já exposto, reconheceremos a Jesus, e se os ressurretos irão vim do mesmo modo como Jesus (O qual é as primícias dos que dormem, cf. 1 Co 15:20), logo serão planamente reconhecíveis.

Indo agora para os versos 17 e 18 do texto em análise, que dizem “Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras”. Estes versos encerram o pensamento do apóstolo dos gentios, onde Paulo usa mais elementos para indicar que a ressurreição e o arrebatamento são motivos para se acabar com a tristeza dos tessalonicenses, os enchendo da esperança que lhes faltava, lhes estimulando a crer que o reencontro com seus entes queridos será uma realidade por ocasião destes eventos. Paulo usa as expressões “seremos arrebatados juntamente com eles”, o que denota comunhão entre os ressurretos e os transformados (juntamente), “encontrar o Senhor nos ares”, o que confirma que iremos reconhecer o Senhor Jesus ressurreto e glorificado, “estaremos sempre com o Senhor”, frase que confirma a idéia de comunhão, união e interação entre os salvos no céu, e por fim, Paulo encerra dizendo “Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras”, o que nos remete para tudo o que fora exposto nos versos anteriores, notadamente em relação à tristeza que abatia os tessalonicenses em relação aos que já dormem (entes queridos), bem como em relação ao arrebatamento dos vivos e o encontro de ambos (ressurretos e transformados) com o Senhor Jesus (cf. 2 Co 4:14), para assim vivermos eternamente.

Convém aqui transcrever parte da obra A Bíblia Responde, CPAD, com autoria dos escritores Abraão de Almeida, Geremias do Couto, Geziel Gomes, Gustavo Kessler, Hélio René, Mardônio Nogueira, Miguel Vaz e Paulo César Lima:

“Se não nos reconhecêssemos no Céu, isto seria para nós contraproducente, pois o que almejamos é vermo-nos na Glória. Se no Céu houvesse inconsciência do passado, parece-nos que pouco adiantaria estar ali. O grandioso, o sublime é estarmos ali conhecendo o plano de Deus e vendo o cumprimento dele. Lá, sem dúvida, haveremos de conhecer em pessoa todos os heróis da fé que hoje conhecemos pela Bíblia. Lá veremos os nossos irmãos junto aos quais lutamos neste mundo a boa peleja da fé” pg 47.

Outro ponto importante a se destacar é a passagem de Lc 22:29,30 “E eu vos destino o reino, como meu Pai mo destinou, para que comais e bebais à minha mesa no meu reino, e vos assenteis sobre tronos, julgando as doze tribos de Israel”. Oras, pela passagem acima fica claro que os apóstolos se reconhecerão um ao outro após a ressurreição, pois se os mesmos irão comer e beber na mesma mesa (cf. Mt 26:29), juntamente com Jesus, com certeza eles se reconhecerão, assim como reconhecerão a Jesus. Destaque-se que a mesa no reino dos céus não está restrita apenas aos apóstolos, mas a todos os salvos, juntamente com os judeus salvos, sempre se reconhecendo as pessoas, cf. Mt 8:11. Não faria o mínimo sentido os apóstolos sentados em uma mesa e os mesmos não se reconhecerem, não se lembrarem do que passaram juntos aqui na terra, da vida que tiveram ao lado de Jesus, dos milagres, das alegrias e das tristezas que compartilharam, perseguições também, afinal de contas, mesmo as lembranças de acontecimentos terrenos nada agradáveis não serão motivo para tristeza no céu, mas pelo contrário, servirão para confirmar o quanto valeu a pena sofrer aqui na terra para se ter alcançado a vida eterna (cf. Rm 8:18; 2 Co 4:17).

Uma passagem também muito pertinente é a parábola do rico e Lázaro, que se encontra em Lc 16:19-31. Ela não deixa dúvidas quanto aos seguintes fatos: quem está no inferno verá e saberá quem está no céu (v. 23,24); quem está no céu verá e saberá quem está no inferno (v. 25); tanto os condenados, quanto os salvos, se lembrarão da vida que tiveram nesta terra (v. 25), incluindo aí até mesmo a lembrança de seus familiares (vs. 27,28). Em relação aos condenados serem reconhecidos pelos salvos, e os salvos reconhecidos pelos condenados, o texto de Dn 12:2 é bem esclarecedor: “e muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno” (cf. Mt 25:32-46); como os condenados poderão sentir “vergonha” se não for por parte de pessoas que conheceram em terra? Sentiriam vergonha de quem nunca conheceram? Dificilmente. Logo para esta vergonha existir seria necessário não somente os condenados reconhecerem os salvos, mas os salvos também reconhecerem os condenados.

Por fim, cabe destacar que ressurreição não é reencarnação. Os mortos quando ressuscitarem, ressuscitarão no mesmo corpo, embora glorificado (para os salvos), permanecendo, portanto, a mesma pessoa, com as mesmas características (tanto é que Estevão reconheceu Jesus no momento de sua morte).

Mas, como o salvo poderá ter plena alegria e gozo no céu, enquanto sabes que algum ente querido está no tormento eterno? A despeito das palavras de Paulo em 1 Co 7:16, creio que esta resposta foge um pouco a nossa limitação, até mesmo pelo fato da Bíblia não tratar diretamente do assunto, mas creio que as palavras de Jesus em Mt 10:37 e em Mc 12:28-31, talvez sejam o que temos de mais próximo sobre o assunto; a distinção entre o primeiro e o segundo mandamento na referência de Marcos é simples, sutil, mas muito importante. Sem sobra de dúvidas, devemos conceder a Deus a excelência de nosso amor, dedicação, apreço, carinho e obediência, haja vista ser Ele o Deus, O qual nos criou, responsável por tudo que somos e temos, e principalmente O responsável pelo maior de todos os dons, o qual nenhum ser humano seria capaz e desprendido o suficiente para realizá-lo, que foi entregar o seu Filho unigênito para sofrer e morrer em nosso favor, em uma prova de seu infinito amor e cuidado para conosco, que não merecíamos tamanha graça. Sabemos que se algum ente querido não for para o céu, com certeza ele fez por onde, e com certeza desagradou e entristeceu ao nosso Deus, ao qual devemos render nosso amor maior e incondicional. É óbvio, claro e evidente, que queremos que todos se salvem, principalmente nossos familiares e amigos mais próximos, mas, como dito pelo próprio Jesus no já citado Mt 10:37, “Quem ama o pai ou a mãe mais do que a mim não é digno de mim; e quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim”. Somente será digno da vida eterna aquela pessoa que tiver em mente que o sofrimento de Cristo fora infinitamente mais precioso e caro do que qualquer sofrimento que algum ente querido possa vim a padecer eternamente nas trevas. Não é questão de não amar ou querer bem, é questão de a quem mais amar e querer bem. Ademais, a nossa natureza será uma natureza transformada, glorificada, o que creio que nos fará ter uma visão e senso de justiça mais próximos da divindade, o que concorrerá com o já exposto, para que não venhamos a sofrer no céu por causa de algum ente querido condenado.

Não esqueçamos que o céu, e a vida eterna que nele os salvos irão gozar, como sendo obra “caprichada” do nosso Deus, com certeza será algo infinitamente perfeito, em todos os sentidos. Deus pode que seja assim! Deus quis que seja assim! Deus fará que seja assim!

“E Deus limpará de seus olhos toda a lágrima; e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque já as primeiras coisas são passadas” Ap 21:4. Amém.

Anchieta Campos

30 comentários:

JamesCondera disse...

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Misericórdia, e paz, e amor vos sejam multiplicados, amado irmão em Cristo, Anchieta Campos.

Exímio, esclarecedor, e consolador vosso texto!

Outrossim, do lado oposto à glória da presença de nosso Senhor Jesus Cristo, também nos fortalece em esperança nossa busca ao Senhor e sua vontade, quando Jesus nos ensina a parábola do rico e Lázaro, onde o rico, mesmo estando no Hades, lembrou-se de seus cinco irmãos... “Pois tenho cinco irmãos; para que lhes dê testemunho, a fim de que não venham também para este lugar de tormento” (Lucas 16.28).

Deus o abençoe ricamente, fortalecendo-o em sabedoria, alegria, paz, e esperança na gloriosa vinda de nosso Amado Senhor e Salvador Jesus Cristo.


Fraternalmente.

James.
Jesus, o maior Amor
Comunidade "Adoradores em Casas"
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Anchieta Campos disse...

Prezado irmão James, a paz do Senhor.

Muito bom e prazeroso vê-lo por aqui novamente. O tempo é cruel, e as ocupações desta vida muito nos envolvem, mas não existe desculpa pela patente ausência de comentários meus em seu ilustre blog, o qual é uma jóia para todos que gostam da Palavra de Deus. Breve estarei suprindo esta minha falta.

Muito interessante a sua observação em relação ao rico e sua atenção para com a família. Com certeza é um grande ensino para todos nós, o qual quase sempre passa desapercebido.

Forte abraço.

Que o nosso bondoso e misericordioso Deus o abençoe e guarde cada vez mais. Amém.

Anchieta Campos

Anônimo disse...

A Paz do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo repouse sobre sua vida amado irmão Anchieta.

Agradeço pela pronta disposição ao atender o meu e-mail. Me alegro pela esplanação dada, pois também defendo a mesma idéia. Alguns dos versículos, bem colocados, citados por você já tinham sido utilizados por mim na defesa que realmente reconheceríamos uns ao outros no céu.
Para mim isto é fato!
Até mesmo, porque haveremos de receber galardões de acordo com nossas ações aqui em terra (diz Paulo), imagine pois no céu, um irmão ver o outro que recebeu mais galardões e não entende o porquê, pois não se lembra.
Alguns dos irmão que dizem ao contrário, utilizam do último versículo citado em seu texto, e ainda outro que diz: " Não haverá lembrança das coisas passadas...", "Eis que faço novas todas as coisas...", em fim! E ainda argumentam que só lembraremos até o Trono Branco, depois não reconheceremos mais. Daí a explicação deles para Lázaro e o rico terem se reconhecido... Porém isso para mim está sem fundamento.

Agradeço mais uma vez caro irmão, pois viestes apenas a ratificar a minha concepção acerca de tal.

Que Deus em Cristo continue nos abençoando, porque abençoados já somos. Até breve!
Se não, até o céu, vou reconhecer você lá!

Em Cristo, Rander Campos Moreira.

Céus Nas Veias disse...

parabens pala matéria, muito esclarecedora.Esse seu trabalho de Apologia é muito bom.

Anchieta Campos disse...

Prezado irmão Rander Campos, a paz do Senhor seja sobre vós.

Sabes que a disposição fora concedida de todo o coração e liberalidade. Disponha sempre que precisar.

Tinha a plena certeza que o amado também defendia a mesma convicção bíblica por mim externada. Escrevi sabendo que estaria apenas corroborando o seu pensamento, o que não poderia ser diferente, haja vista a sua singular maestria em manejar a Palavra de Deus.

"Porque, eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá mais lembrança das coisas passadas, nem mais se recordarão" Is 65:17. É de pleno e pacífico conhecimento, especialmente dos que já estudaram escatologia, notadamente sobre o milênio, de que esta passagem de Isaías se refere não ao céu de glória, o do estado eterno, mas sim ao governo milenial de Cristo aqui na terra. O contexto bíblico, tanto o mediato quando o imediato, não deixam dúvidas quanto a esta verdade.

"Eis que faço novas todas as coisas..." Ap 21:5, não ensina, em hipótese alguma, que não teremos lembranças das coisas passadas. Jesus disse que fazia novas todas as coisas, não que que faria todas as coisas novamente. É uma alusão a renovação, não a recriação, muito menos se anulando o passado.

Lembrar somente até o Trono Branco? Essa foi a melhor! Não há ressurreição após o Trono Branco! Há ressurreição para o Trono Branco! Depois dele, é cada um para o seu lado, só isso. Carece totalmente de fundamentação esta alegação.

Mais uma vez lhe agradeço pela confiança em mim depositada. Deus seja louvado por isto. Disponha sempre.

Deus te abençoe mais e mais, até a volta de nosso Senhor Jesus Cristo. Amém.

E, realmente, se não nos vermos mais aqui, com certeza nos veremos e nos reconheceremos no céu!

Abraço, caro amigo.

Anchieta Campos

Anchieta Campos disse...

Caro irmão Josias Leonardo, a paz do Senhor.

Obrigado pela palavra de apoio e incentivo. Deus lhe abençoe por isto.

Estamos juntos nesta caminhada para colocarmos mais conteúdo cristão na internet. Conteúdo ortodoxo e de qualidade.

Abraço.

Anchieta Campos

Danilo Sergio Pallar Lemos disse...

Ai esta uma polemica escatológica, que foi muito bem explicada e explanada pelo autor.

Acesse meu blog.
www.vivendoteologia.blogspot.com
Th.M- Danilo Lemos.

Anchieta Campos disse...

Caro professor Danilo Lemos, a paz do Senhor.

Muito me honra receber uma visita da clássica família Lemos, mais ainda para tecer palavras de apoio e incentivo. Deus seja louvado por isto.

Desde o meu início na fé tinha a crença de que teríamos a capacidade de reconhecer nossos co-irmãos em Cristo no céu, e o estudo sistemático da Palavra só veio a confirmar este meu pensamento, tornando ele uma convicção.

Obrigado pela valorosa visita. Deus te abençoe grandemente.

Forte abraço.

Anchieta Campos

renato nogueira disse...

A paz do SENHOR pastor querido e abençoado foi muito bom para mim descobrir este ensinamento feito por ti,pois tinha duvidas sobre este assunto,porque DEUS COLHEU MINHA SOGRA,e minha esposa e eu tinhamos apenas 9 meses de casado e ela me perguntava se iria reconhecer sua mae novamente.agora posso esclarecer tudinho a ela.que DEUS te abençoe sempre um grande abraço.

Anchieta Campos disse...

Caro irmão Renato Nogueira, a paz do Senhor.

Muito obrigado por suas palavras de apoio e incentivo, as quais muito me ajudam. Deus o abençoe por isto.

Fico feliz que meu humilde artigo possa ter ajudado a você e sua esposa. Isso é muito gratificante e regenerador.

Deus te abençoe grandemente. Forte abraço.

Anchieta Campos

Alexandre Roquemberque disse...

A paz de cristo!!!! um casal tem filhos aqui na terra todos eles vivem uma vida santa aos olhos de DEUS será que após cada um deles patirem e irem pro ceus receber seus garladão ficarão inconcientes que já foram uma familia ?ou só se lembrarão disso por um certo periodo?
sei que em Mt 22:23-33 fala que na ressuareição nem casam nem se dão em casamento. obrigado pela oportunidade !!!

Anchieta Campos disse...

Prezado irmão Alexandre Gustavo, a paz do Senhor.

Realmente em Mt 22 Jesus ensina que no céu não haverá a figura do casamento e seus caracteres.

O artigo responde as suas dúvidas. Caso necessite de algum esclarecimento maior, fique a vontade para perguntar.

Abraço.

Anchieta Campos

Valdir Faria disse...

Paz do senhor pastor...
Em relação ao reconhecer ou não os entes queridos, ficou uma dúvida:
A Bíblia diz em Eclesiastes 9:5-6, 10 “Pois os vivos sabem que morrerão, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco têm eles daí em diante recompensa; porque a sua memória ficou entregue ao esquecimento. Tanto o seu amor como o seu ódio e a sua inveja já pereceram; nem têm eles daí em diante parte para sempre em coisa alguma do que se faz debaixo do sol. Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças; porque no Seol, para onde tu vais, não há obra, nem projeto, nem conhecimento, nem sabedoria alguma.”
Por favor pastor , me tire a dúvida...
Obrigado e fique com Deus!
Valdir Faria - Taubaté - SP

Anchieta Campos disse...

Prezado irmão Valdir Faria, a paz do Senhor.

O livro de Eclesiastes notadamente trata da vaidade que é esta vida (1:2), ou seja, de sua marca temporária e passageira. No capítulo 9 não é diferente.

Estes versos tratam da antropologia estritamente terrena. O verso 5 afirma que os mortos não tem nenhum conhecimento do que se passa nesta vida (diferentemente dos vivos), o que censura a consulta aos mortos. Este pensamento fica claro no verso 6, o qual é cristalino em demonstrar que Salomão estava tratando da separação que os mortos tem deste século, i.e., desta vida terrena.

No versículo 10, a palavra "Seol" é traduzida por sepultura na Almeida RC 1995, o que demonstra mais uma vez que os mortos não tem ciência alguma do que se passa nesta vida; estão como que dormem, sem consciência alguma desta vida, sendo que "muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno” Dn 12:2.

Lembremos que ressuscitar é tornar a vida no mesmo corpo, e quem vive tem consciência, e o fato de ser no mesmo corpo denota que não se anulará a vida já vivida. Para uma melhor compreensão ler meu artigo http://anchietacampos.blogspot.com/2009/02/o-espiritismo-e-biblia-ressurreicao-x.html

Frise-se que o próprio Salomão acreditava na eternidade do homem, sendo isto um fator para o temor a Deus (Ec 3:14).

Ademais, a sistemática bíblica exposta no artigo confirma por A + B que reconheceremos nossos amigos e parentes no céu.

Espero ter ajudado em algo.

Forte abraço e obrigado pelas palavras de apoio e incentivo.

Anchieta Campos

Anônimo disse...

ola tudo bem? achei muito interessante o estudo feito pelo irmão, eu realmente tinha muitas duvidas quanto a esta matéria... mais ainda me restou uma... o amor que sinto pelo meu futuro conjuje? vou continuar sentindo da mesma maneira? sabe, eu e meu noivo começamos a namorar e podemos dizer que pra honra de Deus temos um namoro cristão e queremos nos casar em julho de 2010, nos, ambos amamos a Deus acima de todas as coisas se nossa união não fosse da vontade dEle estariamos dispostos a abrir mão um do outro para agradar a Deus, igual Abraão, mais a nossa união é mesmo da vontade dele e Ele ja confirmou varias vezes.eu sei que no céu não vai haver a relação entre o marido e a esposa pois não vai haver a necessidade de haverem filhos mais isso não exclui o sentimento pois não?? tenho essa duvida porque amo profundamente meu futuro esposo, pela pureza do coração dele, pelo servo de Deus que ele é, pela alegria que eu sinto quando estou perto dele e por daqui a pouco tempo nos vamos nos casar e poderemos desfrutar de uma maior intmidade não so fisica mais emocional um com o outro... quando Deus nos buscar queria que o nosso sentimento não terminasse, queria continuar sendo companheira dele e adorar a o Deus que nos criou juntos. compartilhar os bons momentos no céu com ele... :)

Anchieta Campos disse...

Prezada irmã Thamara, a paz do Senhor.

Entendo seu questionamento, haja vista o amor ser realmente um sentimento com a marca e o anseio da eternidade.

Creio, pelos próprios versículos já citados nesse artigo, que o vínculo afetivo entre seu você e seu esposo não cessará na glória. O texto de 1 Ts 4:13-18 nos permite pensar assim, haja vista ele tratar claramente de nossos vínculos afetivos com as pessoas que amamos nesta vida. Lc 16:27,28 reforça este entendimento.

Portanto, creio que o sentimento de amor que tens pelo seu noivo não será extinto no céu. Claro que, como já frisado pela irmã, não será um amor vivido assim como o é nesta vida terrena.

Abraço fraterno e obrigado pela valiosa visita. Deus a abençoe sempre.

Anchieta Campos

Unknown disse...

a paz perdi meu esposo...muito crente diacono na igreja
vou velo no ceu como eli e?
e revelo com esposo? mi responda!

Anônimo disse...

Entendiii!!!! kkkk se em Lucas 16:27,28 o homem rico no hades se lembrou de seus irmãos e ainda tinha no coração os vínculos fraternais com eles, n é, a ponto de sentir pena deles não conhecerem a verdade ainda e correrem o risco de serem condenados também, então, tanto no céu como no inferno as pessoas vão se lembrar dos vínculos umas com as outras :D legal!! Deus é maravilhoso :D
eu entendi :D assim, por exemplo, num casal, eu e o meu futuro esposo, quando nós formos salvos o que vai nos unir não vai ser o laço de casamento terreno, mais sim o amor sincero puro e verdadeiro :D o amor que uma criança inocente sente :D é mais ou menos assim que eu entendi :) eu fico imaginando, lá no céu no fundo todos vão se amar com o amor mais puro e inocente que vem de Deus :D todos vamos ser irmãos :D vamos conversar brincar uns com os outros! rir junto! kk conversar com Jesus!! :D conversar com Deus!!todos amigos! :D que maravilhoso o coração até bate forte de pensar!! :D
Eu tenho uma amiga que tbm já é de Deus a muito tempo e ela sempre diz que fica imaginando lá no céu Jesus escrevendo pra nós com as estrelas no céu, assim bem brilhante: Eu te amo!! :D kkkk nada é impossível pra Ele :D kkkk muito bom mesmo :D só de não haver mais dor e sofrimento vai ser muito bom :D glória a Deus as coisas que o olho não viu e o ouvido não ouviu e que não subiram ao coração do homem são as que Ele tem preparadas para aqueles que o amam!!!!! :D hehehe

Anchieta Campos disse...

Irmã Maria Helena, a paz.

O artigo é claro em afirmar que reconheceremos nossos próximos no céu, bem como teremos ciência de quem eles foram aqui na terra.

Ressalte-se apenas o ensino de Jesus em Mc 12:25.

Abraço.

Anchieta Campos

Jairton e Paty disse...

Olá irmão...
Meu pai morreu semana passada, dia 31/05/2011, com 54 anos de idade. Ele era o baluarte da nossa família... Desde então minha vida desabou! Mas com essa sua explanação, agora tenho certeza que não se trata de um adeus, e sim, um até logo! Pois graças a Deus 3 semanas antes ele fez a profissão de fé, então sei que ele dorme e com certeza no momento de Deus o encontrarei e poderei adorar ao meu Deus do seu lado. Sua mensagem me levou ás lágrimas, e me fez acreditar que com certeza, viver pra mim é Cristo e morrer é lucro, afinal, sei que o melhor mesmo está do outro lado. Graça e paz!!!

Janderson R. Melo disse...

Caro amigo se nós seremos transformados em corpos celestiais igual ao do nosso eterno Deus, como nossa mente pode permanecer a mesma mente terrena, limitada e errante?

Anônimo disse...

Meu pai faleceu faz pouquíssimo tempo e aceitou Jesus no hospital três dias antes do Senhor o levar. Dias antes sonhei que estava com ele colhendo frutos grandes e viçosos... na época não entendi pois eu o reconhecia e ele a mim, porém tínhamos outros corpos. Minha dúvida foi esclarecida, pois minha mãe vive a perguntar se nós reconheceremos nossos entes queridos lá no céu. É reconfortante e consolador saber que amei tanto meu pai e estarei com ele... a dor da saudade se atenua, pois sei que meu Redentor vive e jamais erra. Certamente não haveria sentido termos tanta comunhão com quem amamos aqui na terra e depois não nos reconhecermos no Paraíso onde tudo é perfeito. Glória a Deus!

Anônimo disse...

Quando um parente seu estiver a beira da morte fale: "Estaremos juntos no céu em um piscar de olhos".

Por exemplo, uma pessoa que morre agora, já estará no futuro, no ceu.
Ela avança no tempo. É como dormir ás 23:00 e acordar as 6:00 sem mesmo perceber que ja se passaram 7 horas.

Imaginem, uma pessoa morre em 2011, em segundos ela acorda no ano 3000 quando jesus voltar, por exemplo.

Por isso não se preocupem, a morte é uma piada, para nós que cremos em Jesus Cristo.

Quem tiver duvidas envie email para felipems77@gmail.com

Anônimo disse...

Paz Senhor como pode um autor de uma revista de EBD dizer que no céu terá espaço para todos os justos, salvos e santos de todas as eras, corpo glorificado não pode ocupar, por exemplo 6.000 ocupar um cubículo? Espero resposta em nome de JESUS, me ajudem por favor. Meu e-mail é: aespadadoespirito70@gmail.com prefiro! Deus abençoe a todos e encham suas vidas de graça!

Anchieta Campos disse...

Irmão André, a paz do Senhor!

A Jerusalém Celestial, descrita em Apocalipse 21 e 22, será sim a morada final de todos os salvos de todos os tempos (Ap 21:3,4; 22:5).

A cidade não será um cubículo, mas sim uma grande cidade, com até 12 mil estádios de comprimento, largura e altura, cf. Ap 21:16. Lembrando que um "estádio" é aproximadamente 185 metros.

De todo modo, devemos observar que a cidade é descrita como um cubo perfeito, do mesmo modo como o Santo dos Santos no Tabernáculo do AT, aonde Deus manifestava a sua glória e poder purificador, enchendo o Santíssimo de sua santa glória; do mesmo modo, o cubo perfeito que simboliza a nova Jerusalém nos demonstra a perfeição da cidade, e que a mesma será cheia da glória e da santidade de Deus. É óbvio que Deus não criará uma cidade em um quadrado, aonde os moradores da parte de cima ficarão de cabeça para baixo em relação aos que estão em baixo, e os moradores das laterais ficarão em uma posição perpendicular em relação aos demais, uma concepção desta é no mínimo ridícula e cômica.

Em Cristo,

Anchieta Campos

Anônimo disse...

a paz do senhor irmao perdi minha mae que era envangelica no dia da pascoa ja faz 1 ano e5 meses que ela faleceu mais a dor que sinto e tao grande que nao consigo me conformar sempre estou indo no cemiterio levar flores e quando me sinto bem gostaria de saber se ela se lembra de mim junto ao senhor pois ela era um crente fiel amo minha mae.

Felipe disse...

A paz do Senhor irmão.
Seu blog é muito edificante, realmente fui impactado com as mensagens, todavia tenho uma pergunta irmão, gostaria de saber, se no céu eu irei reconhecer a minha esposa, e se teríamos ainda um laço afetivo ou algo parecido? isso levando em conta Mateus 22:30, ''o Porque, na ressurreição, nem casam, nem se dão em casamento; são, porém, como os anjos no céu”.
Desde já agradeço, fique com Deus,

Anchieta Campos disse...

Prezado irmão Felipe, a paz do Senhor.

O reconhecimento de sua esposa, como postado, é algo já esclarecido. O entendimento sistemático e moderado é o de que você a reconhecerá como esposa nesta vida, mas sem mais haver espaços pra laços afetivos entre homem nos moldes desta vida secular, conforme a própria referência aludida pelo irmão.

Abraço.

Anônimo disse...

BOA TARDE, GOSTARIA DE SABER O SEGUINTE: EU VOU PRO CEU!! COM FÉ EM DEUS!!! E SE UM ENTER QUERIDO MEU NAO FOR, ME LEMBRAREI DELE? VOU SABER QUE ELE FOI CONDENADO? DESSA FORMA TEREI PAZ NOS CEU? Gildalmo Ribeiro.

Mairon costa disse...

Parabéns ao amigo por defender o assunto abordado com tanta eficiência