segunda-feira, 6 de abril de 2009

Como escolher um Presidente da CGADB

Fugindo um pouco do objetivo e marca maior deste blog, que é a área de estudos teológicos, irei tratar de um assunto menos teológico (mesmo ainda sendo), e mais social.

Dia 23 de abril próximo, em Carapina da Serra, Grande Vitória, estado do Espírito Santo, ocorrerá a escolha do futuro presidente da Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil (CGADB). Exatamente 16.736 ministros, de todo o Brasil, estão aptos para realizar o seu direito de voto, em um processo que contará com o apoio e supervisão do TRE-ES.

Sem sobra de dúvidas esta é, disparada, a eleição convencional mais disputada da história da CGADB. Sem adentrar e se aprofundar no mérito do que vemos, dia após dia, relacionado a esta eleição, seja em blogs, comunidades virtuais, e até mesmo em rede aberta de televisão (paga por dinheiro que com certeza não provém dos candidatos), irei, fazendo uso de uma grande força de vontade, omitir algumas considerações sobre este pleito, e ir direto ao objetivo da postagem, pois se escrevo o que tenho em meu coração, poderia causar alguns escândalos para com incrédulos ou neófitos.

Pois bem, indo logo para o tema do artigo, vou tratar de alguns pontos que devem ser observados pelos pastores que irão votar dia 23 próximo. Na verdade irei apontar algumas (dentre várias) características fundamentais que um presidente da CGADB deve ter, para que o mesmo venha a ter uma gestão abençoada por Deus e de acordo com sua vontade. A ausência de alguma destas características deve ser motivo suficiente para não se votar no candidato faltante. Mas se faltar nos dois? Não vote em nenhum! Muito simples!

Eis as características:

Zelo pela doutrina (1 Tm 4:16; Tt 1:9; 2:7,8): O Presidente da CGADB deve ser atento para com o zelo da sã doutrina bíblica. Isto significa que deve ser uma pessoa que repudie toda e qualquer prática que venha a contrariar a Palavra de Deus, alertando os membros das Assembléias de Deus no Brasil sobre os mais variados engodos que se tem por aí, inclusive em nosso meio! Práticas e modismos doutrinários como o G12, Teologia da Prosperidade e afins, cair no espírito (ou de poder), e outras aberrações pneumatológicas e doutrinárias, bem como outros inúmeros modismos nada ortodoxos, devem ser totalmente repudiados pela CGADB.

Casa em submissão (1 Tm 3:4,5; Tt 1:6): Isso mesmo! Segundo a Palavra de Deus, um líder cristão que não tem uma casa sob o seu controle, com um testemunho positivo dos seus, notadamente os filhos, não é apto a ser um líder eclesiástico, quanto mais da nossa CGADB. Falando em uma linguagem paulina mais acessível: se não tem ordem e moral em casa, não terá ordem e moral a frente da igreja, ou seja, assim como a casa é um fracasso, a igreja será um fracasso também.

Honestidade/justiça (2 Co 8:21; Fl 4:8; 1 Tm 3:2,3; 2 Tm 2:4,5; Tt 1:7,8,10): A honestidade e a justiça se confundem. Essas qualidades são essenciais, haja vista que quando se vai administrar bens e dinheiro de terceiros, todo cuidado e zelo é pouco. Quem desvia um centavo que seja da igreja que administra para fins particulares não lícitos, não é digno de ser tido por líder, nem de ocupar liderança alguma, quanto mais da nossa CGADB, que é a responsável pela gerência da nossa gigante CPAD, simplesmente a maior editora evangélica da América Latina. Paulo às vezes fora sustentado pelas igrejas, mas nunca enricou com essas ajudas. Lembremo-nos também de Judas, o qual administrava o dinheiro (Jo 12:6; 13:29), mas desviava (roubava) do que se encontrava sob seu poder, tendo o fim que todos nós sabemos. Devemos ser fiéis (honestos) em tudo, até mesmo no pouco (Mt 25:20,21), e isto tem peso maior ainda sobre os líderes, principalmente sobre o líder da nossa CGADB. Quem se propõe a administrá-la, está se propondo a administrar para a CGADB (leia-se Assembléias de Deus no Brasil), e não para ele próprio.

Não ter espírito de divisão (Rm 16:17; 1 Co 1:10; 3:3; Gl 5:20; Tg 3:14-16; Jd 1:19): Já imaginou um presidente da CGADB que promova a divisão e dissensão entre o povo de Deus, esfacelando ainda mais o que já está esfacelado? Tem que haver união, consenso, um mesmo parecer; juntar e reaproximar cada vez mais esta gigante Assembléia de Deus, tentando torná-la cada vez mais unida, interligando-a entre si. Chega de partidarismo e divisão; nada de algo afastado, isolado.

Poderia aqui citar inúmeras outras características que um líder eclesiástico deve ter, notadamente o presidente da CGADB, mas paro por aqui. Estas que foram explanadas já são suficientes. Fiz a minha parte; modesta, é claro, mas fiz.

Espero e oro, sinceramente, para que ocorra um milagre, e que esta eleição venha a ser realmente regida pelo Espírito Santo de Deus, diminuindo-se o humano, e exaltando-se o divino. A Assembléia de Deus torce por isto; todo o seguimento evangélico no Brasil e na América torce por isto. Jesus ficaria tão feliz!

Que Deus abençoe esta 39ª Assembléia Geral de Obreiros da CGADB! Amém!

Com amor,

Anchieta Campos

2 comentários:

Anônimo disse...

Por que gastam milhoes nesta eleiçao da cgadb ? se a biblia ja enina o meto mais facil e coerente para escolha ?
Poque nao oram e jejuam varios dias e depois lançam sortes igual a escolha de matias ?


claudio pimenta
crsmedeiros@hotmail.com

Anchieta Campos disse...

Caro irmão Claudio Pimenta, a paz do Senhor.

Tenho minhas ressalvas do método adotado pelos apóstolos para a escolha do substituto de Judas (lançar sortes); destaque-se ainda que a "sorte" veio a ser ratificada por voto comum dos demais (At 1:26).

Todavia, com certeza o modo correto para a escolha do presidente da CGADB não é o que estamos vendo. Oração, jejum, senso crítico e muito bom senso (tudo sobre a luz da Palavra), são, para mim, os elementos essenciais para se realizar esta importante escolha.

Abraço.

Anchieta Campos