terça-feira, 29 de abril de 2008

Missão Portas Abertas completa 30 anos

O Ministério “Missão Portas Abertas” está completando 30 anos esta semana, o que é motivo de alegria e comemoração por isto.

O Portas Abertas é verdadeiramente um braço estendido do Senhor aqui na Terra; levando, apoiando e sustentando missionários e igrejas em toda a parte do globo, principalmente nos países e áreas mais fechadas para o Evangelho.

Oremos por este ministério de grande importância para o Reino de Deus, que ele continue sempre fiel a Palavra de Deus e que possa sempre lograr êxito em suas investidas contra as forças das trevas.

Transcrevo (em itálico) nesta oportunidade o último e-mail enviado pelas Portas Abertas:

“Aleluia! Louvem o Senhor desde os céus, louvem-no nas alturas!”Salmo 148.1

Anchieta,

Nesta semana a Missão Portas Abertas completa 30 anos de atuação no Brasil, recrutando intercessores e mantenedores para sustentar o trabalho de campo da Portas Abertas Internacional nas localidades onde a perseguição aos cristãos é clara e explícita.

Recentemente visitamos duas igrejas na Etiópia atacadas por homens que portavam facões. Fomos socorrer os feridos e consolar a família do cristão morto. Trouxemos notícias para que irmãos como você orem por eles (leia mais).

De Bangladesh, trouxemos um relato exclusivo sobre como o Senhor usou o enterro do ex-muçulmano Aminur Rahman. Esse cristão, que havia implantado três igrejas em Madargonj e não tinha medo de pregar entre os muçulmanos, testemunhou acerca de Jesus para quase 10 mil pessoas (leia mais).

No Brasil, surgem os primeiros sinais de que as autoridades desejam controlar e impedir o trabalho de missões cristãs entre os índios, principalmente na Amazônia (leia mais). A Missão Jocum, que impediu a morte de duas crianças na tribo suruwahá, está na mira do Ministério da Defesa e precisa de um reforço de orações.

Anchieta, o trabalho da Missão Portas Abertas é identificar casos, divulgar, socorrer e apoiar os irmãos que estão sofrendo com a perseguição. Louve o Senhor por esses 30 anos no Brasil e ore para que possamos cumprir fielmente todos os propósitos que Ele tem para este ministério!

Glorifique ao Senhor,

Tsuli Narimatsu

Jornalista

PS: As comemorações dos 30 anos da Portas Abertas já começaram. Aproveite para conhecer Johan Companjen, que dedicou sua vida à Igreja Perseguida e que estará este mês no Brasil com sua esposa Anneke. Confira a agenda dele aqui.

O site da Missão Portas Abertas é http://www.portasabertas.org.br/.

Anchieta Campos

domingo, 27 de abril de 2008

Frase quase divina – 08

Depois de um belo e abençoado culto de Santa Ceia, trago nesta oitava edição uma frase do célebre Rui Barbosa (1849-1923) sobre a Bíblia Sagrada.

“Se eu a coloco abaixo de todos os livros, ela é a que mantém todos eles, se eu a coloco no meio dos outros livros, ela é o coração desses livros, e se eu a coloco em cima dos outros livros, ela é a cabeça e autoridade de todos os livros em minha biblioteca” Rui Barbosa.

Anchieta Campos

Proibição da leitura da Bíblia no catolicismo romano

Em meus estudos sobre o catolicismo romano aprendi muitas, mas muitas coisas mesmo sobre a poderosa Igreja de Roma. Foram mais de uma centena de artigos e estudos lidos sobre a Igreja Romana, tanto do ponto de vista histórico, político e teológico. Dentre todos os textos que li há um em especial, que nada mais é do que o registro de uma obra do Vaticano sobre a Bíblia Sagrada.

O italiano Giovanni Maria del Monte fora eleito Papa no ano de 1550, reinando sobre o trono papal com o nome de Júlio III até o ano de 1555, sucedendo o Papa Paulo III. O conclave que o elegeu demorou mais de dois meses e fora marcado por uma disputa política muito grande entre os cardeais italianos e o grupo dos simpatizantes do inglês Pole, o qual acabou derrotado.

Em seu papado, Júlio III ordenou a reabertura do clássico e famoso Concílio de Trento em 01/05/1551, instalando assim novos bispos alemães, com o intuito de instalar uma reforma na Igreja Católica antes do protestantismo tomar conta de toda a Europa. Fora neste Concílio que se criara o dogma da Eucaristia, com a definição de transubstanciação. Outro ato interessante do Papa Júlio III fora o de consagrar a cardeal o filho adotivo de seu irmão, um garoto cheio de vícios e com menos de 15 anos de idade.

Muitos poderão dizer que o principal legado de Júlio III fora Trento, e realmente esse fora o seu mais expoente ato. Agora o Papa deixou também uma produção muito valiosa para compreendermos bem melhor a verdadeira cara da Igreja Católica Romana; na verdade o referido papa convocou os três mais famosos e reconhecidos mais sábios bispos da sua igreja, lhes entregando a missão de analisarem a Bíblia, apresentado-lhe soluções para o “problema da Bíblia”, que em muito prejudicava e incomodava a igreja católica naquele tempo da reforma protestante.

Ao concluir os seus estudos, os bispos apresentaram a Júlio III um documento intitulado de “Direções concernentes aos métodos adequados para fortificar a Igreja de Roma”,o qual se encontra arquivado na Biblioteca Imperial de Paris, fólio B, número 1088, vol. 2, ps. 641 a 650. Destacaremos somente a parte final da referida obra:

“Finalmente (de todos os conselhos que bem nos pareceu dar a Vossa Santidade, deixamos para o fim o mais necessário), nisto Vossa Santidade deve pôr toda a atenção e cuidado de permitir o menos possível a leitura do Evangelho, especialmente na língua vulgar, em todos os países sob vossa jurisdição. O pouco dele que se costuma ler na Missa, deve ser o suficiente; mais do que isso não devia ser permitido a ninguém. Enquanto os homens estiverem satisfeitos com esse pouco, os interesses de Vossa Santidade prosperarão, mas quando eles desejarem mais, tais interesses declinarão. Em suma, esse livro (a Bíblia) mais do que qualquer outro tem levantado contra nós esses torvelinhos e tempestades, dos quais meramente escapamos de ser totalmente destruídos. De fato, se alguém o examinar cuidadosamente, logo descobrirá o desacordo, e verá que a nossa doutrina é muitas vezes diferente da doutrina dele, e em outras até contrária a ele; o que se o povo souber, não deixará de clamar contra nós, e seremos objetos de escárnio e ódio geral. Portanto, é necessário tirar esse livro das vistas do povo, mas tende muito cuidado, para não provocar tumultos. Bolonie, 20 Octobis 1553, Vicentius De Durtantibus, Egidus Falceta, Gerardus Busdragus”.

Realmente os bispos estavam mais do que certos. A Bíblia é um perigo para a Igreja Católica Romana, a qual não sustém suas doutrinas e práticas quando comparadas a Palavra de Deus.

Todo este medo que o grande povo católico tenha conhecimento e esclarecimento bíblico é justamente movido pelo medo de perder seus fiéis (os quais estão cada vez mais raros).

A Bíblia nos diz que a Palavra é a verdade, conforme asseverou Jesus em Jo 17:17 que diz: “Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade”. Em outra passagem Jesus disse: “E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” Jo 8:32. Como podemos aprender nesta rápida hermenêutica, a Palavra de Deus é a Verdade que liberta o homem da ignorância e da escravidão do pecado, dando a luz do caminho e expulsando as trevas, cf. Salmo 119:105 que diz: “Lâmpada para os meus pés é tua palavra, e luz para o meu caminho”.

Por fim, o próprio Cristo nos alertou para que examinássemos (ler e estudar, esmiuçar) as Escrituras, cf. Jo 5:39 que diz: “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam”.

E hoje, mudou? Uma conversa rápida com um católico mostra que não. Infelizmente.

Anchieta Campos

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Assunto importante! Liberdade de expressão ameaçada no Brasil

Acabei de acessar o Blog da UBE, onde me deparei com a postagem Governo brasileiro busca identidades de blogueiros “homofóbicos”, que ao lê-la não pensei duas vezes e a noticio aqui em meu humilde blog.

Como costumeiramente gosta de afirmar o pastor Silas Malafaia, no Brasil se crítica tudo e todos; políticos, policiais, advogados, justiça, padres, pastores e todo e qualquer tipo de instituição, mas não se pode criticar o homossexualismo, pois assim os adeptos deste movimento se levantam, como dizem os nordestinos, com quatro pedras nas mãos! Está parecendo que não se pode dizer que não concordamos com a prática e que a repudiamos. Frise-se que repudiamos a prática homossexual, mas não os homossexuais.

Oremos para que o Brasil não entre na ignorante onda do sufocamento da liberdade de expressão, o que com certeza seria retroagir centenas de anos no Direito. Temos o direito de dizer com o que concordamos ou não, de dizermos o que achamos certo ou não. É claro que, como já disse, devemos respeitar a escolha de cada um, cada um tem a faculdade de escolher o que quiser para a sua vida.

Para maiores informações sobre o tema em análise, acessar também o Blog do irmão e advogado Valmir Nascimento, na postagem Dôssie contra a liberdade de expressão.

Desta feita aproveito para conclamar a todos os irmãos leitores do meu blog para enviarmos e-mails para os nossos senadores, pedindo voto contra o PL 122/2006 (a conhecida Lei da homofobia), que cria benefícios inconstitucionais para os homossexuais, restringindo a liberdade de expressão. Para acessar a lista de e-mail dos senadores da República, basta acessar a página http://www.senado.gov.br/sf/senadores/senadores_atual.asp?o=3&u=*&p=*.

Anchieta Campos

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Aberto 26º Encontro de Missões dos Gideões

Foi aberto hoje, oficialmente, o 26º Encontro Internacional de Missões dos Gideões Missionários da Última Hora, organizado e realizado pela Assembléia de Deus em Camboriú-SC, presidida pelo pastor Cesino Bernardino, que também é presidente dos GMUH. O tema deste ano é: "Gideões: Amar sim, abandonar jamais!".

O encontro é, reconhecidamente, o maior evento (em número de presentes) evangélico do Brasil, reunindo dezenas de milhares de pessoas de todo o Brasil na cidade de Camboriú-SC.

Os GMUH realizam um importante trabalho de evangelismo e assistência social, isto é um fato inegável. Agora também é um fato inegável que o congresso realizado pela instituição estava sendo palco de verdadeiros espetáculos humanos, e não do Espírito Santo. Com pregadores (pregadores?) que mais pareciam verdadeiros show-men, com performances e ensinos nada ortodoxos (para não dizer bíblicos), além de realizar um verdadeiro sincretismo doutrinário em seu púlpito (com membros do G12, unicismo, etc.), o evento estava trazendo grandes prejuízos para a Igreja do Senhor no Brasil, especialmente para a Assembléia de Deus.

Agora parece que a coisa está para mudar um pouco (para melhor). Os nomes dos pregadores foram mantidos em sigilo até o último momento possível; grandes nomes de super, mega, hiper pregadores foram postos de lado; nomes mais ortodoxos e bíblicos foram convidados, como o pastor José Wellington Bezerra da Costa, presidente da CGADB, além do pastor carioca Silas Malafaia, sendo que os dois foram os únicos citados na página oficial do evento na internet (acesso realizado agora a pouco). O pastor José Wellington ficou com a oportunidade de pregar nesta noite, enquanto que o pastor Silas Malafaia ministrará na noite de 26 de abril.

Sempre orei por este grandioso evento, pedindo a intervenção do Espírito Santo para que o mesmo fosse um palco imaculado, honrando a Bíblia Sagrada, levando o nome de Jesus aos necessitados e sendo um verdadeiro berço de um avivamento genuinamente bíblico para o povo de Deus.

Que o Espírito Santo venha a se manifestar de um modo verdadeiro em Camboriú, trazendo um avivamento que não seja apenas fogo de palha, mas que toque e mude vidas, de crentes e não crentes; em e para honra do nome de Jesus. Amém.

"Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus dá; para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a glória e poder para todo o sempre. Amém" 1 Pe 4:11.

O site do evento é http://www.gideoes.com/encontros/26/.

Anchieta Campos

domingo, 20 de abril de 2008

Frase quase divina – 07

Para esta sétima edição do quadro “Frase quase divina” trago aos meus leitores uma célebre pérola do memorável reformador e teólogo francês João Calvino (1509-1564), reconhecido em todo o meio protestante ortodoxo como um grande pensador e doutrinador cristão, sendo, ao lado de Lutero, o maior expoente da Reforma Protestante.

“Para nós só a glória de Deus é legítima. Fora de Deus só há mera vaidade” João Calvino.

Anchieta Campos

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Uma produção acadêmica sobre a Eutanásia (parte 02 - conclusão)

(A primeira parte do artigo encontra-se publicada abaixo deste)

6.2 A EUTANÁSIA E A FAMÍLIA

Mesmo sendo a morte quase sempre algo inesperado, ela sempre traz consigo um impiedoso espírito de temor, de insegurança, revolta e muitas outras conseqüências negativas, além de reviver o espírito de reflexão, seja sobre um enfoque religioso, científico, ético, político ou jurídico. No meio dessa reflexão se encontram principalmente os familiares da vítima do inevitável, que são os que recebem o maior impacto com a morte do ente querido. Quando se enfoca o caso da eutanásia, em que o impacto é amenizado e substituído por um sofrer lento e gradativo, tanto da vítima quanto dos familiares, nesse caso o espírito de reflexão é o que assume o papel principal na triste novela da vida real.

Brota no meio familiar um clima de dúvidas e discussões sobre o destino que terá o familiar acometido de um mal incurável pela atual medicina. Ramificações de pensamentos divergentes surgem, em um momento em que o consenso e o espírito da vida deveriam ser superiores nas intenções de cada parente envolvido no caso. A questão do uso ou não da eutanásia é o principal ponto de contrariedade. Existem os que são literalmente contra a possibilidade de se tirar a vida propositalmente do familiar acometido pelo mal incurável, estes preferem continuar na esperança de uma possível cura e na luta com o ente querido, até que ele venha a falecer de modo natural, onde nem mesmo os aparelhos o consigam manter vivo. Os que defendem o apelo à prática ilegal da eutanásia, argumentam estarem movidos de uma íntima compaixão e de um espírito piedoso, buscando livrar o familiar do seu sofrimento. Mas será realmente que os que defendem a morte proposital do familiar estão pensando somente no ente incurável? Luiz Flávio Borges D´urso, Mestre e Doutor pela USP, advogado criminalista e Presidente da OAB/SP, comenta o seguinte:

"Relatos de pessoas que aplicaram a eutanásia em parentes somam-se a relatos de médicos que a praticaram, todos sempre imbuídos do espírito da “piedade”. Ora, não sejamos hipócritas, pois o que realmente leva à prática da eutanásia não é a piedade ou a compaixão, mas sim o propósito mórbido e egoístico de poupar-se ao pungente drama da dor alheia. Somente os indivíduos sujeitos a estados de extrema angústia são capazes do golpe fatal eutanásico, pois o alívio que se busca não é o do enfermo, mas sim o próprio; que ficará livre do “fardo” que se encontra obrigado a “carregar”. A falsidade no enfoque desse assunto salta aos olhos, quando nos deparamos com casos concretos envolvendo interesses mundanos, quer de natureza conjugal, quer de sucessão patrimonial. Afinal, se a sociedade brasileira não aceita a pena de morte, é óbvio que essa mesma sociedade não aceita que se disponha da vida de um inocente, para poupar o sofrimento ou as despesas de seus parentes".

Não se pode permitir que a decisão de tirar ou não a vida de um paciente em estado terminal fique sujeita a uma briga familiar, a interesses pessoais ou vãos pensamentos que chegam a ser anti-éticos. Familiares desesperados em ver a situação do ente querido não podem e nem tem a capacidade de decidir sobre a morte ou vida do enfermo. O padrão moral, médico, jurídico e religioso deve continuar a ser realmente o padrão de ações no que se refere a vida humana. Esse pensamento ortodoxo é necessário para que se evite situações constrangedoras, como foi o dramático e comovente desfecho da agonia e morte da norte-americana Terri Schiavo, 41 anos, que agonizava pela inanição provocada pelo desligamento dos tubos que a mantinham viva, onde o marido apoiava a opção de se colocar um ponto final no drama da esposa, e do outro lado os pais e familiares de Terri, que acreditavam na chance de uma possível cura, defendiam a manutenção do funcionamento dos aparelhos.


6.3 A EUTANÁSIA E A ÉTICA MÉDICA

Defender a vida em toda e qualquer circunstância, poderia ser assim resumido o pensamento ético-médico. Com algumas raras exceções, a classe médica se caracteriza por valorizar a vida e sempre lutar até o fim, até a morte vencer naturalmente a vida, para manter o paciente com o maior de todos os dons, o dom da vida.

Aprovado pelo Conselho Federal de Medicina, na Resolução nº. 1.246, de 8 de janeiro de 1988, o Código de Ética Médica dita os padrões de comportamento dos médicos, e dentre esses padrões se encontra a valorização da vida, defendê-la é algo tido como fundamental no Código de Ética Médica. O texto inicial do Art. 6º reflete a importância da vida na ética médica, dizendo: “O médico deve guardar absoluto respeito pela vida humana”.

Elaborado por estudiosos e especialistas de várias áreas, o Código de Ética Médica é um documento fundamentado na razão e no bom senso que rodeia o ser humano desde os seus primórdios. Não se deixando levar por pensamentos emotivos e impulsos não pensados e calculados, o Código de Ética Médica é a imagem do que se caracteriza de espírito humano.

Tendo a vida esse papel tão importante na ética médica, a eutanásia logo se caracteriza como algo inconcebível no meio médico. Inserido dentro do Capítulo V, que diz respeito à relação com pacientes e familiares, tratando mais especificamente do que é vedado ao médico, o Art. 66º do Código de Ética Médica traz consigo o seguinte texto: “Utilizar, em qualquer caso, meios destinados a abreviar a vida do paciente, ainda que a pedido deste ou de seu responsável legal”. O Código de Ética de Médica proíbe expressamente a prática da eutanásia, mesmo que essa venha a ser um desejo do paciente condenado ou de seu responsável legal.

Procurando evitar que médicos com pensamentos corrompidos, tentassem usar da eutanásia em pacientes com uso de aparelhos, o Código de Ética Médica em seu Art. 72, que está inserido no capítulo VI, que diz respeito sobre a doação e transplante de órgãos e tecidos, na parte que denota o que é vedado aos médicos, traz consigo o seguinte texto: “Participar do processo de diagnóstico da morte ou da decisão de suspensão dos meios artificiais de prolongamento da vida de possível doador, quando pertencente à equipe de transplante”. Mais uma vez a ética médica defende sua opinião contrária à eutanásia e favorável a vida.

Para finalizar a abordagem da eutanásia sobre o aspecto ético-médico, o Juramento Médico, que é realizado ao término do curso de medicina, diz em seu terceiro parágrafo: “... abster-me-ei de toda a ação ou omissão, com intenção direta e deliberada de pôr fim a uma vida humana. Terei o máximo respeito por toda a vida humana, desde a fecundação até a morte natural...”.


6.4 A EUTANÁSIA SOBRE A ABORDAGEM RELIGIOSA

Por nos encontrarmos em um país de maioria absoluta cristã, 89% segundo o Censo 2000, além de sua própria estrutura lógica e histórica, tomaremos por base o cristianismo para analisarmos a eutanásia sobre o ponto de vista da ética religiosa.

Como já foi abordado nesta pesquisa, a vida passou a ocupar o lugar de prioridade e ser encarada como um bem-maior, a partir da ascensão da cultura judaico-cristã. As ideologias religiosas pagãs, que dominavam o cenário do mundo antes do surgimento e do espantoso crescimento dos adeptos do cristianismo, pregavam vários ensinamentos contrários à vida. As filosofias grega e romana idealizavam o suicídio como uma forma nobre de se morrer, onde um homem que não tem mais condições de viver, que já alcançou o fim de sua carreira, para ele seria mais do que honroso admitir o fim de sua vida e por um fim com suas próprias mãos a sua existência. Como já foi explanado nesta pesquisa, Genival Veloso de França relata que os espartanos sacrificavam os recém-nascidos deformados, por não serem úteis ao serviço militar, além de representar um “fardo” a ser carregado pela família e sociedade; na cidade de Atenas, o Senado tinha totais poderes para decidir sobre o destino vital de velhos com doenças incuráveis; na Índia os incuráveis eram jogados no rio Ganges. Muitos outros exemplos poderiam ser citados, como comunidades tribais africanas, que ofereciam em sacrifício aos deuses, crianças e mulheres virgens, além de uma infinidade de crenças e práticas pagãs que eram bastante comuns no passado.

Assim sendo fica claro a forte ligação que existia, e que ainda hoje existe, entre a morte provocada conscientemente e as religiões pagãs. Foi com a doutrina cristã que a vida passou a ser encarada como um dom divino e algo de caráter bastante especial. Com a oficialização do cristianismo como religião do Império Romano, a doutrina cristã foi colocada em choque com uma região que detinha uma cultura altamente pagã e politeísta, mas o ensino cristão que reza que a vida é algo totalmente ligado a uma dádiva de Deus, ficou praticamente inalterado. Foi a partir daí que os ensinos cristãos passaram a ser pregados em todo o Império Romano e os obstáculos foram reduzidos de uma forma bastante acentuada para a propagação do Evangelho.

A Bíblia Sagrada, que é a Palavra de Deus para todo cristão, serve de base e modelo de vida que deve ser seguido pelos adeptos do cristianismo. Em sua Palavra, Deus impôs algumas leis, principalmente no Antigo Testamento, entre elas se destacam os Dez Mandamentos, que até o cristão mais leigo conhece, pelo menos que eles existem. No sexto mandamento, que pode ser encontrado no livro de Êxodo, capítulo 20 e verso 13, Deus falou de uma forma bastante curta e clara: “Não matarás”. O próprio Cristo no Novo Testamento confirmou o que seu Pai tinha dito a Moisés, e foi mais além, no Evangelho segundo escreveu Mateus, capítulo 5 e versos 21 e 22, Cristo diz:

“Ouvistes que foi dito aos antigos: Não matarás; mas qualquer que matar será réu de juízo. Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão será réu de juízo, e qualquer que chamar a seu irmão de raca será réu do Sinédrio; e qualquer que lhe chamar de louco será réu do fogo do inferno”.

O Apóstolo Paulo em sua segunda carta a cidade de Corinto, capítulo 1 e versos 8 e 9, relata o imenso sofrimento pelo qual passou, mas manteve-se firme na luta pela vida e confiou em Deus, dizendo:

“Porque não queremos, irmãos, que ignoreis a tribulação que nos sobreveio na Ásia, pois que fomos sobremaneira agravados mais do que podíamos suportar, de modo tal que até a vida desesperamos. Mas já em nós mesmos tínhamos a sentença de morte, para que não confiássemos em nós, mas em Deus, que ressuscita os mortos”.

Paulo nunca se desesperou ao ponto de acolher a idéia do suicídio, sempre perseverou até o fim na vida que levava, pois sabia que a vida é um dom divino, e que só cabe a Deus decidir o momento da morte chegar ao ser humano.

O cristianismo, o maior segmento religioso do mundo, com mais de dois bilhões de adeptos, apesar de ter sofrido algumas divisões com o passar do tempo, é uno quanto à questão da vida; tanto as doutrinas do protestantismo, catolicismo romano e ortodoxismo grego, defendem que ela é um dom de Deus e que somente cabe a Ele retirar esse dom; tendo, portanto, as três principais correntes do cristianismo uma posição contrária à prática da eutanásia.

O Presbítero e co-Pastor da Igreja Evangélica Assembléia de Deus em Pau dos Ferros/RN, Jetro Lopes de Souza, faz o seguinte comentário sobre a eutanásia:

“A Igreja repudia a eutanásia. Somente Deus tem o direito de dar ou tirar a vida. O Senhor Jesus se apresentou como sendo Ele o caminho e a vida. Ele é, portanto, a fonte geradora de vida. É muito louvável que os médicos apliquem todos os recursos disponíveis para salvar vidas, e nunca para antecipar a morte. Lemos na Bíblia a história do Rei Ezequias, que estava gravemente enfermo e cuja morte estava determinada pelo próprio Deus. Mas diante de sua oração e súplicas, Deus lhe restaurou a saúde e acrescentou-lhe mais quinze anos de vida (Is 38:1-5). A Igreja é, portanto, contrária a sua legalização”.

O Evangelho veio com uma mensagem totalmente diferente do que estava enraizado na cultura e prática de antigamente, com uma mensagem de amor ao próximo, caridade, perdão e de um sentimento de apelo à vida que nunca tinha sido visto antes. Os historiadores Darrel W. Amundsen e Gary B. Ferngren observam que: "Os primeiros hospitais vieram a existir, no quarto século, por causa da preocupação dos cristãos com todas as pessoas, principalmente os mais necessitados, pois o ser humano tem a imagem de Deus".

Fora os personagens bíblicos, os mais famosos e respeitados seguidores do cristianismo também concordam com o que afirmou Jesus, Paulo e todos os escritores bíblicos. Assim escreveu Tertuliano no segundo século da era cristã: “A verdade é que nós, cristãos, não temos permissão de destruir o que foi concebido na barriga de uma mulher, pois o homicídio é proibido”. Agostinho também condenou a prática da morte voluntária, argumentando que:

“Nenhuma pessoa deve infligir em si mesma morte voluntária, pois isso seria fugir dos sofrimentos do tempo presente para se atirar nos sofrimentos da eternidade. Nenhuma pessoa deve acabar com a própria vida a fim de obter uma vida melhor depois da morte, pois quem se mata não terá uma vida melhor depois de morrer”.

O evangelista Billy Graham também foi questionado sobre a eutanásia, ao lhe perguntarem por que tantas pessoas eram contra a idéia de ajudar no suicídio de um enfermo que tem uma doença crônica e está sem esperança de recuperação. Graham, então com 81 anos de idade, respondeu:

"O motivo principal é que foi Deus quem nos deu a vida, e só Ele tem o direito de tirá-la. A vida é um presente sagrado de Deus. Não estamos aqui simplesmente por acaso. Foi Deus quem nos colocou aqui. Assim como Ele nos colocou aqui, só Ele tem a autoridade de nos levar embora, e quando tomamos essa autoridade em nossas mãos, violentamos Seus propósitos cheios de sabedoria. Não se deve destruir a vida arbitrariamente".

Apoiar a eutanásia e sua legalização é ir contra os princípios cristãos, é ir contra a Palavra de Deus e sua soberana vontade; é o mesmo que jogar na lata do lixo todos os sábios ensinamentos das Escrituras Sagradas e de seus maiores estudiosos.


6.5 A EUTANÁSIA NO ENFOQUE JURÍDICO E SUA LEGALIZAÇÃO

Como já fora mencionado nesta pesquisa, a eutanásia no Brasil não é um assunto tratado por sua totalidade, a referência que se tem sobre o tema é ao art. 121 do Código Penal (CP), que prevê pena de 6 a 20 anos de reclusão quando o médico abrevia o sofrimento da vítima, mesmo com a alegação de piedade ou compaixão, cometendo assim o crime de homicídio simples.

Numa análise histórica sobre o assunto, podemos citar que em 1903 a Alemanha, e em 1912 o Parlamento dos Estados Unidos, discutiram e rejeitaram projetos que versavam sobre homicídio caritativo. O art. 143 do Código Penal russo deu ensejo em 1922 ao fuzilamento de 117 (cento e dezessete) crianças acometidas de doença tida como incurável à época, por terem ingerido carne de cavalo infecta. Copiando o art. 102 do projeto de Código Penal suíço de 1918, em 1924 o Peru legalizou o homicídio piedoso (art. 157), assim como cuidou da matéria o Projeto Tcheco-eslovaco de 1925 (art. 271, § 3º).

No caso do Brasil, seguindo a linha do Código Criminal do Império (1830), o Código Penal republicano, mandado executar pelo Decreto n. 847, de 11-10-1890, não contemplou qualquer disposição relacionada ao homicídio caritativo, e destacou em seu art. 26, c: "Não dirimem nem excluem a intenção criminosa, o consentimento do ofendido, menos nos casos em que a lei só a ele permite a ação criminal". Por sua vez, a Consolidação das Lei Penais, Código Penal brasileiro completado com as leis modificadoras então em vigor, obra de Vicente Piragibe (Rio de Janeiro: Saraiva & Cia. Editores, 1933), aprovada e adaptada pelo Decreto n. 22.213, de 14-12-1932, em nada modificou o tratamento legal anteriormente dispensado ao tema, conforme seu Título X, que tratou "Dos crimes contra a segurança da pessoa e vida" (arts. 294/314). Também não estabeleceu atenuante genérica relacionada ao assunto, conforme se infere da leitura de seu art. 42, ou outro benefício qualquer.

Por sua vez, o Anteprojeto de Código Penal em estudo pela Comissão encarregada de introduzir mudanças na Parte Especial do Código em vigor, ao tratar do homicídio no art. 121, dispõe (§ 3º): "Se o autor do crime é cônjuge, companheiro, ascendente, descendente, irmão ou pessoa ligada por estreitos laços de afeição à vítima, e agiu por compaixão, a pedido desta, imputável e maior de dezoito anos, para abreviar-lhe sofrimento físico insuportável, em razão de doença grave e em estado terminal, devidamente diagnosticados: Pena - reclusão, de dois a cinco anos". Já no § 4º estabelece: "Não constitui crime deixar de manter a vida de alguém por meio artificial, se previamente atestada por dois médicos a morte como iminente e inevitável, e desde que haja consentimento do paciente ou, em sua impossibilidade, de cônjuge, companheiro, ascendente, descendente ou irmão". Regulando, assim, a eutanásia e a ortotanásia, respectivamente.

Conforme o Anteprojeto, a eutanásia será crime comissivo, punido de maneira mais branda se comparado às outras modalidades ilícitas precedentes na ordem de disposição do artigo em que figura, e até mesmo em relação ao crime de lesão corporal seguida de morte (art. 128, § 4º). A proposta não isenta a eutanásia de pena, como fizeram no passado os Códigos da Rússia, Noruega e Peru, entre outros. Em consideração ao motivo, entretanto, ela será atenuada, sendo punida com pena de reclusão de dois a cinco anos. Vale destacar que se aprovado o Anteprojeto, o mesmo violará regras legais e até mesmo constitucionais, pois notadamente o art. 5.º, caput, da nossa Constituição Federal (CF), que determina que todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida. A Constituição Federal em matéria de legalidade é soberana, é a Carta Magna de um país, todas as demais leis e ordenamentos jurídicos devem estar em total harmonia com o que prega a Constituição. Para que se aprove no Brasil o Anteprojeto de Código Penal é necessário primeiro que se altere a Constituição Federal de nosso país, alterando o texto do art. 5º, caput, da nossa CF, o que sabemos não ser possível, em virtude dos Direitos e Garantias Fundamentais estarem inseridos nas cláusulas pétreas (art. 60º, §4º).

O doutrinador Afrânio Peixoto, citado por Ribeiro Pontes (Código Penal brasileiro, 2. ed., Guaíra, 1º v., p. 203), referiu-se à eutanásia com as seguintes palavras: “A ética médica se recusa por tradição de seu sacerdócio, non nocere, e pela confiança no progresso científico, a admiti-la, pois doenças incuráveis e mortais, ainda ontem, são hoje vitoriosamente combatidas”.

O também doutrinador jurídico, o internacional Enrique Morselli, ensinou que uma humanidade verdadeiramente superior pensará em prevenir o delito e a doença, não em reprimi-lo com sangue, nem curar a dor com a morte (L'uccisione pietosa (I'eutanásia) in raporto alla medicina, alla morale ed all'eugenica, Turim: Bocca, 1923).

Outro doutrinador jurídico, Renato Marcão, usou as seguintes palavras para demonstrar sua opinião sobre a eutanásia:

“A licença para o homicídio eutanásico deve ser repelida, principalmente, em nome do direito. Defendê-la é, sem mais nem menos, fazer apologia de um crime. A vida de um homem até o seu último momento é uma contribuição para a harmonia suprema do Universo, e nenhum artifício humano, por isso mesmo, deve truncá-la”.

A eutanásia é uma prática legalizada na Holanda, Bélgica e no Uruguai, mas há diversas cláusulas médicas e legais a serem respeitadas para que ela possa ser levada a cabo. Em todos os demais países do globo terrestre, a eutanásia ou continua a ser crime, tratada por completo nas leis, ou não é tratada por completo na legislação vigente, mas sendo considerada uma prática ilegal.

No caso da Holanda, um país desenvolvido que legalizou a prática da eutanásia, existe a Lei Funeral (Burial Act) de 1993, que incorporou os cinco critérios para eutanásia e os três elementos de notificação do procedimento. Estas condições eximem o médico da acusação de homicídio.

Os cinco critérios, propostos em 1973, durante o julgamento do caso Postma, e estabelecidos pela Corte de Rotterdam, em 1981, para a ajuda à morte não penalizável, por um médico, são os seguintes:

1) A solicitação para morrer deve ser uma decisão voluntária feita por um paciente informado;
2) A solicitação deve ser bem considerada por uma pessoa que tenha uma compreensão clara e correta de sua condição e de outras possibilidades. A pessoa deve ser capaz de ponderar estas opções, e deve ter feito tal ponderação;
3) O desejo de morrer deve ter alguma duração;
4) Deve haver sofrimento físico ou mental que seja inaceitável ou insuportável;
5) A consultoria com um colega é obrigatória.

O acordo entre o Ministério da Justiça e a Real Associação Médica da Holanda, estabelece três elementos para notificação:

1) O médico que realizar a eutanásia ou suicídio assistido não deve dar um atestado de óbito por morte natural. Ele deve informar a autoridade médica local utilizando um extenso questionário;
2) A autoridade médica local relatará a morte ao promotor do distrito;
3) O promotor do distrito decidirá se haverá ou não acusação contra o médico.

Se o médico seguir as cinco recomendações, o promotor não poderá realizar acusação.

Ainda na Holanda, no ano de 2000, foi aprovada mais uma série de recomendações e definições. Sendo que em 10 de abril de 2001 foi aprovada definitivamente a legalização da eutanásia, entrando em vigor em abril de 2002.

No caso da Holanda, percebe-se uma certa insegurança para que a eutanásia pudesse ser aprovada. Muitas e muitas regras, que regulamentam a tão delicada situação em que se colocou a normatização jurídica holandesa. Buscou-se ao máximo manter o controle da prática anti-ética. Resta esperar para ver até quando durará a legalização holandesa da eutanásia, pois nadar contra a corrente da ética global é algo bastante aventureiro e inseguro.


6.6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A eutanásia é um assunto que envolve praticamente todos os setores da sociedade, e para que se possa chegar a uma solução viável para a questão de sua legalização, é necessário a ponderação desses setores, as éticas médica, religiosa, social e jurídica vigentes, não podem ser colocadas de lado nessa questão, mas sim são as peças fundamentais para a resolução do embate da legalização da prática da eutanásia.

O método da eutanásia é uma prática ilegal em praticamente todos os países do planeta Terra, e seria arriscado demais para o Brasil nadar contra a correnteza histórico-mundial, e os motivos não são poucos para tal conclusão, pois se fundamentar no padrão ético-jurídico internacional, defendido pelos melhores doutrinadores juristas internacionais e nacionais, seguir o padrão ético-médico internacional, defendido pela mais respeitada classe médica internacional e nacional, seguir o padrão de raciocínio defendido pelos maiores pensadores vivos e mortos que já passaram pela face da Terra, seguir o padrão religioso mundial, seguir os ensinamentos cristãos e bíblicos, defendidos e pregados pelos maiores teólogos que esse mundo já viu, além de respeitar e seguir os seus tão sábios juristas, que elaboraram a tão completa e harmoniosa Constituição da República Federativa do Brasil, isso não seria nada emotivo e insano, mas sim a decisão mais racional e ponderada possível para a questão da legalização da eutanásia.

Seria de extrema importância e necessidade que o Brasil não legalizasse a prática da eutanásia, e sim desse um passo a frente, rumo a um horizonte aberto e limpo, como o mundo civilizado faz, e não desse um passo para trás, voltando a um passado de ignorância e paganismo. Ir contra o que o mundo selecionou de melhor em tantos séculos de história, e se apegar ao que o próprio ser humano rejeitou com a evolução do seu raciocínio lógico, é colocar em risco o que ainda resta ao Brasil, a boa vontade e o bom caminho, mesmo que eles não sejam totalmente postos em prática.

Anchieta Campos

Uma produção acadêmica sobre a Eutanásia (parte 01)

Disponibilizo no blog um Projeto de Pesquisa de minha autoria, elaborado no início do meu curso de Direito, no ano de 2005, como requisito da disciplina Metodologia do Trabalho Científico.

O tema abordado foi “A questão da Eutanásia e sua legalização”, onde realizei uma abordagem ética/lógica/histórica/cultural sob o tríplice enfoque da medicina, do direito e da religião.

Retirei algumas partes da obra original, apenas aquelas “protelatórias”, que em nada enriquecem culturalmente o tema em análise.

A postagem ficou um pouco extensa, mas com certeza vale a pena ler o referido trabalho científico, onde além de tratar da eutanásia, acaba tratando de ricochete o tema do aborto (de um modo mais sucinto, mas trata).

Boa leitura e aprendizagem.

INTRODUÇÃO

A humanidade já evoluiu de uma maneira assombrosa, quando se compara o presente com as primeiras civilizações clássicas, nota-se de uma maneira bastante clara o abismo que separa o homem de séculos atrás com o homem atual. O processo de aprimoramento e avanços continua atualmente, seja na organização espacial do globo, na ciência tecnológica ou na medicina, o homem está sempre buscando derrubar barreiras que dantes eram impossíveis de se transpor.

Doenças que em épocas passadas eram impossíveis de cura e até mesmo de tratamento, hoje são perfeitamente tratadas e curadas. No entanto, mesmo com todos os avanços inquestionáveis do pensar humano, às vezes a tão brilhante mente humana se depara com verdadeiras muralhas indestrutíveis, dentre elas se encontra a tão certa e temível morte. Seja por uma fatalidade inesperada, ou por uma doença, especialmente as crônicas e/ou degenerativas, como o câncer, a morte é algo inevitável e tão certo quanto à existência do sol.

Em alguns casos a cura e/ou tratamento são opções não válidas e possíveis, mas o diagnóstico é quase sempre possível, e para se chegar à conclusão de que determinado paciente se encontra em estado irreversível para a medicina atual, é algo totalmente possível. Ter a certeza da morte em determinado espaço de tempo ou viver já destinado pela classe médica com uma vida deficiente, é algo que abala completamente a razão lógica do enfermo, isso quando se encontra em sã consciência, e dos seus familiares ou entes queridos. Para casos deste tipo a atual medicina não pode fazer praticamente nada para solucionar o problema, mas tem total capacidade para por um fim ao sofrimento do paciente condenado, pondo um fim a sua vida, realizando assim o que foi batizado de eutanásia.

A eutanásia é um tema bastante delicado, que divide opiniões e gera muita polêmica, pois o que está sendo tratado é algo que vai contra o que é dito como padrão do normal e aceitável para o bom senso humano, indo de encontro à ética social, religiosa, médica e jurídica. A questão de sua legalização ou não é o principal ponto de debates, em poucos países a prática foi regulamentada, mas na quase totalidade dos países do globo a prática é ilegal ou não tratada por completo em sua legislação.

Legalizar ou não a eutanásia é uma questão que deve ser tratada cuidadosamente, analisada por todos os pontos de vista éticos existentes, observar a situação dos enfermos condenados e de seus familiares, para que se possa chegar a uma conclusão que se harmonize com o bom senso e principalmente com o ponto de vista humano.


PROBLEMATIZAÇÃO

A vida, o maior de todos os dons que Deus nos concedeu, um verdadeiro milagre somente capaz a um Deus Vivo e Todo-Poderoso. Vida esta que até qualquer animal luta, movido totalmente por instintos naturais, para defendê-la e melhorá-la cada vez mais. O que não dizer então do ser humano, o ser comandante do Planeta Terra, o ser vivente que recebeu a dádiva de ser dotado de complexos sentimentos e de uma capacidade mental que até nos dias atuais surpreende cada vez mais.

O viver para o ser humano vem se transformando cada vez mais com o passar do tempo, através das evoluções que esse vem realizando ao seu redor, em seu meio social. Cada vez mais conforto, mais facilidades, mais saúde e mais ciência, todo e qualquer benefício que a mente humana pode oferecer para ele em vida, pelo menos para os que podem pagar para tais regalias. E como todo ser vivo, o ser humano não seria diferente dos demais, a vida, o viver, está sempre em primeiro plano; a sobrevivência, o estar vivo, o sentimento de querer estar sempre que possível presente nessa vida, marca de uma forma fervorosa praticamente a todo ser humano que se encontra em seu estado normal de consciência.

Sendo a vida este bem que todo ser vivo, mais ainda o ser humano, zela e procura prolongá-la o máximo que possível, como seria imaginar e ver o seu fim tão próximo, em especial para um ser pensante, como é o ser humano? Homem este que com os avanços da medicina consegue detectar e fazer relatórios futuros sobre o avanço de uma doença, principalmente as de cunho terminal, onde o paciente fica condenado pela medicina a morrer dentro de um prazo, que às vezes chega a ser tão específico para determinar a semana da morte do individuo. Para esses casos em que a ciência não consegue resolver para o lado positivo, dando a certeza ou pelo menos a esperança de uma cura, ela tem a chave que abre a porta para o lado negro da história, é o que foi batizado de eutanásia. Este método, que provoca voluntariamente a morte de um doente terminal, busca reduzir seu sofrimento físico e psicológico, evitando a morte dolorosa e gradual. Ministrando drogas farmacêuticas ou outras substâncias químicas, alivia-se a dor e abrevia-se a vida do ser condenado.

O ser humano ao se deparar com a situação acima relatada, pode no auge de sua fraqueza e desespero, autorizar o fim de sua própria vida. Com a ocorrência de casos de eutanásia aumentando cada vez mais, chega-se a interrogação que divide pensamentos: Deve a eutanásia ser legalizada, em especial no Brasil?

Em assim sendo, é uma questão que causa muitas controvérsias, mas que não pode ser entregue ao vento e deixada à vontade de pacientes aterrorizados ou em familiares mais ainda.


HIPÓTESES

Quando nos deparamos com casos de doentes em estado terminal, com sua vida terrena condenada pela classe médica, principalmente se o doente for um de nossos familiares, um impacto sentimental bastante forte nos atinge de frente. Em alguns casos a fé em Deus, em Jesus Cristo, se for o caso dos cristãos, em Algo superior, é uma das, ou talvez a única alternativa de apelação, conforto e consolação para o condenado e seus entes mais próximos sentimentalmente. Alguns mantém a esperança na ciência, que ela poderá estar enganada ou descobrir a tão desejada cura; mas o que é certo vir à tona, nem que seja por um mísero instante e depois desapareça das mentes envolvidas no drama, é um possível uso da eutanásia, como uma tentativa de por um fim ao sofrimento vivo a que o doente está submetido pelo acaso a viver. Nessas circunstâncias fica impossível não entrar em pauta a discussão sobre a legalidade da prática da eutanásia. Como deveria se posicionar a justiça nesses casos?

Por não ser um tema devidamente tratado pelas leis e códigos brasileiros, a eutanásia não é um assunto terminado, nem muito menos fundamentando e estudado a fundo pelos nossos legisladores. Essa deficiência formal das nossas normas jurídicas abre algumas possibilidades de adoção pela justiça nacional.

Uma das soluções que poderá vir a ser adotada é a liberação da prática da eutanásia. Nesse caso a adoção do método ficaria totalmente sujeito a vontade do paciente, cabendo a ele próprio tomar a decisão que julgar mais “vantajosa” a sua interpretação; a justiça não poderia intervir caso o doente condenado queira por um fim a sua vida e sofrimento. A intervenção do Estado se daria somente se a vontade do paciente estivesse sendo violada, seja por familiares, médicos e ou qualquer outra pessoa ou entidade.

A outra alternativa, mais lógica e usual, seria a total proibição da prática e uso do método. Com essa adoção o Estado teria totais poderes para não permitir que o apelo à eutanásia fosse concretizado em qualquer circunstância; obrigando o paciente a pelejar até o fim com a doença em busca da cura. A morte seria de cunho natural, e não artificial.


JUSTIFICATIVA

A ciência como um todo teve e continua a ter um desenvolvimento bastante intenso, e a medicina também não seria diferente. Várias doenças dantes impossíveis de cura e até de tratamento, hoje ou são totalmente curáveis ou pelo menos podem ser tratadas e combatidas. Mesmo com todos esses avanços indiscutíveis, a medicina ainda não conseguiu dominar plenamente todos os casos de doenças conhecidos.

Como já foi abordado anteriormente, a medicina pode não manter o paciente vivo em toda e qualquer circunstância, mas pode a qualquer momento por um fim no sofrimento do indivíduo, fazendo uso do método da eutanásia, antecipando a morte e poupando o condenado a morte de maiores dores. A eutanásia de um certo tempo para cá se tornou e está se tornando cada vez mais uma alternativa bastante usada pelos pacientes terminais para porem um fim nas suas vidas. Casos e mais casos são mostrados freqüentemente em jornais, tanto televisivos quanto escritos, de pessoas que autorizaram o fim de suas vidas; de casos em que os médicos se negaram a fazer uso de drogas químicas para por um fim a vida do enfermo, de parentes e familiares que se acusam mutuamente por causa do uso do método em um ente familiar, muitos e muitos casos com outras variantes mais complexas e que dividem e geram inúmeras opiniões. Vários programas de rádio e televisão já promoveram inúmeros debates sobre o tema da eutanásia, onde na maioria dos casos a mesma dúvida que entra, permanece firme e inabalável ao fim dos entraves verbais entre os contra e pró a legalização da eutanásia.

Por se tratar de um tema dotado de uma relevância bastante acentuada, pois envolve nada mais nada menos do que a legalização da prática médica de por fim a vida de um ser humano, a eutanásia tem tido uma grande atenção por parte da população em geral e, por conseguinte, da mídia.

A eutanásia é um assunto bastante abrangente, que engloba ética dos médicos, religião, direito, moral, dor e o fator principal, a vida.

São estes os motivos que fazem da eutanásia, em especial a sua legalização, um assunto de bastante importância, que deve ser estudado, esmiuçado, debatido por todas as partes que de algum modo estão envolvidas na questão; para que se possa criar a melhor solução possível, analisando os princípios éticos, religiosos e legais.


FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

6.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

Eutanásia, palavra que deriva de eu, que significa bem, e thanatos, que é morte, significando assim boa morte, morte doce, morte sem dor nem sofrimento. Dermival Ribeiro Rios, em sua obra Novo dicionário escolar da língua portuguesa (2000, p.281), definiu que a eutanásia seria “S.f. Prática ilegal pela qual se abrevia a morte, a um doente incurável, sob o pretexto de poupar-lhe mais sofrimentos”.

Por se tratar de uma prática que passou a ter um maior destaque na sociedade há poucos anos, principalmente pelos avanços dos métodos médicos, a eutanásia é um tema praticamente não abordado na atual legislação brasileira. A única alusão que poderia ser feita é ao art. 121 do Código Penal (CP), que prevê pena de 6 a 20 anos de reclusão quando o médico abrevia o sofrimento da vítima, mesmo com a alegação de piedade ou compaixão, cometendo assim o crime de homicídio simples.

Apesar de a discussão do método da eutanásia e sua legalização ter ganhado atenção apenas nesses últimos anos, a sua prática e uso já datam de alguns séculos atrás, sendo que ela só passou a ser condenada a partir do judaísmo e do cristianismo, onde a vida tinha e continua a ter, mesmo com algumas heresias infiltradas em certas igrejas, um caráter sagrado. A grande maioria das sociedades que antecederam a ascensão do judaísmo e do cristianismo admitiam e praticavam a morte voluntária de indivíduos que fossem portadores de doenças ou deformidades incuráveis. Genival Veloso de França relata que:

"Na Índia de antigamente, os incuráveis eram jogados no Ganges, depois de se lhes vedar a boca e as narinas com a lama sagrada. Os espartanos, conta Plutarco em Vidas Paralelas, do alto do monte Taijeto, lançavam os recém-nascidos deformados e até anciãos, pois "só viam em seus filhos futuros guerreiros que, para cumprirem tais condições deveriam apresentar as máximas condições de robustez e força". Os Brâmanes eliminavam os velhos enfermos e os recém-nascidos defeituosos por considerá-los imprestáveis aos interesses do grupo. Em Atenas, o Senado tinha o poder absoluto de decidir sobre a eliminação dos velhos e incuráveis, dando-lhes o conium maculatum - bebida venenosa, em cerimônias especiais. Na Idade Média, oferecia-se aos guerreiros feridos um punhal muito afiado, conhecido por misericórdia, que lhes servia para evitar o sofrimento e a desonra. O polegar para baixo dos césares era uma indulgente autorização à morte, permitindo aos gladiadores feridos evitarem a agonia e o ultraje".

De acordo com o relato de Genival Veloso de França, percebe-se que a morte provocada conscientemente é algo originado e fundamentado historicamente em regiões que continham, e que muitas ainda hoje contêm, um pensamento religioso pagão, envolto de misticismos e focando sempre a ótica física do ser, colocando a auto-suficiência da sociedade acima do valor de viver, e pior ainda, na grande maioria dos casos não dando nem a opção da vítima opinar quanto ao seu destino vital. Graças à cultura judaico-cristã é que a vida ganhou apoio e forças para ocupar o lugar de que nunca deveria ter saído, o lugar de prioridade sobre a morte.

A eutanásia se divide em três modalidades, que são chamadas de libertadora, piedosa e eugênica, que também pode ser chamada de econômica. Na forma libertadora, o enfermo incurável pede que se lhe abrevie a dolorosa agonia, com uma morte calma, indolor. Já na forma piedosa, o moribundo encontra-se inconsciente, e, tratando-se de caso terminal que provoca sofrimento agudo, proporcionando horríveis espetáculos de agonia, seu médico ou seu familiar, movido por piedade, o liberta, provocando a antecipação de sua hora fatal. Quanto à forma eugênica, trata-se da eliminação daqueles seres apsíquicos e associais absolutos, disgenéticos, monstros de nascimento, idiotas graves, loucos incuráveis e outros. Essa modalidade está presente na lembrança histórica das atrocidades dos nazistas, contra judeus e outras minorias, em prol da apuração da raça ariana.

Embora muito remota pelos princípios humanos e cristãos da sociedade, com a legalização da eutanásia, caso ocorra no Brasil, estar-se-á admitindo uma forma de burlar o crime de auxílio ao suicídio pela modalidade libertadora, de burlar o homicídio pela modalidade piedosa e, finalmente, de burlar o infanticídio e até o aborto criminoso pela modalidade eugênica ou econômica.

(continua...)

Anchieta Campos

domingo, 13 de abril de 2008

Frase quase divina – 06

Publico, já em Pau dos Ferros, a sexta edição do quadro “Frase quase divina”, onde desta feita escolhi uma frase do dramaturgo e poeta inglês, William Shakespeare (1564-1616).

Mesmo não tendo sido um devoto cristão, o mesmo tinha seus relâmpagos de pensamentos nobres, que em alguns casos nos ensinam com profundidade sobre algo da fé.

“Os vasos vazios são os que fazem mais barulho” Willian Shakespeare.

Anchieta Campos

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Palavras que animam

Hoje, quando abri minha caixa de e-mail, me deparei com a missiva do Presbítero Dionísio Cardoso, da Assembléia de Deus em Criciúma-SC, onde o irmão me escreveu as seguintes palavras:

“Oi, paz do Senhor Jesus. Estou muito feliz de lhe encontrar nessa página, pois gostei demais do seu trabalho. Vou estar orando para que Deus lhe conceda a graça para você continuar a nos ensinar mais um pouco da Bíblia.

Meu nome é Dionísio Cardoso, sou Presbítero da Assembléia de Deus de Criciúma-SC”
.

Sou muito grato ao meu Deus pelas bênçãos que Ele, em sua infinita misericórdia, vem me concedendo. Nunca passou pela minha mente a tão grande projeção que o meu símplice blog iria tomar no meio evangélico nacional. Já são contatos de todas as regiões do Brasil, onde recebo palavras de elogio e apoio. Tive a oportunidade de me tornar amigo de verdadeiros teólogos que não tem a merecida projeção (ainda!), além de me tornar amigo de homens de Deus que já tiveram a sua merecida projeção nacional. Recentemente tive a honra de ter um comentário meu publicado no Blog do pastor e escritor Ciro Sanches (clique para ver Comentário deste blogueiro publicado no Blog do Ciro Sanches), o que me deixou deveras alegre e honrado.

Agradeço a todos os irmãos que tem me apoiado, se tornando verdadeiros leitores dos meus humildes escritos. Deus os abençoará e recompensará por isso.

Agradeço ao irmão presbítero Dionísio Cardoso, o qual com certeza não enriquecerá muito a sua cultura bíblica com os meus escritos, pois quem sou eu para ensinar a um presbítero da Igreja do Senhor? Mas com certeza sempre buscarei dar o meu melhor para colaborar com todos os irmãos em Cristo.

Aproveito para informar que me encontro na cidade do Natal-RN, em virtude de um Congresso de Direito Constitucional, motivo que me impede de estar mais dedicado a novos estudos e artigos para publicação. Mas com certeza em breve estarei postando novos estudos para a edificação do povo de Deus e esclarecimento dos amigos apreciadores da Palavra de Deus.

Anchieta Campos

terça-feira, 8 de abril de 2008

Aniversários na Assembléia de Deus em Pau dos Ferros

A Igreja Evangélica Assembléia de Deus em Pau dos Ferros estará em festa nesta quarta-feira, dia 9 de abril, e é festa dupla! Trata-se do aniversário do Círculo de Oração das Senhoras e do nosso Pastor, Alfredo Luis de Melo, ambos completarão 59 anos de idade! Já são algumas “eras”, como gosta de dizer o Pastor Alfredo.

Para esta data especial estarão presentes no culto à noite igrejas de todo o Campo de Pau dos Ferros e de todo o Alto-oeste potiguar, além do cantor Melquisedeque de Maceió-AL e da irmã Rúbia de Mossoró-RN, esta na pregação da Palavra.

O blog deixa os parabéns para o Pastor Alfredo e para o Círculo de Oração das Senhoras, na figura da atual dirigente, a irmã Raimunda Damasceno. Deus os abençoe grandemente!

Anchieta Campos

domingo, 6 de abril de 2008

Frase quase divina - 05

Na prorrogação do segundo tempo, mas ainda é domingo! Nesta quinta edição do quadro trago para o público mais uma frase do memorável inglês John Wesley, onde o mesmo trata da Trindade.

“Diga-me como pode haver três velas neste recinto e apenas uma luz e então eu lhe explicarei a Trindade” John Wesley (1703-1791).

Anchieta Campos

sábado, 5 de abril de 2008

IEADERN e seus 90 anos na capa das Lições Bíblicas

Nesta sexta-feira no culto de doutrina, no Templo Sede da igreja onde congrego, a Assembléia de Deus em Pau dos Ferros-RN, recebi a minha revista das Lições Bíblicas para Jovens e Adultos do 2º Trimestre de 2008. Como sempre eu muito curioso para pegar na revista, folheá-la, ver os livros em destaque, os lançamentos (inclusive a obra Teologia Sistemática Pentecostal está em destaque na revista do Mestre, tomara que seja logo lançado!), bem como o mais importante que é o conteúdo em si.

Mas desta feita eu percebi de longe que havia algo de especial, diferente na capa da revista, e de longe mesmo percebi que era o destaque dos 90 anos da IEADERN, com direito a logo-marca! Pensem meus caros leitores a alegria e o orgulho (um orgulho santo... rsrs) que eu fiquei. É motivo de honra e alegria saber que todo o país tomará ciência de nosso aniversário, principalmente por meio de um espaço nobre que são as revistas da Escola Dominical.

Parabéns a CPAD por esta atitude digna de aplausos por parte de todos os assembléianos potiguares!

Igreja Evangélica Assembléia de Deus no Rio Grande do Norte, 90 anos no mover do Espírito Santo!

Anchieta Campos

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Novas Lições Bíblicas da CPAD para o segundo trimestre

Os tempos estão passando, ou melhor, voando em velocidade espantosa! É incrível, para mim parece que fora ontem o culto de ano novo em minha igreja. E seguindo este mesmo ritmo, nem parece-me que já fora embora a primeira Lição Bíblica da Escola Dominical da CPAD, onde tivemos o prazer de aprender mais sobre a cristologia bíblica.

Mas como nós não podemos parar de ler (1 Tm 4:13) e aprender mais de nosso Deus através de sua Palavra (Mt 11:29; Jo 5:39; At 17:11), novo trimestre é sinônimo de novas Lições Bíblicas da CPAD.

Neste segundo trimestre de 2008, o carro-chefe (como costumo dizer) das Lições Bíblicas da CPAD, a revista para “Jovens e Adultos”, terá como tema “As Disciplinas da Vida Cristã”, onde teremos a rica oportunidade de desfrutarmos de 13 lições muito apetitivas ao paladar de um bom leitor cristão. Contaremos neste trimestre com a nobre instrumentalidade do Pr. Claudionor de Andrade, professor de Teologia Sistemática, Gerente de Publicações da CPAD, membro da Casa de Letras Emílio Conde e da Academia Evangélica de Letras, além de ser autor de 16 obras importantíssimas para o povo de Deus, dentre elas o Dicionário Teológico, editado pela CPAD.

Nunca é demais relembrar que as revistas para Jovens e Adultos sempre contam com a revisão e o auxílio teológico do mestre potiguar Antonio Gilberto, Consultor Doutrinário e Teológico da CPAD.

Os temas das lições para Jovens e Adultos são:

01- As disciplinas da vida cristã
02- A minha alma te ama , ó Senhor
03- Oração - o diálogo da alma com Deus
04- A leitura devocional da Bíblia
05- A sublimidade do culto cristão
06- O serviço cristão
07- Dízimos e ofertas - uma disciplina abençoadora
08- O louvor que chega ao Trono da Graça
09- Vencendo as tentações: Agradando a Deus
10- A beleza do testemunho cristão
11- Oração e jejum pela pátria
12- A união cristã, o vínculo da perfeição
13- Confiando firmimente em Deus

Além das Lições para Jovens e Adultos, a CPAD também disponibiliza trimestralmente material (lições) para todas as faixas etárias. Os temas das demais revistas para as outras faixas etárias são:

Berçário (0 a 2 anos) – Temas e atividades variadas
Maternal (3 e 4 anos) – As coisas que Jesus faz (1º e 2º trimestre de 2008)
Jardim de Infância (5 e 6 anos) – Eu gosto da Igreja (1º e 2º trimestre de 2008)
Primários (7 e 8 anos) – Jesus e seus amigos (1º e 2º trimestre de 2008)
Juniores (9 e 10 anos) – Heróis da Bíblia (1º e 2º trimestre de 2008)
Pré-Adolescentes (11 e 12 anos) – As Parábolas de Jesus
Adolescentes (13 e 14 anos) – Minha Missão no Mundo
Juvenis (15 a 17 anos) – Os Perigos do Relativismo Moral

Quem deseja subsídios e auxílios para as lições bíblicas da CPAD conta com uma gama de sites, com excelentes artigos e estudos para cada semana. Dentre as opções cito:

Portal da Escola Dominicalhttp://www.escoladominical.com.br/index.asp
Blog Ensino Dominicalhttp://ensinodominical.com/
Além do próprio portal da CPADhttp://www.cpad.com.br/cpad/ebd.htm

Além dos sites supracitados, os professores e alunos mais dedicados contam também com um material de apoio excelente em DVD, também editado pela CPAD, onde o comentarista da Lição de Jovens e Adultos faz um apanhado sintético das lições que compõem o trimestre.

A CPAD ainda disponibiliza a Revista Discipulado, que é voltada para o ensino e orientação dos primeiros passos do novo convertido a fé cristã. Uma ótima opção (o termo ‘necessidade’ caí melhor) para uma nova sala na Escola Bíblica Dominical das igrejas do Brasil que ainda não a disponibilizam. Ganhamos muitas almas para Jesus, mas também um número significativo não se sustém na igreja, muitas vezes justamente por falta de ensino e acompanhamento.

A Escola Dominical é um braço estendido do Senhor aqui na terra. Costumo dizer que não é apenas para quem quer aprender mais da Palavra, mas sim para todos os cristãos. A CPAD, como em todas as suas publicações, disponibiliza um material teológico rico e ortodoxo, elaborado por pessoas mais que capacitadas, que deve ser valorizado por toda a Assembléia de Deus e demais denominações que usam as revistas Lições Bíblicas.

Se esse trabalho, que é verdadeiramente um curso de Teologia, fosse mais valorizado pelos irmãos, não haveria tantos desvios doutrinários e comportamentais no seio da igreja.

Como bem nos alertou o Senhor através de Oséias: “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento; porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; e, visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos” Os 4:6.

Que o nosso Deus possa sempre abençoar este trabalho, despertando os que ainda não acertaram com ele, concedendo sempre professores fiéis a Palavra e alunos com sede de aprender! Em nome de Jesus!

Anchieta Campos

terça-feira, 1 de abril de 2008

Listagem de meus principais artigos até o momento

O meu blog já conta com dezenas de postagens, onde o primeiro post fora publicado no dia 26 de setembro de 2007, portanto, já estou caminhando para os sete meses de blogosfera evangélica, onde tive o prazer de conhecer pessoas sábias nas Escrituras Sagradas, granjeando verdadeiros amigos de grande nobreza e destaque no meio evangélico nacional, tendo assim uma seleta oportunidade de crescer no conhecimento bíblico com os artigos dos mesmos. Tudo para honra e glória do nome de Jesus.

Dentre todos os meus posts a maioria são artigos, estudos teológicos, contendo também alguns poucos avisos e notícias inerentes ao tema cristão.

Por ter ciência que alguns (bons e essenciais) artigos, mais velhinhos, muitas vezes passam desapercebidos por leitores que não tem o conhecimento dos links do “Arquivo do Blog”, localizados na barra lateral direita do blog, posto aqui uma coletânea de links dos principais estudos publicados até o momento, os quais recomendo a leitura por parte daqueles que ainda não leram, bem como a releitura dos que já leram. Tem de “quase-tudo” um pouco!

Basta clicar sobre o nome do estudo desejado que o mesmo será aberto.

Declaração de Fé

Em Defesa da Doutrina Bíblica da Trindade (Parte 1)

Em Defesa da Doutrina Bíblica da Trindade (Parte 2)

Em Defesa da Doutrina Bíblica da Trindade (Parte 3 - Conclusão)

A realidade bíblica do castigo eterno (inferno)

A verdadeira adoração

Maria é a Mãe de Deus?

Vergonha Universal - Bispo Edir Macedo defende o aborto

Faraó, predestinação e livre arbítrio

490 anos da Reforma Protestante

A Ressurreição FÍSICA e REAL de Cristo

Jeová e o nome de Deus. A importância do nome Jesus.

O apelo da Igreja Católica Romana à tradição

O Cristão e a lei secular - A questão da cópia de mídias digitais

Lucas 1:28 e a Imaculada Conceição de Maria

Pérolas de uma " pastora ". A liderança pastoral feminina é bíblica?

Uma palavra sobre salvação, sobre o amor de Deus para com o homem

A Bíblia e o seu Dia

Resposta a um apologista católico-romano

O crente e o pecado

Em defesa do livre-arbítrio. Uma pequena exegese de Efésios 1:4,5 e 4:30.

Uma análise do Natal. O verdadeiro Natal bíblico-cristão.

Os Dons espirituais estão disponíveis nos dias de hoje como em Pentecostes? - Parte 01

Os Dons espirituais estão disponíveis nos dias de hoje como em Pentecostes? - Parte 02 - Conclusão

Uma palavra sobre a existência de Deus

A volta FÍSICA e REAL de Cristo

II Tessalonicenses 2:15 e a Tradição Oral Católica

II Pe 1:20 – É a Igreja Católica a detentora da verdadeira interpretação bíblica?

A realidade do Céu de glória para todos os salvos em Jesus

Os 144.000 do Apocalipse

A Tradução do Novo Mundo das Testemunhas de Jeová

Uma (pequena) exegese de Atos 16:31

Os "tímidos" de Apocalipse 21:8

Uma (não tão curta) resposta a um apologista jeovista

O cristão e a sexualidade

Disco arranhado na Renovação Carismática Católica (RCC)

Arqueologia mais uma vez em favor da Bíblia

Uma breve palavra sobre o carnaval

Uma pequena exegese de Fl 4:13

Voz da Verdade, Marco Feliciano e heresias S.A.

Desmascarando os OVNIs

O escapulário – Um novo evangelho e uma blasfêmia contra o sangue de Cristo

Uma sucinta análise bíblica do homossexualismo

Batismo apenas em nome de Jesus?

Uma pequena exegese de Gênesis 3:15

A verdadeira Páscoa bíblica

Devemos usar pães asmos na Ceia das igrejas?

Anchieta Campos